SIGHT. lisboa. capital do mar. economia e inovação

Documentos relacionados
SIGHT. lisboa. capital do mar. economia e inovação

Estratégia Nacional para o Mar Aprovado para Discussão Pública em 27 de fevereiro de 2013

Clusterdo Mar. O eterno desígnio? Ana Paula Vitorino PROJETAR PORTUGAL. Seminário Diplomático

PORTUGAL A CRESCER ECONOMIA DO MAR. Roadshow Portugal Global Setúbal, 2 de março de May 2015

A vereadora da CML Pelouro da Economia, Inovação e Educação Graça Fonseca

A Estratégia Nacional para o Mar

ESTRATÉGIA PARA O AUMENTO DA COMPETITIVIDADE PORTUÁRIA

SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO DO IPVC III JORNADAS EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA ALIMENTAR

Seminário: Valorização do Potencial Industrial do Alto Minho: Plano de Ação & Instrumentos de Financiamento

O CAMINHO MARÍTIMO PARA A INDUSTRIA EXTRATIVA. Joaquim Góis Departamento de Engenharia de Minas Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

ÍNDICE ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO RESPONSABILIDADES DIRECTAS DO MINTRANS LIGADAS AO RAMO MARÍTIMO / PORTUÁRIO OBJECTIVOS DO MINTRANS

Estratégia Nacional para o Mar

Várias formas de olhar a APDL:

Recorte nº 175. Índice 10 de Setembro de 2009

A Economia Azul na Região de Lisboa. Potencial Estratégia Instrumentos Visão

O Mar nos Programas Temáticos Regionais João Fonseca Ribeiro Diretor Geral de Politica do Mar

12 de dezembro de 2018

MOVIMENTO DE PASSAGEIROS NOS AEROPORTOS AUMENTA NOS PRIMEIROS NOVE MESES DE 2007

O Mercado da França I

Económico Ambiental Social

ATLANTIC STAKEHOLDER PLATFORM CONFERENCE

ANEXO A A ECONOMIA DO MAR EM PORTUGAL

Implementação da ENM Abordagens Integradas para a Náutica

!"#$%&"'()'*+,' -(./#"'0',1'."'2"3"45%$'."'*6,6'

OCEANO XXI CLUSTER DO CONHECIMENTO E DA ECONOMIA DO MAR

O Mar no próximo QFP

PLANO DE DISCUSSÃO DA ATIVIDADE PORTUÁRIA NO BARREIRO. TERMINAL MULTIMODAL DO BARREIRO Reunião com Eleitos Autárquicos

Sinergias da Plataforma Logística do Poceirão

Cluster do Conhecimento e Economia do Mar A Estratégia do Mar e as Zonas Costeiras

Um porto de excelência, moderno e competitivo

Seminário Transportes & Negócios

O NOVO MODELO DE ORDENAMENTO DO ESPAÇO MARÍTIMO

O FUTURO DO PORTO DE LISBOA. Estratégia para o Aumento da Competitividade Portuária

Actividade dos Transportes Janeiro a Setembro de 2005

Recorte nº 088. Índice 6 de Maio de 2010

Economia do mar nos Açores estado atual da informação disponível

II ENCONTRO DOS PARCEIROS DO CLUSTER DO CONHECIMENTO E DA ECONOMIA DO MAR AVEIRO 28 JANEIRO 2011

Actividade dos Transportes Janeiro a Junho de 2005

IV SEMINÁRIO PLATAFORMAS LOGÍSTICAS IBÉRICAS Intervenção de Carlos Rabaçal Vereador da Câmara Municipal de Setúbal

Actividades Náuticas

Liberdade. in «Antologia Mar», Sophia de Mello Breyner Andresen. LEME - Barómetro PwC da Economia do Mar PwC

A Região do Algarve e o País, 10 anos depois do PNPOT o Mar

O Potencial de Setúbal como Hub Atlântico

TERMINAL CONTENTORES DO BARREIRO PARECER RELATIVO À PROPOSTA DE DEFINIÇÃO DO ÂMBITO DO ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL ENTIDADE RESPONSÁVEL PELO DOCUMENTO

