ANO 3 Nº 11 AGO-SET 2011 Divulgação HUMANIZAÇÃO EM PAUTA: CONGRESSO DA ASCO DEBATE FOCO NO PACIENTE A humanização do tratamento contra o câncer foi o centro das preocupações do 47 Congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), realizado na cidade de Chicago, nos Estados Unidos, entre os dias 4 a 8 de junho. O tema desta edição foi Pacientes. Acesso. Progresso, por meio do qual se refletiu sobre modos de aliar o avanço no combate à doença com uma abordagem mais individualizada e de mais cuidados com a sensibilidade dos pacientes e de seus familiares. Alguns dos destaques da reunião, da qual participaram mais de 30 mil médicos de mais de cem países, dizem respeito à junção entre a medicina e os aspectos sociais das políticas de saúde. Entre eles, está a pesquisa realizada pelo Brigham and Women's Hospital, em Boston, nos EUA, que constatou apresentar impacto positivo tanto sobre a saúde dos pacientes atendidos, que tiveram menores taxas de internação, quanto sobre os custos de tratamento o serviço especializado em farmácias. Outros estudos também foram importantes para reforçar, mais uma vez, a importância da prevenção e da prática regular de exercícios físicos. Um deles, realizado no Centro Médico da Universidade de Rochester e do West Michigan Cancer Center, mostrou que a prática de exercícios físicos por pacientes idosos, com idade média de 73 anos, contribui para melhor resposta ao tratamento e redução de seus efeitos colaterais. Vale ressaltar que essa mesma relação já havia sido tema de outros estudos, que também constataram seus benefícios para outras faixas etárias. Ainda no congresso, foi apresentado levantamento feito por pesquisadores da Universidade de Michigan, também naquele país, que comprovou que as taxas de mortalidade em casos de câncer de próstata diminuem em até 46% para diagnósticos feitos no estágio inicial da doença. Na página oficial do evento, o presidente da ASCO, Dr. George W. Sledge Jr., disse que é possível perceber que a oncologia tem avançado muito nos últimos anos e contribuído para o ganho de bem-estar do paciente. As pessoas com câncer estão vivendo mais, com uma qualidade de vida melhor do que nunca, afirmou. Saiba mais sobre os destaques do congresso, de acordo com a equipe médica da Oncomed, lendo o artigo redigido pelo Dr. Henrique Lins Horta (seção Novas da Medicina). DESTAQUE Males silenciosos provocados pela tecnologia PÁGINA 3 CUIDE-SE Inverno é uma boa época para investir em atividades físicas PÁGINA 5 RAIO X Sistema garante a segurança na administração dos medicamentos PÁGINA 8
EDITORIAL EXPEDIENTE ONCOMED - Centro de Prevenção e Tratamento de Doenças Neoplásicas Rua Bernardo Guimarães, 3.106 - Barro Preto - Belo Horizonte - MG - Cep 30140-083 Telefone (31) 3299-1300 - Fax (31) 3299-1301 Diretor Técnico: Dr. Luiz Adelmo Lodi Produção Editorial: Link Comunicação Jornalista Responsável: Cristina Fonseca Redação: Desireê Antônio Editoração: Ana Santoro e Danielle Marcussi Revisão: Vera de Simoni Projeto Gráfico: Mondana:IB Impressão: Paulinelli Tiragem: 1.000 exemplares www.oncomedbh.com.br DISCUTINDO A ONCOMED Esta edição do Informativo Oncomed traz como destaque a cobertura da 47ª edição do Congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), realizado anualmente em Chicago, nos EUA. Tal iniciativa, um dos acontecimentos de maior relevância para a oncologia, define a cada edição um foco especial, que nesta, esteve em sintonia com os valores adotados pela Oncomed: maior humanização do tratamento e aumento do bem-estar do paciente. Por sua importância, reservamos a capa para uma visão geral do evento e a seção Novas da Medicina, para discussão sobre as principais pesquisas apresentadas na ocasião. Vocês também encontram um artigo do Dr. Luiz Adelmo