PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO FÍSICA TESE DE DOUTORADO

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Transcrição:

18 PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO FÍSICA TESE DE DOUTORADO ASSOCIAÇÃO DE VARIÁVEIS ANTROPOMÉTRICAS, HEMODINÂMICAS E DE TESTES MOTORES COM VARIANTES ALÉLICAS CLÁSSICAS DOS GENES ACTN3 E ECA EM ADOLESCENTES BRASILEIROS Autor: Ferdinando Oliveira Carvalho Orientador: Carmen Sílvia Grubert Campbell Brasília - DF 2012

19 FERDINANDO OLIVEIRA CARVALHO ASSOCIAÇÃO DE VARIÁVEIS ANTROPOMÉTRICAS, HEMODINÂMICAS E DE TESTES MOTORES COM VARIANTES ALÉLICAS CLÁSSICAS DOS GENES ACTN3 E ECA EM ADOLESCENTES BRASILEIROS Tese apresentada ao programa de Pós- Graduação Strictu Sensu em Educação Física da Universidade Católica de Brasília, como requisito para obtenção de Título de Doutor em Educação Física. Orientador(a): Dra. Carmen Sílvia Grubert Campbell Brasília 2012

20 Tese de autoria de FERDINANDO OLIVEIRA CAVAHO, intitulada ASSOCIAÇÃO DE VARIÁVEIS ANTROPOMÉTRICAS, HEMODINÂMICAS E DE TESTES MOTORES COM VARIANTES ALÉLICAS CLÁSSICAS DOS GENES ACTN3 E ECA EM ADOLESCENTES BRASILEIROS apresentada como requisito para obtenção do grau de doutor em Educação Física, da Universidade Católica de Brasília, em 15/06/2012, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada: Profa. Dra. Carmen Sílvia Grubert Campbell Orientadora Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Física UCB/DF Prof. Dr. Otávio de Toledo Nóbrega Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências Médicas UNB/DF Prof. Dr. Rodrigo Gonçalves Dias Instituto do Coração INCOR/SP Prof. Dr. Herbert Gustavo Simões Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Física UCB/DF Prof. Dr. Daniel Alexandre Boullosa Álvarez Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Física UCB/DF Brasília 2012

21 C331a 7,5cm Carvalho, Ferdinando Oliveira. Associação de variáveis antropométricas, hemodinâmicas e de testes motores com variantes alélicas clássicas dos genes ACTN3 e ECA em adolescentes brasileiros. / Ferdinando Oliveira Carvalho 2012. 146 f.; il.: 30 cm Tese (doutorado) Universidade Católica de Brasília, 2012. Orientação: Profa. Dra. Carmen Sílvia Grubert Campbell 1. Educação física. 2. Adolescentes. 3. Genética. 5. Fisiologia. 4. Pressão arterial. I. Campbell, Carmen Sílvia Grubert, orient. II. Título. CDU 796:612 Ficha elaborada pela Biblioteca Pós-Graduação da UCB:

22 DEDICATÓRIA Dedico essa Tese aos meus pais Azarias Oliveira Carvalho e Maria Luiza de Carvalho, aos meus irmãos Frederico Oliveira Carvalho e Augusto Azarias Oliveira Neto pelo incentivo e confiança. A minha segunda família Antônio Carlos Silva Cardoso e Raquel dos Reis Cardoso, e meu cunhado Diogo dos Reis Cardoso. Em especial, a minha esposa Rafaele dos Reis Cardoso Carvalho e a nossa filha Isabela Cardoso Carvalho. Obrigado Família, amo muitos vocês!!!

23 AGRADECIMENTOS A DEUS por tudo que tem proporcionado na minha vida com muito amor, fé, paciência e carinho. Obrigado por cada dia me motivar com suas orações, conduzindome da melhor maneira possível nas minhas atitudes e ações. A meus pais Azarias e Maria Luiza, que sempre confiaram no meu trabalho, dando as melhores condições possíveis, sem medir esforços e da melhor forma que se possa imaginar, ensinando tudo com muito amor, carinho, respeito, honestidade, sobretudo, com humildade. MUITO OBRIGADO!!! Somente eu sei o que fizeram por mim até hoje. Em especial aos meus irmãos Frederico e Augusto por sempre acreditar no meu potencial, OBRIGADO. A minha grande companheira Rafaele dos Reis Cardoso Carvalho por sua dedicação, companheirismo, amor incondicional, compreensão, apoio nos momentos difíceis, incentivo, conselhos sempre oportunos, pela confiança e por agüentar as minhas manias e costumes ao longo dos últimos 7 anos. Obrigado por me conceder a oportunidade de ser pai da Isabela. Amadureci muito com essa experiência e vocês são as razões do porque me dedico ao máximo cada dia. Cada dia que eu olho para Isabela eu arranjo uma força interna muito grande (Quem é pai ou mãe sabe disso) e vivo para dar as melhores condições possíveis a ela, com muito amor, carinho, e um grande eu te amo filha. Amo vocês!!! A minha segunda família Antônio Carlos Cardoso e Raquel Cardoso e meu cunhado Diogo pela confiança, incentivo, apoio, dedicação, respeito, amizade e o amor que tens comigo. OBRIGADO POR TUDO. Agradeço também a minha amiga e orientadora professora Drª. Carmen Silvia Grubert Campbell. Obrigado pela confiança nos últimos anos, pela dedicação, respeito e amizade. Você foi fundamental nessa minha fase de formação acadêmica. Acolheu-me, orientou, ensinou, incentivou mesmo sabendo das minhas limitações. Vou ficar com saudades, mas as minhas lembranças desses momentos serão sucessivamente as melhores possíveis. Você realmente é sensacional. No entanto, falar da Profª. Carmen sem falar do Profº. Herbert é um tanto quanto estranho. Ao Profº. Dr. Herbert Gustavo

24 Simões externo o meu profundo respeito e admiração pelo que faz na Educação Física como pesquisador e pela instituição como gestor. Eficiência, estratégia, inteligência e simplicidade traduzem o Profº. Herbert. O que torna vocês diferentes é a capacidade de ouvir, sintetizar e colocar em prática, simplesmente com humildade. Admiro muito o trabalho de vocês e para mim é muito orgulhoso dizer que tive na minha formação acadêmica a participação direta do casal Campbell/Simões. São exemplo de vida profissional e pessoal para muitos. Muito obrigado por tudo. Ao amigo e Profº. Dr. Rodrigo Gonçalves Dias por aceitar o convite à avaliação do meu trabalho, pela leitura do material, conselhos e dicas. Além disso, atenção prestada via e-mail, telefone ou até mesmo pessoal é de uma cordialidade espetacular. Embora jovem Pós-doutorando, experiência, inteligência e didática são os grandes virtudes desse jovem promissor professor. Ao Profº. Dr. Otávio de Toledo Nóbrega por inicialmente me atender de forma brilhante na sua sala e suas preciosas dicas sobre os aspectos da genética. Ainda me deixando as portas abertas para utilização do laboratório, no qual fiz minhas análises e deixo o meu agradecimento especial ao professor e ao técnico Vinicius Carolino que sem ele não estaria aqui hoje. Mesmo de férias o Vinicius veio me ajudar. Só posso te agradecer e muito nesse momento. Aos Profº. Dr. Daniel Alexandre Boullosa Álvarez e ao Profº. Dr. Jonato Prestes por aceitar o convite à avaliação do meu trabalho, pela leitura do material, conselhos e dicas. Obrigado pela brilhante colaboração. A vocês o meu muito obrigado pela dedicação e por fazerem parte da minha formação acadêmica. Agradeço ao Profº. Dr. Rinaldo Wellerson Pereira e suas alunas, em especial a Tailce Moura Leite que me ajudaram no processo inicial no aprendizado das técnicas e auxílio nos equipamentos. O que aprendi inicialmente das técnicas de pipetagem, gel de agarose, extração de DNA eu devo muito a vocês. A secretária da Pós-Graduação em educação Física Daniele Garcia por sempre responder todas as questões levantadas de forma muito educada e profissional. E mesmo

25 a distância solucionando meus problemas. Mais recentemente a Juliana Cardoso tem me ajudado muito. Agradecimentos especiais para o William e Bruna que abriram as portas da escola para que eu pudesse fazer as coletas de dados. Todos os dias das coletas o William mostrou sua organização, acessibilidade e eficiência. Também ao Rafaello, Suliane, Yorrani e meus ex-alunos Felipe Cardoso, Luciana e Heeyhashi que também ajudaram nas coletas dos testes motores. A todos do grupo de estudos do Desempenho Humano e das Respostas Fisiológicas ao Exercício pelas ajudas, dicas nas apresentações, experiências vividas e momentos marcantes da minha passagem por Brasília. Em especial ao Rafael Sotero, Marcelo, Ricardo (Japonês), José Fernando, Verusca, Jeeser, Bibiano, Rafaello, Suliane, Yorrani, Carlos, Raphael Mafra, Dr. Ronaldo Benford, Wilson, João, Carla, Hugo e todos os demais não citados que participaram direta ou indiretamente da minha vida profissional. Aos colegas de Brasília que sempre me apoiaram: Alessandro, Sandor, Roberto Landhwer, Hildeamo, Yomara, Renato André, Renato Valduga, Luana Valduga. Aos ex-colegas da Faculdade Santa Terezinha: Eder, Márcio, Robson, Rosi, Juliana, José Antônio, Moisés, Alexandra, Verônica, Selva, Marília, tenham a certeza que os momentos vividos ali foram importantíssimos para dar passos maiores na minha carreira acadêmica. Ao grande amigo e colega de profissão Renato André Sousa da Silva que abriu as portas para mim em Brasília-DF e foi o grande responsável por me inserir em cursos de graduação da região. Obrigado por confiar no meu trabalho. Nunca esquecerei essa atitude que para mim foi decisiva em vários aspectos, sobretudo no profissional. Agradeço, também, meu grande amigo e ex-orientador Profº. Dr. Edilson Serpeloni Cyrino. Obrigado pela confiança nos últimos anos, pela dedicação, respeito e amizade. A minha base da iniciação científica até o mestrado só foi consolidada graças a sua orientação. O meu alicerce hoje depois de 12 anos que te conheci já é bem mais

26 maduro. Você foi fundamental e por isso meu muito obrigado. Sempre digo a todos o privilégio que é ser seu orientado. À você todo meu respeito. Ao grande amigo e colega Luis Alberto Gobbo, pela sua dedicação e ter contribuído desde Londrina-PR no mestrado. Sucesso e felicidade. Ao grande amigo e parceiro Ademar Avelar, desde que nos conhecemos, identificamos ao ponto de nos tornarmos grandes irmãos. Agradeço também a sua esposa e minha amiga Michele Trindade pelo seu apoio e carinho. Ao grande colega Leandro Altimari e sua esposa Juliana Altimari pelo incentivo e sonhos. Ao grande parceiro e amigo Sérgio Rodrigues Moreira, que conheci no Paraná, nos encontramos em Brasília e nos tornamos grandes irmãos quando vim para Petrolina- PE. Desde a minha chegada à cidade, hospedagem na sua residência até a importância e consideração com toda minha família. Muito obrigado. Aos amigos Orlando e José Fernando, obrigado pela amizade, parceria, consideração e de termos um convívio de trabalho muito bom. Ao José Fernando obrigado pelas traduções. Aos professores amigos e colegas, Enio Ronque, Hélio Serassuelo, Marcelo Romanzini e a todos do GEPEMENE todo o meu carinho a esse grupo que me deu suporte acadêmico, ânimo, confiança e muitas amizades sinceras. Não poderia deixar de agradecer o Rômulo pelas dicas e ajuda nos procedimentos estatísticos. Aos parceiros e professores da UNIVASF que me ajudaram e ajudam muito, desde o meu colegiado, Luciano Lira (Técnico administrativo), Luciano Juchem, Lara, Marcelo, Rodrigo, Alexsandro, Edmilson, Marlo, Anderson, Leidjane, Adalberto, João Gabriel (Técnico de laboratório) até as pessoas externas ao colegiado, tais como, Julianeli, Télio, Helinando, Cordeiro, Miriam, Isabel, Suzana, Lucelina, Alexandre, Márcia, Melissa, Marcelo Ribeiro, Ricardo Santana, Luciana, Marina. Aos alunos da UNIVASF e em especial do meu grupo de estudos GEPEGENE na figura do meu aluno mais velho de iniciação científica, Marcos Vinicius Oliveira Carneiro.

27 E aos familiares espalhados em Mineiros-Go, Goiânia-Go, em especial minha madrinha Ieda e Gilberto e aos filhos Bruno, César e André. A todos os indivíduos que participaram do estudo o meu profundo agradecimento e respeito. Vocês foram essenciais e fundamentais para a conquista desse sonho. Em especial da direção da escola (SESAM CEILÂNDIA/DF) por abrir as portas para as coletas de dados sem medir esforços. A Universidade Católica de Brasília (UCB-DF) por me proporcionar excelentes condições para aprimorar meus conhecimentos. Aos órgãos de fomento CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) por financiar parte desse projeto. Ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) por financiar na minha formação na pósgraduação. OBRIGADO À TODOS!!!

28 RESUMO CARVALHO, Ferdinando Oliveira. ASSOCIAÇÃO DE VARIÁVEIS ANTROPOMÉTRICAS, HEMODINÂMICAS E DE TESTES MOTORES COM VARIANTES ALÉLICAS CLÁSSICAS DOS GENES ACTN3 E ECA EM ADOLESCENTES BRASILEIROS. 2012. 142f. Tese de Doutorado (Doutorado em Educação Física) Universidade Católica de Brasília, Brasília-DF, 2012. Perfis alélicos específicos podem estar associados a fenótipos de relacionados ao desempenho atlético e de aptidão física relacionada à saúde. Em um futuro próximo, a prescrição de exercício físico poderá ser individualizada baseando-se nos genótipos, contribuindo assim tanto para a seleção de jovens talentos como para a prevenção de doenças crônico-degenerativas. Dentre os polimorfismos e genes investigados destacam-se o R577X do gene da α- actinina 3 (ACTN3) e o polimorfismo I/D da enzima conversora de angiotensina (ECA). No gene ECA, o Alelo D está associado ao risco em hipertensão e o alelo I sem risco a problemas cardiovasculares. No gene ACTN3, o alelo R está relacionado à força/potência muscular e por outro lado, o alelo X é mais comum à resistência muscular. O objetivo do estudo foi analisar a possível influência de variantes alélicas do ACTN3 e da ECA, e do nível sócioeconômico, étnico e de atividade física sobre as variáveis antropométricas, hemodinâmicas, reatividade vascular ao estresse e de desempenho motor em adolescentes entre 11 e 16 anos participantes do projeto segundo tempo do governo federal da cidade de Ceilândia - DF. Fizeram parte do estudo 85 meninos (13,1 ± 1,2 anos; 53,1 ± 8,7 kg; 1,60 ± 0,1 m; 20,5 ± 2,5 kg/m 2 ) e 64 meninas (13,2 ± 1,2 anos; 51,7 ± 9,4 kg; 1,57 ± 0,08 m; 20,9 ± 3,3 kg/m 2 ). Além de coletas da saliva para genotipagem, os voluntários foram submetidos à avaliação da estatura, massa corporal, circunferências, dobras cutâneas, pressão arterial de repouso (PA), avaliação da reatividade vascular ao estresse (RVE) e testes motores segundo a padronização de GAYA & SILVA (2007). Para a mensuração da PA foi utilizado o equipamento eletrônico digital Omron (HEM 742). Para a avaliação da RVE foi aplicado o teste Cold Test Pressor que consistiu na submersão da mão dominante do voluntário em água gelada (4 a 5º C) durante 1 minuto, sendo a PA mensurada aos 30 e 60s de realização do teste. Foi aplicado também um questionário de nível socioeconômico e de nível de atividade física. Para análise do DNA genômico total foi retirada amostra de saliva, sendo o sítio polimórfico do gene ECA amplificado por PCR (Polymerase Chain Reaction-Reação em cadeia de polimerase), tendo um fragmento de 490 pares de base (pb) e um 190 pb. Foi realizada uma PCR confirmatória para o alelo I, contendo um fragmento de 335 pb. O sítio polimórfico do gene ACTN3 foi amplificado por PCR e o fragmento de 342 pb submetido à digestão pela enzima DdeI. Após confirmação da distribuição normal dos dados, ANOVA two-way, com nível de significância p<0,05, foi empregada para comparação entre os valores das variáveis estudadas nos diferentes genótipos dos genes da ECA e ACTN3 e gêneros (SPSS, v. 13.0). A razão de chance (RC) ajustada para determinar as principais variáveis que podem estar associadas a ser ativo fisicamente em adolescentes foi realizada pelo STATA (v. 8.0). Com relação às características iniciais observou-se que a maioria (80,1%) da amostra é de baixo nível socioeconômico, predominância da cor parda (49,3%), 17,7% dos pais e 19,6% das mães tinham mais de 12 anos de estudo. 29,2% da amostra foi classificada com sobrepeso ou obesidade. 14,7% deles estavam com valores de PA acima dos recomendados. A RC ajustada demonstrou que ser de classe econômica alta (RC=1,8) e ter o pai com nível de instrução 12 anos de estudo (RC=2,1) parece ser favorável para que o filho seja ativo fisicamente. A frequência dos genótipos na amostra estudada foi de 41,7% DD, 38,9% ID e 19,4% II para o gene da ECA; e 37,3% RR, 44,4% RX e 18,3% XX, ambos em equilíbrio de Hardy-Weinberg. Os adolescentes de ambos os sexos que apresentam genótipo DD e/ou alelo D apresentaram PAS (112,2±12,1 vs 106,4±13,5mmHg;p 0,01) e PAD (68,5±9,1 vs 61,7±8,5mmHg;p 0,01) de repouso superiores aos adolescentes com genótipo II ou portador do alelo I do polimorfismo do gene da ECA. No teste estressor, em ambos os sexos e nos voluntários hiperreativos (PAS 25mmHg ou PAD 20mmHg ou ambos), houve diferença significativa entre os genótipos, mostrando que o alelo D tem PAS repouso (D=106,0±7,8mmHg e I=97,4±8,8mmHg nos meninos; D=106,9±15,4mmHg e I=101,0±14,5mmHg nas meninas) e PAD repouso (D=60,7±6,4mmHg e I=55,7±7,0mmHg nos meninos; D=65,0±8,1mmHg e I=61,9±7,9mmHg nas meninas) superior ao Alelo I. Quanto à composição corporal, o alelo D apresentou maior massa corporal (D=55,8±7,2Kg e I=50,7±10,4Kg nos meninos; D=57,5±12,9Kg e I=50,4±8,6Kg nas meninas) e área muscular de braço (D=15,8±4,9cm 2 e I=13,7±6,7cm 2 nos meninos; D=13,8±3,5cm 2 e I=12,3±4,2cm 2 nas meninas) quando comparada ao alelo I. Os portadores dos genótipos RR apresentaram melhor desempenho motor na maioria dos testes (agilidade, 20 metros, abdominal 1 minuto em ambos os sexos e impulsão horizontal e medicine Ball apenas nos meninos) quando comparados ao genótipo XX. A associação dos alelos D+R resultou em melhor desempenho nos testes motores do que I+X (Nas meninas apenas no teste de envergadura e agilidade; e nos meninos em todos os testes, exceto 12 minutos e envergadura). Conclui-se que as variantes alélicas do ACTN3 e ECA podem influenciar no desempenho atlético, bem como na saúde de cada indivíduo. Ser portador do alelo D no gene da ECA aumenta a chance de ser hipertenso, bem como, ter maior RVE. Sugere-se a esses indivíduos ter maiores cuidados relacionados à pressão arterial, tais como, exercitar-se e alimentação saudável. Por outro lado, ser portador do alelo R do gene ACTN3 reflete em melhores respostas no desempenho motor, sobretudo nos testes que envolvem força e potência muscular. Palavras-chave: Adolescentes. Genética. ECA. ACTN3. Pressão Arterial. Testes motores.

29 ABSTRACT CARVALHO, Ferdinando Oliveira. ASSOCIATION BETWEEN ANTHROPOMETRIC, HEMODINAMIC AND MOTOR TEST VARIABLES WITH ALLELIC CLASSIC VARIANTS OF THE ACTN3 AND ACE GENES IN BRAZILIAN ADOLESCENTS. 2012. 142p. Doctorate Thesis (Doctorate in Physical Education) Catholic University of Brasília, Brasília-DF, 2012. Specific allelic profiles can be associated with phenotypes linked to performance and physical fitness. Possibly, in a close future, exercise prescription could be individualized bases on genotypes. This could significantly contribute to the selection of new talents and/or to prevent chronic-degenerative diseases. Among these genes are the polymorphism R577X of the α-actinine3 gene (ACTN3) and the I/D polymorphism of the angiotensin converting enzyme gene (ACE). In the ACE gene, the allele D is associated with a risk of developing hypertension and the allele I with no risk of cardiovascular problems. In the ACTN3 gene, the allele R is related to muscular strength/power, while the allele X is more common to muscular endurance. The aim of this thesis was to analyze possible influences of the allelic variants of ACTN3 and ACE, socioeconomic level, race, and physical fitness in the anthropometric, hemodynamic and motor development variables in adolescents between 11 and 16 years, from the city of Ceilândia-DF, participants of the Segundo Tempo program provided by the federal government. The sample was composed of 85 boys (13,1±1,2years; 53,1±8,7kg; 1,60±0,1m; 20,5±2,5kg/m 2 ) and 64 girls (13,2±1,2years; 51,7±9,4kg; 1,57±0,08m; 20,9±3,3kg/m 2 ). The motor tests followed the protocol suggested by GAIA & SILVA (2007). Stature, body mass, circumferences and skinfold thickness were measured. From these measurements, body mass index (BMI) and arm muscle area (AMA) were determined. Blood pressure (BP) was verified using digital electronic equipment (Omron HEM 742). A vascular reactivity test (Cold Pressor Test) was applied on the volunteers with their hands submerged in cold water (4 to 5ºC) during 1 minute. Socioeconomic and physical fitness questionnaires were answered. Total genomic DNA was obtained from saliva, with the polymorphic site of ACE being amplified by Polimerase Chain Reaction (PCR), having a fragment of 490 base pairs (bp) and another of 190bp. A confirmatory PCR for I allele, containing a fragment of 335bp was also performed. The polymorphic site of ACTN3 was amplified through PCR and the fragment of 342bp submitted to digestion using the DdeI enzyme. After confirmation of data normality, a two-way ANOVA with a p<0.05 level of significance using SPSS v13.0, was performed to compare values among the different studied variables in the specific genotypes and sexes. Adjusted odds ratio (OR) to determine the main variables associated with being physically active was performed using STATA v8.0. Regarding the initial characteristics, it was observed that the majority of the sample (80.1%) had low socioeconomic level, were predominantly brown of race (49.3%) and their fathers (17.7%) and mothers (19.6%) had more than 12 years of education. Almost 29.2% of the sample was overweight or obese and 14.7% were above the recommended BP levels. Adjusted OR regarding high socioeconomic level (OR=1.8) and having a father with 12 or more years of education (OR=2.1) seemed to favor being physically active. The frequency of the genotypes was 41.7% DD, 38.9% ID and 19.4% II for ACE and 37.3% RR, 44.4% RX and 18.3% XX for ACTN3, both in Hardy-Weinberg equilibrium. Adolescents from both sexes that carried the DD genotype and/or the D allele presented higher resting SBP (112,2±12,1 vs 106,4±13,5mmHg;p 0,01) and DBP (68,5±9,1 vs 61,7±8,5mmHg;p 0,01) when compared to the ones with the II genotype or carrier of the I allele of the ACE gene polymorphism. In the vascular reactivity test, in both sexes and in the hyper-reactive volunteers (SBP 25mmHg, DBP 20mmHg or both), there was significant difference between the genotypes, showing that the D allele presented higher resting SBP (D=106,0±7,8mmHg and I=97,4±8,8mmHg in boys; D=106,9±15,4mmHg and I=101,0±14,5mmHg in girls) and DBP (D=60,7±6,4mmHg and I=55,7±7,0mmHg in boys; D=65,0±8,1mmHg and I=61,9±7,9mmHg in girls) when compared to the I allele carriers. Regarding body composition, the D allele carriers presented higher body mass (D=55,8±7,2Kg and I=50,7±10,4Kg in boys; D=57,5±12,9Kg and I=50,4±8,6Kg in girls) and AMA (D=15,8±4,9cm 2 and I=13,7±6,7cm 2 in boys; D=13,8±3,5cm 2 and I=12,3±4,2cm 2 in girls) when compared to the I allele carriers. The carriers of the RR genotype presented better motor development in most of the tests (agility, 20 meters, 1 minute sit-ups in both sexes and horizontal jump and medicine ball only in boys) when compared to the XX genotype. The association of the D+R alleles resulted in better performance in the motor tests when compared to I+X (in girls only in the scale and agility test, and in every test in boys except 12 minutes and scale. We conclude that the allelic variants of ACTN3 and ACE can influence in the athletic performance, as well as in the health of each individual. Carrying the D allele of ACE enhances the chance of hypertension and vascular reactivity. It is suggested that these individuals have more caution with blood pressure, exercise regularly and have good eating habits. On the other hand, carrying the R allele of ACTN3 reflects in better motor development performance, especially in the ones involving muscular strength and power. Keywords: Adolescents. Genetics. ACE. ACTN3. Blood pressure. Motor tests.