Seminário Exportar, exportar, exportar A Experiência dos Principais Clusters Regionais

20 ANOS DE QUALIFICAÇÃO URBANA

Senhora Comissária responsável pelos Assuntos do Mar e Pescas,

20 ª MAIOR EMPRESA MAIOR EXPORTADORA NACIONAL FONTE: REVISTA EXAME DE PORTUGAL FONTE: REVISTA EXPRESSO MAIOR GRUPO EUROPEU

Os fundos e o Desenvolvimento Sustentável. Maria da Graça Carvalho

A Economia do Mar nos Açores. Arnaldo Machado Conferência Direito e Economia do Mar Lisboa, 29 e 30 de maio

Programa de Ação e Investimentos

Caros representantes e organizadores da Shipping Week, Temos um enorme gosto em receber em Lisboa, pela primeira

Plano Estratégico Janeiro 2014

Na minha primeira intervenção nesta que é a X Legislatura quero. aproveitar a oportunidade para a felicitar, Senhora Presidente da

PLANO DE ACÇÃO REGIONAL ALENTEJO 2020

O CLUSTER MARÍTIMO PORTUGUÊS NO CONTEXTO MUNDIAL E EUROPEU

"A COOPERAÇÃO TERRITORIAL - GALICIA/NORTE DE PORTUGAL".

Estratégia para o Aumento da Competitividade Portuária Portos recebem investimento de 2,5 mil milhões até 2026

II ENCONTRO DOS PARCEIROS DO CLUSTER DO CONHECIMENTO E DA ECONOMIA DO MAR AVEIRO 28 JANEIRO 2011

FÓRUM OCEANO Associação da Economia do Mar

FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO CATEGORIA MAR

Plano de Situação do Ordenamento do Espaço Marítimo da Região Autónoma da Madeira (PSOEM-Madeira) Subárea 2 da ZEE Um Mar com Futuro

CONTEXTO E DESAFIOS PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO

G PE AR I. Boletim Mensal de Economia Portuguesa. N.º 03 março 2011

Terminais Portuários e Logística

APP Associação dos Portos de Portugal Vítor Caldeirinha

IX CONGRESSO DA AGEPOR 9 e 10 de Outubro/Douro

O DESAFIO DA INTERMODALIDADE

CARATERIZAÇÃO SOCIOECONÓMICA MADEIRA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA 22 DE OUTUBRO DE 2014 EMÍLIA ALVES DIRETORA REGIONAL DE ESTATÍSTICA DA MADEIRA

Intervenção de Jorge Abrantes nas comemorações do Dia Nacional dos Pescador em Peniche

Waterfront / Frentes Ribeirinhas Oportunidades e Desafios no Estuário do Tejo

WORKSHOP REABILITAÇÃO URBANA SUSTENTÁVEL. O MERCADO DA CONSTRUÇÃO CIVIL - Desafios e Oportunidades

ecomar GRUPO DE AÇÃO LOCAL

Compromissso Documento de Orientação Estratégica. António Oliveira das Neves Funchal, 09 de Julho 2013

Seminário sobre Clusters

Novo Terminal de Cruzeiros de Santa Apolónia ficará concluído em 2013

A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS REDES DE TRANSPORTE

O TURISMO DE NATUREZA NA ESTRATÉGIA PARA O TURISMO 2027

Programa Operacional Regional Alentejo 2007/2013

CARATERIZAÇÃO SOCIOECONÓMICA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA IMPORTÂNCIA DA ESTATÍSTICA PARA A RAM

ESTAÇÃO NÁUTICA BAÍA DO SEIXAL

Logística no Alentejo Oportunidades de desenvolvimento

Os desafios de hoje não se compadecem com comportamentos políticos desviantes, despropositados e descontextualizados, Sra.