Lodi sobre a relação entre o desenvolvimento de cânceres e o uso de celulares por tempo prolongado, tema que também foi abordado em estudos expostos no congresso. Para completar, trazemos também dicas de saúde e alimentação indicadas para o inverno para você não perder o pique. Boa leitura! EM DIA Reuniões científicas A Diretoria ABEB AFFEMG AGROS ALLIANZ SAÚDE AMAGIS AMIL AMMP ASSEFAZ ASTTER BANCO CENTRAL BHTRANS BRADESCO SAÚDE CAIXA CASSI CASU CNEN COPASA CONVÊNIOS CORREIOS CVRS DESBAN EMBRAPA FASSINCRA FIAT CEMIG SAÚDE FUNDAÇÃO SAÚDE ITAÚ GAMA SAÚDE GEAP GOLDEN-CROSS GOODLIFE MARÍTIMA MATERMED MEDISERVICE MINASCENTERMED OMINT PETROBRAS DISTRIB. PETROBRAS REGAP PLAN ASSISTE PMMG PREVIMINAS PROMED PRO-SOCIAL SAÚDE SULAMÉRICA UNAFISCO SAÚDE UNAFISCO REGIONAL-MG TEMPO SAÚDE SEGURADORA UNIMED USIMINAS VITAE VITALLIS 03/08 - Câncer de Melanoma, de Sarcoma e do SNC (Sistema Nervoso Central) Dr. Marcos André Dra. Camila Pimenta 10/08-17/08-24/08 - Linfonodo Sentinela positivo: Qual o paradigma atual? Radioterapia em pacientes com 1 a 3 LN Positivos Tomografias seriadas no seguimento do paciente ontológico - RISCO OU BENEFÍCIO? Prostatectomia em tumores de próstata de alto risco - Por que Indicar cirurgia? Radioterapia adjuvante após cirurgia - overtreating? Dr. João Henrique Pena Reis Dr. Miguel Torres Dr. Amândio - debatedor Dra. Luciana Rugani Dr. André Saleza Dra. Stella Sala 14/09 - Peritoniectomia em câncer de cólon - caso clínico. Apresentação de caso Dr. Fábio Lopes 21/09 - Sarcoma de extremidades: Peculiaridades cirúrgicas - Tratamento adjuvante Dr. Milhem Dr. Felipe Reis 2
DESTAQUE MALES SILENCIOSOS PROVOCADOS PELA TECNOLOGIA Stock Photo Estudos recentes mostraram que prejuízos à vida, como desenvolvimento de cânceres, podem estar ligados à exposição à Radiação Eletromagnética Dr. Luiz Adelmo Lodi Diretor da Oncomed Atualmente, as pessoas estão expostas à radiação eletromagnética (RE) todos os dias. A vida moderna trouxe a tecnologia, que pode trazer também em riscos à saúde humana. Estudos recentes mostraram que prejuízos à vida, como o desenvolvimento de cânceres, podem estar ligados à exposição à RE. O contato com esse tipo de radiação aconte - ce durante o uso de telefones celulares e sem fio; comunicação por bluetooth e rádios amadores; a permanência no mesmo ambiente onde ficam aque cedores de indução, fornos de micro-ondas; operação de radares; a proximidade às estações rádio-base de telefonia celular, antenas de radiodifusão e ainda as aplicações médicas. Entre os exemplos citados acima, o uso contínuo do telefone celular é a forma que mais expõe o cérebro de uma pessoa à radiação eletromagnética. Tal fato ocorre pela potência e pela proximidade da RE quando se utiliza esse equipamento. Em maio de 2011, um grupo de trabalho de 30 cientistas de 14 países reunidos na Agência Internacional para Pes quisa sobre Câncer (IARC), em Lyon, na França, instituição que faz parte da Organização Mundial de Saúde (OMS), avaliou as evidências de os campos de radiação eletromagnética terem relação com a carcinogenicidade (capacidade de gerar carcinoma, isto é, tumor maligno) em seres humanos. Dados epidemiológicos da associação da RE ao câncer originam-se de estudos de corte: casos controles e estudos de tendências/tempo. O estudo IN- TERPHONE, publicado no Jornal Carol Reis Internacional de Epidemiologia, que analisou mais de 5.500 indivíduos, sugeriu que poderia haver aumento da incidência do Glioma (espécie de tumor cerebral) nos indivíduos com mais de sete anos ou 1.640 horas de exposição ao uso do telefone celular. Outro estudo sueco, publicado no Jornal Internacional de Oncologia, sugeriu as mesmas possibilidades. Parte do grupo de estudo da OMS considerou que pode existir relação de causa e efeito entre a exposição à RE e o aparecimento de tumores no Sistema Nervoso Central. Por isso, essa evidência foi considerada limitada pela OMS, por haver divergências: se há mesmo evidências sobre câncer e o uso do celular ou nenhuma. Estudos em animais de laboratórios também não tiveram nenhum resultado até a presente data. Como conclusão, o grupo de estudos da OMS considerou que, até o momento, a radiação de campo eletromagnético pode possivelmente ser carcinogênica para seres humanos; porém, não existem provas de que isso possa ocorrer. 3