30 LISTA DE TABELAS Pag. Tabela 1. Genes candidatos mais importantes associado com desempenho atlético em humanos 33 Tabela 2. Caracterização geral da amostra 65 Tabela3. Valores obtidos nos testes motores pelos voluntários em ambos os sexos 72 Tabela 4. Valores de PAS, PAD e FC em repouso, de ambos os sexos dentro de cada genótipo (DD, ID e II) e alelos (D e I) 73 Tabela 5. Valores de PAS, PAD e FC no repouso, aos 30 segundos e aos 60 segundos submetidos ao teste de reatividade vascular (Cold Test Pressor) 73 Tabela 6. Valores de PAS dos hiperreativos no Cold Test Pressor separado por genótipos entre os sexos 74 Tabela 7. Valores de PAD dos hiperreativos no Cold Test Pressor separado por genótipos entre os sexos 75 Tabela 8. Valores da antropometria e da composição corporal, de ambos os sexos e separados por genótipos (DD, ID e II) do gene da ECA e (RR, RX e XX) do gene do ACTN3 83 Tabela 9. Valores obtidos nos testes motores em meninos e meninas de acordo com o seus genótipos do polimorfismo R577X do gene ACTN 86 Tabela 10. Associação dos genótipos DD, ID e II do polimorfismo I/D do gene da ECA e dos genótipos RR, RX e XX do polimorfismo R577X do gene do ACTN3 nos testes motores em ambos os sexos 87 Tabela 11. Análise da frequência de classificações dos adolescentes aptos aos seus resultados obtidos nos testes motores de acordo com GAYA & SILVA (2007) 89

31 LISTA DE FIGURAS Pag. Figura 1. Desenho esquemático mostrando os níveis de atividade física e o declínio do VO 2 máx ou força muscular com o envelhecimento 26 Figura 2. Freqüência dos 3 genótipos do ACTN3 em controles e atletas de elite 35 Figura 3. Esquema do sistema renina-angiotensina-aldosterona 40 Figura 4. Ação da renina na conversão de angiotensinogênio hepático em angiotensina I, e desta em angiotensina II pela enzima ECA dos pulmões 41 Figura 5. Representação esquemática do cromossomo 17 e localização do polimorfismo I/D do gene da ECA no íntron 16 42 Figura 6. Representação esquemática da identificação do polimorfismo inserção (I)/deleção (D) nas coletas do teste piloto 42 Figura 7. Medida da Estatura 49 Figura 8. Medida de Envergadura 56 Figura 9. Teste de sentar-e-alcançar 57 Figura 10. Teste de sentar-e-alcançar adaptado sem banco 58 Figura 11. Teste de força e resistência abdominal 59 Figura 12. Teste de Impulsão Horizontal 59 Figura 13. Arremesso de Medicine Ball 60 Figura 14. Teste do quadrado 61 Figura 15. Corrida de 20 metros 62 Figura 16. Caracterização do nível socioeconômico, instrução de pai e mãe e cor/raça dos adolescentes 66 Figura 17. Classificações gerais das variáveis do Índice da Massa Corporal e Pressão Arterial dos adolescentes 67 Figura 18. Dados dos adolescentes ativos fisicamente relacionados com cor/raça, instrução de pai e mãe e nível socioeconômico 68 Figura 19. Valores da razão de chance (odds ratio) nível de atividade física e condição socioeconômica e instrução dos responsáveis 69 Figura 20. Frequência dos genótipos do polimorfismo I/D do gene da ECA e do polimorfismo R577X do gene ACTN3 70

32 Figura 21. Figura 22. Figura 23. Figura 24. Figura 25. Figura 26. Figura 27. Frequência dos genótipos do polimorfismo I/D do gene da ECA e do polimorfismo R577X do gene ACTN3 separados por sexo 71 Valores de PAS dos voluntários hiperreativos portadores do alelo de risco deleção (D) e não reativos portadores do alelo sem risco inserção (I) no Cold Test Pressor em meninos 76 Valores de PAS das voluntárias hiperreativas portadores do alelo de risco deleção (D) e não reativos portadores do alelo sem risco inserção (I) no Cold Test Pressor em meninas 77 Valores de PAD dos voluntários hiperreativos portadores do alelo de risco deleção (D) e não reativos portadores do alelo sem risco inserção (I) no Cold Test Pressor em meninos 78 Valores de PAD das voluntárias hiperreativas portadoras do alelo de risco deleção (D) e não reativas portadoras do alelo sem risco inserção (I) no Cold Test Pressor em meninas 79 Valores da FC dos voluntários hiperreativos portadores do alelo de risco deleção (D) e não reativos portadores do alelo sem risco inserção (I) no Cold Test Pressor em meninos 80 Valores de FC das voluntárias hiperreativas portadoras do alelo de risco deleção (D) e não reativas portadoras do alelo sem risco inserção (I) no Cold Test Pressor em meninas 81

33 LISTA DE ABREVIATURAS ACTN3 alfa-actinina 3 ECA enzima conversora de angiotensina PA pressão arterial R/R genótipo com dois alelos com eficiência (funcional) de ACTN3 (homozigoto) R/X genótipo com um alelo com eficiência (funcional) e um com deficiência (nulo) de ACTN3 (heterozigoto) X/X genótipo com dois alelos com deficiência (nulo) completa de ACTN3 (homozigoto) I/I genótipo da ECA com dois alelos de inserção (homozigoto) I/D genótipo da ECA com um alelo de inserção e um de deleção (heterozigoto) D/D genótipo da ECA com dois alelos de deleção (homozigoto) HAS hipertensão arterial sistêmica PAS pressão arterial sistólica PAD pressão arterial diastólica DCV doença cardiovascular AF atividade física IMC índice de massa corporal FC freqüência cardíaca VO 2 máx volume de oxigênio máximo SRAA sistema renina-angiotensina-aldosterona CB circunferência de braço relaxado CBC circunferência de braço contraído CAB circunferência de abdômen CP circunferência de perna CX circunferência de coxa CI circunferência de cintura CQ circunferência de quadril RCQ relação cintura-quadril EDCTR espessura de dobra cutânea triciptal EDCSE espessura de dobra cutânea subescapular EDCPA espessura de dobra cutânea da panturrilha ΣEDC somatório de dobras cutâneas

34 AMB Área muscular de braço mmhg milímetros de mercúrio PCR polymerase chain reaction (Reação em cadeia da polimerase) pb pares de base

35 SUMÁRIO Pag. 1. INTRODUÇÃO 018 2. OBJETIVO 022 2.1 Objetivo geral 022 2.2 Objetivos específicos 022 3. REVISÃO DE LITERATURA 023 3.1 Exercício físico e pressão arterial em crianças e adolescentes 023 3.2 Nível de atividade física em adolescentes 025 3.3 Estudos nacionais: uma análise por região, obesidade, doenças crônico degenerativa entre ensino público e privado 027 3.4 Associação genética 031 3.5 Alfa-actinina 3 (ACTN3) e exercício físico 033 3.6 Enzima conversora de angiotensina (ECA) e exercício físico 039 4. METODOLOGIA 048 4.1 Amostra 048 4.2 Critérios de inclusão 048 4.3 Critérios de exclusão 048 4.4 Procedimentos da coleta de dados 048 4.4.1 Medidas antropométricas 048 4.4.2 Circunferências e espessuras de dobras cutâneas (EDC) 049 4.4.3 Pressão arterial (PA) 050 4.4.4 Cold Test Pressor Teste estressor 051 4.4.5 Análise genotípica 051 4.5 Testes motores 056 4.5.1 Medida de envergadura 056 4.5.2 Teste de flexibilidade (Sentar e alcançar) com o banco 057 4.5.3 Teste de flexibilidade (Sentar e alcançar adaptado sem o banco) 057 4.5.4 Teste de força-resistência abdominal 058 4.5.5 Teste de força explosiva de membros inferiores (Impulsão 059 horizontal) 4.5.6 Teste de força explosiva de membros superiores (Arremesso de medicine Ball de 2 Kg) 060 4.5.7 Teste de agilidade (Teste do quadrado) 060 4.5.8 Teste de velocidade de deslocamento (Corrida de 20 metros) 061 4.5.9 Teste de capacidade cardiorrespiratória (Corrida ou caminhada de 062 12 minutos) 5. QUESTIONÁRIOS 063 6. PROCEDIMENTOS ESTATÍSTICOS 064 7. RESULTADOS 065 8. DISCUSSÃO 090 9. CONCLUSÃO 103 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 105 11. ANEXOS 121

36 1. INTRODUÇÃO O exercício físico sistematizado é de extrema importância por favorecer melhorias nos componentes da aptidão física relacionada à saúde, tais como, força, resistência muscular, resistência cardiorrespiratória, flexibilidade e aspectos da composição corporal (ACSM, 2009), contribuindo significativamente para que a saúde dos indivíduos seja preservada e proporcione uma boa qualidade de vida. Por outro lado, o estilo de vida sedentário proporciona aos indivíduos enormes prejuízos no que se diz respeito às doenças hipocinéticas, mais conhecidas por disfunções crônico-degenerativas, como obesidade, dislipidemia, diabetes, problemas cardiovasculares e hipertensão. Nas últimas décadas o aumento do sedentarismo tem acometido não somente os adultos, mas também as crianças e adolescentes em diversas partes do mundo (JANSSEN et al., 2005). Isso tem chamado à atenção de pesquisadores na área do exercício, uma vez que esse fenômeno tem atingido cada vez mais um maior contingente de indivíduos e em idades mais precoces, principalmente em países desenvolvidos ou em desenvolvimento, como o Brasil (ILHA, 2004; BARUKI et al., 2006; CAMPOS et al., 2007; NUNES et al., 2007; RONQUE et al., 2007; RONQUE et al., 2007; FARIAS JUNIOR & SILVA, 2008; VANZELLI et al., 2008; MILANO et al., 2009; FARIAS et al., 2010; FONSECA et al., 2010; GUEDES et al., 2010; PASQUARELLI et al., 2010; RAUBER, 2010; RONQUE et al., 2010; CHRISTOFARO et al., 2011; CARVALHO et al., 2012). Dessa maneira, o exercício físico tem sido um dos recursos não farmacológicos de combate ao sedentarismo, conseqüentemente à obesidade e hipertensão, cujo início da instalação se dá na infância e adolescência (MUNTNER, et al., 2004; BAKER et al., 2007; CARLETTI et al., 2008; LEARY et al., 2008; SYME et al., 2009; OBARZANEK et al., 2010; RAUBER, 2010) e se prolonga até a idade adulta (EISENMANN, et al., 2004). Além de vários outros benefícios promovidos pelo exercício físico, há redução significativa da pressão arterial (PA) pós exercício físico (FORJAZ et al., 2005; CARDOSO Jr. et al., 2010; SIMÕES et al., 2010), e por até 24 horas subseqüentes a prática (WHELTON et al., 2002; FAGARD et al., 2006) tem sido bastante evidenciado na literatura. Tanto o exercício físico agudo quanto o crônico promovem redução da PA, porém o exercício crônico tem demonstrado maior eficiência

37 (GERAGE et al., 2007). Assim, acredita-se que aquele indivíduo ativo fisicamente possa ter reduzidos seus riscos de ser acometido por tais doenças crônico-degenerativas. A maioria dos estudos sobre PA e exercício físico envolve a população idosa, sendo as pesquisas em crianças e adolescentes bastante escassas. Com o objetivo de dar oportunidade para crianças e jovens também na vivência com o exercício físico no turno contrário ao da escola, acompanhadas por profissionais e estudantes estagiários de educação física, tem sido instituído o Projeto Segundo Tempo no Brasil. Este projeto foi criado e colocado em prática pelo Ministério do Esporte do Governo Federal, e tem também como finalidade dar oportunidades a essas crianças e adolescentes de vivenciarem exercício físico (futebol, futsal, voleibol, basquetebol, ping-pong, pebolim, iniciação do handebol, queimada), propiciando assim, exercícios físicos para um futuro mais ativo fisicamente. Estas atividades tem a duração de 90 minutos, 3 vezes por semana. Esse projeto é destinado à democratização da prática e à cultura do esporte de forma a promover o desenvolvimento integral das crianças, adolescentes e jovens, como fator de formação da cidadania e melhora da qualidade de vida, prioritariamente em áreas de vulnerabilidade social ao oferecer prática esportiva educacional. O projeto visa estimular a criança e o adolescente a manterem uma integração afetiva que contribua para o seu desenvolvimento integral, oferecendo condições adequadas para a prática esportiva educacional de qualidade, por meio do desenvolvimento de valores sociais. Além disso, o projeto contribui para a melhora das capacidades físicas, das habilidades motoras e da qualidade de vida (auto-estima, convívio social e saúde) e para a diminuição da exposição aos riscos sociais (drogas, prostituição, gravidez precoce, criminalidade, trabalho infantil e a conscientização da prática esportiva), assegurando o exercício de cidadania. Para que o profissional da educação física conheça as condições de saúde e de aptidão física iniciais de seus alunos, bem como elabore melhor suas aulas, a avaliação física e antropométrica são práticas bastante comuns e recomendadas. Além disso, avaliações da PA nesta população podem nos fornecer valiosas informações ao identificarmos, por exemplo, crianças com resposta exacerbada de elevação da pressão arterial ao estresse (hiperreativas). A hiperreativade da PA ao estresse pode sugerir uma maior probabilidade de desenvolvimento de hipertensão arterial na vida adulta (HINES et al., 1936; WOOD et al., 1984).

38 Além da avaliação física, motora, social e sua relação com a saúde, outra variável importante que tem se destacado nas investigações envolvendo avaliação física é a genética. Essa nova ferramenta de avaliação poderá, no futuro, nos auxiliar muito mais do que apenas os fenótipos. Estudos têm mostrado fortes evidências de que a genética possa influenciar o desempenho atlético. Sabe-se que vários fatores biológicos e ambientais são determinantes da performance atlética, e que a análise de um único gene, isoladamente, não necessariamente determina um fenótipo de um atleta. Embora o reconhecimento de que o resultado final (fenótipo) represente a integração de múltiplos genes mais os fatores ambientais, a identificação de talentos e prescrição de programas de treinamento que maximizem o potencial individual do atleta, com base na caracterização de variantes genéticas, poderá revolucionar a ciência do esporte (DIAS et al., 2007; DIAS, 2011). Um grande número de genes e marcadores genéticos já está documentado (BRAY et al., 2009), demonstrando as associações com fenótipos de performance e de boa aptidão física relacionada à saúde (OSTRANDER et al., 2009), e que futuramente, a prescrição de exercício físico será individualizada e parcialmente baseada nos genótipos (ROTH, 2008). Até o presente momento há cerca de 239 seqüências de variantes de genes e de marcadores genéticos que estão relacionados aos fenótipos de performance física e boa aptidão física relacionada à saúde. Isso pode contribuir de forma significativa para a seleção de jovens talentos e/ou a prevenção de doenças crônico-degenerativas (WOLFARTH et al., 2005), sendo esta última mais interessante em se tratando de saúde pública. Dentre esses genes destacam-se o polimorfismo R577X do gene da α-actinina 3 (ACTN3) e o polimorfismo I/D da enzima conversora de angiotensina (ECA) (DIAS et al., 2007). O ACTN3 é composto pelos alelos X e R. O alelo 577R parece influenciar o fenótipo de força/potência, uma vez que demonstrou ser mais frequente em atletas de sprint (YANG et al., 2003). A alfa-actinina 3 desempenha importante função em fibras musculares do tipo II, o que poderia resultar em diferenças na função muscular esquelética nos indivíduos com o alelo 577R para ACTN3 (DIAS et al., 2007). Dessa maneira, indivíduos que apresentam a proteína ACTN3 (genótipos RR ou RX) podem apresentar vantagem em modalidades que exigem explosão e força muscular quando comparados com indivíduos com genótipo XX (McARTHUR & NORTH, 2004). Apesar da freqüência dos alelos serem diferentes entre populações, estima-se que aproximadamente 16 a 21% da população seja homozigoto para o polimorfismo em

39 homozigoze (Genótipo XX) (McARTHUR & NORTH, 2007; MORAN et al., 2007; PAPARINI et al., 2007; QUINLAN et al., 2010; SHANG et al., 2012). Outro importante gene é o da ECA, que está localizado no cromossomo 17 q23 e é composto por 26 éxons. Uma variante genética comum no gene da ECA foi descrita e consistente na ausência (deleção ou alelo D ) ou presença (inserção ou alelo I ) de 287 pares de base no íntron 16 (RANKINEN et al., 2000). Estudos têm mostrado a existência de importante associação desse gene com a performance física, onde o alelo I é mais freqüente em atletas de resistência, enquanto que o alelo D, em atletas de força e explosão muscular. A renina, produzida pelas células renais justaglomerulares, um tipo modificado de célula muscular lisa localizada nas arteríolas aferentes, atua sobre a globulina angiotensinogênio, liberando um peptídeo de 10 aminoácidos, a angiotensina I. Esse peptídeo possui propriedades vasoconstritoras leves, porém, quando clivada num peptídeo de oito aminoácidos, angiotensina II (Ang II), por ação da ECA, adquire maior capacidade vasoconstritora (LIMA et al., 2007). Além da vasoconstrição, a angiotensina II provoca aumento da PA pela retenção de sais e água nos túbulos renais, secundária à ação da aldosterona liberada pelas supra-renais. A compreensão dos aspectos genéticos envolvidos na saúde e no desempenho atlético pode contribuir para a prevenção de doenças, porém este tipo de pesquisas tem sido conduzido na grande maioria em indivíduos adultos. Dessa forma, não há estudos envolvendo aspectos genéticos e suas possíveis relações com as variáveis antropométricas, maturacional, motoras e hemodinâmicas, sobretudo em adolescentes brasileiros.

40 2. OBJETIVOS 2.1 - OBJETIVO GERAL Analisar a possível influência de variantes alélicas dos genes alfa-actinina 3 (ACTN3) e enzima conversora de angiotensina (ECA), e do nível sócioeconômico, étnico e de atividade física nas variáveis antropométricas, hemodinâmicas e de desempenho motor em adolescentes entre 11 e 16 anos. 2.2 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Analisar a freqüência alélica do ACTN3 e ECA nos jovens integrantes do projeto segundo tempo de Ceilândia DF; - Verificar a possível influência dos polimorfismos R577X do gene ACTN3 e I/D do gene da ECA com variáveis antropométricas, hemodinâmicas e aquelas relacionadas ao desempenho motor; - Averiguar a possível influência do polimorfismo I/D do gene da ECA nas respostas da pressão arterial após um teste de hiperreatividade do sistema cardiovascular (Cold Pressor Test); - Avaliar a combinação genotípica dos polimorfismos R577X do gene ACTN3 e I/D do gene da ECA com os diferentes resultados obtidos nos testes motores; - Confrontar os dados dos testes motores com as classificações das baterias de testes de GAYA & SILVA (2007); - Caracterizar o nível sócioeconômico, instrução dos responsáveis e cor/raça dos adolescentes; - Observar o comportamento geral das variáveis IMC (Normal, sobrepeso e obeso) e PA (normal e elevada); - Analisar a influência de ser ativo fisicamente nos aspectos de raça/cor, instrução dos responsáveis e nível sócioeconômico; - Investigar por meio de Odds ratio ajustado, quais as principais variáveis que podem estar associadas a ser ativo fisicamente em adolescentes.

41 3. REVISÃO DE LITERATURA 3.1 - Exercício físico e pressão arterial em crianças e adolescentes A prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) entre as crianças é geralmente considerada baixa (<5%) (SOROF et al., 2004). No entanto, a comparação entre os valores da PA do NHANES III (National Health and Nutrition Examination Survey) (1988-1994) e NHANES (1999-2000), mostrou um aumento médio da Pressão Arterial Sistólica (PAS) de 1,4 mmhg, e da Pressão Arterial Diastólica (PAD) de 3,3 mmhg em crianças e adolescentes com idades entre 8-17 anos (MUNTNER et al., 2004). A grande preocupação é que a pressão arterial descontrolada na infância sugere maior probabilidade de hipertensão arterial na fase adulta (EISENMANN et al., 2004). Nesse caso, parece ser necessário e lógico monitorar e controlar a pressão arterial durante a infância com o propósito de diminuir a incidência de HAS e doença cardiovascular (DCV) na vida adulta. A DCV é a principal causa de morte no mundo e os processos patológicos associados com o seu desenvolvimento têm início na infância. A HAS, um dos principais fatores de risco para DCV, já tem sido relatado na população pediátrica (LUMA e SPIOTA, 2006). Contudo, a relação entre a atividade física (AF) e a PA em adultos está bem estabelecida, mas pouco são os estudos conduzidos em crianças e adolescentes. Um estudo populacional de Leary et al. (2008) demonstrou uma relação entre um baixo nível de AF e valores pressóricos mais elevados em adolescentes. Este experimento analisou dados da PAS, PAD, além do nível de atividade física medida por acelerômetros em 5.505 indivíduos jovens de 11 a 12 anos. Não há dúvidas de que o estilo de vida sedentário tem contribuído para o aumento da incidência de obesidade e doenças crônicas como a HAS na população pediátrica (BAKER et al., 2007; CARLETTI et al., 2008; SYME et al., 2009; OBARZANEK et al., 2010). Na maioria dos estudos o comportamento sedentário é identificado pelo tempo gasto na frente da televisão, sendo este o meio de comunicação mais comum usado pela população (MARTINEZ-GOMEZ et al., 2009). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em cada dia os jovens, em idade escolar, devem acumular pelo menos 60 minutos de atividade física de intensidade moderada a vigorosa para garantir um desenvolvimento saudável.

42 Ainda nessa direção, estratégias para elevar a prática de atividade física das crianças e adolescentes têm sido implementadas em intervenções de base escolar (JAGO e BARANOWSKI, 2004). No entanto, a luta contra o sedentarismo deve ser abordada em todos os lugares, incluindo o ambiente doméstico. Isso porque as crianças gastam uma parcela significativa do seu dia em comportamentos sedentários, como ver televisão ou jogar vídeo game dentro do ambiente doméstico (ROBINSON, 1999; BIDDLE et al., 2004; ATKIN et al., 2008). Rauber (2010) demonstrou em seu estudo os benefícios de brincadeiras infantis (BRI) quando comparados ao vídeo-game interativo Dance Dance Revolution (DDR) e televisão (TV) sobre as variáveis hemodinâmicas em crianças pré-púberes. Observou-se que, a partir da elevação da Freqüência Cardíaca (FC), PAS, PAD observadas durante as BRI e o DDR, ambas alternativas de atividades físicas são interessante para combater o sedentarismo entre as crianças. E no caso das BRI, as mesmas exerceram uma maior redução dos níveis pressóricos quando comparada com as crianças do DDR após serem submetidas à situação de estresse. Pode-se dizer que os achados mais interessantes deste estudo foram que os benefícios fisiológicos das brincadeiras tradicionalmente empregadas nas aulas de educação física e antigas brincadeiras de rua, tais como, piquebandeirinha, pique-pega, queimada, dentre outras; e que este tipo de brincadeira deve ser estimulado entre as crianças para que as mesmas possam se beneficiar de seus efeitos cardiovasculares. O contrário pode ser dito em relação à sessão TV que não exerceu benefícios cardiovasculares; sendo a PA durante o teste de estresse conduzido após esta sessão significativamente elevada em relação às demais. Este estudo indica que, para a sua saúde cardiovascular, a criança deve assistir o mínimo de TV possível e realizar o quanto possível de brincadeiras ativas e prazerosas. Para examinar a associação entre a pratica de atividade física na infância e fatores de risco para DCV na vida adulta, Kvaavik et al. (2009) fizeram um estudo longitudinal (Oslo Youth Study) e analisaram Índice de Massa Corporal (IMC), colesterol total, triglicérides, PA e hemoglobina glicada. Um estudo prospectivo que começou em 1979, quando 1.016 estudantes (com idade média de 13 anos), que freqüentavam seis escolas foram convidados a participar de uma intervenção de educação em saúde. Parâmetros que ofereciam fator de risco para DCV foram analisados no início e novamente em 1981 (aos 15 anos), 1991 (aos 25 anos), 1999 (aos 33 anos) e 2006 (aos 40 anos). Os resultados demonstraram que as crianças com maior

43 aptidão física apresentavam menor incidência de risco para DCVs e crianças menos ativas maior IMC. Alguns estudos têm demonstrado que a PA é variável e reage a muitas formas de estimulação. Em 1932 foi relatado que um procedimento simples realizado com imersão de uma extremidade das mãos em água com gelo (Cold Pressor Test) produziu um estímulo forte e estressor com efeitos vasopressores de 99% (HINES et al., 1936). Como forma de avaliar principalmente a atividade simpática medida perifiricamente, o Cold Pressor Test, que consiste na imersão da mão em água gelada com temperatura entre 4 e 5º graus Celsius durante 1 minuto, tem sido usado como procedimento nãoinvasivo. Estudos demonstram que o Cold Pressor Test parece ser um bom preditor de hipertensão arterial futura, além do histórico familiar positivo para hipertensão (HINES et al., 1936; WOOD et al., 1984). Rauber (2010) observou que após brincadeiras mais ativas as respostas cardiovasculares frente a este teste estressor foram significativamente inferiores às obtidas após atividade sedentária, como assistir TV. Dessa maneira, já está bem esclarecido na literatura que o exercício físico exerce um efeito benéfico sobre o sistema cardiovascular, levando a diminuição dos valores de FC de repouso (CORNELISSEN et al., 2010), da PA pós-exercício (FORJAZ et al., 2005; CARDOSO Jr. et al., 2010; SIMÕES et al., 2010), de benefícios por até 24 horas subseqüentes a prática (WHELTON et al., 2002; FAGARD et al., 2006) em adultos. Na literatura há uma deficiência de estudos envolvendo estes parâmetros em crianças e exercício físico, sobretudo envolvendo também aspectos genéticos e suas associações. 3.2 - Nível de atividade física em adolescentes A prática regular de AF é considerada essencial para o crescimento, desenvolvimento físico e cognitivo da criança (STRONG et al., 2005). Apesar disso, os níveis de atividade física estão diminuindo entre crianças e adolescentes do mundo todo. Este declínio é em grande parte devido a ser cada vez mais comum a forma de vida sedentária. Por exemplo, cada vez menos crianças vão a pé ou de bicicleta para a escola, dedicam-se por tempo excessivo a assistir televisão, jogar jogos no computador e outras atividades sedentárias. Isso tudo devido também a redução das oportunidades para a atividade física e esportes, bem como a ênfase dada a outras atividades sedentárias, como o estudo, assistir TV, vídeo-game e etc em detrimento das atividades

44 mais ativas como as brincadeiras e as esportivas, que são tão importantes para saúde mental, emocional, afetiva e física de nossas crianças. Na escola, a educação física e outras atividades que envolvem o convívio social ativo também estão sendo reduzidas. Para Booth & Zwetsloot (2010), demonstra que a vantagem sobre a capacidade funcional ou a força muscular de indivíduos que sempre foram treinados fisicamente pode ser de aproximadamente 25 a 30 anos quando comparados aos sedentários (Figura 1). Dentre os fatores mais destacados além do exercício físico é o estado nutricional. Figura 1: Esquema mostrando que a atividade física retarda o declínio da capacidade funcional (VO 2 máx ou força muscular) com o envelhecimento. Notavelmente, uma pessoa aos 80 anos, fisicamente treinado, tem valores comparáveis para a força muscular e de VO 2 máx a de um sedentário de 50 a 55 anos. A figura é modificada de Fitzgerald et al. (1997), com contribuições de Pearson et al. (2002), com os slops originais mantidos. O limiar de fragilidade é definido como VO 2 máx =18 ml/kg/min por Carr et al. (2006). Dessa maneira, a mudança do estilo de vida incluindo exercícios físicos e reeducação alimentar faz parte das condutas recomendadas para a atenção primária às doenças crônicas não transmissíveis (COELHO et al., 2010). Nas últimas décadas, estudos realizados com crianças e adolescentes, em diferentes ambientes e culturas têm

45 trazido valiosas informações sobre os níveis de aptidão física e de saúde, associados aos processos naturais de crescimento, maturação e desenvolvimento (BORGES et al., 2010). Os adolescentes têm, em geral, maus hábitos alimentares. O ambiente social e o contexto econômico-cultural contribuem muito para orientações dos hábitos alimentares e de atividade física dos adolescentes (ARAÚJO et al., 2009). Nas regiões Sudeste, Nordeste, Norte e Centro-Oeste os escolares apresentam maiores índices de desnutrição do que os escolares localizados na Região Sul. Dessa forma, casos de obesidade e/ou sobrepeso são mais evidenciados na Região Sul do país (ARAÚJO & PETROSKI, 2002). Além do excesso de peso e obesidade, sabe-se que o estilo de vida, principalmente a atividade física habitual e os hábitos alimentares podem influenciar nas concentrações de lipídeos no plasma (BERGMANN et al., 2008). No Brasil parece estar havendo aumento nos valores de IMC de crianças e adolescentes com o passar dos anos, aumentando a prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes (BERGMANN et al., 2009). Além disso, os pesquisadores Petroski & Pelegrini, (2009) destacaram que o estilo de vida dos pais está intrinsecamente relacionado com a composição corporal dos seus filhos. A prevalência de excesso de peso foi duas vezes maior nos pais de adolescentes com alto % de gordura em comparação aos pais daqueles com baixo % de gordura. Além disso, o estilo de vida dos pais dos adolescentes com baixo % de gordura foi significativamente melhor que os pais dos adolescentes com alto % de gordura. O ambiente escolar se apresenta como rico e amplo espaço para o desenvolvimento de atividades físicas, tanto pelas aulas de educação física, como pelo oferecimento das várias modalidades de iniciação desportivas (BORGES et al., 2010). Escolares tanto das redes públicas e privadas normalmente têm aspectos diferentes quanto à prática de exercício físico e alimentação, podendo-se mostrar diferenças significativas da composição corporal de cada criança ou adolescente. 3.3 - Estudos nacionais: uma análise por região, obesidade, doenças crônicodegenerativa entre ensino público e privado A obesidade pode ser definida como excesso de gordura corporal provocada pela ingestão superior à demanda energética. Dessa maneira, é considerada uma doença

46 multifatorial, estando envolvidos fatores genéticos, psicológico, metabólicos, fisiológicos e ambientais (GUEDES et al., 2010). O alarmante crescimento da obesidade é motivo de preocupação global, sendo qualificado como a epidemia do novo século (AQUINO JUNIOR et al., 2008). Além disso, essa doença é um dos grandes males da sociedade contemporânea, sobretudo nas populações mais jovens de diversas regiões do mundo (JANSSEN et al., 2005). Vanzelli et al. (2008), relata em seu estudo que segundo dados da Associação Nacional de Empresas de Pesquisa (ANEP), no Brasil a maior parte das famílias pertence às classes socioeconômicas de menor renda (classes D, 33% e E, 31%), porém, os adolescentes mais atingidos pela obesidade pertencem às classes sociais mais privilegiadas (MELLO et al., 2004; VANZELLI et al., 2008), preferencialmente em um maior número de adolescentes com sobrepeso e/ou obesidade pertencentes as classes econômicas A1, A2 e B1 (NUNES et al., 2007), onde os relatos era de que tinham um consumo diário de refrigerantes, doces e salgadinhos como hábito alimentar. Ainda nessa temática, Ronque et al. (2007) verificaram valores de adiposidade elevada em crianças com idade entre sete e dez anos de ambos os sexos, e de alto nível sócioeconômico, apresentando já em tão precoce idade, importantes fatores de risco à saúde. O nível de obesidade em adolescentes pode estar relacionado também com o processo de maturação destes. Pasquarelli et al. (2010) observaram o estado de excesso de peso em adolescentes de ambos os sexos, seguindo a classificatória de Cole et al. (2000) de acordo com a idade e sexo, e constataram que o processo de maturação sexual (TANNER, 1962) interfere de forma distinta na prevalência de excesso de peso de meninos e meninas. Em adolescentes (12 anos de média) obesos (divididos pela estratificação do IMC), de ambos os sexos, Bankoff et al. (2002) avaliaram medidas de PA e FC, obtidas durante o pré-esforço, esforço e recuperação, em teste de aptidão física na esteira ergométrica e observaram durante o esforço valores muito altos tanto da PA quanto da FC no meninos, mas principalmente nas meninas sempre nos indivíduos mais obesos (Obesidade grau 3 ou mórbida). Milano & Leite (2009) verificaram valores de VO 2 máx absoluto (l/min) mais altos nos obesos, em ambos os gêneros, do que no grupo não obeso. Entretanto, o VO 2 máx relativo ao peso corporal (ml/kg/min) foi menor no grupo obeso, demonstrando assim que a obesidade interfere também nas variáveis fisiológicas, sobretudo em adolescentes.