O lixo marinho e a Agenda 2030

Terminais Portuários e Logística

Estratégia de Especialização Inteligente para a Região de Lisboa

ADFER O Futuro do Porto de Lisboa e as. João Carvalho

estação náutica município ílhavo

é bela, mas o que interessa são os resultados. SESSÃO DE DIVULGAÇÃO QREN Região de Lisboa: Estratégia e Programação António Fonseca Ferreira

COMMUNICATION AND DESIGN MANUAL NUNO VASCO RODRIGUES DOCUMENTO. Definição do âmbito do projeto SNIMar. Junho, 2015 EEA GRANTS NORWAY GRANTS

Relatório de Execução 2017

(Discurso em representação do Senhor Governador Civil em 09/11/2010)

Quem somos. O SINAVAL é a instituição que representa os estaleiros brasileiros instalados em diversas regiões do país.

mar 2020: Fazer acontecer o MAR

Grupo ANA Aeroportos de Portugal S.A.

Os contributos do financiamento comunitário no desenvolvimento do Porto de Aveiro

P L A N O D I R E T O R M U N I C I P A L DO S E I X A L R E V I S Ã O DISCUSSÃO PÚBLICA

Apresentação Grupo Ação Local Pesca Ericeira-Cascais Novembro, 2017

FORUM do MAR Desafios do Mar 2020 As Fileiras da Economia do Mar e os Desafios Frederico J. Spranger Presidente da A.I.N.

Recorte nº 176. Índice 11 de Setembro de 2009

Transcrição:

IN SIGHT economia e inovação lisboa capital do mar lisboa é a cidade onde a economia azul se afirma e potencia como um novo horizonte de inovação, desenvolvimento e sustentabilidade julho 2014 CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA DIREÇÃO MUNICIPAL DE ECONOMIA E INOVAÇÃO

Ficha técnica EDIção CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA dmei / dise - DIREÇÃO MUNICIPAL DE ECONOMIA E INOVAÇÃO COORdenação Paulo soeiro de carvalho susana corvelo equipa abílio martins paulo marques carvalho título insight - lisboa. capital do mar fotografia DANIEL RODRIGUES DESIGN LUIS ISIDRO CORREIA Ano 2014

in sight lisboa capital do mar O presente insight é um pequeno apontamento, que aprofunda alguns dos temas do Blueprint sobre a economia do mar em lisboa, documento de estratégia realizado em colaboração com diversas entidades ligadas ao mar, que resulta do trabalho de análise e identificação levado a cabo nos dois últimos anos, para potenciar o crescimento e desenvolvimento deste setor na cidade.

Lisboa e a sua área metropolitana tem uma localização geoestratégica que a torna capital Euro-Atlântica. europa canada e.u.a America do norte açores lisboa africa angola America do sul brasil moç Lisboa Capital Atlântica, de um país com uma das maiores ZEE s do mundo e da Europa e a qual com o previsto alargamento da sua plataforma continental será amplamente aumentada, situada geoestratégicamente num centro à escala global é a plataforma ideal para desenvolvimento de negócios associados à Economia do Mar. Por outro lado, a sua condição histórica, cultural e de recursos permite-lhe estabelecer os elos de ligação entre diversos continentes - Africa - Américas - Asia. 4 DIREÇÃO MUNICIPAL DA ECONOMIA E INOVAÇÃO I cml