VOLTA AO MUNDO Stock Photo PORTO SEGURO PARA TODOS OS GOSTOS Renata Pamplona S. Arantes Farmacêutica da Oncomed Sair de férias é sempre bom, e,com a família é melhor ainda! Foi o que eu fiz este ano com meu marido e meu filho de dois anos. Pesquisamos onde poderíamos nos divertir, descansar e conhecer um lugar bonito. Escolhemos Porto Seguro, na Bahia. Porto Seguro é uma cidade maravilhosa, que guarda uma natureza exuberante ainda com muitos traços descritos na histórica carta de Pero Vaz de Caminha - a "Certidão de Nascimento" do Brasil. Escolhemos o Resort La Torre para hospedagem, localizado na Praia do Mutá, orla norte de Porto Seguro. Local com piscinas, salão de jogos, atividades para as crianças e praia exclusiva. Apesar das inúmeras atrações do resort, a cidade também oferece uma gama de atividades. Não se pode ir a Porto Seguro sem ir à Passarela do Álcool, verdadeiro shopping a céu aberto, com lojas de artesanato, ba res e restaurantes com comidas típicas da região. Quem busca um pouco de história pode começar pelo Marco do Descobrimento, onde há uma das mais belas paisagens do litoral de Porto Seguro. Mas, vá durante o dia, para visitar o Museu do Descobrimento e a Igreja de Nossa Senhora da Penha, onde estão guardadas imagens sacras dos séculos XVI e XVII. Quem visita Porto Seguro entende que não foi à toa que os portugueses se encantaram com essas terras, que me proporcionaram férias de descanso e diversão. Porto Seguro é um destino ideal para quem busca agito, mas também reserva recantos especiais para recarregar as baterias. PERFIL NO RITMO DA DANÇA Mércia é a quinta da esq. para a direita Arquivo Pessoal 4 A semana de Mércia Rabello Madsen, paciente da Oncomed, é movimentada. Um dia é reservado para a yoga, outro para o pilates, mais um para a caminhada... E não acabou. Ela ainda tem disposição para brincar com suas cinco netas e para aulas de dança com o Grupo de Dança Terapêutica Livre, duas vezes por semana, há quatro anos. É uma atividade que faz bem para o corpo e para a mente. Como diz o Dr. Roberto Fonseca: dançar faz bem para o corpo e para a alma explica. A sua rotina, até maio, era ainda mais intensa: hoje aposentada e com 67 anos, Mércia jogava tênis, seis vezes por semana, até começar a sentir dores no corpo e procurar um médico. Os exames acabaram revelando uma recidiva do câncer de mama que teve em 2004. Esse diagnóstico, como o primeiro, pegou Mércia de surpresa. Recebi em 23 de maio o novo diagnóstico. De imediato, senti grande tristeza, mas, no dia seguinte, já iniciei as sessões de quimioterapia. Estamos juntos novamente para vencer, com certeza, esta segunda batalha. Com objetivo de estar saudável e bem-humorada, Mércia mantém alimentação variada e pratica exercícios físicos. Ela também tem uma rotina médica e elogia os cuidados recebidos pelos profissionais da Oncomed, principalmente, pelos médicos Dr. Roberto Porto Fonseca, Dr. Henrique Lins e Dr. Luiz Flavio Coutinho. Considero-me uma pessoa privilegiada por ter a chance de me tratar com uma equipe médica de tão alto nível e tão humana, aliada à excelente qualidade de trabalho, somando a tudo isso a própria Oncomed, com uma estrutura de funcionamento de primeiríssimo mundo, finaliza.