47 Ainda nesse aspecto, Ronque et al. (2010) mostraram que adolescentes, de ambos os sexos, com alta aptidão cardiorrespiratória apresentaram sistematicamente valores mais baixos de gordura corporal, logo sugere-se que o aumento da adiposidade corporal pode influenciar negativamente também a aptidão cardiorrespiratória em adolescentes de ambos os sexos. Nesta última década, diversos estudos vêm tentando alertar as pessoas sobre a importância da atividade física desde criança até a idade mais avançada. Estudos com adolescentes nas escolas podem servir como mecanismo de identificação, monitoração e vigilância de comportamentos de risco à saúde, prevenindo possíveis agravos à saúde em âmbito escolar, extensivos a toda população desta faixa etária (ARAÚJO et al., 2009). Porém, é importante frisar que muitas crianças e adolescentes da modernidade não têm hábitos saudáveis como a prática de exercícios físicos de forma sistematizada e orientada, e conseqüentemente, tem uma maior probabilidade de ter uma vida adulta com os mesmos hábitos sedentários. Já, o indivíduo que possui e/ou possuiu uma prática saudável ao longo da juventude tem maiores condições de perdurar tais costumes pela fase adulta e velhice (GENEROSI et al., 2008). Vários estudos se destinaram a mensurar variáveis relacionadas com a aptidão física em crianças e adolescentes (RONQUE et al., 2007; GENEROSI et al., 2008; FARIAS et al., 2010). No estudo de Generosi et al. (2008), tanto meninos quanto meninas, com idade entre 14 e 16 anos, apresentaram índices de aptidão física relacionada à saúde insuficiente de acordo com os critérios propostos pela literatura. Com relação à resistência cardiorrespiratória e força/resistência abdominal, os meninos tiveram melhores índices que as meninas de maneira significativa (p<0,05). Nos estudos de Farias et al. (2010) e Ronque et al. (2007) foram encontrados resultados semelhantes em crianças com idade entre 10 e 15 anos e 7 e 10 anos, respectivamente, porém com as meninas tendo resultados superiores comparado aos meninos quanto ao teste de flexibilidade. Para Farias et al. (2010), que acompanharam os estudantes por 1 ano (Estudo longitudinal), no norte do país (Porto Velho - RO) não encontraram melhora significativa em crianças com idade entre 10 e 15 anos quando se comparou do pré para o pós-teste, mas quando comparado o grupo caso (intervenção) com o controle, mostrou diferença significativa com melhora nos testes de força e resistência, em ambos os sexos, para o grupo caso. De uma forma geral, os valores

48 foram maiores nos meninos em relação às meninas para resistência muscular e aptidão cardiorrespiratória e menor para flexibilidade. Baruki et al. (2006), no centro-oeste do país, constataram que crianças eutróficas são mais ativas, praticam atividades físicas mais intensas e gastam menos tempo assistindo televisão e jogando videogames do que as crianças com sobrepeso. Em estudo de dissertação de mestrado, Ilha (2004) notou que adolescentes com maior percentual de gordura permaneceram maior tempo frente a instrumentos eletrônicos do que os com baixo percentual de gordura. Geralmente no Brasil nota-se que os horários em que as crianças vêem televisão são quando as propagandas são fundamentalmente do grupo de gorduras, açúcares e doces, então, além das crianças terem um menor gasto metabólico, são estimuladas a ingerirem alimentos com alto teor energético. Em uma escola pública em tempo integral (Ponta Grossa - PR), que os grupos de crianças de ambos os sexos analisados apresentaram classificações, segundo a bateria de testes PROESP-BR, estando abaixo do recomendado para a idade das crianças no teste de corrida e caminhada de 9/12 minutos. O grupo feminino revelou médias de excesso de peso em todas as idades avaliadas. A maioria das crianças não apresentou níveis satisfatórios de aptidão física relacionada à saúde, revelando um risco aumentado de doenças crônicas não transmissíveis nestes escolares (FONSECA et al., 2010). Em escolares de classes econômicas mais elevadas de João Pessoa PB, Farias Junior e Silva (2008) observaram uma prevalência de sobrepeso/obesidade de 10%, mostrando-se mais elevada nos rapazes do que nas moças (13,5% vs 7,4%, razão de prevalência [RP]=1,82; IC95%=1,42-2,32) e dissociada da idade em ambos os sexos. Os resultados da análise multivariável evidenciaram maior probabilidade de sobrepeso/obesidade nos rapazes que pertenciam às classes econômicas mais elevadas (RP=2,75; IC95%=1,56-4,82). Por outro lado, a probabilidade de sobrepeso/obesidade foi menor nas moças cujos pais apresentavam maior nível de escolaridade (RP=0,42; IC95%=0,21-0,87). Conclui-se então que a prevalência de sobrepeso/obesidade nos adolescentes escolares de João Pessoa - PB foi similar a que tem sido observado em estudos nacionais. Os rapazes mais ricos e as moças pobres foram os subgrupos de maior chance de apresentar sobrepeso/obesidade. Campos et al. (2007) verificaram uma prevalência de obesidade de 19,5% em escolares de Fortaleza-CE. Nas escolas privadas, o sobrepeso/obesidade alcançou 23,9%, freqüência maior do que nas públicas (18,0%) (p=0, 018). No entanto, entre o

49 sexo masculino e feminino nas escolas privadas não foi observada nenhuma diferença significativa (19,6% e 19,0%, respectivamente). Ainda vale a pena destacar que a prevalência de obesos nos adolescentes mais jovens são maiores do que adolescentes mais velhos (24,1 % x 15,0%; p<0,0001) A prevalência de sobrepeso/obesidade nos adolescentes escolares é similar em diversos estudos nacionais. Dessa maneira, as distintas características que ocorrem entre meninos e meninas, principalmente na fase da adolescência, tais como, os distintos hábitos, costumes, estilo de vida, cultura, aspectos físicos, psicológicos e, além disso, o fato de terem sido educados em distintos contextos familiares e sociais diferentes, são aspectos que podem ser relevantes nas análises de futuros estudos. 3.4 Associação genética Desde as descobertas dos genes e da possibilidade de investigação de seus papeis, o interesse em pesquisas envolvendo aspectos genéticos e desempenho atlético vem aumentando. Porém, muitos desses estudos têm verificado o impacto apenas de um único gene sobre fenótipos de aspectos musculares. Dessa maneira, acredita-se que a associação de vários genes seria mais interessante na busca de variações fenotípicas e consequentemente descoberta de novos talentos esportivos. Em um experimento interessante de EYNON et al. (2010) demonstraram a associação dos genes HIF1A (P582S) e ACTN3 (R577X) com o desempenho de potência ao avaliarem 155 atletas (119 homens e 36 mulheres) e 240 não atletas (167 homens e 73 mulheres) saudáveis da população israelense. O grupo de atletas, de nível nacional e internacional, foi dividido em corredores de resistência (atletas de 10.000 m e maratonistas; 60 homens e 14 mulheres) e velocistas (provas de 100 e 200 metros; 59 homens e 22 mulheres). Não houve diferença na freqüência alélica e na freqüência dos genótipos entre atletas de resistência, velocistas e controles. Por outro lado, a análise combinada entre os polimorfismos HIF1A (P582S) e polimorfismos ACTN3 (R577X) entre velocistas demonstrou que a proporção de HIF1A Pro/Pro + R/R ACTN3 foi significativamente maior nos velocistas do que em atletas de resistência e no grupo controle (P = 0,002). Ainda nesse estudo, o odds ratio para HIF1A Pro/Pro + R ACTN3 de um velocista foi de 2,25 (intervalo de confiança de 95% 1,24-4,1), e para HIF1A Pro/Pro + R ACTN3 de um atleta de resistência foi de 0,5 (intervalo de confiança de 95% 0,2-

50 1,24). Portanto, conclui-se que o polimorfismo HIF1A Pro582Ser por si só não é crítico na determinação do desempenho de sprint. No entanto, o desempenho do velocista associou-se não a um genótipo isolado, mas pela interação entre o genótipo HIF1A Pro/Pro e ACTN3 em homozigose (RR). Assim, mostra-se que a combinação entre genes é mais importante do que apenas um genótipo isolado na determinação de novos talentos esportivos. O mesmo grupo de pesquisadores observou em outro estudo, a associação do polimorfismo (I/D) do gene da ECA e R577X do gene ACTN3 com o desempenho de velocistas (EYNON et al., 2009). Assim, o objetivo foi determinar e comparar o desempenho de 81 velocistas israelenses e 240 controles saudáveis. Os resultados revelaram que o genótipo II (ECA) + alelo R (ACTN3), e o genótipo RR (ACTN3) + alelo I (ECA), ambos significativamente diferentes do grupo controle, se caracterizando nesse estudo como o genótipo ideal para velocistas. Quando realizado um odds ratio para saber as maiores probabilidades de ser um velocista, a primeira combinação foi melhor que a segunda (3,57 vs 2,67), respectivamente, quando comparadas ao controle. Em conclusão, os dados acima sugerem que a combinação dos genes ECA e ACTN3 estão associados com a capacidade de sprint. Para Tsianos et al. (2010) a associação entre oito genes (Alfa-actinina-3 ACTN3; AMP deaminase-1 AMPD1; receptor B2 da bradicinina BDKRB2; receptores β2-adrenérgico ADRB2; PPARGC1α; PPARα; PPARδ e APOE) está relacionada a variações no metabolismo do músculo esquelético, em corredores de maratona olímpica. Para tanto, os autores concluíram que precisa-se de mais investigações, e que para fazer associação entre vários genes e um determinado fenótipo é necessário um número grande de participantes. Na seqüência, em uma revisão de literatura descrita por Lippi et al. (2010) observou-se que o ACTN3 e ECA estão entre os principais genes candidatos ao desempenho atlético (Tabela 1). Porém a associação de vários genótipos ainda tem sido a proposta mais indicada para a seleção de novos talentos esportivos (BRAY et al., 2009; OSTRANDER et al., 2009), e que certamente em um futuro próximo a prescrição de exercício físico será individualizada e baseada em genótipos (ROTH, 2008). Em adição, para Ostrander et al. (2009) está claro que atletas de esportes competitivos podem apresentar uma maior proporção de alelos favoráveis, dentre eles ACTN3 e ECA.

51 Tabela 1. Genes candidatos mais importantes associados com desempenho atlético em humanos. Nota: Tabela retirada do artigo: LIPPI, G.; LONGO, U.G.; MAFFULLI, N. Genetics and Sports. British Medical Bulletin, v. 93, p. 27-47, 2010. 3.5 Alfa-actinina 3 (ACTN3) e exercício físico A actina é uma proteina que associada com a miosina e moléculas de ATP (adenosina trifosfato), gera movimentos celulares e musculares (SCOTT et al., 2001). As alfa-actininas são proteínas que ligam as fibras musculares à matriz extracelular, por meio da membrana celular e são importantes para ligação e fixação dos miofilamentos (MILLS et al., 2001). Dessa maneira, a alfa-actinina é tida como a principal proteína nesta ligação. Além disso, pertence ao citoesqueleto muscular, sendo predominante na linha Z do sarcômero (McARTHUR & NORTH, 2004). A alfa-actinina 3 (ACTN3) localiza-se em fibras de contração rápida (Tipo II) e de alta capacidade contrátil, função esta exigida em esportes que envolvem alta geração de força e potência muscular

52 (NOEGEL et al., 1987; GIMONA et al., 2002; YANG et al., 2003; CLARKSON et al., 2005; LEK et al., 2009). No entanto, sabe-se que, até o presente momento, quatro genes para alfa-actinina foram encontrados em humanos: ACTN1, ACTN2, ACTN3 e ACTN4. Porém, somente as isoformas ACTN2 e ACTN3 são constituintes do citoesqueleto muscular (BLANCHARD et al., 1989). A isoforma ACTN3 é expressa exclusivamente de fibras rápidas (Tipo II), particularmente do tipo IIb (NORMAN et al., 2009), responsáveis pela geração de contrações rápidas e intensas tais como, sprint, explosão (GIMONA et al., 2002; YANG et al., 2003). As funções exatas da ACTN3 ainda não são bem conhecidas, mas sugere-se que, além de função estrutural, ela exerça atividade na manutenção da integridade mecânica e na contração muscular (MILLS et al., 2001; McARTHUR & NORTH, 2007). Sugere-se ainda que a ACTN3 possa está relacionado na tipologia das fibras (VINCENT et al., 2007). O gene ACTN3 localiza-se no cromossomo 11q13-q14 e foi clonado por Beggs et al. (1992). Foi identificada a troca do nucleotídeo C/T na posição 1.747 do éxon 16. Essa alteração resulta na conversão do aminoácido arginina em um stop códon prematuro no resíduo 577 (R577X), e como conseqüência a ausência da proteína (NORTH & BEGGS, 1996; NORTH et al., 1999). Essa variação resulta em última instância em duas versões da ACTN3 em humanos, um alelo funcional R e um alelo X nulo. Indivíduos homozigotos do alelo X (genótipo XX) apresentam deficiência completa da ACTN3 em humanos (NORTH et al., 1999). Para Dias et al. (2007) a alfa-actinina 3 desempenha importante função em fibras musculares do tipo II, portanto, as diferenças na função muscular esquelética entre indivíduos com diferentes genótipos (R577X) para ACTN3 parecem ser um raciocínio plausível. Dessa maneira, indivíduos que apresentam a proteína ACTN3 (genótipos RR ou RX) podem apresentar vantagem em modalidades que exigem força e/ou potência muscular quando comparados com indivíduos com genótipo XX (McARTHUR & NORTH, 2004). Apesar da freqüência dos alelos serem diferentes entre populações, estima-se que aproximadamente 16 a 21% da população seja homozigoto para o polimorfismo não-funcional, XX (McARTHUR & NORTH, 2007; MORAN et al., 2007; PAPARINI et al., 2007; QUINLAN et al., 2010; SHANG et al., 2012). No estudo de MacArthur e North (2004) é notória a maior freqüência do alelo R em atletas de sprint e explosão. Por outro lado, do alelo X é mais frequente nos esportes de resistência (Figura 2).

53 Figura 2. Freqüência dos 3 genótipos do ACTN3 em controles e atletas de elite. Nota: Figura retirada do artigo: MACARTHUR, D.G.; NORTH, K.N. A gene for speed? The evolution and function of alpha-actinin-3. Bioessays, v. 26, p. 786-795, 2004. Papadimitriou et al. (2008) analisaram e compararam a freqüência dos alelos do gene ACTN3 de 101 atletas de elite (73 homens e 28 mulheres), recordistas mundiais, olímpicos e nacionais de esportes de aventura (trilha e campo) da Grécia com a de um grupo de 181 controles saudáveis. Os atletas foram divididos em modalidades de potência e de resistência. Dezenove corredores (provas de 3.000 m a longas maratonas), 4 corredores de meia distância (800 m a 1500 m), 3 triatletas e 2 que faziam longas caminhadas constituíam o grupo de resistência, enquanto que 34 velocistas (100 m a 400 m), 23 saltadores, 9 atiradores e 7 decatletas fizeram parte do grupo de atletas de potência de alto nível. Os resultados demonstraram que a freqüência do genótipo RR em atletas de potência foi significativamente maior, quando comparado aquela verificada na população controle: de 47,94% contra 25,97%. Estes resultados demonstram uma positiva associação entre a presença do genótipo RR e do desempenho de potência em atletas de elite. Vicent et al. (2007) investigaram a possível associação entre o polimorfismo R577X do gene ACTN3 com a distribuição do tipo de fibra muscular, além de força e velocidade na extensão do joelho. Noventa homens jovens saudáveis (18-29 anos) foram genotipados e a força de extensores do joelho foi medida isometricamente (45 ), e em diferentes velocidades dinâmica (100-300º/s) em um dinamômetro (servomotor SEW Eurodrive CM90, Bruchsol, Germany). Em adição, vinte e dois indivíduos XX e 22 RR foram submetidos a uma biópsia do músculo vasto lateral da perna direita e a

54 composição dos tipos de fibra foi determinada por imunoistoquímica. Os resultados demonstraram que os homozigotos para o alelo R obtiveram um torque dinâmico do quadríceps significativamente maior a 300 /s, quando comparados com XX (P<0,05). As características do tipo de fibra diferiram significativamente entre os dois grupos de genótipos, sendo observado um maior número de fibras do tipo IIx no RR do que no genótipo XX (P<0,05).Este estudo evidencia que o possível mecanismo pelo qual o polimorfismo R577X do gene ACTN3 teria efeito sobre a força muscular, estando relacionado a proporção do tipo de fibras. McCauley et al. (2009) investigaram a associação entre o polimorfismo ACTN3 e as características contráteis do músculo de jovens caucasianos ingleses. Setenta e nove homens foram submetidos à avaliação de força isocinética de extensores de joelho e a contrações, eletricamente estimuladas. A comparação não revelou diferenças entre os genótipos ACTN3 e o resultado de nenhum teste funcional. Baseado nesses achados, os autores sugerem que este polimorfismo analisado de forma individual parece não manifestar-se em jovens saudáveis. Com a finalidade de observar as variações da função muscular associadas ao genótipo R577X do gene ACTN3, alguns autores estudaram a distribuição dos diferentes genótipos em atletas de diversas modalidades. Nesse sentido, Yang et al. (2003) genotiparam 429 atletas de elite australianos e de 436 controles. Em homens, o genótipo XX foi encontrado em 16% dos controles não atletas, mas apenas em 8% dos atletas envolvidos com modalidades que requerem esforços de alta intensidade e curta duração, sendo que entre os atletas de nível olímpico, não havia nenhum portador do genótipo XX. Nas mulheres, 20% dos controles apresentaram o genótipo XX e nenhuma atleta de modalidades de sprint ou potência foi identificada como homozigoto XX. Estes resultados sugerem que a presença da proteína ACTN3 pode está associada com o desempenho de atividades que exijam contrações musculares intensas e por períodos de tempo relativamente curtos. Gentil (2010) analisou a influência da variante R577X do gene ACTN3 nos ganhos de força e massa muscular em 140 jovens do sexo masculino (21,95 ± 2,69 anos) submetidos a um programa de treinamento resistido caracterizado por A,B,C em dias alternados, com duas séries de cada exercício. O intervalo entre os exercícios foi de 1,5 a 2,5 minutos e entre as séries, de 3 minutos. Foram realizados testes de 1 Repetição Máxima (RM) no supino reto, pico de torque (PT) de extensores de joelhos e a espessura muscular (EM) dos extensores de joelhos. Observou-se a distribuição de

55 34,4% para o genótipo RR, 47% para o RX e 18,6% para o XX. Entre os diferentes genótipos não foram observadas diferenças em nenhum dos testes realizados (1RM no supino reto e PT dos extensores de joelhos). No entanto, apenas portadores do alelo R apresentaram ganhos na espessura muscular em função do treinamento. Na tentativa de observar a distribuição das isoformas ACTN2 e ACTN3, Norman et al. (2009) investigaram a associação do genótipo ACTN3 com a potência muscular durante 30 segundos obtida no teste de Wingate. O teste era feito em um cicloergômetro (7,5% do peso corporal) em homens (n=61) e mulheres (n=59) bem treinados, além de avaliar a força de extensores do joelho e subseqüente fadiga de 21 homens ao realizarem exercícios no isocinético (Cybex II, Lumex Inc, Ronkonkoma, NY). Para tanto, foram feitas biópsias musculares obtidas do músculo vasto lateral para determinar a composição dos tipos de fibras e níveis de mrna do ACTN2 e ACTN3. A potência pico e média, bem como a relação torque-velocidade e fadiga não foram diferentes entre os diferentes grupos de alelos do ACTN3. Assim, este estudo sugere que o polimorfismo R577X em ACTN3 não está associado com diferenças na potência e fadiga em indivíduos moderadamente treinados. Além disso, os dados sugerem ainda que as alfa-actininas não desempenham um papel significativo na determinação da composição do tipo de fibra muscular. Por fim, estes pesquisadores observaram ainda que a expressão ACTN2 é afetada pelo teor de ACTN3, o que implica que ACTN2 pode compensar a falta de ACTN3 e, portanto, neutralizar as conseqüências fenotípicas da deficiência. De fato, Mills et al. (2001) sugeriram que a isoforma ACTN2 poderia compensar a ausência de α-actinina 3, uma vez que cerca de 81% na seqüência dos aminoácidos são similares. Ogura et al. (2009) investigaram as alterações musculares envolvendo as isoformas das alfa-actininas em resposta ao treinamento em animais (ratos wistar). Foi investigado o efeito de 9 semanas de treinamento físico (esteira) sobre a expressão dos genes ACTN2 e ACTN3 nos músculos plantaris e gastrocnêmio (branco e vermelho, respectivamente) divididos em grupo controle (C) 6 animais; grupo treinamento (T) 6 animais). O treinamento físico na esteira aumentou a expressão do ACTN2 em ambos os músculos (P <0,05). No entanto, nenhuma diferença foi observada na expressão do ACTN3 entre os animais dos grupos C e T. Na análise da cadeia pesada de miosina foram observadas alterações nas fibras musculares no sentido de IIb para IIa. Além disso, análises enzimáticas revelaram que o treinamento físico aumentou a atividade das enzimas relacionadas ao metabolismo aeróbio. A partir desse estudo conclui-se que o

56 treinamento físico altera os níveis de expressão do gene ACTN2, e, também a capacidade funcional muscular, evidenciada por alterações na atividade enzimática. Por outro lado, Lucia et al. (2006) não observaram nenhuma diferença significativa na freqüência alélica de RR, RX e XX em jovens ciclistas, corredores e grupo controle do sexo masculino. Se por um lado o alelo 577R pode influenciar a força e/ou potência, como evidencia a maioria das pesquisas, o alelo 577X parece exercer vantagem em provas de resistência. Nesse sentido, Saunders et al. (2007) analisaram 457 triatletas do sexo masculino que completaram a prova de iroman sul africana de triatlhon (226Km) entre os anos de 2000 e 2001. Para o grupo controle foram selecionados 143 indivíduos aparentemente saudáveis, não participantes de provas de longa resistência. Os pesquisadores concluíram que não houve diferença em ambos os genótipos (P = 0,486) ou freqüência de alelos (P = 0,375) dentro do triathlon rápido, meio triathlon e longo triathlon e o grupo controle. Em conclusão, o polimorfismo R577X do gene ACTN3 não foi associado com o desempenho de ultra-resistência em triatletas de iroman sul africanos. Com esses resultados os autores ressaltam que um único polimorfismo pode não ser capaz de modificar o fenótipo em questão. Em um estudo com adolescentes, Moran et al. (2007) avaliaram a associação do ACTN3 com o desempenho muscular em 992 gregos (525 do sexo masculino e 467 do sexo feminino), com idade entre 11 e 18 anos. Os autores reportaram que o desempenho no teste de 40 m foi inferior para portadores do genótipo XX do sexo masculino, não havendo diferenças para o sexo feminino. Os resultados não foram significativos para os demais testes, como a força de preensão manual, arremesso de bola de basquete e salto vertical. Os autores sugeriram que a relação do ACTN3 com o teste de sprint seria quem sabe pelo fato da proteína ACTN3 exercer função na proteção do sarcômero contra lesões. Como durante a corrida geram-se consecutivos ciclos de contração e relaxamento, neste caso a ACTN3 poderia exercer importante funcionalidade. Neste mesmo estudo não foi observada associação dos genótipos com os resultados da avaliação da composição corporal. Rankinen et al. (2010) em sua revisão de literatura, enfatizam que estudos com o gene ACTN3 não são conclusivos no que se diz respeito à real funcionalidade do polimorfismo R577X com os fenótipos musculares. Além disso, relata que os estudos observaram a exploração de determinadas características quantitativas subjacentes à associação entre o genótipo com o desempenho, mais especificamente diferentes

57 aspectos da força muscular e potência (CLARKSON et al., 2005; DELMONICO et al., 2007; VINCENT et al., 2007; DELMONICO et al., 2008; WALSH et al., 2008; McCAULEY et al., 2009). Porém, estudos posteriores têm gerado resultados menos consistentes do que as investigações iniciais, que se concentraram, quase que exclusivamente, sobre os atletas de elite. Em resumo, Santiago et al. (2010) afirmam categoricamente que fenótipos relacionados ao exercício físico são complexos e, portanto, não susceptíveis de serem reduzidos a um único polimorfismo, como por exemplo, R577X do gene ACTN3. Além disso, sugerem que as diferenças na idade, condicionamento físico inicial, origem étnica dos indivíduos e, em particular os diferentes testes utilizados para caracterizar fenótipos musculares, influenciam nos resultados dos estudos de associação com um único gene. Sugere-se que os efeitos dos mecanismos epigenéticos na expressão do gene são, quem sabe, mais importantes do que os polimorfismos genéticos. Entretanto, podem haver outras variantes genéticas, ainda a serem encontradas e que exerçam potencial influencia no seu fenótipo muscular, tanto isoladamente quanto em associação com outros genes. Finalmente, além do genótipo, o efeito de MicroRNAs no fenótipo do músculo humano pode ser determinante. Estas moléculas curtas de RNA não-codificante regulam a expressão do gene pós-transcricional no músculo humano e, portanto, podem modular aspectos importantes da função muscular, incluindo a contratilidade (VAN ROOIJ et al., 2008). 3.6 Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) e exercício físico A enzima conversora de angiotensina (ECA) é uma das principais proteínas que compõem o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA), que por sua vez, é uma complexa via de sinalização envolvida na regulação da pressão arterial (LIMA et al., 2007; PARK et al., 2009). Dessa maneira, antes de falarmos da ECA, explanaremos sobre o SRAA (Figura 3).