russia Asia china japão ambique DIREÇÃO MUNICIPAL DA ECONOMIA E INOVAÇÃO I cml 5

Uma aposta sustentada e articulada na economia azul garantirá o desenvolvimento progressivo de uma economia assente na inovação e investigação, um projeto diferenciador e potenciador, que proporcionará uma maior competitividade à Região e ao País. E, só a existência de uma visão de longo prazo, ampla e abrangente que articule os esforços dos diversos atores interessados, poderá garantir as condições para que Lisboa contribua fortemente para a afirmação deste desígnio nacional. A Região de Lisboa é constituída por uma frente ribeirinha com cerca de 200 km. Só o concelho de Lisboa têm 19 Km, com dois estuários - Tejo e Sado - onde se encontram sedeados dois grandes Portos - Lisboa e Setúbal - e três Portos médios - Sesimbra, Cascais e Ericeira - bem como estaleiros e diversas marinas. Representa assim, um espaço privilegiado nacional e internacional para o desenvolvimento de atividades económicas associadas à economia azul. O Modelo infra, ilustra Lisboa e a sua região como local estratégico para o firmamento da economia azul, pois têm as competências, os meios e recursos, assim como as atividades e os atores, isto é, reunindo todas as condições para que este desígnio nacional se encontre e se afirme neste espaço. A DELIMITAÇÃO DO SETOR PARA LISBOA A delimitação estabelecida para a cidade pode estender-se à região e permite não só identificar os setores com os quais deverá ocorrer uma maior interação, como também estabelecer o modelo que permitirá elaborar a estratégia e o plano de ação para que se possa vir a concretizar o cluster marítimo e tornar Lisboa a Capital do Mar A ECONOMIA AZUL De acordo com diversos estudos efetuados, as atividades da Economia Azul, têm um potencial de poder vir a representar cerca de 10% a 12% do PIB português. No entanto, tal como ilustra o gráfico supra, em 2010 geravam na economia nacional um VAB de 2,5% e contribuíam com 2,3% para o emprego em Portugal (2010 - Fonte INE/DGPM). Relativamente à região de Lisboa, estimase que estão sedeadas cerca de 30% das empresas associadas ao setor da economia azul empregando aproximadamente 31% dos trabalhadores do sector e, com um peso no volume de negócios e no VAB de 35% e 33% respetivamente. 6 DIREÇÃO MUNICIPAL DA ECONOMIA E INOVAÇÃO I cml

CONSTRUÇÃO E REPARAÇÃO NAVAL I&D, TECNOLOGIAS, BIODIVERSIDADE E BIOTECNOLOGIAS MARINHAS ATIVIDADES PORTUÁRIAS TRANSPORTES E LOGÍSTICA, SERVIÇOS DE APOIO GOVERNAÇÃO, ONG, SINDICATOS, ASSOCIAÇÕES ENSINO E FORMAÇÃO ESPECIALIZADA DEFESA E SEGURANÇA MARÍTIMA PESCA, AQUICULTURA E TRANSFORMAÇÃO DO PESCADO TURISMO NÁUTICO AMBIENTE, ENERGIA, EXPLORAÇÃO DOS FUNDOS OCEÂNICOS NÁUTICA DE RECREIO, ATIVIDADES DE CULTURA E PATRIMÓNIO A Estrutura Abordagem de delimitação de Lisboa Fonte: Elaborado por equipa da Economia do Mar (DISE), modelo e conteúdo VAB 2,5% 2,3% Emprego 1,0% 1,1% 0,9% 0,4% 0,5% 0,6% 0,1% 0,1% Usos e actividades da Economia do Mar em Portugal Turismo e lazer Transportes Marítimos, Portos e logística Pesca, Aquicultura e Indústria do Pescado Construção e Reparação Naval Contributo das Atividades do Mar para o VAB e Emprego Nacionais Fonte: Direção Geral das Politicas do Mar (DGPM), 2010 DIREÇÃO MUNICIPAL DA ECONOMIA E INOVAÇÃO I cml 7

PORTOS, ESTALEIROS, MARINAS, TERMINAIS DE CRUZEIROS EMPRESAS COM ATIVIDADES LIGADAS AO MAR UNIVERSIDADES CENTROS DE I&D ECONOMIA DO MAR EM LISBOA LOCALIZAÇÃO GEOESTRATÉGICA ATIVIDADES CULTURAIS, RECREATIVAS, NÁUTICAS AMPLA FRENTE RIBEIRINHA COM ESPAÇOS MULTIFUNCIONAIS Lisboa e a Economia do Mar Fonte: Elaborado por Equipa da Economia do Mar / DISE 8 DIREÇÃO MUNICIPAL DA ECONOMIA E INOVAÇÃO I cml

50% 45% 40% VAB 35% Pessoal ao serviço 30% Empresas 25% 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Peso do Setor da Região no Setor do País Fonte: INE / 2014 Pode verificar-se que a Região de Lisboa, apesar da queda contínua nos últimos anos, contribuiu fortemente para o peso total da atividade económica associada à economia azul no país, mantendo este um valor significativo, sendo a sua dimensão atual cerca de 35% (55.174) no Pessoal ao Serviço, 30% (15.468) nas Empresas e 40% (1.658 milhões) no VAB. Com o gráfico seguinte procura-se identificar os setores, de acordo com a proposta de delimitação efetuada,que mais contribuem para a economia azul na região de Lisboa, podendo verificar-se que a Construção e Reparação Naval, Pesca e Aquicultura, Náutica de Recreio e I&D englobam mais de 91% das Empresas. Relativamente ao Emprego e ao VAB, as Atividades Portuárias ganham relevo passando a enquadrar este leque, mais precisamente no terceiro e segundo lugar respetivamente, mantendo os outros a mesma ordenação e no seu conjunto abrangendo todos eles mais de 95% do total destas variáveis. DIREÇÃO MUNICIPAL DA ECONOMIA E INOVAÇÃO I cml 9

10% 31% 22% pessoal ao serviço 13% 2% 16% 14% 20% empresas 41% 17% 3% 4% 12% 28% Construção e reparação naval 19% vab Atividades portuárias, transporte e logística serviços de apoio logístico Turismo Náutico Náutica de Recreio, Atividades de Cultura e Património Região de Lisboa (2012) Fonte: DISE/DEP - INE 13% 1% 24% Pescas, Aquicultura e transformação de pescado I&D, Tecnologias, Biodiversidade e Biotecnologia Marinha 10 DIREÇÃO MUNICIPAL DA ECONOMIA E INOVAÇÃO I cml

Empresas Pessoal ao Serviço VAB 50% 50% 50% 40% 40% 40% 30% 30% 30% 20% 20% 20% 10% 10% 10% 0% 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 0% 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 0% 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Construção e reparação naval Atividades portuárias, transporte e logística Turismo Náutico Náutica de Recreio, Atividades de Cultura e Património Pescas, Aquicultura e transformação de pescado I&D, Tecnologias, Biodiversidade e Biotecnologia Marinha Fonte: DISE/DEP - dados INE referntes ao Ano 2012 - Região de Lisboa O conjunto de gráficos, permite-nos observar a evolução entre 2004 e 2012 dos principais subsetores, resultantes da nossa delimitação, relativamente à sua importância (Peso) nas seguintes variáveis Empresas, Pessoal ao Serviço e VAB. Retirando-se as seguintes conclusões: O peso da Construção e Reparação Naval tem vindo a diminuir na região, em todas as variáveis, apesar de se manter muito significativo, tendo-se verificado a maior quebra no peso das Empresas, passando de 53% para 41% no período decorrido entre 2004 e 2012; Pelo contrário na sua generalidade os restantes subsetores têm vindo a aumentar gradualmente o seu peso. É de salientar o crescimento sustentado no subsetor I&D, Tecnologias, Biodiversidade e Biotecnologias Marinhas em todas as variáveis, nomeadamente de 9% para 14% nas Empresas e de 9% para 12 % no VAB no período em analise. As atividades do mar são de uma grande transversalidade, pois em regra são desenvolvidas conjuntamente com outras atividades económicas. No entanto, realça-se o facto de cerca de 20% das empresas, serem diretamente associadas à economia azul. ECONOMIA AZUL DESÍGNIO NACIONAL, CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL, DIFERENCIAÇÃO NA GLOBALIZAÇÃO. Lisboa e a região apostam neste futuro, estabelecendo uma estratégia intersectorial e multidisciplinar, assente na participação e responsabilidade dos diferentes atores, empresas, centros de investigação, etc.. O objetivo é agilizar e aproveitar os meios disponíveis, para consolidar as tendências que melhor identificam a cidade e região. Foram por isso identificadas algumas tendências que anunciam a região de Lisboa como um dos espaços geográficos europeus, onde se podem desenvolver ações que venham a contribuir para a afirmação da estratégia europeia e em particular das prioridades e objetivos estabelecidos na Estratégia Marítima da Região Atlântica, a saber: DIREÇÃO MUNICIPAL DA ECONOMIA E INOVAÇÃO I cml 11