58 Figura 3. Esquema do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Nota - Fonte: http://saber.sapo.cv/wiki/sistema_renina_angiotensina_aldosterona O SRAA é um conjunto de peptídeos, enzimas e receptores envolvidos, em especial, no controle do volume de líquido extracelular e na pressão arterial. Além disso, Rigatto et al. (2004) descrevem que o SRAA influencia a homeostase do sal e da água e o tônus vascular. Todos os componentes do SRAA já foram encontrados em tecidos como coração, cérebro, rins, glândulas adrenais, vasos sangüíneos e órgãos reprodutores, permitindo distinguir um SRAA local e um circulante (LIMA et al., 2007). De maneira resumida, observamos que a renina, de origem renal, atua no angiotensinogênio, formado no fígado, originando a angiontensina I. Esta, pela ação direta da ECA, se transforma em angiontensina II, potente vasoconstritor direto, e que de forma indireta interage com a secreção de aldosterona, com o sistema nervoso central e sistema nervoso simpático (LIMA et al., 2007). (Figura 4)

59 Figura 4. Ação da renina na conversão de angiotensinogênio hepático em angiotensina I, e desta em angiotensina II pela enzima ECA dos pulmões. Nota - Retirado da internet: http://www.uff.br/fisiovet/conteudos/supra_renais.htm Destaca-se ainda o impacto da angiotensina II na disfunção endotelial, reduzindo a biodisponibilidade do óxido nítrico, considerado um potente vasodilatador e, conseqüentemente, aumentando a pressão arterial. Portanto, essa resposta fisiológica é altamente dependente das ações dos receptores específicos para angiotensina II (AT 1 e AT 2 ) localizados na superfície celular (PAYNE & MONTGOMERY, 2003). O receptor AT1 parece ser o mediador das principais ações da angiotensina II e é por meio dele que o SRAA influencia a pressão arterial (RIGATTO et al., 2004). Além da sua ação vasoconstritora, a angiotensina II provoca aumento da pressão arterial pela retenção de sais e água nos túbulos renais, secundária à ação da aldosterona liberada pelas suprarenais (PAYNE & MONTGOMERY, 2003). Oliveira et al. (2003) em sua revisão de literatura, enfatizam a importância do exercício físico. Entretanto, destacam-se os principais genes e suas respectivas variantes genéticas pertencentes ao SRAA: o gene da ECA (I/D), do angiotensinogênio (AGT) (M235T), dos receptores da angiotensina AT1 (A1166C) e AT2 (G1675A) e do receptor da bradicinina (+9/-9 B2BKR). Dessa forma, a angiotensina II (ação decorrente da ECA sobre a angiotensina I) é responsável pela maioria dos efeitos fisiológicos na pressão arterial. Assim, a aplicação de informações genéticas, poderá no futuro auxiliar na

60 prescrição de exercícios físicos como medida preventiva para doenças crônicas, tais como, a hipertensão arterial. O gene da ECA está localizado no cromossomo 17 do genoma humano e é formado por 26 exons e 25 introns (SAYED-TABATABAEI et al., 2006). Em 1990 pesquisadores encontraram uma variante genética (polimorfismo) envolvendo a inserção (alelo I) e/ou a deleção (alelo D) de uma seqüência de 287 pares de base no intron 16 do gene da ECA (Figura 5) (RIGAT et al., 1990). Figura 5. Representação esquemática do cromossomo 17 e localização do polimorfismo I/D do gene da ECA no íntron 16. Nota Figura retirada do artigo: SAYED-TABATABAEI, F.A.; OOSTRA, B.A.; ISAACS, A.; VAN DUIJN, C.M.; WITTEMAN, J.C.M. ACE polymorphisms. Circ Res, v. 98, n. 9, p. 1123-1133, 2006. Na figura 6 pode-se observar um exemplo da definição do genótipo no gel de agarose (1,6%) de algumas amostras no teste piloto, com amostras extraídas da saliva de cada participante. Figura 6. Representação esquemática da identificação do polimorfismo inserção (I)/deleção (D) nas coletas do teste piloto. A freqüência alélica da população brasileira entre as 5 regiões do país foi observada no estudo de Inácio et al. (2004). Foram constatados valores de 0,39 e 0,61

61 para os alelos I e D respectivamente, sendo semelhante a outras populações. Para variabilidade genotípica em média os autores relataram para população brasileira valores para I/I=0,20, I/D=0,43 e D/D=0,37, com exceção para região sul que apresentou tendência ao aumento do genótipo D/D (0,54) quando comparado às outras regiões, e diminuição do genótipo I/D (0,24), sendo estas diferenças explicadas por possíveis diferenças na composição étnica. Ainda nesse estudo, vale ressaltar que as regiões norte e centro-oeste tiveram números pequenos de participantes (n=15), sugerindo assim a necessidade de novos estudos com objetivos semelhantes em amostras representativas da população ou mesmo regiões do país. Vale lembrar que não existem trabalhos nacionais com a freqüência alélica e genotípica envolvendo adolescentes. O polimorfismo I/D do gene da ECA tem atraído considerável atenção a respeito de sua associação com a performance física humana (DIAS et al., 2007). Além do que, o alelo D está associado com níveis circulatório e tecidual aumentados de ECA (DANSER et al., 1995; SAYED-TABATABAEI et al., 2004; DIMOPOULOS-XICKI & HASS, 2005; MONDRY et al., 2005). Estudos recentes demonstraram que o alelo I é mais freqüente em atletas de resistência (ALVAREZ et al., 2000; ZHANG et al., 2003; TANRIVERDI et al., 2005), enquanto que o alelo D, em atletas de força e explosão muscular (FOLLAND et al., 2000; JONES & WOODS, 2003; WILLIAMS et al., 2005; PESCATELLO et al., 2006; CHARBONNEAU et al., 2008). Embora a grande maioria dos estudos tenha essa vertente de resultados, Amir et al. (2007) demonstraram resultados contrários, onde houve uma maior associação do alelo D com atletas de resistência (Maratonistas). Neste estudo, foi testada a freqüência dos alelos da ECA entre 121 atletas israelenses de alto nível (79 maratonistas = 65 homens e 14 mulheres; 42 velocistas de 100-200 metros = 34 homens e 8 mulheres) e 247 indivíduos saudáveis como controle. Os resultados demonstraram a freqüência do alelo D de 0,77 nos maratonistas comparados a 0,66 no grupo controle (P = 0,01) e 0,57 para os velocistas (P = 0,002). O genótipo DD da ECA teve maior prevalência entre os atletas de resistência (0,62) do que entre o grupo controle (0,43, P = 0,004) e os atletas de força (0,34, P = 0,004). Além disso, o odds ratio do genótipo DD do gene da ECA para ser um atleta de resistência foi 3,26 com intervalo de confiança de 95% entre 1,49-7,11, e do genótipo II foi de 0,41 com intervalo de confiança de 95% entre 0,14-1,19. Em conclusão, houve uma associação positiva entre o alelo D da ECA e atletas de

62 resistência israelense de alto nível, e que o alelo D do gene da ECA pode ser benéfico para a resistência para alguns tipos de atletas de elite de diferentes grupos étnicos. No entanto, Amir et al. (2007) fundamentam seus achados em 3 possíveis explicações:1- A angiotensina II é um elemento necessário para a hipertrofia do músculo liso vascular, e afeta a densidade capilar em músculos esqueléticos (JONES & WOODS, 2003); 2 - Os efeitos adicionais atribuíveis à angiotensina II podem envolver a regulação do equilíbrio corporal de fluidos através de aumento da secreção de aldosterona. Este, por sua vez, resulta na retenção de sódio e água, levando a um aumento do retorno venoso, e conseqüentemente, maior o volume diastólico final; 3 - Finalmente Ashley et al. (2006) relataram que ultramaratonistas, homozigotos para o alelo D apresentaram aumento no equilíbrio simpato vagal, resultando em maior ativação simpática depois da corrida, o que pode ter servido para limitar o declínio da função ventricular esquerda. Este efeito, juntamente com o efeito sobre a retenção de água durante os exercícios de resistência extrema, pode estar associado com a melhora do desempenho de alto nível. Em um estudo realizado com idosas hipertensas brasileiras, MOREIRA (2009) investigou as respostas de pressão arterial, da variabilidade da freqüência cardíaca e do nitrito salivar após realização de exercício aeróbio de diferentes intensidades, bem como a associação desses com o polimorfismo I/D do gene da ECA. Para tanto foram recrutadas 27 idosas, divididas em 3 grupos de 9, de acordo com os genótipos DD, ID, II, as quais realizaram 3 sessões em dias distintos, sendo as sessões de números 2 e 3, abordadas a seguir, realizadas em ordem randomizada. No período da manhã: 1) teste incremental em cicloergômetro; 2) teste de carga constante em intensidade correspondente a 90% do limiar de lactato e; 3) sessão controle sem exercício. Como resultado, as respostas da pressão arterial ao exercício de diferentes intensidades foram piores para o grupo portador do genótipo DD, tanto em momentos parciais da vigília como em momentos do sono, ambos mensurados por MAPA (Cardios, mod. Dyna MAPA). Verificou-se ainda nos portadores do genótipo DD alterada modulação autonômica, avaliada pela flutuação do sistema nervoso parassimpático em resposta ao exercício intenso e moderado e tendência de menor variabilidade da freqüência cardíaca, principalmente nas 24h pós-exercício moderado, quando comparado ao genótipo II. Por último, foi observada menor liberação de óxido nítrico pós-exercício para os portadores do alelo D (DD e ID). Portanto, nesse estudo, concluiu-se que tanto a intensidade em que o exercício físico foi realizado, como a presença do alelo I do gene

63 da ECA parece influenciar os efeitos redutores de 24h na PA de idosas hipertensas. O grupo portador do genótipo DD da ECA apresentou menor atenuação da PA durante a vigília, em resposta ao exercício físico. Outro experimento interessante (BARBALIC et al., 2006), desenvolvido para investigar quais dos três genes do sistema renina-angiotensina: ACE (I/D e T-3892C), AGT (M235T e T174M) e AT1R (A1166C) tiveram maior influência no desenvolvimento inicial da hipertensão em adultos croatas. Cento e dezenove hipertensos e 125 normotensos entre 18 e 40 anos participaram do estudo. Os critérios de seleção para os casos de hipertensão foram pressão arterial sistólica (PA) superior a 140 mmhg ou pressão arterial diastólica superior a 90 mmhg. Dentre os polimorfismos investigados, apenas aqueles localizados no gene da ECA foram associados com a hipertensão. Para o polimorfismo I/D do gene da ECA, o odds ratio para a hipertensão do DD versus II foi de 2,50 (IC 1,19-5,25) e para o polimorfismo T-3892C, o odds ratio de indivíduos CC versus TT foi de 2,32 (IC 1,05-5,10). Dos fatores de risco investigados para hipertensão, somente o IMC mostrou influência sobre o desenvolvimento precoce de hipertensão arterial, agindo de forma independente do polimorfismo da ECA. Um achado interessante é que para os indivíduos com o genótipo DD do gene da ECA e IMC superior a 30,0 kg/m 2 a proporção de hipertensos é de 86%. Em indivíduos não obesos portadores do genótipo II e ID a proporção de casos de hipertensos foi de 40%. Nos obesos com esses genótipos (II e ID), as proporções aumentam até ao nível verificado no grupo DD não obesos (60%). A interação entre o polimorfismo I/D do gene da ECA, composição corporal e pressão arterial em crianças e adolescentes foi relatada por Eisenmann et al. (2009). Para tanto, foram recrutados 152 jovens (75 meninas e 77 meninos) de 3 a 12 anos, sendo 86% caucasianos. O objetivo deste estudo foi analisar as diferenças da gordura corporal e pressão arterial em repouso de acordo com o genótipo I/D do gene da ECA, e determinar se a associação entre obesidade e pressão arterial varia de acordo com os genótipos. Aproximadamente 39% dos jovens estavam acima do percentual de gordura recomendado (> 30% de gordura em meninas, > 25% de gordura em meninos). A massa corporal, índice de massa corporal e massa isenta de gordura foram significativamente maiores nos portadores do alelo D do gene da ECA em relação ao grupo II (p<0,05). A pressão arterial não foi diferente entre os genótipos. Quando agrupados por genótipo e percentual de gordura corporal, os indivíduos obesos portadores do alelo D tiveram maior pressão arterial sistólica e pressão arterial média, em comparação aos portadores

64 do alelo D com o percentual de gordura normal, e portadores do genótipo II de peso normal (p <0,05). Os autores consideram a necessidade de mais estudos para se investigar a genética relacionada aos fenótipos de obesidade e de pressão arterial em crianças e adolescentes. Para Lagou et al. (2007), o alelo D mostrou-se associado com maior IMC e circunferência da cintura em meninas de 4 a 6 anos de idade, o que explica 2 a 4% da variância fenotípica. Por outro lado, em meninos com idade de 1 a 2 anos, porém com o IMC menor, a variância fenotípica explicou 17%. Além disso, nos meninos obteve-se uma associação do alelo D com uma maior medida de dobra cutânea suprailíaca com uma variância fenotípica de 2%. Portanto, o polimorfismo I/D do gene da ECA está associado com alterações do desenvolvimento e fisiológicas em atributos relacionados com a adiposidade na infância. Em um estudo (MORAN et al., 2005) com adolescentes gregos (11 a 18 anos), verificou-se que o alelo D foi associado com aumento da gordura corporal apenas nas meninas. Em outro estudo Moran et al. (2006), observaram em 1027 adolescentes gregos (11 a 18 anos) a associação do polimorfismo ID do gene da ECA com aspectos físicos, habilidade motora e estilo de vida. Os resultados mostraram que há uma forte associação (P<0,001) deste polimorfismo com a força de preensão manual e salto vertical para as meninas. Aquelas homozigotas para o alelo I apresentaram maiores escores relacionados ao desempenho quando comparados aos genótipos DD e ID. Com relação ao estilo de vida, nenhuma interação importante foi associada com aspectos genéticos. Em adolescentes coreanos hipertensos, Park et al. (2009) analisaram a possível associação entre os genótipos da ECA e o risco cardiovascular. Dessa maneira, 40 adolescentes hipertensos (16 a 17 anos, pressão arterial sistólica > ou = 140 mmhg e/ou diastólica > ou = 90 mmhg) e um grupo controle de vinte adolescentes normotensos foram incluídos no estudo. As variáveis mensuradas foram o índice de obesidade e índice de massa corporal, bem como as dobras cutâneas e circunferência do braço relaxado. A massa gorda e distribuição de gordura foram analisadas por bioimpedância elétrica. A pressão arterial foi mensurada em repouso pelo método oscilométrico. A espessura íntima-média carotídea e o diâmetro da artéria carótida foram mensurados por ultra-som. Observou-se freqüências genotípicas de 37,5% para II; de 45% para ID e 17,5% para DD. As concentrações séricas da ECA foram 33,5 +/- 8,7 U no genótipo II; 48,6 +/- 19,8 U no genótipo ID e 61,4 +/- 22,7 U no genótipo DD, o que demonstra que

65 a ECA foi significativamente maior entre aqueles com genótipos DD ou ID do que aqueles com genótipo II. A espessura da íntima-média da carótida foi significativamente maior no genótipo DD do que no genótipo II. Em conclusão, o alelo D está associado com o aumento do nível de ECA em adolescentes hipertensos coreanos. O único estudo envolvendo aspectos dietéticos e o polimorfismo I/D do gene da ECA em crianças foi realizado em escolares gregos (KOURLABA et al., 2008). O propósito do estudo foi investigar a interação entre o polimorfismo I/D da ECA sobre os fenótipos relacionados com a adiposidade entre as crianças e pré-escolares, além do consumo energético total e dos macronutrientes. Uma amostra representativa de 2.374 crianças gregas de 1 a 5 anos de idade foi examinada, porém somente 2.102 crianças foram genotipadas. Entre toda a população, 17% estavam em risco de sobrepeso, e uma porcentagem similar estava sobrepesada. As freqüências dos genótipos II, ID e DD foram 16, 46 e 38%, respectivamente. Análises estratificadas revelaram que o consumo energético total está correlacionada com a circunferência de cintura, e o consumo de proteína está associado com o IMC e o excesso de peso somente foi observado entre os portadores do alelo D (ou seja, genótipos DD ou ID). Estes resultados sugerem que o polimorfismo I/D do gene da ECA pode atuar como fator modificador da resposta dos fenótipos adiposidade relacionado à dieta. Sarzynki et al. (2010), investigaram 132 crianças americanas de uma comunidade rural e concluíram que o genótipo I/D do gene da ECA não está associado com a pressão arterial e não modifica a relação entre atividade física e pressão arterial nesta amostra de crianças americanas. Nesse sentido, apesar de ter controlado muitos fatores de risco (idade, sexo, altura, % de gordura corporal), a dieta também deve desempenhar um papel importante, e a mesma não foi controlada. Estudos futuros deverão continuar a analisar a interação gene-atividade física sobre as características relacionadas com a saúde na juventude, e, mais especificamente sobre a pressão arterial, bem como, a pressão arterial em exercício físico considerando-se outros genes candidatos.

66 4. METODOLOGIA 4.1 AMOSTRA Foram avaliadas 149 (cento e quarenta e nove) adolescentes do Projeto segundo tempo, de ambos os sexos, com idade entre 11 e 16 anos. As coletas foram feitas no período matutino e vespertino, de uma escola em Ceilândia-DF. 4.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO Adolescentes de ambos os sexos, regularmente inscritas e freqüentando o Projeto segundo tempo, por mais de um ano, com idade entre 11 e 16 anos e com autorização da participação por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos pais ou responsáveis (Anexo 1). O projeto foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade Federal do Vale do São Francisco UNIVASF, sob o número 08121001. 4.3 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO pais; Adolescentes que não apresentaram o termo de consentimento assinado pelos Adolescentes que não participaram de todas as avaliações. 4.4 PROCEDIMENTOS DA COLETA DE DADOS 4.4.1 Medidas antropométricas A massa corporal foi medida em uma balança de plataforma digital (IPLENNA, modelo 60420072266, Taichung City, Taiwan) com precisão de até 500 g, e a estatura (veja figura 7) foi determinada em um estadiômetro de madeira com precisão de 2 mm, de acordo com os procedimentos descritos por Gaya e Silva (2007). Todos os indivíduos foram medidos e pesados descalços.

67 Figura 7 Medida da Estatura O índice de massa corporal (IMC) foi determinado pelo quociente peso corporal/estatura 2, sendo a massa corporal expressa em quilogramas (kg) e a estatura em metros (m). 4.4.2 Circunferências e Espessuras de Dobras Cutâneas (EDC) Foram medidas também as circunferências de braço relaxado (CB), braço contraído (CBC), perna (CP), coxa (CX), cintura (CI) e quadril (Q), por meio de uma fita métrica metálica Sanny, com precisão de 0,1 cm, conforme as técnicas descritas por Callaway et al. (1988). As exceções foram às circunferências de coxa, obtidas no ponto mesofemural e braço contraído, medida no ponto mesoumeral, no final de uma contração voluntária máxima do bíceps.

68 A partir dessas informações foi calculada a Relação Cintura Quadril (RCQ) pela razão da circunferência de cintura pela de quadril. Todas essas medidas foram feitas por um único avaliador experiente. Foi medida a espessura das dobras cutâneas tricipital (TR), subescapular (SE) e panturrilha (PA), seguindo os procedimentos descritos por Harrison et al. (1988). Para tanto, três medidas foram obtidas em cada ponto anatômico, realizadas por um único avaliador, de forma rotacional, por meio de um adipômetro da marca Lange, com precisão de 0,5 mm. Todas as medidas foram coletadas no hemicorpo direito, sendo registrado o valor mediano. Para fins de análise, foi utilizada a somatória das dobras cutâneas (ΣEDC) citadas anteriormente e a estimativa da gordura corporal relativa (%gordura) obtida a partir da equação específica proposta por Slaughter et al. (1988). A área muscular de braço (AMB) foi obtida a partir da equação descrita por Frisancho (1984) que segue abaixo: AMB (cm 2 ) = {[CBR (cm) - π.dctr (cm)] 2 /4.π} 10 Onde CBR é a circunferência de braço relaxado em centímetros e DCTR é a dobra cutânea de tríceps em centímetros. O valor de π adotado foi de 3,1416. 4.4.3 Pressão Arterial (PA) Para a mensuração dos valores de PA entre os adolescentes foi empregado o equipamento Omron (HEM 742), que consiste em um aparelho eletrônico e digital de braço, com inflação e deflação automática do ar. O método de medida desse aparelho é o oscilométrico, com variação da pressão de 0-280 mmhg, validado em adolescentes (CHRISTOFARO et al., 2009). Além disso, foram utilizados dois tipos de manguitos de acordo com a circunferência do braço (6 x 12 mm: tamanho infantil 11 a 13 anos; e 9 x 18 mm: para adolescentes de 14-18 anos e para aqueles com idade inferior mas que possuíssem uma estrutura física semelhante aos de 14-18 anos), seguindo as recomendações da associação americana do coração (PICKERING et al., 2005). Para tanto, os participantes permaneceram sentados em uma cadeira, em repouso, durante 10 minutos, antes do início da coleta de dados. As medidas foram obtidas sempre em condições semelhantes, no mesmo local e na mesma posição, com o

69 braço esquerdo sendo elevado até a altura do ponto médio do esterno e apoiado sobre uma mesa. Vale ressaltar que os participantes foram orientados previamente para que não realizem nenhum tipo de atividade física vigorosa nas 24h anteriores aos dias de coleta de dados e para que não estejam em continência urinária no momento da realização das medidas de PA. 4.4.4 Cold Pressor Test - Teste Estressor O Teste de estresse térmico que foi aplicado sempre no mesmo horário de coleta. Foi solicitado ao voluntário que mergulhasse a mão esquerda, até o punho, em uma vasilha com água gelada (temperatura de 4 a 5º C) por 60 segundos. Durante a imersão a pressão arterial foi aferida nos segundos 30 e 60, e considerado os valores mais altos como sendo o pico a ser comparado com o repouso. A PA em repouso e após 1 minuto submerso foi aferido por um único avaliador, no braço contrário à imersão, com o aparelho eletrônico e digital da marca Omron (HEM 742). A FC foi mensurada por um frequencímetro (POLAR ). Para ser classificado como hiperreativo a PAS deveria aumentar igual ou acima de 25mmHg e/ou a PAD aumentar igual ou acima de 20mmHg após os 60 segundos de imersão na água gelada (WOOD et al., 1984). 4.4.5 Análise Genotípica As extrações dos DNAs foram feitas por meio da saliva usando CHELEX 100 BIORAD. Foram coletados 1000 ul de saliva e estocado em um ependorf com 10 ul de EDTA. A partir desse momento os tubos de ependorfs foram congelados, cada um com a sua identificação. Para extração do DNA no laboratório de Imunogerontologia da UCB-DF foram realizados os seguintes passos: 1 - Em um tubo de micro centrífuga de 1,5 ml foi adicionado 1ml de água uq ou bidestilada autoclavada mais 50ul de sangue total e;

70 2 - Misturar bem e deixar descansar por 5min à temperatura ambiente; 3 - Centrifugar a 6000 rpm por 3 minutos; 4 - Descartar com cuidado o sobrenadante; 5 - Adicionar mais 1ml de água uq ou bidestilada autoclavada; 6 - Misturar bem; 7 - Centrifugar a 6000 rpm por 3 minutos; 8 - Descartar o sobrenadante com cuidado; 9 - Adicionar 200ul da suspensão de CHELEX 100 a 5%, sempre homogeneizando a cada pipetagem; 10 - Passar a amostra rapidamente pelo vortex (10 segundos); 11- Incubar a 56 C por 30 minutos; 12 - Incubar a 100 C por 8 minutos; 13 Centrifugar a 6000 rpm por 3 minutos e armazenar a amostra a -20 o C; 14 - Coletar sobrenadante e estocar a -20 o C; Após as extrações de DNA foram feitas as amplificações das reações em cadeia de polimerase (PCRs). Para o gene da ECA (Enzima Conversora de Angiotensina) seguem-se os seguintes passos: Método de Amplificação de DNA por PCR: - Montando a reação: SUBSTÀNCIAS Volume unitário CONCENTRAÇÃO FINAL Tampão 04-10x 2,5 µl 1x Ovalbumina 1mg/mL 0,25 µl 1,5mM dntps (2,0mM) 2,0 µl 0,2mM ECA-F1 (5,0 µm) 1,0 µl 2 µm ECA-R1 (5,0 µm) 1,0 µl 2 µm Taq pd 5U/µL 0,1 µl 2,5 U DNA da amostra 1,0 µl 100 300 ng H 2 O qsp VF 17,15 µl

71 Para o preparo de um mix de reagentes foram realizados os seguintes passos: 1) calcular o volume de cada reagente que será necessário (tampão, Ovalbumina, dntps, primers, Taq e água). Imagine que se queira amplificar 13 amostras e incluir 1 controle vazio multiplique o volume unitário de cada reagente por 14,5; 2) adicionar os volumes de reagente a um tubo comum, na seguinte ordem: água tampão Ovalbumina dntps 1º primer 2º primer Taq; 3) agitar bem o tubo e realizar um spin na centrífuga; 4) distribuir 24,0 µl em tubos de 0,2 µl (tubos de PCR); 5) adicionar 1 µl do DNA; 6) realizar um spin na centrífuga e levar ao termociclador; Para amplificar no Termociclador: HOT-START (Elevação da temperatura inicial) 1. Temperatura: 80ºC por 1 minuto; 1º FASE 2. Temperatura de desnaturação: 95ºC por 5 minutos; 2º FASE 3. Temperatura de desnaturação: 95ºC por 45 segundos; 4. Temperatura de anelamento: 60ºC por 45 segundos; 5. Temperatura de extensão: 72ºC por 45 segundos; Repetição por 36 ciclos, a partir do passo 2; 3ª FASE 6. Temperatura de extensão: 72ºC por 5 minutos; 7. Resfriamento até 12ºC para retirada dos tubos; 8. Por último foi feita a análise dos produtos de PCR em gel de agarose 1,6 %.

72 O polimorfismo I/D do gene da ECA foi identificado por meio da análise das bandas alélicas, apresentando-se de três formas: homozigotos D/D se as bandas alélicas se apresentarem com 190pb; homozigoto I/I se as bandas alélicas apresentarem com 490pb e heterozigoto I/D se uma banda alélica apresentar 490pb e a outra 190pb (Figura 6). Figura 6: Representação esquemática da identificação do polimorfismo inserção (I)/deleção (D) nas coletas do teste piloto em 6 indivíduos. Ainda, com objetivo de confirmar os participantes identificados com genótipo D/D, novo procedimento de PCR foi conduzido com iniciadores específicos (5 - TGGGACCACAGCGCCCGCCACTAC-3 e 5 - TCGCCAGCCCTCCCATGCCCATAA-3 ), agora para amplificar fragmentos com sequência de inserção em 335bp. O DNA foi amplificado a partir de 30 ciclos com desnaturação em temperatura de 92 C por 40s, anelamento a 63 C por 40s e finalização da reação com 72 C por 40s (MORAES et al., 2008). Para o gene da alfa-actinina 3 (ACTN3) seguem os seguintes passos a serem realizados: 1º passo: - PCR = Tampão 10x (Tris 1M ph=8,8 / MgCl2 1M / KCl 1M); - Ovalbumina 1mg/ml; - DNTPs 2,5uM; - Conjunto de Primers Forward e Reverse na [6,25 um];

73 - Taq Platinum 500U (5U/ul); - 50ng de DNA genômico - Água Mili Q qsq; O Tamanho do produto é de 342pb. 2º passo: - Aplicação do material em gel de Agarose 1,6% (Identificação do produto de 342pb); 3º passo: - Programa no Termociclador = 80ºC por 1 minuto (Hot Start); 95ºC por 5 minutos (Desnaturação Inicial); 35 ciclos de 95ºC por 30 segundos (Desnaturação das fitas), 56ºC por 30 segundos (Anelamentos dos Primers) e 72ºC por 30 segundos (Extensão das Fitas); 72ºC por 10 minutos (Extensão final das fitas); 4º passo: - Digestão = BSA 10mg/ml (ou Ovalbumina 10mg/ml), tampão 10X da própria enzima, enzima Dde I 500U (10U/uL) e água Mili Q qsq. Incubar o produto da digestão em banho Maria a 37ºC por 3 horas. O Tamanho do produto é de 342pb, 250pb e 92pb; 5º passo: - Aplicação do material em gel de Agarose 1,6%. Sendo que o genótipo CC(RR) tem apenas 342pb; o CT(RX) tem 342pb, 250pb e 92pb; e TT(XX) tem 250pb e 92pb.

74 4.5 Testes motores Todos os testes motores seguiram os protocolos de Gaya e Silva (2007) descritos no manual de aplicação de medidas e testes, normas e critérios de avaliação. Esses testes são padronizados e validados. Todos os testes foram aplicados pelos mesmos avaliadores. 4.5.1 Medida de envergadura Foram medidas por uma trena métrica com precisão de 2 mm. Sobre uma parede lisa, de preferência sem rodapé, fixa-se a trena métrica paralelamente ao solo a uma altura de 1,20 metros para os alunos menores e 1,50 m para os alunos maiores. O aluno posiciona-se em pé, de frente para a parede, com os braços em abdução em 90 graus em relação ao tronco. Os cotovelos devem estar estendidos e os antebraços supinados. O aluno deverá posicionar a extremidade do dedo médio esquerdo no ponto zero da trena, sendo medida a distância até a extremidade do dedo médio direito. Foi registrada a medida em cm. (Figura 8). Figura 8 Medida da Envergadura

75 4.5.2 Teste de Flexibilidade (Sentar e Alcançar) com o banco Os alunos estavam descalços. Sentaram de frente para a base da caixa, com as pernas estendidas e unidas, e colocaram uma das mãos sobre a outra e elevaram os braços a vertical. Nesta posição, o tronco foi inclinado para frente sendo que as pontas dos dedos das mãos alcancem tão longe quanto possível sobre a régua graduada, sem flexionar os joelhos e sem utilizar movimentos de balanço (insistências). Cada aluno realizou duas tentativas. O avaliador permanece ao lado do aluno, mantendo-lhe os joelhos em extensão (Figura 9). O banco para a realização deste teste tem as seguintes medidas: a) um cubo construído com peças de 30 x 30 cm; b) uma peça tipo régua de 53 cm de comprimento por 15 cm de largura; c) escreva na régua uma graduação ou cole sobre ela uma trena métrica entre 0 a 53 cm; d) coloque a régua no topo do cubo na região central fazendo com que a marca de 23 cm fique exatamente em linha com a face do cubo onde os alunos apoiarão os pés. Figura 9 Teste de sentar-e-alcançar 4.5.3 Teste de Flexibilidade (Sentar e Alcançar Adaptado sem banco) O aluno deveria sentar-se descalço sobre a trena estendida e fixada no chão, com o ponto zero entre as pernas e calcanhares imediatamente próximos a marca de 38 cm. Com os calcanhares afastados a 30 cm, joelhos estendidos, mãos sobrepostas e dedos

76 médios alinhados, o aluno deveria flexionar o tronco à frente e alcançar com as pontas dos dedos a maior distância possível sobre a trena. O resultado foi medido a partir da posição mais longínqua que o aluno pode alcançar na escala com as pontas dos dedos. Registrou-se o melhor resultado entre as duas execuções com anotação em uma casa decimal. (Figura 10). Figura 10 Teste de sentar-e-alcançar adaptado sem banco 4.5.4 Teste de força-resistência abdominal O aluno posicionou-se em decúbito dorsal com os joelhos flexionados a 90 graus e com os braços cruzados sobre o tórax. O avaliador fixou os pés do estudante ao solo. Ao sinal o aluno iniciou os movimentos de flexão do tronco até tocar com os cotovelos nas coxas, retornando à posição inicial (não é necessário tocar com a cabeça no colchonete a cada execução). O avaliador realizou a contagem em voz alta. O aluno foi induzido a realizar o maior número de repetições completas em 1 minuto (Figura 11).

77 Figura 11 Teste de força e resistência abdominal 4.5.5 Teste de força explosiva de membros inferiores (Impulsão Horizontal) A trena foi fixada ao solo, perpendicularmente a linha de partida para a impulsão, ficando o ponto zero sobre a mesma. O aluno posicinou-se imediatamente atrás da linha, com os pés paralelos, ligeiramente afastados, joelhos semi-flexionados, tronco ligeiramente projetado a frente. Ao sinal do professor o aluno deveria saltar a maior distância possível. Foram realizadas duas tentativas, registrando-se o melhor resultado (Figura 12). Figura 12 Teste de Impulsão Horizontal

78 4.5.6 Teste de força explosiva de membros superiores (Arremesso de Medicine Ball de 2 Kg) A trena foi fixada no solo perpendicularmente a parede. O ponto zero da trena foi fixado junto à parede. O aluno senta-se com os joelhos estendidos, as pernas unidas e as costas completamente apoiadas à parede. Segura a medicine ball junto ao peito com os cotovelos flexionados. Ao sinal do avaliador o aluno deveria lançar à bola na maior distância possível, mantendo as costas apoiadas na parede. A distância do arremesso foi registrada a partir do ponto zero até o local em que a bola tocou ao solo pela primeira vez. Foram realizados dois arremessos, registrando-se o melhor resultado. A medicine ball foi banhada em pó branco para a identificação precisa do local onde tocou pela primeira vez ao solo (Figura 13). Figura 13 Arremesso de Medicine Ball 4.5.7 Teste de agilidade (Teste do quadrado) O aluno partiu da posição de pé, com um pé avançado a frente imediatamente atrás da linha de partida. Ao sinal do avaliador, deveria deslocar-se até o próximo cone em direção diagonal. Na sequência, corre em direção ao cone a sua esquerda e depois se desloca para o cone em diagonal (atravessa o quadrado em diagonal). Finalmente, corre

79 em direção ao último cone, que corresponde ao ponto de partida. O aluno deveria tocar com uma das mãos cada um dos cones que demarcam o percurso. O cronômetro foi acionado pelo avaliador no momento em que o avaliado realizar o primeiro passo tocando com o pé o interior do quadrado. Foram realizadas duas tentativas, sendo registrado o melhor tempo de execução (Figura 14). Figura 14 Teste do quadrado 4.5.8 Teste de velocidade de deslocamento (corrida de 20 metros) Com um cronômetro e uma pista de 20 metros demarcada com três linhas paralelas no solo da seguinte forma: a primeira (linha de partida); a segunda, distante 20 m da primeira (linha de cronometragem ou linha de chegada) e a terceira linha (linha de referência), marcada a dois metros da segunda (linha de chegada). A terceira linha serve como referência de chegada para o aluno na tentativa de evitar que ele inicie a desaceleração antes de cruzar a linha de cronometragem. Dois cones foram posicionados na 1ª e 3ª linhas para a sinalização.

80 O estudante partiu correndo a maior velocidade possível da posição de pé, com um pé avançado a frente imediatamente atrás da primeira linha devendo cruzar a terceira linha o mais rápido possível. Ao sinal do avaliador, o aluno deslocou-se, o mais rápido possível, em direção à linha de chegada. O cronometrista acionou o cronômetro no momento em que o avaliado der o primeiro passo (tocar ao solo), ultrapassando a linha de partida. Quando o aluno cruzou a segunda linha (dos 20 metros) foi interrompido o cronômetro (Figura 15). Figura 15 Corrida de 20 metros 4.5.9 Teste de capacidade cardiorrespiratória (corrida e caminhada de 12 min) Os alunos foram divididos em grupos adequados as dimensões da pista. Observou-se a numeração nas costas dos alunos na organização dos grupos, facilitando assim o registro dos anotadores. Informou-se aos alunos sobre a execução correta do teste dando ênfase ao fato de que devem correr o maior tempo possível, evitando piques de velocidade intercalados por longas caminhadas. Informou-se aos alunos que não deveriam parar ao longo do trajeto e que se trata de um teste de corrida, embora possam caminhar eventualmente quando sentirem-se cansados. Durante o teste, foi informada aos alunos a passagem do tempo aos 3, 6, 8 e 11 minutos ( Atenção: falta 1 minuto! ). Ao final do teste foi dado um sinal (apito) sendo que os alunos deveriam interromper a corrida, permanecendo no lugar onde estavam (no momento do apito) até ser anotada ou sinalizada a distância percorrida. Todos os dados foram anotados em fichas próprias devendo estar identificados em nome de cada aluno de forma inequívoca.

81 5. QUESTIONÁRIOS Questionário de nível sócioeconômico-educacional (Anexo 2) Para a classificação do nível socioeconômico foi aplicado um questionário desenvolvido pela ABA/ABIPEME e adaptado por Almeida e Wickerhauser (1991), com escalas de classificação subdivididas em cinco categorias (A, B, C, D, E), de acordo com o grau de instrução dos pais e os bens de consumo familiar. Fichas de avaliações (Anexo 3) Questionário do nível de atividade física IPAQ curto (Anexo 4) Classificação do nível de atividade física (Anexo 5) Valores referenciais de todos os testes motores (GAYA & SILVA, 2007) (Anexo 6)

82 6. PROCEDIMENTOS ESTATÍSTICOS O teste de Shapiro-Wilk foi empregado para análise da distribuição dos dados. Estatística descritiva foi utilizada para caracterização da amostra. Com a normalidade dos dados confirmada, foi utilizado o teste t de Student para as comparações entre os gêneros nas variáveis numéricas. ANOVA multivariada, seguida do teste post hoc de Scheffé quando p<0,05, foi utilizada para as comparações entre os indivíduos das diferentes faixas etárias para cada gênero, nível de atividade física, testes motores, antropométricos, hemodinâmicos e genéticos. Correlação linear de Pearson (r) foi utilizada para verificar a correlação da circunferência de cintura com a pressão arterial. A significância estatística adotada foi de P < 0,05. Os dados foram processados no pacote estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 13.0, para Windows. Um modelo para variáveis categóricas foi criado usando a regressão de Poisson com variância robusta, que foi expressa como razão de prevalência (odds ratio). Ajustes no modelo multivariado foram feitos inserindo simultaneamente sexo, idade e genótipo como fatores de confusão em potencial. Para esses procedimentos foi utilizado o software estatístico STATA (versão 8.0).

83 7. RESULTADOS A caracterização geral da amostra está descrita na tabela 2. Houve diferenças significativas entre os sexos nas variáveis de estatura, % Gordura e corrida ou caminhada de 12 minutos. Na variável estatura e corrida ou caminhada de 12 minutos os meninos tiveram valores maiores do que as meninas, por outro lado, no % de gordura as meninas apresentaram valores superiores aos meninos. Vale ressaltar, que tanto os meninos quanto as meninas estão acima do recomendado para o % de gordura (AAPHERD, 1988; CONDE & MONTEIRO, 2006) e abaixo do recomendado na capacidade cardiorrespiratória (12 minutos) (AAPHERD, 1988). Tabela 2. Caracterização geral da amostra (n=149). Masculino (n=85) Feminino (n=64) p Idade (anos) 13,1 ± 1,2 13,2 ± 1,2 0,784 Massa Corporal (kg) 53,1 ± 8,7 51,7 ± 9,4 0,349 Estatura (cm) 1,60 ± 0,10 1,57 ± 0,08 0,018 IMC (kg.m 2(-1) ) 20,5 ± 2,5 20,9 ± 3,3 0,345 CCin (cm) 66,1 ± 7,8 68,4 ± 7,6 0,064 PAS (mmhg) 110,9 ± 14,6 108,0 ± 13,2 0,205 PAD (mmhg) 64,5 ± 9,2 65,4 ± 9,3 0,567 PAM (mmhg) 80,0 ± 10,2 79,6 ± 9,7 0,811 % Gordura 20,4 ± 8,5 27,7 ± 7,0 < 0,001 12 minutos (metros) 1443,2 ± 214,1 1132,9 ± 157,0 < 0,001 Nota: IMC = Índice de Massa Corporal; CCin = Circunferência de cintura; PAS = Pressão Arterial Sistólica; PAD = Pressão Arterial Diastólica; PAM = Pressão Arterial Média; 12 minutos = Corrida ou caminhada de 12 minutos; p 0,05. A caracterização do nível socioeconômico, instrução de pai e mãe e cor/raça estão apresentados na figura 16. Podemos observar que a maioria (80,1%) pertence à classe econômica C, D e E (ALMEIDA & WICKERHAUSER, 1991). Com relação aos graus de instrução de pai e mãe levamos em consideração a escolaridade de cada um, sendo que até ensino médio completo (<12 anos de estudo) e nível superior incompleto, completo, mestrado e doutorado ( 12 anos de estudo). Nesse sentido, observamos que apenas 17,7% dos pais e 19,6% das mães têm mais de 12 anos de estudos. Quanto à cor/raça observamos que predomina a parda (49,3%), seguido por 23,9% de brancos, 11,9% de adolescentes da cor preta e 14,9% de outros (amarela e indígena).

84 Figura 16. Caracterização do nível socioeconômico, instrução de pai e mãe e cor/raça dos adolescentes. Nota: Na condição socioeconômica as classes A e B são as que têm uma renda mensal superior a R$ 2.012,67 (ABA/ABIPEME - Associação Brasileira de Anunciantes/Associação Brasileira dos Institutos de Mercado). Na figura 17 são abordadas as classificações gerais das variáveis do IMC e PA. Para o IMC, cerca de 70,8% dos adolescentes estão dentro do índice considerado normal, porém 23,1% dos adolescentes foram classificados como sobrepesados e 6,1% como obesos. Vale à pena destacar que na amostra dos obesos, as meninas sobrepesadas e obesas são em números maiores quando comparado com os meninos (66,6% vs 33,4%). Entre meninos e meninas, considerando o total da amostra que está acima do peso, é da ordem de 29,2%. Em outro parâmetro, no % de gordura, 65,8% dos meninos e 75,0% das meninas estão acima do recomendado. Na PA, a maioria (85,3%) dos adolescentes está com níveis pressóricos desejáveis, enquanto que 14,7% são consideradas acima do recomendado ( Percentil 90), segundo as tabelas do NCHS (1994). É importante lembrar que todos os adolescentes que tiveram PA acima do recomendado estão com valores de circunferência de cintura acima da média tanto para os meninos quanto para as meninas (r=0,42 (p 0,05) na PAS e 0,33 (p 0,05) na PAD nos meninos e r=0,31 (p 0,05) nas meninas).

85 Figura 17. Classificações gerais das variáveis do Índice da Massa Corporal e Pressão Arterial dos adolescentes. As características dos adolescentes ativos fisicamente associados com cor/raça, instrução dos responsáveis e nível socioeconômico podem ser observadas na figura 18. Com relação à cor/raça (Figura 18a) podemos observar que aproximadamente 60% dos adolescentes são ativos ou muito ativos fisicamente, exceto outras (amarela e indígena) que é cerca de 40% (MATSUDO et al., 2001). A respeito da instrução dos responsáveis, quanto maior a quantidade de anos estudada pelos pais, mais ativos fisicamente os adolescentes são, porém sem diferença significativa. Por outro lado, nas mães, mostrouse o inverso, quanto menos anos de estudo da mãe, mais os filhos são ativos fisicamente (Figura 18b). E por último, na condição econômica, não existe diferença significativa entre classe alta e baixa nos adolescentes ativos fisicamente (Figura 18c). Vale lembrar que todas essas informações são referente a análise do questionário de nível de atividade física (IPAQ, versão curta) (Anexo 4).

86 a) b) c) Figura 18. Dados dos adolescentes ativos fisicamente relacionados com cor/raça (a), instrução de pai e mãe (b) e nível socioeconômico (c).

87 Na figura 19 é apresentada a razão de chance (odds ratio) de ser ativo fisicamente com variáveis de condição socioeconômica e de instrução dos responsáveis. Dessa maneira, ser de classe econômica alta (RC=1,8) e ter o pai com nível de instrução 12 anos de estudo (RC=2,1) parece ser favorável para ser ativo fisicamente. Figura 19. Valores da razão de chance (odds ratio) em relação ao nível de atividade física e condição socioeconômica e instrução dos responsáveis. A frequência dos genótipos do polimorfismo I/D do gene da ECA e do polimorfismo R577X do gene ACTN3 são apresentados na figura 20. Para o gene da ECA observou-se que a frequência dos genótipos foi de 41,7% para homozigoto DD, 38,9% para o heterozigoto ID e 19,4% para homozigoto II, sendo que a frequência dos alelos ficou assim distribuída: Alelo D (80,6%) e o alelo I (19,4%). No gene ACTN3 a frequência dos genótipos foi de 31,3% para homozigoto RR, 60,0% para o heterozigoto RX e 8,7% para homozigoto XX, sendo que a freqüência dos alelos ficou assim distribuída: Alelo R (91,3%) e o alelo X (8,7%). Para o gene da ECA foi considerado alelo D o somatório dos genótipos DD+ID e no gene do ACTN3 foi considerado alelo R o somatório dos genótipos RR+RX. É importante destacar que a amostra está em equilíbrio de Hardy-Weinberg (RODRIGUEZ et al., 2009) para as freqüências genotípicas dos genes da ECA (X 2 = 4,9; df = 1; P = 0,61) e ACTN3 (X 2 = 0,72; df = 1; P = 0,6).

88 Figura 20. Frequência dos genótipos do polimorfismo I/D do gene da ECA e do polimorfismo R577X do gene ACTN3. A freqüência dos genótipos do polimorfismo I/D do gene da ECA e do polimorfismo R577X do gene ACTN3 separados por sexo são apresentados na figura 21. Para o gene da ECA, nos meninos, observou-se que a freqüência dos genótipos foi de 45,8% para homozigoto DD, 28,3% para o heterozigoto ID e 25,9% para homozigoto II, sendo que a freqüência dos alelos ficou assim distribuída: Alelo D (74,1%) e o alelo I (25,9%). Por outro lado, nas meninas, observou-se que a freqüência dos genótipos foi de 35,9% para homozigoto DD, 53,2% para o heterozigoto ID e 10,9% para homozigoto II, sendo que a freqüência dos alelos ficou assim distribuída: Alelo D (89,1%) e o alelo I (10,9%). Tanto para os meninos (X 2 = 14,41; df = 1; P = 0,6) quanto para as meninas (X 2 = 1,14; df = 1; P = 0,63) estão em equilíbrio de Hardy-Weinberg (RODRIGUEZ et al., 2009) para as freqüências genotípicas dos genes da ECA. Para o gene do ACTN3, nos meninos, observou-se que a freqüência dos genótipos foi de 27,1% para homozigoto RR, 64,4% para o heterozigoto RX e 8,5% para homozigoto XX, sendo que a freqüência dos alelos ficou assim distribuída: Alelo R (91,5%) e o alelo X (8,5%). Por outro lado, nas meninas, observou-se que a freqüência dos genótipos foi de 35,7% para homozigoto RR, 55,4% para o heterozigoto RX e 8,9% para homozigoto XX, sendo que a freqüência dos alelos ficou assim distribuída: Alelo R

89 (91,1%) e o alelo X (8,9%). Observou-se que para o gene do ACTN3 também houve o equilíbrio de Hardy-Weinberg (RODRIGUEZ et al., 2009) nas freqüências dos genótipos nos meninos (X 2 = 7,19; df = 1; P = 0,55) e meninas (X 2 = 3,35; df = 1; P = 0,64). Figura 21. Freqüência dos genótipos do polimorfismo I/D do gene da ECA e do polimorfismo R577X do gene ACTN3 separados por sexo. Os valores obtidos nos testes motores pelos voluntários de ambos os sexos são apresentados na tabela 3. Houve diferenças significativas entre os sexos em todas as variáveis, exceto envergadura, flexibilidade com o banco e flexibilidade sem o banco. É importante notar que em todos os testes motores que houve diferenças significativas demonstram que os meninos tiveram melhores resultados que as meninas (p< 0,001).

90 Tabela 3. Valores obtidos nos testes motores pelos voluntários em ambos os sexos (n=149). Masculino (n=85) Feminino (n=64) p Envergadura (cm) 162,9 ± 11,5 159,3 ± 14,4 0,093 Agilidade (s) 8,00 ± 0,62 8,76 ± 0,63 < 0,001 Flexibilidade c/banco (cm) 23,7 ± 6,2 24,4 ± 6,2 0,457 Flexibilidade s/banco (cm) 34,1 ± 7,5 34,5 ± 7,6 0,776 20 metros (s) 3,81 ± 0,36 4,29 ± 0,42 < 0,001 12 minutos (metros) 1443,2 ± 214,1 1132,9 ± 157,0 < 0,001 Impulsão Horizontal (cm) 154,7 ± 25,8 123,0 ± 16,2 < 0,001 Arremesso de MB (cm) 345,9 ± 66,1 293,2 ± 48,7 < 0,001 Abdominal 1 minuto (rep) 30,9 ± 8,5 20,6 ± 7,5 < 0,001 Nota: 12 minutos = Corrida e caminhada de 12 minutos; MB = Medicine Ball; p 0,05. Na tabela 4 são apresentados os valores de PAS, PAD e FC em repouso, de ambos os sexos dentro de cada genótipo (DD, ID e II) e alelo (D e I). Não foram observadas diferenças significativas na PA e na FC entre os gêneros em nenhum dos genótipos e alelos. Nos meninos, o grupo do genótipo DD apresentou PAS significativamente superior do que o grupo II (112,2±12,1 vs 106,4±13,5mmHg; p 0,01). A PAS não diferiu entre os grupos ID e II nos meninos. Ainda no grupo de meninos, a PAD do grupo DD mostrou-se significativamente superior ao grupo II (68,5±9,1 vs 61,7±8,5mmHg; p 0,01), bem como mais elevada em relação ao grupo ID (68,5±9,1 vs 63,6±9,3mmHg; p 0,05). Nas meninas, o grupo DD apresentou PAS significativamente superior ao grupo II (109,3±12,5 vs 104,5±11,3mmHg; p 0,01). Não foram verificadas diferenças na PAS e PAD entre os grupos de meninas ID e II. A PAD do grupo DD apresentou-se significativamente superior ao grupo II (67,8±9,9 vs 62,0±8,4mmHg; p 0,01). Quando a comparação é feita entre os grupos de alelos de risco para hipertensão (D) e não risco (I) observa-se que tanto a PAS, quanto a PAD são superiores no grupo portador do alelo D. Na FC não houve nenhuma diferença significativa entre os genótipos e nem entre os alelos.

91 Tabela 4. Valores de PAS, PAD e FC em repouso, de ambos os sexos dentro de cada genótipo (DD, ID e II) e alelos (D e I). PAS PAD FC Genótipo (DD) Masculino (n=39) 112,2 ± 12,1 68,5 ± 9,1 70,2 ± 17,0 Feminino (n=23) 109,3 ± 12,5 67,8 ± 9,9 73,2 ± 9,4 Genótipo (ID) Masculino (n=24) 109,2 ± 14,8 63,6 ± 9,3 72,1 ± 10,1 Feminino (n=34) 106,9 ± 14,3 64,3 ± 8,4 73,0 ± 9,6 Genótipo (II) Masculino (n=22) 106,4 ± 13,5* 61,7 ± 8,5* 72,0 ± 14,0 Feminino (n=7) 104,5 ± 11,3* 62,0 ± 8,4* 73,8 ± 8,6 Alelo D Masculino (n=63) 111,6 ± 13,1 64,8 ± 9,5 70,9 ± 14,7 Feminino (n=57) 107,9 ± 13,5 65,1 ± 9,0 73,1 ± 9,9 Alelo I Masculino (n=22) 106,4 ± 13,5 61,7 ± 8,5 72,0 ± 14,0 Feminino (n=7) 104,5 ± 11,3 62,0 ± 8,4 73,8 ± 8,6 *p 0,01 em relação ao genótipo DD; p 0,05 em relação ao genótipo DD; p 0,05 em relação ao alelo D. Os valores de PAS, PAD e FC no repouso, aos 30 segundos e aos 60 segundos submetidos ao teste de reatividade vascular (Cold Pressor Test - CPT) são apresentados na tabela 5. Houve diferenças significativas da PAS 60, PAD 60 e FC 60 quando comparado aos valores de repouso das mesmas variáveis, em ambos os sexos. Não houve diferença significativa em nenhuma das variáveis do repouso para os 30 segundos e também dos 30 segundos para os 60 segundos. Entre os sexos não houve diferença significativa em nenhuma variável. Tabela 5. Valores de PAS, PAD e FC no repouso, aos 30 segundos e aos 60 segundos submetidos ao teste de reatividade vascular (Cold Pressor Test). Masculino (n=85) Feminino (n=64) p PAS (rep) 110,9 ± 14,6 108,0 ± 13,2 NS PAS 30s 115,7 ± 13,8 112,2 ± 11,8 NS PAS 60s 120,4 ± 13,8 * 116,9 ± 14,0 * NS PAD (rep) 64,5 ± 9,2 65,4 ± 9,3 NS PAD 30s 69,8 ± 9,7 70,5 ± 11,1 NS PAD 60s 74,7 ± 10,7 75,2 ± 12,2 NS FC (rep) 71,2 ± 14,9 76,3 ± 9,7 NS FC 30s 76,2 ± 13,3 80,2 ± 12,5 NS FC 60s 79,2 ± 14,4 # 83,4 ± 10,2 # NS Nota: PAS = Pressão Arterial Sistólica; PAD = Pressão Arterial Diastólica; FC = Freqüência Cardíaca; (rep) = repouso; (s) = segundos. * Diferença significativa em relação a PAS de repouso (p 0,01); Diferença significativa em relação a PAD de repouso (p 0,001); # Diferença significativa em relação a FC de repouso (p 0,01).

92 A tabela 6 apresenta a resposta da PAS dos hiperreativos (PAS 25mmHg ou PAD 20mmHg em relação ao repouso ou ambos), separados pelos genótipos do polimorfismo I/D do gene da ECA, quando submetidos ao Cold Pressor Test (CPT). Observou-se em todos os momentos (repouso, 30 e 60 segundos), em ambos os sexos, que houve diferença significativa entre os genótipos, mostrando que os genótipos DD+ID tiveram PAS superior do que o genótipo II (p 0,05). Nos meninos, o grupo dos genótipos DD+ID apresentaram aumento significativo (p<0,01) da PAS (rep) durante a aplicação do CPT para PAS aos 30s (+7,0mmHg), bem como para PAS aos 60s (+21,0mmHg) (Tabela 6). Na comparação entre PAS 30s e PAS 60s houve um aumento significativo (p<0,01) da PAS da ordem de 14,0mmHg para esse mesmo grupo (Tabela 6). Nos hiperreativos com genótipo não de risco para hipertensão (II), houve aumento significativo (p<0,01) da PAS (rep) para PAS aos 30s (+9,0mmHg), bem como para PAS aos 60s (+25,3mmHg). A PAS aos 30s foi significativamente elevada (p<0,01) em 16,3mmHg aos 60s (Tabela 6). Nas meninas, o grupo dos genótipos DD+ID apresentaram aumento significativo (p<0,01) da PAS (rep) para os 30s (+6,5mmHg), bem como os 60s (+18,5mmHg). Na comparação entre PAS 30s e PAS 60s houve um aumento significativo (p<0,01) da PAS da ordem de 12,0mmHg. Nas hiperreativas com genótipo não de risco (II), a PAS foi significativamente (p<0,01) elevada do repouso para os 30s (+8,6mmHg) de aplicação do CPT, bem como para os 60s (+17,3mmHg). Dos 30s aos 60s observou-se um aumento de 8,7mmHg da PAS (Tabela 6). É importante destacar que 53,3% dos meninos hiperreativos e 80,0% das meninas hiperreativas são do alelo de risco D. Em ambos os sexos, no repouso, os genótipos já apresentavam diferenças significativas. Tabela 6. Valores de PAS dos hiperreativos no Cold Pressor Test - CPT separado por genótipos entre os sexos. PAS (rep) PAS 30s PAS 60s MASCULINO (n=15) DD+ID (n=8) 106,0 ± 7,8 113,0 ± 9,0 127,0 ± 11,2,# II (n=7) 97,4 ± 8,8* 106,4 ± 12,4*, 122,7 ± 11,0*,,# FEMININO (n=15) DD+ID (n=12) 106,9 ± 15,4 113,4 ± 10,1 125,4 ± 13,4,# II (n=3) 101,0 ± 14,5* 109,6 ± 7,0*, 118,3 ± 15,3*,,# Nota: PAS = Pressão Arterial Sistólica; (rep) = repouso; (s) = segundos. * p 0,05 em relação ao genótipo DD+ID; p 0,01 em relação ao repouso; # p 0,01 em relação aos 30 segundos.