Movimento de passageiros fluvial (inclui Transtejo/soflusa) (milhões de passageiros) Movimento de mercadorias fluvial (milhares de toneladas) 28,3 28,5 27,4 314 24 23 232 168 2009 2010 2011 2012 2013 92 122 2009 2010 2011 2012 2013 Movimento de mercadoria (milhões de toneladas) Embarcada Desembarcada 7,62 7,78 7,80 6,89 6,95 Trânsito 3,92 4,12 4,44 4,10 5,04 0,15 0,10 0,09 0,07 0,05 2009 2010 2011 2012 2013 Movimento de passageiros de cruzeiros (milhares de passageiros) Embarcada 332 396 453 479 508 Desembarcada Trânsito 43 41 26 26 25 24 23 20 25 27 2009 2010 2011 2012 2013 Fonte: Porto de Lisboa 1. A existência de um vasto conjunto de universidades e centros de investigação permite garantir à cidade/região condições para desenvolver as atividades de I&D e inovação, em diversos setores da economia do azul nomeadamente - Pescas, aquicultura e indústria do pescado, construção e reparação naval, recursos minerais marinhos e biotecnologia azul. 12 DIREÇÃO MUNICIPAL DA ECONOMIA E INOVAÇÃO I cml

24% financiamento Investigação Cientifica Ciência do Mar 76% Nacional RL e Vale do Tejo 5% financiamento Investigação Cientifica RL e Vale do Tejo Outras áreas de investigação 95% Ciência do Mar Financiamento - Investigação Cientifica Fonte: Fundação Ciência e Tecnologia (FCT) 2. Crescimento da atividade dos Portos (Lisboa e Sines) os quais reúnem excelentes características, um perfil funcional diversificado (terminal de cruzeiros, marinas, terminal de contentores, portos de abrigo, portos de pesca, estaleiros, etc.) e uma localização geográfica estratégica que cria as condições para uma aposta segura no aproveitamento do crescimento rápido do transporte marítimo de mercadorias (cerca de 90% do comércio externo da Europa é efetuado através dos portos). DIREÇÃO MUNICIPAL DA ECONOMIA E INOVAÇÃO I cml 13

3. A renovação do terminal de S. Apolónia e o aumento do número de turistas de cruzeiros quase 600 mil, são os elementos essenciais para Lisboa se afirmar cada vez mais neste segmento do turismo, criando as condições não só para crescer no plano das estadias de passagem como se tornar porto de embarque de novas rotas/percursos turísticos no atlântico. 14 DIREÇÃO MUNICIPAL DA ECONOMIA E INOVAÇÃO I cml

INSIGHT LISBOA. CAPITAL DO MAR 4. As características e equipamentos existentes nos estuários do Tejo e Sado oferecem condições excelentes à prática da náutica de recreio; e, sabendo que esta atividade continua a crescer nos países europeus, em particular no norte da europa, consolidar as condições existentes, melhorá-las e, divulgá-las certamente é o caminho para o aparecimento de novas marinas, o desenvolvimento da construção e reparação naval, da massificação de muitos desportos de deslize e, da internacionalização de serviços e atividades náuticas. DIREÇÃO MUNICIPAL DA ECONOMIA E INOVAÇÃO I cml 5. Por último, a localização em Lisboa da sede da Agência Europeia para a Segurança Marítima, pode gerar oportunidades para o surgimento de empresas especializadas nos setores que fazem parte da sua área de intervenção e que inclui, entre outras, a definição de normas de segurança em navegação, monitorização do tráfego marítimo, investigação em acidentes, assistência técnica, serviços de recuperação de petróleo de navios, serviços de satélite, reciclagem de embarcações e emissões atmosféricas). 15

i in sight lisboa capital do mar

Lisboa cada vez mais se afirma como: Capital do Mar e do Atlântico