93 A tabela 7 apresenta a resposta da PAD ao CPT pelos hiperreativos (PAS 25mmHg ou PAD 20mmHg ou ambos), separados pelos genótipos do polimorfismo I/D do gene da ECA. Observou-se diferenças significativas entre os genótipos apenas no repouso, em ambos os sexos, sendo que os genótipos DD+ID apresentaram PAD superior do que o genótipo II (p<0,05). Nos meninos, o grupo dos genótipos DD+ID apresentaram aumento significativo (p<0,01) da PAD (rep) para PAD 30s (+14,7mmHg), bem como para PAD 60s (+23,5mmHg) durante a aplicação do CPT. Na comparação entre PAD 30s e PAD 60s houve um aumento significativo da PAD da ordem de 8,8mmHg para esse grupo. Nos hiperreativos com genótipo não de risco para hipertensão (II), houve aumento significativo (p<0,01) da PAD (rep) para PAD aos 30s (+16,8mmHg), bem como para PAD aos 60s (+26,5mmHg). A PAD aos 30s para os 60s o aumento foi de 9,7mmHg (Tabela 7). Nas meninas, o grupo dos genótipos DD+ID apresentaram aumento significativo (p<0,01) da PAD (rep) para PAD aos 30s (+13,5mmHg), bem como para PAD aos 60s (+24,3mmHg) durante a aplicação do CPT. Na comparação entre PAD aos 30s e PAD aos 60s houve um aumento significativo médio (p<0,01) de 10,8mmHg. Nas hiperreativas com genótipo não de risco para hipertensão (II), houve aumento significativo da PAD (rep) para PAD aos 30s (+16,7mmHg), bem como para PAD aos 60s (+24,7mmHg). Da PAD aos 30s para PAD aos 60s, o aumento foi de 8,0mmHg (Tabela 7). Tabela 7. Valores de PAD dos hiperreativos no Cold Pressor Test - CPT separado por genótipos entre os sexos. PAD (Rep) PAD 30s PAD 60s MASCULINO (n=15) DD+ID (n=8) 60,7 ± 6,4 75,4 ± 5,7 84,2 ± 5,0,# II (n=7) 55,7 ± 7,0* 72,5 ± 5,0 82,2 ± 6,9,# FEMININO (n=15) DD+ID (n=12) 65,0 ± 8,1 78,5 ± 9,2 89,3 ± 10,5,# II (n=3) 61,9 ± 7,9* 78,6 ± 11,5 86,6 ± 11,6,# Nota: PAD = Pressão Arterial Diastólica; (rep) = repouso; (s) = segundos. * p 0,05 em relação ao genótipo DD+ID; p 0,01 em relação ao repouso; # p 0,01 em relação aos 30 segundos.

94 Na figura 22 são apresentados os valores de PAS dos meninos hiperreativos durante a aplicação do CPT em portadores do alelo de maior risco para hipertensão (D), e não reativos, portadores do alelo de menor risco para hipertensão (I). Para os meninos hiperreativos com alelo D (DD+ID), o valor da PAS no repouso e aos 30 e 60s de aplicação do teste foram respectivamente 106,0±7,8; 113,0±9,0; 127,0±11,2mmHg, enquanto que os não reativos com alelo I (II) os valores foram 101,5±6,0; 109,8±14,0; 115,1±13,1mmHg. Vale lembrar que a PAS aumentou 21,0mmHg nos hiperreativos portadores do alelo de risco D e 13,6mmHg nos não reativos portadores do alelo sem risco I, do repouso para 60s (Figura 22). Houve diferenças significativas entre os alelos no repouso (p 0,05), 30s (p 0,05) e 60s (p 0,01). Também a PAS aumentou de forma significativa quando comparada do repouso para 30 segundos (p 0,01) e para 60 segundos (p 0,01), e também dos 30 segundos para 60 segundos (p 0,01), em ambos os alelos (Figura 22). 130 # 125 120 115 110 105 * * # Alelo D (n=8) Alelo I (n=15) 100 95 90 Repouso 30 seg 60 seg Cold Test Pressor Figura 22. Valores de PAS (mmhg) dos voluntários hiperreativos portadores do alelo de maior risco para hipertensão (D), e não reativos portadores do alelo de menor risco para hipertensão (I) durante a aplicação do Cold Pressor Test em meninos. * p 0,05 em relação ao alelo I; p 0,01 em relação ao alelo I; p 0,01 em relação ao repouso; # p 0,01 em relação aos 30s. Na figura 23 são apresentados os valores de PAS das voluntárias hiperreativas portadoras do alelo de maior risco para hipertensão (D), e não reativas, portadoras do alelo de menor risco para hipertensão (I) durante aplicação do CPT. Para as meninas

95 hiperreativas com alelo D (DD+ID), o valor da PAS ao repouso e aos 30 e 60 segundos durante o CPT foram respectivamente 106,9±15,4, 113,4±10,1, 125,4±13,4mmHg, enquanto que as não reativas com alelo I (II), os valores foram 103,7±10,3, 109,2±8,8, 117,7±10,3mmHg. É importante destacar que a PAS aumentou 18,5mmHg nas hiperreativas portadoras do alelo de risco D e 14,0mmHg nas não reativas portadoras do alelo sem risco I, do repouso para 60s durante o CPT (Figura 23). Houve diferenças significativas entre os alelos no repouso (p 0,05), 30 segundos (p 0,05) e 60 segundos (p 0,01) quando comparadas as hiperreativas (DD+ID) com as não reativas (II). Também a PAS foi elevada de forma significativa quando comparado o repouso com os 30s (p 0,01) e os 60s (p 0,01), e entre os 30s e 60s (p 0,01) de aplicação do CPT, em ambos os alelos (Figura 23). 130 125 120 115 110 105 100 95 90 # * # * Repouso 30 seg 60 seg Cold Test Pressor Alelo D (n=12) Alelo I (n=4) Figura 23. Valores de PAS (mmhg) das voluntárias hiperreativas portadores do alelo de maior risco para hipertensão (D), e não reativos portadores do alelo de menor risco para hipertensão (I) durante a aplicação do Cold Pressor Test em meninas. * p 0,05 em relação ao alelo I; p 0,01 em relação ao alelo I; p 0,01 em relação ao repouso; # p 0,01 em relação aos 30s. Na figura 24 são apresentados os valores de PAD dos voluntários hiperreativos portadores do alelo de maior risco para hipertensão (D), e não reativos portadores do alelo de menor risco (I) durante a aplicação do Cold Pressor Test em meninos. Para os meninos hiperreativos com alelo D (DD+ID) o valor da PAD ao repouso e aos 30 e 60 segundos durante o Cold Pressor Test foram respectivamente 60,7±6,4; 75,4±5,7;

96 84,2±5,0mmHg, enquanto que nos não reativos com alelo I (II), os valores foram 60,4±6,4; 72,2±7,7; 76,5±8,1mmHg. Vale lembrar que a PAD aumentou 23,5mmHg nos hiperreativos portadores do alelo de risco D e 16,1mmHg do repouso para os 60s nos não reativos, portadores do alelo com menor risco para hipertensão (I). Houve diferença significativa da PAD durante CPT entre os alelos somente aos 60s (p 0,01). A PAD aumentou de forma significativa quando comparados o repouso e os 30s (p 0,01), e os 60s (p 0,01), em ambos os alelos, e também aos 30 e aos 60s segundos (p 0,01), no alelo D (Figura 24). 90 85 # 80 75 70 65 Alelo D (n=8) Alelo I (n=15) 60 55 50 Repouso 30 seg 60 seg Cold Test Pressor Figura 24. Valores de PAD (mmhg) dos voluntários hiperreativos portadores do alelo de maior risco para hipertensão (D), e não reativos portadores do alelo com menor risco para hipertensão (I) durante o no Cold Pressor Test em meninos. p 0,01 em relação ao alelo I; p 0,01 em relação ao repouso; # p 0,01 em relação aos 30s. Na figura 25 são apresentados os valores de PAD das voluntárias hiperreativas portadoras do alelo de maior risco para hipertensão (D), e não reativas portadoras do alelo de menor risco para hipertensão (I) no Cold Pressor Test em meninas. Para as meninas hiperreativas com alelo D (DD+ID), o valor da PAD no repouso e aos 30s e 60s durante o Cold Pressor Test foram respectivamente 65,0±8,1; 78,5±9,2; 89,3±10,5mmHg, enquanto que as não reativas portadoras de alelo I (II) os valores foram 66,2±5,8; 71,0±5,8 e 71,2±8,3mmHg. Destaca-se que a PAD aumentou 24,3mmHg nas hiperreativas (D) e 5mmHg nas não reativas (I) do repouso para os 60s. Houve diferenças significativas da PAD aos 30 (p 0,01) e 60s (p 0,01) durante o CPT entre os alelos (Figura 25). Também a PAD aumentou de forma significativa

97 quando comparados o repouso e os 30s (p 0,01), bem como os 60s (p 0,01), em ambos os alelos, e também dos 30 aos 60s (p 0,01) apenas para o alelo de risco D. 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 # Repouso 30 seg 60 seg Cold Test Pressor Alelo D (n=12) Alelo I (n=4) Figura 25. Valores de PAD (mmhg) das voluntárias hiperreativas portadoras do alelo de maior risco para hipertensão (D), e não reativas portadoras do alelo de menor risco para hipertensão (I) durante o Cold Pressor Test em meninas. p 0,01 em relação ao alelo I; p 0,01 em relação ao repouso; # p 0,01 em relação aos 30s. Os valores da FC dos voluntários hiperreativos portadores do alelo de maior risco para hipertensão (D), e não reativos portadores do alelo de menor risco para hipertensão (I) durante o Cold Pressor Test em meninos são apresentados na figura 26. Para os meninos hiperreativos com alelo D (DD+ID) o valor da FC ao repouso e aos 30s e 60s durante o CPT foram respectivamente 72,2±7,2; 86,1±9,9; 89,0±6,8bpm, enquanto que os não reativos com alelo I (II), os valores foram 74,6±5,7; 75,6±7,9; 78,8±8,8bpm. A FC aumentou 16,8bpm nos hiperreativos portadores do alelo D, e apenas 4,2bpm nos não reativos portadores do alelo I, do repouso para 60s. Houve diferença significativa da FC entre os alelos aos 30s e 60s durante o CPT (p 0,01). Ainda, a FC aumentou de forma significativa do repouso para os 30s (p 0,01) somente no grupo portador do alelo de risco (D), e do repouso para os 60s (p 0,01), em ambos os alelos. Não houve diferenças significativas na FC entre 30 e 60s em ambos os alelos.

98 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 Repouso 30 seg 60 seg Cold Test Pressor Alelo D (n=8) Alelo I (n=15) Figura 26. Valores da FC (bpm) dos voluntários hiperreativos portadores do alelo de maior risco para hipertensão (D), e não reativos portadores do alelo de menor risco para hipertensão (I) durante o Cold Pressor Test em meninos. p 0,01 em relação ao alelo I; p 0,01 em relação ao repouso. Na figura 27, são apresentados os valores de FC das voluntárias hiperreativas portadoras do alelo D, e não reativas portadoras do alelo I durante o Cold Pressor Test em meninas. Para as meninas hiperreativas com alelo D (DD+ID), o valor da FC no repouso, e aos 30s e 60s durante o CPT foram respectivamente 76,5±9,1; 84,2±12,1; 85,2±5,8bpm, enquanto que as não reativas com alelo I (II), os valores foram 77,2±8,4; 83,7±8,1 e 79,7±5,3bpm. Destaca-se que a FC aumentou 8,7bpm nas hiperreativas portadoras do alelo de risco D, e 2,5bpm nas não reativas portadoras do alelo I, do repouso para 60s de aplicação do CPT. Houve diferenças significativas na FC entre os alelos somente aos 60s de CPT para o sexo feminino (p 0,01). A FC aumentou de forma significativa do repouso aos 30s (p 0,01), em ambos os alelos, bem como aos 60 segundos (p 0,01), somente no alelo D. Não houve diferenças significativas na FC entre os 30 e 60s de aplicação do CPT entre as meninas.

99 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 Repouso 30 seg 60 seg Cold Test Pressor Alelo D (n=12) Alelo I (n=4) Figura 27. Valores de FC (bpm) das voluntárias hiperreativas portadoras do alelo de maior risco para hipertensão (D), e não reativas portadoras do alelo de menor risco para hipertensão (I) durante o Cold Pressor Test em meninas. p 0,01 em relação ao alelo I; p 0,01 em relação ao repouso. Dados da composição corporal e antropométricos, de ambos os sexos, separados por genótipos dos genes ECA e ACTN3 estão descritos na tabela 8. Não houve diferença significativa entre os genótipos nas variáveis de circunferência de cintura e % de gordura, tanto para os meninos quanto para as meninas. A massa corporal foi significativamente superior (p 0,05) nos voluntários portadores do genótipo DD quando comparado aos dos genótipos ID e II. Nos meninos ainda houve diferença significativa entre os genótipos ID e II, mostrando que quem tem um alelo D apresenta maior massa corporal. Entre as meninas esse fenômeno não foi observado. Com relação ao IMC, observou-se que as meninas do genótipo DD apresentaram maiores valores e de maneira significativa (p 0,05) quando comparada aos genótipos ID e II (Tabela 8). Com relação à área muscular de braço (AMB), os voluntários portadores do genótipo DD apresentaram AMB significativamente superior (p 0,05) aos portadores do genótipo II, em ambos os sexos. Foi observada, somente nas meninas, diferença significativa na AMB entre as voluntárias portadoras do genótipo DD e ID, apresentando as DD maiores valores de AMB (Tabela 8). Com relação a massa corporal e o gene ACTN3, a massa corporal dos genótipos RR e RX foi significativamente superior (p 0,05) a do XX em ambos os sexos. O % de gordura, nos meninos, foi diferente (p 0,05) apenas entre os genótipos RR e XX; e nas

100 meninas, entre os genótipos RR/RX e XX. Já com relação à área muscular de braço (AMB), a mesma foi diferente (p 0,05) apenas nos meninos, apresentando o genótipo RR uma AMB maior do que o XX.

101 Tabela 8. Valores da antropometria e da composição corporal, de ambos os sexos e separados por genótipos (DD, ID e II) do gene da ECA e (RR, RX e XX) do gene do ACTN3. MASCULINO (n=85) FEMININO (n=64) DD (n=39) ID (n=24) II (n=22) DD (n=23) ID (n=34) II (n=7) MC (kg) 55,8 ± 7,2 *, 53,1 ± 8,0 * 50,7 ± 10,4 57,5 ± 12,9 *, 51,8 ± 9,3 50,4 ± 8,6 IMC (kg.m 2(-1) ) 20,6 ± 2,2 20,6 ± 2,6 20,1 ± 2,7 23,1 ± 4,0 *, 20,4 ± 3,1 20,8 ± 3,2 CCin (cm) 66,5 ± 4,7 66,2 ± 6,9 65,5 ± 11,1 68,7 ± 3,6 67,9 ± 8,5 68,8 ± 7,6 %Gordura 20,2 ± 7,2 20,2 ± 8,2 20,7 ± 10,3 28,0 ± 5,0 26,2 ± 6,8 28,6 ± 7,5 AMB (cm 2 ) 15,8 ± 4,9 * 14,7 ± 5,1 13,7 ± 6,7 13,8 ± 3,5 *, 11,5 ± 4,0 12,3 ± 4,2 MASCULINO (n=59) FEMININO (n=56) RR (n=16) RX (n=38) XX (n=5) RR (n=20) RX (n=31) XX (n=5) MC (kg) 53,8 ± 9,2 54,5 ± 9,4 51,2 ± 5,9 α 52,2 ± 10,4 51,9 ± 9,8 47,2 ± 9,9 α IMC (kg.m 2(-1) ) 20,7 ± 2,8 20,3 ± 2,0 21,0 ± 2,8 21,5 ± 3,7 20,8 ± 3,2 19,5 ± 3,8 CCin (cm) 64,6 ± 5,3 66,0 ± 9,7 66,6 ± 5,2 68,5 ± 8,4 69,3 ± 7,9 69,9 ± 5,3 %Gordura 18,1 ± 6,0 20,6 ± 9,4 21,3 ± 5,0 28,7 ± 6,9 27,4 ± 6,9 31,5 ± 8,5 α AMB (cm 2 ) 15,1 ± 6,7 14,7 ± 6,3 13,1 ± 4,5 13,3 ± 4,0 13,0 ± 4,5 13,1 ± 3,7 Nota: MC = Massa Corporal; IMC = Índice de Massa Corporal; CCin = Circunferência de Cintura; AMB = Área muscular de Braço; * p 0,05 em relação ao alelo II; p 0,05 em relação ao ID; p 0,05 em relação ao alelo XX; α p 0,05 em relação ao alelo RX.

102 Na tabela 9 são apresentados os valores obtidos nos testes motores em meninos e meninas de acordo com o seus genótipos do polimorfismo R577X do gene ACTN3. Em todos os testes motores, exceto flexibilidade com o banco, flexibilidade sem o banco e envergadura no genótipo RX, houve diferenças significativas entre sexos para cada um dos genótipos (RR, RX e XX), apresentando os meninos sempre um desempenho superior ao das meninas. Na comparação entre os genótipos para os meninos, observou-se que os portadores do genótipo RR tiveram resultados significativamente superiores ao RX nos testes de agilidade, 20 metros e impulsão horizontal. Na comparação do genótipo RR com o XX observou-se diferenças significativas nos seguintes testes motores: agilidade, 20 metros, impulsão horizontal, arremesso de Medicine Ball e abdominal modificado de 1 minuto, apresentando o genótipo RR valores superiores aos portadores do genótipo XX. Entre os genótipos RX e XX houve diferença significativa favorável ao genótipo RX nos testes de 20 metros e arremesso de Medicine Ball, enquanto que o genótipo XX se sobressaiu no teste motor de agilidade em relação ao genótipo RX. Por outro lado, nas meninas, na comparação entre RR e RX mostrou-se que as meninas com genótipos RR têm resultados significativamente melhores em relação as de genótipos RX nos testes de agilidade, 20 metros e abdominal. O mesmo foi observado na comparação dos genótipos RR e XX. Não houve diferença significativa entre os genótipos RX e XX para as variáveis de aptidão física investigadas. A associação dos genótipos DD, DI e II do polimorfismo I/D do gene da ECA e dos genótipos RR, RX e XX do polimorfismo R577X do gene do ACTN3 nos testes motores em ambos os sexos são apresentados na tabela 10. Na associação dos genótipos DD+ID+RR houve diferença significativa entre os sexos em todas variáveis, exceto envergadura, flexibilidade sem o banco e flexibilidade com o banco, sempre com os meninos tendo um melhor desempenho do que as meninas. Nos genótipos XX+II houve diferença significativa entre os sexos nos testes motores de agilidade, 20 metros, 12 minutos e impulsão horizontal. Na comparação entre as associações dos genótipos (DD+ID+RR vs XX+II), no sexo masculino houve diferença em todas as variáveis, exceto envergadura e 12 minutos, sempre com a associação DD+ID+RR tendo os melhores resultados. Por outro lado, nas meninas, a diferença observada nessas variáveis entre a associação de genótipos foi apenas nas variáveis de envergadura e agilidade, sendo que as voluntárias portadoras da associação de genótipos DD+ID+RR tiveram melhores

103 resultados. Vale lembrar que 18,6% dos meninos e 32,1% das meninas têm a associação dos alelos D e R dos genes da ECA e ACTN3, respectivamente.

104 Tabela 9. Valores obtidos nos testes motores em meninos e meninas de acordo com os genótipos do polimorfismo R577X do gene ACTN3 (n=115). Masculino (n=59) Feminino (n=56) RR (n=16) RX (n=38) XX (n=5) RR (n=20) RX (n=31) XX (n=5) Envergadura (cm) 160,6 ± 12,2 165,8 ± 9,9 163,8 ± 7,8 162,4 ± 23,1 157,8 ± 8,4 157,8 ± 10,5 Agilidade (s) 7,77 ± 0,49 7,94 ± 0,49 a 7,87 ± 0,87 b,c 8,72 ± 0,50 * 8,83 ± 0,63,a 8,86 ± 0,88 #,b Flexibilidade c/banco (cm) 26,8 ± 7,1 23,7 ± 6,6 23,2 ± 5,4 24,6 ± 6,0 25,7 ± 6,3 20,4 ± 3,4 Flexibilidade s/banco (cm) 37,3 ± 9,9 35,0 ± 7,2 32,6 ± 3,8 33,7 ± 7,5 36,2 ± 8,2 31,3 ± 2,9 20 metros (s) 3,59 ± 0,30 3,80 ± 0,28 a 4,03 ± 0,51 b,c 4,26 ± 0,31 * 4,34 ± 0,44,a 4,32 ± 0,17 #,b 12 minutos (metros) 1414,6 ± 182,3 1408,7 ± 238,2 1584,6 ± 194,5 1118,5 ± 152,9 * 1162,4 ± 151,4 1008,4 ± 159,2 # Impulsão Horizontal (cm) 166,2 ± 19,6 152,4 ± 18,5 a 150,0 ± 14,5 b 126,1 ± 19,7 * 121,6 ± 13,8 126,4 ± 12,4 # Arremesso de MB (cm) 363,0 ± 75,2 361,0 ± 59,0 341,0 ± 64,6 b,c 299,5 ± 68,9 * 292,9 ± 39,6 302,0 ± 19,5 # Abdominal 1 minuto (rep) 33,1 ± 8,2 31,5 ± 7,7 29,4 ± 5,3 b 23,5 ± 8,1 * 19,1 ± 7,5,a 20,4 ± 5,4 #,b Nota: 12 minutos = Corrida ou caminhada de 12 minutos; MB = Medicine Ball; * p<0,05 entre os sexos no genótipo RR; p<0,05 entre os sexos no genótipo RX; # p<0,05 entre os sexos no genótipo XX; a p<0,05 entre RR e RX para o mesmo sexo; b p<0,05 entre RR e XX para o mesmo sexo; c p<0,05 entre RX e XX para o mesmo sexo.

105 Tabela 10. Associação dos genótipos DD, ID e II do polimorfismo I/D do gene da ECA e dos genótipos RR, RX e XX do polimorfismo R577X do gene do ACTN3 com o desempenho nos testes motores em ambos os sexos (n=36). Masculino (n=14) Feminino (n=22) DD+ID+RR (n=11) XX+II (n=3) DD+ID+RR (n=18) XX+II (n=4) Envergadura (cm) 158,3 ± 11,7 153,0 ± 10,3 161,7 ± 14,3 150,0 ± 12,3 a Agilidade (s) 7,81 ± 0,53 8,24 ± 0,45 a 8,72 ± 0,47 * 8,93 ± 0,52,a Flexibilidade c/banco (cm) 26,7 ± 8,4 17,0 ± 5,9 a 23,5 ± 5,2 21,0 ± 6,1 Flexibilidade s/banco (cm) 37,0 ± 12,0 28,0 ± 9,3 a 32,2 ± 6,3 29,0 ± 7,8 20 metros (s) 3,67 ± 0,30 4,01 ± 0,38 a 4,29 ± 0,25 * 4,32 ± 0,34 12 minutos (metros) 1490,1 ± 200,6 1590,0 ± 196,2 1127,8 ± 154,2 * 1133,0 ± 148,8 Impulsão Horizontal (cm) 163,6 ± 20,8 144,0 ± 12,6 a 123,1 ± 17,7 * 116,0 ± 15,7 Arremesso de MB (cm) 349,6 ± 71,0 280,0 ± 58,1 a 287,0 ± 60,3 * 280,0 ± 59,5 Abdominal 1 minuto (rep) 31,8 ± 7,6 25,0 ± 6,6 a 22,1 ± 8,3 * 24,0 ± 6,8 Nota: 12 minutos = Corrida ou caminhada de 12 minutos; MB = Medicine Ball; * p<0,05 entre os sexos nos genótipos DD+ID+RR; p<0,05 entre os sexos nos genótipos XX+II; a p<0,05 entre DD+ID+RR e XX+II para o mesmo sexo.

106 Na tabela 11 podemos observar a frequência de classificações dos adolescentes aptos aos seus resultados obtidos nos testes motores de acordo com GAYA & SILVA (2007). Nota-se que a maioria dos adolescentes de ambos os sexos estão classificados como muito fraco, fraco ou razoável em todos os testes. Vale destacar que no teste de agilidade, em ambos os sexos, nenhum voluntário classificou-se em bom, muito bom ou excelente. Dos voluntários que estão classificados como aptos (BOM), a aptidão em destaque foi a avaliada pelo arremesso de medicine ball tanto para os meninos (32,9%) quanto para as meninas (20,3%). Os voluntários classificados como muito bom ou excelente tiveram seus melhores desempenhos nos testes de flexibilidade sem o banco (23,5%), seguido pelo teste de medicine Ball (18,8%) para os meninos. Por outro lado, entre as meninas, foi observada melhor classificação nos mesmos testes, porém com a ordem invertida, sendo que mais voluntárias tiveram excelência no teste de medicine ball (20,3%) seguido do teste de flexibilidade sem o banco (17,2%).

107 Tabela 11. Análise da frequência de classificações dos adolescentes de acordo com os resultados obtidos nos testes motores de acordo com GAYA & SILVA (2007) (n=149). Masculino (n=85) Feminino (n=64) FR-MF-RAZ BOM MB-EXC FR-MF-RAZ BOM MB-EXC Agilidade 85 (100%) 0 (0%) 0 (0%) 64 (100%) 0 (0%) 0 (%) Flexibilidade c/banco 64 (75,3%) 9 (10,5%) 12 (14,2%) 49 (76,5%) 10 (15,6%) 5 (7,9%) Flexibilidade s/banco 45 (53,0%) 20 (23,5%) 20 (23,5%) 43 (67,2%) 10 (15,6%) 11 (17,2%) 20 metros 57 (67,0%) 20 (23,5%) 8 (9,5%) 51 (79,7%) 10 (15,6%) 3 (4,7%) 12 minutos 68 (80,0%) 9 (10,5%) 8 (9,5%) 55 (86,0%) 6 (9,3%) 3 (4,7%) Impulsão Horizontal 72 (84,8%) 9 (10,5%) 4 (4,7%) 58 (90,6%) 3 (4,7%) 3 (4,7%) Arremesso de MB 41 (48,3%) 28 (32,9%) 16 (18,8%) 38 (59,4%) 13 (20,3%) 13 (20,3%) Abdominal 1 minuto 60 (70,6%) 14 (16,4%) 11 (13,0%) 54 (84,4%) 9 (14,0%) 1 (1,6%) Nota: 12 minutos = Corrida e caminhada de 12 minutos; MB = Medicine Ball; FR = Fraco; MF = Muito Fraco; RAZ = Razoável; MB = Muito bom; EXC = Excelente.

108 8. DISCUSSÃO O principal objetivo do estudo foi analisar a possível influência de variantes alélicas dos genes ACTN3 e ECA, e do nível sócioeconômico, étnico e de atividade física nas variáveis antropométricas, hemodinâmicas e de desempenho motor em adolescentes entre 11 e 16 anos. Até o presente momento a literatura não apresenta nenhum estudo que compreende aspectos relacionados à genética associado com características socioeconômicas, étnica, nível de atividade física, antropométricas, hemodinâmicas e de desempenho motor em adolescentes. Além do mais, de forma inédita, este estudo buscou associar alelos e/ou genótipos e desempenho motor em adolescentes visando contribuir com futuras pesquisas relacionadas a esses aspectos e consequentemente para detecção de talentos e/ou incentivo a busca de bons níveis de aptidão física relacionada à saúde. Observou-se que a maioria (80,1%) da amostra é de baixo nível socioeconômico, predominante da cor parda (49,3%), e a minoria de seus pais (17,7%) e suas mães (19,6%) têm mais de 12 anos de estudo. Dessa amostra, 29,2% está sobrepesado ou obeso, sendo essa incidência maior entre as meninas. Isso pode ter refletido na PA, no qual nesse estudo, 14,7% dos voluntários estão acima dos valores de PA recomendados para essa variável (CARVALHO et al., 2012). É importante salientar que todos os adolescentes que tiveram PA acima do recomendado estão com valores de circunferência de cintura acima da média tanto para os meninos quanto para as meninas (r=0,42 (p 0,05) na PAS e 0,33 (p 0,05) na PAD nos meninos e r=0,31 (p 0,05) nas meninas). Outro ponto interessante é que a razão de chance (prevalência) ajustada demonstra que ser de classe econômica alta (RC=1,8) e ter o pai com nível de instrução 12 anos de estudo (RC=2,1) parece ser favorável para ser ativo fisicamente. Nos testes motores os meninos tiveram melhores resultados do que as meninas e de maneira significativa em todos os testes, exceto envergadura e nas flexibilidades (com e sem o banco). Os testes motores quando comparados aos valores de referência GAYA & SILVA (2007) demonstra que a maioria da amostra estudada não atende o valor mínimo recomendado para a saúde. A frequência dos polimorfismos dos genes da ECA foi de 41,7% DD, 38,9% ID e 19,4% II, e para o gene ACTN3 foi 31,3% RR, 60,0% RX e 8,7% XX, ambos em equilíbrio de Hardy-Weinberg.

109 Os adolescentes de ambos os sexos que apresentam genótipo DD e/ou alelo D apresentaram PAS e PAD superiores aos adolescentes com genótipo II ou portador do alelo I do polimorfismo do gene da ECA. Na FC de repouso não foi observada diferença significativa entre os genótipos e nem entre os alelos. No teste estressor, em ambos os sexos, houve diferença significativa entre o repouso e os 60 segundos na PAS, PAD e FC. Ademais, no mesmo teste estressor, separados pelos genótipos, somente dados dos hiperreativos, a PAS e PAD tiveram sempre valores maiores nos genótipos DD+ID do que no genótipo II. 53,3% dos meninos hiperreativos e 80,0% das meninas considerados hiperreativas durante a aplicação do Cold Pressor Test (CPT) são do alelo de risco D. Quando se analisa a PAS, PAD e FC entre os hiperreativos portadores do alelo de risco para hipertensão (D), e os não reativos portadores do alelo de menor risco de hipertensão (I), observa-se maiores valores de pressão arterial no alelo de risco (D), e nos hiperreativos. Isso demonstra que o CPT pode contribuir para uma detecção precoce de hiperreatividade da PA em adolescentes, e consequentemente para a prevenção da instalação do início da hipertensão nessa fase da vida. Com relação à composição corporal, observou-se que o portador de alelo D possui maior massa corporal quando comparada ao alelo I. Nas meninas o IMC dos portadores do genótipo DD apresentaram maiores valores (p<0,05) quando comparado aos genótipos ID e II. Não houve diferenças significativas no % de gordura e na circunferência de cintura entre os genótipos. Os voluntários portadores do genótipo DD apresentaram elevada (p<0,05) AMB quando comparada aos portadores do genótipo II, em ambos os sexos. As voluntárias portadoras do genótipo DD apresentaram maiores valores de AMB do que as de genótipo ID. Com relação ao gene ACTN3 e a massa corporal (MC), observou-se que MC dos genótipos RR e RX foi significativamente superior a do XX em ambos os sexos. O % de gordura, nos meninos, foi diferente apenas entre o genótipo RR e o XX; e nas meninas, foi observada diferença entre o genótipo RR/RX e o XX. A área muscular do braço foi diferente apenas nos meninos, sendo que os que apresentavam o genótipo RR tiveram AMB maior do que o genótipo XX. Os portadores dos genótipos RR apresentaram melhor desempenho motor na maioria dos testes quando comparada ao genótipo XX. A associação dos alelos D+R foi observada nos voluntários com melhor desempenho nos testes motores quando comparado ao I+X, sendo a frequência D e R dos genes da ECA e ACTN3 respectivamente observada em 18,6% dos meninos e 32,1% das meninas.

110 Vários estudos se destinaram a mensurar variáveis relacionadas com a aptidão física em crianças e adolescentes nos últimos anos (RONQUE et al., 2007; GENEROSI et al., 2008; FARIAS et al., 2010). No presente estudo tanto os meninos quanto as meninas estão acima do recomendado para o % de gordura (AAPHERD, 1988; CONDE & MONTEIRO, 2006) e abaixo do recomendado na capacidade cardiorrespiratória (12 minutos) (AAPHERD, 1988). Corroborando com o presente estudo, Ronque et al. (2007) verificaram valores de adiposidade elevada em crianças com idade entre sete e dez anos de ambos os sexos, muito similares ao do presente estudo, porém com crianças e de alto nível sócioeconômico. Milano & Leite (2009) verificaram valores de VO 2 máx absoluto (l/min) mais altos nos obesos, em ambos os gêneros, do que no grupo não obeso. Entretanto, o VO 2 máx relativo ao peso corporal (ml/kg/min) foi menor no grupo obeso, demonstrando assim que a obesidade interfere também nas variáveis fisiológicas, sobretudo em adolescentes. Ainda nesse aspecto, Ronque et al. (2010) verificaram que adolescentes, de ambos os sexos, com alta aptidão cardiorrespiratória apresentaram sistematicamente valores mais baixos de gordura corporal, sugerindo que o aumento da adiposidade corporal pode influenciar negativamente também a aptidão cardiorrespiratória em adolescentes de ambos os sexos. No estudo de Generosi et al. (2008), tanto meninos quanto meninas, com idade entre 14 e 16 anos, apresentaram índices de aptidão física relacionada à saúde insuficientes de acordo com os critérios propostos pela literatura. Com relação à resistência cardiorrespiratória e força/resistência abdominal, os meninos tiveram melhores índices que as meninas de maneira significativa (p<0,05). Esses achados são similares ao do presente estudo e era esperado, pois nessa fase da adolescência ocorre a maturidade puberal com os meninos aumentando a massa muscular desproporcionalmente à menina devido a maior secreção de testosterona (PASQUARELLI et al., 2010). Além disso, os meninos parecem ocupar suas horas de lazer com atividades mais ativas que as meninas, um aspecto cultural que deve ser levado em consideração (GONÇALVES, et al., 2007). Em outro experimento no sul do país conduzido por Fonseca et al. (2010) os resultados são bem similares ao do presente estudo, inclusive com relação ao excesso de peso maior nas meninas, no entanto o estudo foi realizado em crianças e não em adolescentes. Os pesquisadores analisaram uma escola pública em tempo integral (Ponta Grossa - PR), e os grupos de crianças de ambos os sexos analisados apresentaram classificações, segundo a bateria de testes PROESP-BR, abaixo do recomendado para a idade das crianças no teste de corrida e/ou caminhada de 9/12 minutos. O grupo feminino apresentou excesso de peso em todas as idades avaliadas (8, 9 e 10 anos). A maioria das crianças não apresentou níveis

111 satisfatórios de aptidão física relacionada à saúde, revelando um risco aumentado de doenças crônicas não transmissíveis nestes escolares. Com relação ao nível socioeconômico, os voluntários da pesquisa foram classificados, em sua maioria (80,1%), como sendo da classe C, D e E. Esses achados estão de acordo com Vanzelli et al. (2008), que relata em seu estudo que segundo dados da Associação Nacional de Empresas de Pesquisa (ANEP), no Brasil a maior parte das famílias pertence às classes socioeconômicas de menor renda (classes D, 33% e E, 31%). Porém, os adolescentes mais atingidos pela obesidade pertencem às classes sociais mais privilegiadas (MELLO et al., 2004; VANZELLI et al., 2008), preferencialmente ocorrendo um maior número de adolescentes com sobrepeso e/ou obesidade pertencentes às classes econômicas A1, A2 e B1 (NUNES et al., 2007), onde foram relatados um consumo maior diário de refrigerantes, doces e salgadinhos como parte de seus hábitos alimentares. Dessa maneira especula-se que o ambiente social e o contexto econômico-cultural contribuem muito para orientações dos hábitos alimentares e de atividade física dos adolescentes (ARAÚJO et al., 2009). Nas regiões Sudeste, Nordeste, Norte e Centro-Oeste os escolares apresentam maiores índices de desnutrição do que os escolares localizados na Região Sul. Dessa forma, casos de obesidade e/ou sobrepeso ocorrem com maior frequência na Região Sul do país (ARAÚJO & PETROSKI, 2002). Entretanto, além do excesso de peso e obesidade, sabe-se que o estilo de vida, principalmente a atividade física habitual e os hábitos alimentares podem influenciar nas concentrações de lipídeos no plasma (BERGMANN et al., 2008). No Brasil parece estar havendo aumento nos valores de IMC de crianças e adolescentes com o passar dos anos, aumentando a prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes (BERGMANN et al., 2009). Na figura 17 é possível observar que na variável IMC, cerca de 70,8% dos adolescentes estão dentro do índice considerado normal, porém 23,1% dos adolescentes foram classificados como sobrepesados e 6,1% como obesos. Vale à pena destacar que na amostra dos obesos, as meninas são em número maior quando comparadas com os meninos (66,6% vs 33,4%). Entre meninos e meninas que estão acima do peso ocorre em 29,2%. Em amostra nordestina (João Pessoa-PB), de escolares de alto nível socioeconômico, Farias Junior e Silva (2008) observaram dados contrários aos nossos, com uma prevalência de sobrepeso/obesidade de 10%, mostrando-se mais elevada nos rapazes do que nas moças (13,5% vs 7,4%, razão de prevalência [RP]=1,82; IC95%=1,42-2,32), e dissociada da idade em ambos os sexos. Os resultados da análise multivariável evidenciaram maior probabilidade

112 de sobrepeso/obesidade nos rapazes que pertenciam às classes econômicas mais elevadas (RP=2,75; IC95%=1,56-4,82). Por outro lado, a probabilidade de sobrepeso/obesidade foi menor nas moças cujos pais apresentavam maior nível de escolaridade (RP=0,42; IC95%=0,21-0,87). Conclui-se então que a prevalência de sobrepeso/obesidade nos adolescentes escolares de João Pessoa - PB foi similar a que tem sido observada em estudos nacionais. Os rapazes mais ricos e as moças pobres foram os subgrupos de maior chance de apresentar sobrepeso/obesidade. Dessa maneira, esses últimos achados corroboram com o nosso estudo, onde as nossas voluntárias, em sua maioria são pobres e apresentam maiores índices de sobrepeso/obesidade. Em outro estudo nordestino, Campos et al. (2007) verificaram uma prevalência de obesidade de 19,5% em escolares de Fortaleza-CE. Nas escolas privadas, o sobrepeso/obesidade alcançou 23,9%, frequência maior do que nas públicas (18,0%) (p=0, 018). No entanto, entre o sexo masculino e feminino nas escolas privadas não foi observada nenhuma diferença significativa (19,6% e 19,0%, respectivamente). No estudo de Campos et al. (2007), a prevalência de obesos entre os adolescentes mais jovens foi maior que entre os mais velhos (24,1 % vs 15,0%; p<0,0001). Com relação ao nível de atividade física, foi observado que ser de classe econômica alta (RC=1,8) e ter o pai com nível de instrução 12 anos de estudo (RC=2,1) favoreceu um maior nível de atividade física. Farias Junior e Silva (2008) observaram menor probabilidade de sobrepeso/obesidade nas moças cujos pais apresentavam maior nível de escolaridade (RP=0,42; IC95%=0,21-0,87). Buscando entender esse fenômeno, em que os pais influenciam o nível de atividade física dos seus filhos, os pesquisadores Petroski & Pelegrini (2009) destacaram que o estilo de vida dos pais está intrinsecamente relacionado com a composição corporal dos seus filhos. A prevalência de excesso de peso foi duas vezes maior nos pais de adolescentes com alto % de gordura em comparação aos pais daqueles com baixo % de gordura. Além disso, o estilo de vida dos pais dos adolescentes com baixo % de gordura foi significativamente melhor que os pais dos adolescentes com alto % de gordura. Nesta última década, diversos estudos vêm tentando alertar as pessoas sobre a importância da atividade física desde a infância até a idade mais avançada. Estudos com adolescentes nas escolas podem servir como mecanismo de identificação, monitoração e vigilância de comportamentos de risco à saúde, prevenindo possíveis agravos à saúde em âmbito escolar, extensivos a toda população nesta faixa etária (ARAÚJO et al., 2009). Porém, é importante frisar que muitas crianças e adolescentes da modernidade não têm hábitos saudáveis como a prática de exercícios físicos de forma sistematizada e orientada, e

113 consequentemente, tem uma maior probabilidade de ter uma vida adulta com os mesmos hábitos sedentários. Já, o indivíduo que possui e/ou possuiu uma prática saudável ao longo da juventude tem maiores condições de perdurar tais hábitos pela fase adulta e velhice (GENEROSI et al., 2008). De uma maneira geral, a prevalência de sobrepeso/obesidade nos adolescentes escolares é similar em diversos estudos nacionais. Dessa maneira, as distintas características que ocorrem entre meninos e meninas, principalmente na fase da adolescência, tais como, os distintos hábitos, costumes, estilo de vida, cultura, aspectos físicos, psicológicos e, além disso, o fato de terem sido educados em contextos familiares e sociais diferentes, aspectos esses que podem ser relevantes nas análises de futuros estudos. É notório que o excesso de peso e/ou obesidade causa muitos danos à saúde, dentre eles o aumento da PA. Dessa maneira, Carvalho et al. (2012) demonstraram que a gordura relativa (% de gordura) elevada está associada a aumentos significativos da PAS, PAD e PAM em adolescentes de baixo nível sócioeconômico e que as medidas de circunferência de cintura, quando considerada elevada, pode ser um importante indicador de risco cardiovascular futuro. No presente estudo, 14,7% dos voluntários estão acima dos valores recomendados para pressão arterial (PA) ( Percetil 90) (NCHS, 1994), considerando-se o sexo, idade e percentil para estatura. Vale destacar que, todos (100%) adolescentes que tiveram PA acima dos valores desejáveis estavam com valores de circunferência de cintura (CC) acima do ponto de corte, em ambos os sexos. Neste sentido, Rosa et al. (2007) observaram em escolares de 12 a 17 anos de um bairro do Rio de Janeiro que a CC apresentou uma especificidade de aproximadamente 77% para predizer a HAS, com uma acurácia de cerca de 61%. Outro estudo (BANKOFF et al., 2002) demonstrou o quanto a obesidade interfere na pressão arterial. Em adolescentes, com 12 anos em média, obesos de ambos os sexos, estratificados pelo IMC, observou-se que a PA e FC, obtidas durante esforço em teste de aptidão física na esteira ergométrica por esses adolescentes, foram muito elevadas nos meninos, mas principalmente nas meninas, sendo essa ocorrência sempre nos indivíduos mais obesos (Obesidade grau 3 ou mórbida). No estudo de Bozza et al. (2009), ao avaliarem adolescentes paranaenses entre 12 e 16 anos, observaram que os rapazes que apresentavam IMC elevado possuíam 2,14 vezes mais chances de apresentarem uma PA elevada. Este número aumentava para 4,29 vezes em relação às moças. Em relação à CC, os meninos que possuíam valores acima do ponto de

114 corte tinham 2,34 vezes mais chances de apresentarem PA elevada. Nas meninas, este número subia para 4,12 vezes. Nessa mesma linha de raciocínio, Christofaro et al. (2011) verificaram que o excesso de peso aumentava em 2,8 vezes as chances de alterações da PA em adolescentes da cidade de Londrina com idades entre 10 e 17 anos. Ademais, os autores relataram que o excesso de obesidade abdominal elevava esta proporção para 4,09 vezes. Por sua vez, Mariath e Grillo (2008) relataram que adolescentes com excesso de peso entre 12 e 20 anos de Santa Catarina possuíam pressão arterial de repouso significativamente mais alta do que seus pares eutróficos. Nesse sentido, Costa (1998) observou associações positivas significativas entre a PA e massa corporal, dobra cutânea triciptal e IMC ao avaliar adolescentes de 12 a 19 anos do Rio de Janeiro. A grande preocupação a respeito de uma pressão arterial descontrolada na infância, é que a mesma sugere maior probabilidade de hipertensão arterial na fase adulta (EISENMANN et al., 2004). Nesse caso, parece ser necessário e lógico, monitorar e controlar a pressão arterial durante a infância com o propósito de diminuir a incidência de hipertensão arterial sistêmica e doença cardiovascular na vida adulta. No entanto nenhum desses experimentos acima levou em consideração o fator genético. Poucos estudos na literatura relacionam a variável genética com os fenótipos de pressão arterial, atividade física, desempenho motor, obesidade, sobretudo em adolescentes. Portanto nesse momento descreveremos sobre os genes da ECA e do ACTN3. Os dois genes apresentaram equilíbrio de Hardy-Weinberg para as frequências genotípicas nesse estudo investigadas. Com relação à frequência dos genótipos do polimorfismo I/D do gene da ECA no presente estudo, observou-se 41,7% DD, 38,9% ID e 19,4% II, sendo que os alelos corresponderam a 80,6% para o alelo D e 19,4% para o alelo I. Em um estudo importante da frequência alélica nas 5 regiões do Brasil foi desenvolvido por Inácio et al. (2004), que observaram uma distribuição genotípica bastante semelhante ao do presente estudo, genótipo II (20,0%), porém uma inversão na frequência dos genótipos DD (37,0%) e ID (43,0%) quando comparados o presente estudo. Para a frequência dos alelos foram observados 39,0% I e 61,0% D. Nesse estudo ainda foi verificado na região sul do país, uma maior frequência do genótipo DD (54%). O presente estudo é o primeiro a mapear a frequência alélica e genotípica em grupo de adolescentes brasileiros nesses polimorfismos investigados. Quando dividimos a frequência dos genótipos e/ou alelos pelo sexo, observamos que as meninas tiveram valores diferentes dos meninos. O sexo feminino apresentou as seguintes

115 frequências genotípicas: DD=35,9%, ID=53,2% e II=10,9% e de alelos: D=89,1% e I=10,9%. Para o sexo masculino, as frequências genotípicas foram: DD=45,8%, ID=28,3% e II=25,9% e de alelos: D=74,1% e I=25,9%. No perfil hemodinâmico em repouso a PAS e PAD foram superiores no genótipo DD quando comparado ao II, em ambos os sexos. Além disso, o valor de PAD dos meninos referente ao genótipo ID foi menor do que o DD. Esses achados corroboram com o experimento de Barbalic et al. (2006), que observaram em indivíduos com o genótipo DD do gene da ECA e IMC superior a 30,0 kg/m 2, uma proporção de 86% de hipertensos em adultos croatas. Em adolescentes coreanos hipertensos, Park et al. (2009) analisaram a possível associação entre os genótipos da ECA e o risco cardiovascular e observaram que adolescentes que tinham genótipos DD apresentavam concentrações séricas (61,4±22,7 U) da ECA superiores aos do ID (48,6±19,8 U) e II (33,5±8,7 U). Concluíram então que o alelo D está associado com o aumento de ECA circulante em adolescentes hipertensos coreanos. Moreira (2009) investigou, em idosas hipertensas, as respostas de pressão arterial, da variabilidade da frequência cardíaca e do nitrito salivar após realização de exercício aeróbio de diferentes intensidades, bem como a associação desses com o polimorfismo I/D do gene da ECA. Concluiu-se que, tanto a intensidade em que o exercício físico é realizado, como a presença do alelo I do gene da ECA parece influenciar os efeitos redutores de 24h na PA de idosas hipertensas. O grupo portador do genótipo DD da ECA apresentou menor atenuação da PA durante a vigília, no dia em que exercício físico prévio foi realizado. Dessa maneira, a maioria dos estudos envolvendo pressão arterial parece apontar para que o alelo D esteja associado com maiores valores de pressão arterial. Sobretudo, a presente investigação apontou que os indivíduos com alelo D são mais hiperreativos (PAS 25mmHg ou PAD 20mmHg ou ambos) quando submetidos ao teste estressor cardiovascular Cold Pressor Test. Observamos que 53,3% dos meninos e 80,0% das meninas possuem o alelo de maior risco para hipertensão (D). Alguns estudos têm demonstrado que a PA é variável e reage a muitas formas de estimulação. Em 1932 foi relatado que um procedimento simples realizado com imersão de uma extremidade das mãos em água com gelo (Cold Pressor Test) produziu um estímulo forte e estressor com efeitos vasopressores de 99% (HINES et al., 1936). Como forma de avaliar principalmente a atividade simpática medida perifericamente, o Cold Pressor Test, que consiste na imersão da mão em água gelada com temperatura entre 4 e 5º graus Celsius durante 1 minuto, tem sido usado como procedimento não-invasivo. Estudos demonstram que

116 o Cold Pressor Test parece ser um bom preditor de hipertensão arterial futura, além do histórico familiar positivo para hipertensão (HINES et al., 1936; WOOD et al., 1984). Rauber (2010) observou que, após brincadeiras ativas infantis, as respostas cardiovasculares a este teste estressor foram significativamente inferiores às obtidas após atividade sedentária (TV) em crianças, demonstrando que o exercício físico prévio pode atenuar a resposta da PA ao estresse subsequente. A prevalência de HAS entre crianças é geralmente considerada baixa (<5%) (EISENMANN et al., 2004), no entanto, os valores de pressão arterial (PA) do NHANES III (1988-1994) para NHANES (1999-2000) revelaram um aumento médio da PA Sistólica (PAS) em 1,4 mmhg, e da PA Diastólica (PAD) em 3,3 mmhg em crianças e adolescentes com idades entre 8-17 anos (30). Segundo Whelton et al. (2002) uma pequena variação na PAD em 2 mmhg pode resultar em aumento da prevalência de HAS em 17% na população em geral. Nesse sentido, a grande preocupação é que a PA descontrolada na infância sugere maior probabilidade de HAS na idade adulta (EISENMANN et al., 2004). Portanto, torna-se importante monitorar e controlar a PA durante a infância e adolescência, no sentido de contribuir para o controle da incidência de HAS e doença cardiovascular futura. Dessa maneira, podemos observar que, na tabela 4, a diferença na PAD de repouso entre o genótipo DD e II é da ordem de 6,8mmHg nos meninos e 5,8mmHg nas meninas, demonstrando assim que vale a pena começarmos a analisar e prescrever os exercícios físicos por essas características genotípicas. Por outro lado, Sarzynki et al. (2010), investigaram 132 crianças americanas de uma comunidade rural e concluíram que o genótipo I/D do gene da ECA não está associado com a pressão arterial e não modifica a relação entre atividade física e pressão arterial nesta amostra de crianças americanas. Na composição corporal a massa corporal foi significativamente maior no genótipo DD quando comparado ao II. No IMC somente nas meninas, portadoras do genótipo DD tivemos valores maiores do que ID e II. Outra variável que chama atenção é a área muscular de braço (AMB), que em ambos os sexos, os portadores do genótipo DD apresentaram maiores valores de AMB quando comparados ao II, demonstrando assim uma maior probabilidade do aumento da massa muscular em portadores do alelo D. A interação entre o polimorfismo I/D do gene da ECA, composição corporal e pressão arterial em crianças e adolescentes foi relatada por Eisenmann et al. (2009). Para tanto, foram recrutados 152 jovens (75 meninas e 77 meninos) de 3 a 12 anos, sendo 86% caucasianos. A massa corporal, índice de massa corporal e massa isenta de gordura foram significativamente

117 maiores nos portadores do alelo D do gene da ECA em relação ao grupo II (p<0,05). Esses dados corroboram com os achados do presente estudo. Por outro lado, a pressão arterial não foi diferente entre os genótipos. Quando agrupados por genótipo e percentual de gordura corporal, os indivíduos obesos portadores do alelo D tiveram maior PAS e PAM, em comparação aos portadores do alelo D com o percentual de gordura normal, e portadores do genótipo II de peso normal (p <0,05). Porém, os autores consideram a necessidade de mais estudos para se investigar a genética relacionada aos fenótipos de obesidade e de pressão arterial em crianças e adolescentes. Para Lagou et al. (2007), o alelo D mostrou-se associado com maior IMC e circunferência da cintura em meninas de 4 a 6 anos de idade, o que explica 2 a 4% da variância fenotípica. No presente estudo não foi possível observar nenhuma relação com a circunferência de cintura quando separados por genótipos, mas com relação ao IMC, os valores foram maiores no genótipo DD. Ainda no estudo do Lagou et al. (2007), em meninos com idade de 1 a 2 anos, porém com o IMC menor, a variância fenotípica explicou 17%. Além disso, nos meninos obteve-se uma associação do alelo D com uma maior medida de dobra cutânea suprailíaca com uma variância fenotípica de 2%. Portanto, o polimorfismo I/D do gene da ECA está associado com alterações do desenvolvimento e fisiológicas em atributos relacionados com a adiposidade na infância. No percentual de gordura o presente estudo não demonstrou nenhuma diferença significativa entre os genótipos, mas em um estudo (MORAN et al., 2005) com adolescentes gregos (11 a 18 anos), verificou-se que o alelo D foi associado com aumento da gordura corporal apenas nas meninas. Ainda na composição corporal, porém associada à dieta (KOURLABA et al., 2008) em escolares gregos investigou a interação entre o polimorfismo I/D da ECA sobre os fenótipos relacionados com a adiposidade entre as crianças e pré-escolares, além do consumo energético total e dos macronutrientes. Uma amostra representativa de 2.374 crianças gregas de 1 a 5 anos de idade foi examinada, porém somente 2.102 crianças foram genotipadas. Análises estratificadas revelaram que o consumo energético total está correlacionado com a circunferência de cintura, e o consumo de proteína está associado com o IMC. Além disso, o excesso de peso somente foi observado entre os portadores do alelo D (ou seja, genótipos DD ou ID). Estes resultados sugerem que o polimorfismo I/D do gene da ECA pode atuar como fator modificador da resposta dos fenótipos adiposidade relacionado à dieta. O alelo D está associado com níveis circulatório e tecidual aumentados de ECA (DANSER et al., 1995; SAYED-TABATABAEI et al., 2004; DIMOPOULOS-XICKI & HASS, 2005; MONDRY et al., 2005). Além disso, o polimorfismo I/D do gene da ECA tem

118 atraído considerável atenção a respeito de sua associação com o desempenho físico humano (DIAS et al., 2007). Estudos recentes demonstraram que o alelo I é mais freqüente em atletas de resistência (ALVAREZ et al., 2000; ZHANG et al., 2003; TANRIVERDI et al., 2005), enquanto que o alelo D, em atletas de força e explosão muscular (FOLLAND et al., 2000; JONES & WOODS, 2003; WILLIAMS et al., 2005; PESCATELLO et al., 2006; CHARBONNEAU et al., 2008). Com relação aos testes motores quando associados ao polimorfismo R577X do gene ACTN3, foi demonstrado em todos os testes, principalmente os que exigem força e explosão muscular uma vantagem para quem teme portador dos alelos D (gene da ECA) + R (gene do ACTN3) quando comparado ao alelo I (gene da ECA) + X (gene do ACTN3). No entanto, não observamos diferenças entre as associações dos alelos no componente resistência cardiovascular no teste de corrida e/ou caminhada de 12 minutos. A frequência dos genótipos do polimorfismo R577X do gene do ACTN3 no presente estudo foi de 31,3% RR, 60,0% RX e 8,7% XX, sendo que 91,3% correspondeu ao alelo R e 8,7% ao alelo X. Dessa maneira, a amostra estudada não apresentou a ocorrência de frequência observada na literatura entre 16 e 21% da população homozigoto para o polimorfismo não-funcional, XX (McARTHUR & NORTH, 2007; MORAN et al., 2007; PAPARINI et al., 2007; QUINLAN et al., 2010; SHANG et al., 2012). No estudo de MacArthur e North (2004) é notória a maior freqüência do alelo R em atletas de sprint e explosão. Por outro lado, o alelo X é mais frequente nos esportes de resistência (Figura 2). Esse comportamento ficou bastante evidenciado no nosso experimento, exceto no teste de resistência (corida ou caminhada de 12 minutos). Em outro estudo Papadimitriou et al. (2008) analisaram e compararam a frequência dos alelos do gene ACTN3 em 101 atletas de elite (73 homens e 28 mulheres), recordistas mundiais, olímpicos e nacionais de esportes de aventura (trilha e campo) da Grécia com a de um grupo de 181 controles saudáveis. Os resultados demonstraram que a frequência do genótipo RR em atletas de potência foi significativamente maior, quando comparada àquela verificada na população controle: de 47,94% contra 25,97%. Estes resultados demonstram uma positiva associação entre a presença do genótipo RR e o desempenho de potência em atletas de elite. Essa diferença pode ser explicada pelo tipo de fibra muscular envolvida nesse tipo de atividade. Nesse sentido, Vicent et al. (2007) investigou a associação do polimorfismo R577X do gene ACTN3 com a distribuição do tipo de fibra muscular, além da força e velocidade na extensão de joelhos. De 90 indivíduos do sexo masculino, jovens e saudáveis, apenas 22 XX e

119 22 RR foram submetidos a biópsia muscular. Os resultados demonstraram que os homozigotos para o alelo R obtiveram um torque dinâmico do quadríceps significativamente maior a 300 /s, quando comparados com XX (P<0,05). As características do tipo de fibra diferiram significativamente entre os dois grupos de genótipos, sendo observado um maior número de fibras do tipo 2x no RR do que no genótipo XX (P<0,05). Este estudo evidencia que o possível mecanismo pelo qual o polimorfismo R577X do gene ACTN3 teria efeito sobre a força muscular, pode estar relacionado à proporção do tipo de fibras. Estudo dessa natureza, envolvendo testes motores podemos observar somente o estudo de Moran et al. (2007), que avaliaram a associação do ACTN3 com o desempenho muscular em 992 gregos (525 do sexo masculino e 467 do sexo feminino), com idade entre 11 e 18 anos. Os autores reportaram que o desempenho no teste de 40 m foi inferior para portadores do genótipo XX do sexo masculino, não havendo diferenças para o sexo feminino. Os resultados não foram significativos para os demais testes, como a força de preensão manual, arremesso de bola de basquete e impulsão vertical. Os autores sugeriram que a relação do ACTN3 com o teste de sprint seria, quem sabe, pelo fato da proteína ACTN3 exercer função na proteção do sarcômero contra lesões. Como durante a corrida geram-se consecutivos ciclos de contração e relaxamento, neste caso a ACTN3 poderia exercer importante funcionalidade. O presente estudo investigou a associação de vários testes motores e 2 genótipos, sendo um dos primeiros estudos dessa magnitude. O estudo de Moran et al. (2007) foi o único desses a analisar a composição corporal em adolescentes para o polimorfismo R577X do gene do ACTN3 especificamente e não foi observada associação dos genótipos com os resultados da avaliação da composição corporal. De maneira diferente, o presente estudo observou que os genótipos RR e RX tiveram massa corporal maiores do que XX. Isso pode ser explicado, nos meninos, pela maior quantidade de massa muscular, observada na área muscular de braço (AMB), apresentando o genótipo RR uma maior AMB do que XX. E por fim, ainda reforçando, os genótipos RR foram os que tiveram menor % de gordura quando comparados aos XX, em ambos os sexos. Gentil (2010) analisou a influência da variante R577X do gene ACTN3 nos ganhos de força e massa muscular em 140 jovens do sexo masculino (21,95 ± 2,69 anos) submetidos a um programa de treinamento resistido caracterizado por A,B,C (3xsemana) em dias alternados, com duas séries de cada exercício por 11 semanas. Entre os diferentes genótipos não foram observadas diferenças em nenhum dos testes realizados (1 Repetição Máxima (1RM) no supino reto e Pico de Torque dos extensores de joelhos). No entanto, apenas portadores do alelo R apresentaram ganhos na espessura muscular em função do treinamento.

120 Para finalizar, Rankinen et al. (2010) em sua revisão de literatura, enfatizaram que estudos com o gene ACTN3 não são conclusivos no que se diz respeito à real funcionalidade do polimorfismo R577X com os fenótipos musculares. Além disso, relata que os estudos observaram a exploração de determinadas características quantitativas subjacentes à associação entre o genótipo com o desempenho, mais especificamente diferentes aspectos da força muscular e potência (CLARKSON et al., 2005; DELMONICO et al., 2007; VINCENT et al., 2007; DELMONICO et al., 2008; WALSH et al., 2008; McCAULEY et al., 2009). Porém, estudos posteriores têm gerado resultados menos consistentes do que as investigações iniciais, que, se concentraram, quase que exclusivamente, sobre os atletas de elite. Dessa maneira o presente estudo ganha uma relevância muito grande.

121 9. CONCLUSÃO Adolescentes de ambos os sexos portadores do genótipo DD e/ou alelo D apresentaram maior PAS e PAD de repouso do que adolescentes com genótipo II ou portador do alelo I do polimorfismo do gene da ECA. Na reatividade vascular, indivíduos portadores de alelo D apresentaram maiores valores de reatividade vascular do que os de alelo I e consequentemente maiores valores de PAS, PAD e FC durante a aplicação do Cold Pressor Test. Além disso, a maioria dos reativos após o Cold Pressor Test são do alelo D. Na composição corporal, portadores do alelo D do sexo masculino apresentaram massa corporal e área muscular de braço superior aos portadores de alelo I. As meninas tiveram o mesmo comportamento acrescido da variável do IMC, que teve valores maiores nos portadores do alelo D quando comparada aos do alelo I. A associação dos genótipos do polimorfismo da ECA com outro gene (ACTN3) demonstrou melhor desempenho motor entre os portadores de alelos D+R quando comparados aos portadores da associação X+I. Portanto, para o desempenho atlético que exige força, agilidade e potência muscular ter o alelo D do gene da ECA + o alelo R do gene ACTN3 é mais vantajoso. Ser do alelo D acarreta em maiores cuidados à saúde cardiovascular (probabilidade de ser hipertenso) e, portanto sugere-se uma boa alimentação e exercício físico. Por outro lado, é potencial para modalidades que exigem força e explosão muscular, sobretudo se associado com outro gene como o ACTN3, principalmente os de alelo R. No polimorfismo R577X do gene ACTN3 a frequência genotípica esteve abaixo do observado na literatura no genótipo não funcional XX. Nos testes motores envolvendo força e explosão muscular o alelo R foi superior ao alelo X em ambos os sexos. Não foi possível confirmar a superioridade do alelo X relacionado ao teste de resistência (corrida ou caminhada 12 minutos). É destaque os valores da composição corporal associada a esse polimorfismo, onde demonstrou nos rapazes valores maiores de massa corporal, área muscular de braço e menores valores de % de gordura do genótipo RR quando comparado ao genótipo XX. Já nas moças, a massa corporal foi maior e o % de gordura foi menor nas voluntárias portadores do alelo R quando comparada ao alelo X. Por último, observou-se que a maioria é de baixo nível socioeconômico, predominante da cor parda e que seus responsáveis, na maioria, não têm mais de 12 anos de estudo. Aproximadamente um terço da amostra está sobrepesado/obeso, principalmente nas meninas.

122 A razão de chance demonstra que ser de classe econômica alta e ter o pai com nível de instrução 12 anos de estudo é favorável para ser ativo fisicamente. Nos testes motores os meninos tiveram melhores resultados do que as meninas e de maneira significativa em todos os testes, exceto envergadura e nas flexibilidades (com e sem o banco). Os testes motores quando comparados aos valores de referência GAYA & SILVA (2007) demonstra que a maioria da amostra estudada não atende o mínimo recomendado.

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139 11. ANEXOS Anexo 1 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO DA PESQUISA OU RESPONSÁVEL LEGAL 1. Nome do participante:... Documento de Identidade Nº :... Sexo: ( ) M ( ) F Data de Nascimento:.../.../... Endereço:...Nº...Apto:... Bairro:...Cidade:... CEP:...Telefone:... 2. Responsável Legal:... Documento de Identidade Nº :... Sexo: ( ) M ( ) F Data de Nascimento:.../.../... Endereço:...Nº...Apto:... Bairro:...Cidade:... CEP:...Telefone:... II DADOS SOBRE A PESQUISA 1. Título do Protocolo de Pesquisa: Análise das variáveis antropométricas, hemodinâmicas e de testes motores: um estudo de associação genética do ACTN3 e ECA.. 2. Pesquisadores: Professor Ferdinando Oliveira Carvalho Profa. Dra. Carmen Sílvia Grubert Campbell Função: Professora da graduação, mestrado e doutorado em Educação Física UCB-DF

140 Contatos: (87) 3861-0442 ou 9604-1916 E-mail: ferdinandocarvalho@hotmail.com 3. Avaliação do Risco da Pesquisa: O risco da pesquisa é mínimo. Acontecendo quaisquer eventualidades INTERROMPEREMOS imediatamente as coletas. Foi informado a todos os participantes que façam uma alimentação reforçada nos dias dos testes motores, embora o pesquisador responsável se comprometa de levar bebidas carboidratadas e frutas nos dias dos testes motores. 4. Duração da Pesquisa: O estudo será conduzido ao longo de aproximadamente 8 semanas. 5. Objetivo: Analisar parâmetros antropométricos, maturacional, desempenho motor, hemodinâmico de adolescentes com idade entre 11 a 16 anos, associados por aspectos genéticos, nível de atividade física, ancestralidade, nível sócioeconômico e maturação. 6. Procedimentos que serão adotados durante a pesquisa: Os participantes serão submetidos a uma bateria de testes motores (Salto horizontal, Salto vertical, arremesso de medicine ball, envergadura, flexibilidade, corrida de 40 metros, teste de agilidade e corrida/caminhada de 9 ou 12 minutos) para avaliação de diferentes componentes da aptidão física (Força, condicionamento físico, potência, flexibilidade, agilidade e resistência cardiorespiratória), a realização de medidas antropométricas (medidas das proporções e tamanho dos membros corporais) (peso, estatura, espessura de dobras cutâneas (Medidas de gorduras abaixo da pele) e perímetros (circunferências da cintura, quadril, braços, pernas, antebraços e coxas), avaliação da composição corporal (massa gorda e massa magra músculos, ossos, tecidos e pele), maturação (Prancha de TANNER), além de responderem questionário sobre hábitos de vida. Tanto a aplicação dos testes motores quanto as medidas antropométricas serão realizadas por uma equipe de avaliadores treinados previamente e com experiência comprovada. Todos os procedimentos seguirão os padrões recomendados internacionalmente e referenciados pela literatura. É importante que os pais e/ou responsáveis saibam da importância de cada teste realizado que possam ajudar a detectar algum talento esportivo, ou muito mais, se existe algo que comprometa a saúde de cada indivíduo. Com relação aos aspectos genéticos serão coletados 1000µl de saliva da boca de cada voluntário para as análises dos genótipos que estão relacionados a performance física e boa aptidão física relacionada à saúde.

141 7. Desconfortos e riscos: No presente estudo todo o esforço será feito para minimizar os possíveis riscos a integridade física dos participantes através de informações preliminares relacionadas aos níveis de saúde e aptidão física desses sujeitos mediante observações realizadas durante o período experimental. Acredita-se que não haverá riscos para a integridade física, mental ou moral dos escolares participantes. Ainda será sugerido a cada participante que venha alimentado para não ter nenhum inconveniente nos testes motores. Em caso de algum voluntário não se sentir bem os testes serão suspensos imediatamente. NÃO SERÁ PERMITIDA A AVALIAÇÃO DA PRANCHA DE TANNER (IDENTIFICAÇÃO MATURACIONAL) SEM A PRESENÇA DOS PAIS E/OU RESPONSÁVEIS, OU ATÉ MESMO A PARTICIPAÇÃO DO PROFESSOR DA ESCOLA. Em caso de acidente durante os testes motores ou qualquer intercorrência durante a realização das coletas da pesquisa, os pesquisadores responsáveis levarão ao hospital público mais próximo ao local da coleta. 8. Beneficio esperado: Cada voluntário receberá um relatório sobre sua avaliação física, aspectos de saúde e prevenção encontrados a partir das análises. Os resultados obtidos a partir desse experimento podem auxiliar no desenvolvimento de atividades físicas e programas governamentais que possam auxiliar no combate a obesidade e doenças crônicas degenerativas, bem como contribuir para detectar possíveis talentos para algum esporte. 9. Exposição dos resultados e preservação da privacidade dos voluntários: Os resultados obtidos neste estudo serão publicados, independentemente dos resultados encontrados, contudo sem que haja a identificação dos indivíduos que prestaram sua contribuição como voluntários da amostra, respeitando assim a privacidade dos participantes conforme as normas éticas. 10. Despesas decorrentes da participação no projeto de pesquisa: Os voluntários estarão isentos de qualquer despesa ou ressarcimento decorrente desse projeto de pesquisa.

142 11. Liberdade de consentimento: A permissão para participar desse projeto é voluntária. Portanto, os responsáveis legais estarão livres para negar esse consentimento ou solicitar que os voluntários sob sua ordem deixem de participar a qualquer momento deste estudo, sem que isto traga qualquer tipo de constrangimento. 12. Questionamentos: Os responsáveis legais ou mesmo os sujeitos envolvidos no experimento terão acesso, a qualquer tempo, às informações sobre procedimentos, riscos e benefícios relacionados à pesquisa. Qualquer pergunta sobre os procedimentos experimentais utilizados nesse projeto ou informações adicionais que se fizerem necessárias são encorajadas e podem ser solucionadas nos telefones (87) 9604-1916 ou 3861-0442 falar com Ferdinando. 13. Responsabilidade do participante: Informações prévias sobre o estado de saúde dos participantes ou sensações incomuns já vivenciadas por esses, durante diferentes esforços físicos, poderão afetar a segurança e o valor do desempenho. Assim, os pais ou responsáveis legais deverão conceder informações relacionados a saúde de cada participante quando solicitado pelo pesquisador ou pelos avaliadores, como por exemplo, se existe na família (pais, tios e avós) problemas cardiovasculares e etc. Dessa maneira, o pai e/ou responsável desconhece que os voluntários tenham qualquer problema à realização dos procedimentos da pesquisa. 14. Armazenamento: Os dados serão armazenados no laboratório de Imonogerontologia, no Bloco M, sala 224, sob a Coordenação do técnico Vinicius Carolino de Souza. No âmbito da pesquisa poderão ser utilizados em novo protocolo de pesquisa, após a aprovação pelo CEP. Os voluntários ou responsáveis poderão ter acesso a seus dados genéticos, assim como tem o direito de retirá-los de bancos onde se encontrem armazenados, a qualquer momento. (Resolução 340/04 item III.7). O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) será feito em 2 cópias, onde uma via ficará com os pais e/ou responsáveis após a assinatura.

143 Declaro que, após ter sido convenientemente esclarecido sobre os objetivos desta investigação e procedimentos a serem adotados, permito a participação do sujeito sob minha responsabilidade na presente pesquisa. Brasília, de de 2011. Assinatura do participante Assinatura do pesquisador (carimbo ou nome legível)

144 Anexo 2 - Questionário Sócioeconômico-Educacional NOME: D. NASCIMENTO: / / 1 SEXO: 1 MASCULINO 2 FEMININO 2 QUAL A SUA IDADE? 1 MENOS DE 10 ANOS 2 DE 10 A 11 ANOS 3 DE 12 A 13 ANOS 4 DE 14 A 15 ANOS 5 DE 16 A 17 ANOS 6 MAIS DE 17 ANOS 3 ASSINALE A ALTERNATIVA QUE IDENTIFICA A SUA COR OU RAÇA: 1 BRANCA 2 PRETA 3 PARDA 4 AMARELA 5 INDÍGENA 4 QUAL O SEU ESTADO CIVIL? 1 SOLTEIRO (A) 2 CASADO (A) 3 VIÚVO (A) 4 SEPARAÇÃO LEGAL (JUDICIAL OU DIVÓRCIO) 5 OUTRO 5 CASO POSSUA FILHOS MENORES DE 6 ANOS, QUANTO SÃO? 1 NÃO POSSUO FILHOS 2 UM 3 DOIS 4 TRÊS 5 QUATRO 6 NÃO POSSUO FILHOS MENORES DE SEIS ANOS 6 QUAL O ESTADO EM QUE NASCEU? 1 DISTRITO FEDERAL 2 GOIÁS 3 MATO GROSSO 4 SÃO PAULO 5 MATO GROSSO DO SUL 6 OUTRO

145 7 EM RELAÇÃO À MORADIA: 1 MORA EM CASA PRÓPRIA 2 NÃO TEM CASA PRÓPRIA 8 QUAL O NÍVEL DE INSTRUÇÃO DE SEU PAI? 1 SEM ESCOLARIDADE 2 ENSINO FUNDAMENTAL (1º GRAU) INCOMPLETO 3 ENSINO FUNDAMENTAL (1º GRAU) COMPLETO 4 ENSINO MÉDIO (2º GRAU) INCOMPLETO 5 ENSINO MÉDIO (2º GRAU) COMPLETO 6 SUPERIOR INCOMPLETO 7 SUPERIOR COMPLETO 8 MESTRADO OU DOUTORADO 9 NÃO SEI INFORMAR 9 QUAL O NÍVEL DE INSTRUÇÃO DE SUA MÃE? 1 SEM ESCOLARIDADE 2 ENSINO FUNDAMENTAL (1º GRAU) INCOMPLETO 3 ENSINO FUNDAMENTAL (1º GRAU) COMPLETO 4 ENSINO MÉDIO (2º GRAU) INCOMPLETO 5 ENSINO MÉDIO (2º GRAU) COMPLETO 6 SUPERIOR INCOMPLETO 7 SUPERIOR COMPLETO 8 MESTRADO OU DOUTORADO 9 NÃO SEI INFORMAR 10 QUANTOS CARROS EXISTEM EM SUA RESIDÊNCIA? 1 NENHUM 2 UM 3 DOIS 4 TRÊS 5 QUATRO OU MAIS 11 POSSUI COMPUTADOR EM SUA CASA? 1 NÃO POSSUO COMPUTADOR 2 POSSUO APENAS UM SEM ACESSO À INTERNET 3 POSSUO APENAS UM COM ACESSO À INTERNET 4 POSSUO MAIS DE UM SEM ACESSO À INTERNET 5 POSSUO MAIS DE UM COM ACESSO À INTERNET 12 ASSINALE A RENDA FAMILIAR MENSAL DE SUA CASA: 1 ATÉ 260,00 2 DE R$ 261,00 A R$ 780,00 3 DE R$ 781,00 A R$ 1.300,00 4 DE R$ 1.301,00 A R$ 1.820,00 5 DE R$ 1.821,00 A R$ 2.600,00 6 DE R$ 2.601,00 A R$ 3.900,00 7 DE R$ 3.901,00 A R$ 5.200,00 8 DE R$ 5.201,00 A R$ 6.500,00 9 DE R$ 6.501,00 A R$ 7.800,00

146 10 MAIS DE R$ 7.800,00 13 QUANTAS PESSOAS CONTRIBUEM PARA A OBTENÇÃO DESSA RENDA FAMILIAR? 1 UMA 2 DUAS 3 TRÊS 4 QUATRO 5 CINCO 6 MAIS DE CINCO 14 QUANTAS PESSOAS SÃO SUSTENTADAS COM A RENDA FAMILIAR? 1 UMA 2 DUAS 3 TRÊS 4 QUATRO 5 CINCO 6 MAIS DE CINCO 15 COM RELAÇÃO A SUA ATIVIDADE REMUNERADA MENSAL: 1 NÃO POSSUO ATIVIDADE REMUNERADA MENSAL 2 RECEBO ATÉ R$ 260,00 3 RECEBO DE R$ 261,00 A R$ 780,00 4 RECEBO DE R$ 781,00 A R$ 1.300,00 5 RECEBO DE R$ 1.301,00 A R$ 1.820,00 6 RECEBO DE R$ 1.821,00 A R$ 2.600,00 7 RECEBO DE R$ 2.601,00 A R$ 3.900,00 8 RECEBO DE R$ 3.901,00 A R$ 5.200,00 9 RECEBO DE R$ 5.201,00 A R$ 6.500,00 10 RECEBO DE R$ 6.501,00 A R$ 7.800,00 11 RECEBO MAIS DE R$ 7.800,00 16 QUAL DAS ATIVIDADES ABAIXO OCUPA A MAIOR PARTE DO SEU TEMPO LIVRE? 1 TV 2 RELIGIÃO 3 TEATRO 4 CINEMA 5 MÚSICA 6 BARES E BOATES 7 LEITURA 8 INTERNET 9 ESPORTES 10 OUTRA

147 17 POSSES DE ITENS ELETRODOMÉSTICOS E ELETRÔNICOS TELEVISÃO EM CORES (0) (1) (2) (3) (4 OU +) RÁDIO (0) (1) (2) (3) (4 OU +) BANHEIRO (0) (1) (2) (3) (4 OU +) AUTOMÓVEL (0) (1) (2) (3) (4 OU +) EMPREGADA MENSALISTA (0) (1) (2) (3) (4 OU +) MÁQUINA DE LAVAR (0) (1) (2) (3) (4 OU +) VIDEOCASSETE e/ou DVD (0) (1) (2) (3) (4 OU +) GELADEIRA (0) (1) (2) (3) (4 OU +) FREEZER (APARELHO INDEPENDENTE OU PARTE DE GELADEIRA DUPLEX) (0) (1) (2) (3) (4 OU +)

148 Anexo 3 Fichas de avaliações Nome: FICHA DE AVALIAÇÃO (Pressão Arterial, circunferências e dobras cutâneas) Data Nasc: / / Datada Avaliação: / / Sexo: ( )M ( )F Idade: anos PAS: PAD: DCTR: mm DCSE: mm DCPA: mm CBr: cm CPE: cm CBrC: cm CCin: cm CQD: cm CCx: cm FICHA DE AVALIAÇÃO (Testes motores) Nome: Data Nasc: / / Datada Avaliação: / / Sexo: ( )M ( )F Idade: anos Envergadura: cm SA c/banco (cm): SA s/banco (cm): ABD (Reps): Agilidade (seg): IH (cm): Medicine Ball: 20 metros (seg): 12 min (m):

149 Anexo 4 Questionário internacional de atividade física versão curta QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA VERSÃO CURTA Nome: Data: / / Idade : Sexo: F ( ) M ( ) Nós estamos interessados em saber que tipos de atividade física as pessoas fazem como parte do seu dia a dia. Este projeto faz parte de um grande estudo que está sendo feito em diferentes países ao redor do mundo. Suas respostas nos ajudarão a entender que tão ativos nós somos em relação à pessoas de outros países. As perguntas estão relacionadas ao tempo que você gasta fazendo atividade física na ÚLTIMA semana. As perguntas incluem as atividades que você faz no trabalho, para ir de um lugar a outro, por lazer, por esporte, por exercício ou como parte das suas atividades em casa ou no jardim. Suas respostas são MUITO importantes. Por favor, responda cada questão mesmo que considere que não seja ativo. Obrigado pela sua participação! Para responder as questões lembre que: - atividades físicas VIGOROSAS são aquelas que precisam de um grande esforço físico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal - atividades físicas MODERADAS são aquelas que precisam de algum esforço físico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal Para responder as perguntas pense somente nas atividades que você realiza por pelo menos 10 minutos contínuos de cada vez. 1a Em quantos dias da última semana você CAMINHOU por pelo menos 10 minutos contínuos em casa ou no trabalho, como forma de transporte para ir de um lugar para outro, por lazer, por prazer ou como forma de exercício? dias por SEMANA ( ) Nenhum 1b Nos dias em que você caminhou por pelo menos 10 minutos contínuos quanto tempo no total você gastou caminhando por dia? horas: Minutos: 2a. Em quantos dias da última semana, você realizou atividades MODERADAS por pelo menos 10 minutos contínuos, como por exemplo pedalar leve na bicicleta, nadar, dançar, fazer ginástica aeróbica leve, jogar vôlei recreativo, carregar pesos leves, fazer serviços domésticos na casa, no quintal ou no jardim como varrer, aspirar, cuidar do jardim, ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente sua respiração ou batimentos do coração (POR FAVOR NÃO INCLUA CAMINHADA) dias por SEMANA ( ) Nenhum

150 2b. Nos dias em que você fez essas atividades moderadas por pelo menos 10 minutos contínuos, quanto tempo no total você gastou fazendo essas atividades por dia? horas: Minutos: 3a Em quantos dias da última semana, você realizou atividades VIGOROSAS por pelo menos 10 minutos contínuos, como por exemplo correr, fazer ginástica aeróbica, jogar futebol, pedalar rápido na bicicleta, jogar basquete, fazer serviços domésticos pesados em casa, no quintal ou cavoucar no jardim, carregar pesos elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiração ou batimentos do coração. dias por SEMANA ( ) Nenhum 3b Nos dias em que você fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos contínuos quanto tempo no total você gastou fazendo essas atividades por dia? horas: Minutos: Estas últimas questões são sobre o tempo que você permanece sentado todo dia, no trabalho, na escola ou faculdade, em casa e durante seu tempo livre. Isto inclui o tempo sentado estudando, sentado enquanto descansa, fazendo lição de casa visitando um amigo, lendo, sentado ou deitado assistindo TV. Não inclua o tempo gasto sentando durante o transporte em ônibus, trem, metrô ou carro. 4a. Quanto tempo no total você gasta sentado durante um dia de semana? horas minutos 4b. Quanto tempo no total você gasta sentado durante em um dia de final de semana? horas minutos

151 Anexo 5 Classificação do nível de atividade física CLASSIFICAÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA IPAQ 1. MUITO ATIVO: aquele que cumpriu as recomendações de: a) VIGOROSA: 5 dias/sem e 30 minutos por sessão b) VIGOROSA: 3 dias/sem e 20 minutos por sessão + MODERADA e/ou CAMINHADA: 5 dias/sem e 30 minutos por sessão. 2. ATIVO: aquele que cumpriu as recomendações de: a) VIGOROSA: 3 dias/sem e 20 minutos por sessão; ou b) MODERADA ou CAMINHADA: 5 dias/sem e 30 minutos por sessão; ou c) Qualquer atividade somada: 5 dias/sem e 150 minutos/sem (caminhada + moderada + vigorosa). 3. IRREGULARMENTE ATIVO: aquele que realiza atividade física, porém insuficiente para ser classificado como ativo, pois não cumpre as recomendações quanto à freqüência ou duração. Para realizar essa classificação soma-se a freqüência e a duração dos diferentes tipos de atividades (caminhada + moderada + vigorosa). Este grupo foi dividido em dois sub grupos de acordo com o cumprimento ou não de alguns dos critérios de recomendação: IRREGULARMENTE ATIVO A: aquele que atinge pelo menos um dos critérios da recomendação quanto à freqüência ou quanto à duração da atividade: a) Freqüência: 5 dias /semana ou b) Duração: 150 min / semana IRREGULARMENTE ATIVO B: aquele que não atingiu nenhum dos critérios da recomendação quanto à freqüência nem quanto à duração. 4. SEDENTÁRIO: aquele que não realizou nenhuma atividade física por pelo menos 10 minutos contínuos durante a semana.

152 Anexo 6 Valores referenciais de todos os testes motores (GAYA & SILVA, 2007). (GAYA & SILVA, 2007)

(GAYA & SILVA, 2007) 153

(GAYA & SILVA, 2007) 154

(GAYA & SILVA, 2007) 155

(GAYA & SILVA, 2007) 156

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