QUALIDADE DE VIDA EXERCITAR NO INVERNO Fotos: Stock Photo Na opinião de muita gente, inverno e atividade física são coisas que não combinam. Muitos são os que decidem dar um tempinho na academia, na natação ou mesmo na caminhada. Decisão que só gera prejuízos para a saúde e para o condicionamento físico. A fim de ajudar seus leitores a manter o ânimo durante a estação, o Informativo Oncomed ouviu a médica Fernanda Schettino, da Oncomed, e a educadora física Glayce de Paula, de uma rede de academias. Confira suas dicas. 1. Busque orientação: antes de se exercitar ou de mudar sua rotina de atividades físicas, consulte sempre um médico, estando ou não em tratamento. Isso é importante porque ele pode orientar qual a intensidade e qual a modalidade de exercício mais indicada. 2. Em boa companhia: uma das estratégias para se livrar da preguiça é exercitar acompanhado de um amigo. A companhia e, principalmente, o compromisso firmado com outra pessoa são motivações a mais para encarar a academia ou o esporte na rua. 3. Na melhor hora: se você tem o hábito de se exercitar pela manhã, mas não consegue acordar cedo durante o inverno, uma boa pedida é mudar o horário de sua atividade física para quando se sentir mais bem disposto. 4. Inove: experimentar uma nova modalidade de esporte pode ser uma fonte de inspiração a mais para encarar as atividades físicas durante o frio. De acordo com Glayce de Paula, é indicado que, a cada três meses, a planilha de treino ou mesmo o tipo de atividade sejam revistos para diversificar o grupo de músculos trabalhados. Mas, antes de fazê-lo, procure orientação profissional de um médico ou de educador físico. Para quem pretende nadar, Dra. Fernanda Schettino alerta para o cuidado especial que deve ser tomado por pacientes que possuem alguma queda de imunidade do organismo. As piscinas são locais muito frequentados e, por mais higienizadas que sejam, ainda podem expor a pessoa a algum tipo de contágio. Por isso a prática não é indicada para quem apresenta esse quadro. 5. Som na caixa: ouvir músicas, especialmente as de ritmos mais animados, pode facilitar a prática de esportes. Então, prepare uma seleção das suas canções preferidas para embalar o treino. 6. Hidrate-se: no inverno, temos a tendência a ingerir menos água porque sentimos menos calor e transpiramos menos. Apesar disso, o corpo continua a eliminar água, mas em maior quantidade pela urina. Por isso, é preciso manter a ingestão contínua de água, avisa Dra. Fernanda Schettino, que recomenda ainda hidratar os olhos e as narinas, com soro fisiológico, de duas a quatro vezes por dia, por causa do ar seco do inverno. 7. Solução caseira: se as dicas acima não foram o bastante para animar você a ir à academia ou à rua, não se preocupe. Você pode se exercitar em casa, fazendo caminhadas nos corredores, subindo e descendo as escadas ou improvisando um step com os degraus. O maior problema do exercício físico no inverno é realmente a preguiça que sentimos, mas sempre se pode dar um jeito nela, finaliza Glayce. 5
NOVAS DA MEDICINA AVANÇOS NO TRATAMENTO DO CÂNCER 6 Constantemente os cientistas avaliam se uma nova droga ou combinação de tratamento será superior aos tratamentos considerados padrão Dr. Henrique de Lins Horta Oncologista da Oncomed Carol Reis Na edição do congresso da ASCO deste ano, foram apresentados vários estudos que representam avanços graduais na luta contra o câncer. Entre eles, alguns se destacaram, como um que avaliou o uso da medicação Imatinib no tratamento adjuvante do GIST, tipo de câncer do trato intestinal, viável de ser submetido a uma cirurgia e com risco elevado de recorrência. Concluiu-se que há o benefício de se usar o medicamento por 36 meses, e não por apenas 12 meses. Constantemente os cientistas avaliam se uma nova droga ou uma nova combinação de tratamento será superior aos tratamentos considerados padrão. No entanto, não raro, muitos desses estudos não são capazes de demonstrar tal superioridade. Isso, ao invés de se tornar um motivo para pessimismo ou ceticismo, serve para aumentar a nossa convicção para tratamentos já consagrados. Nesse congresso, não foi diferente, havendo alguns casos que podemos citar. Em um estudo, avaliou-se um novo esquema de tratamento para o câncer de canal anal. No final, concluiu-se que o tratamento com Mitomicina-C + 5-Fluorouracil associado à radioterapia, esquema que foi desenvolvido durante a década de 70, continua sendo uma das melhores opções. Outro trabalho avaliou a adição de um anticorpo monoclonal - tipo de anticorpo produzido em laboratório -, no tratamento do câncer de cabeça e pescoço. A conclusão é que o tratamento com Cisplatina, quimioterápico já utilizado há várias décadas, combinado à radioterapia, sem a associação do anticorpo, continua sendo uma opção terapêutica. Às perguntas para as quais antes não se tinham respostas certos estudos trouxeram alguma luz. Por exemplo, não se sabia se quimioterapia de segunda linha para câncer gástrico avançado era superior ao melhor suporte clínico. Nesse congresso foi apresentado um estudo que sugeriu, para casos selecionados, um benefício de se fazer uma quimioterapia de segunda linha - tipo de quimioterapia utilizada quando não há retorno no primeiro tratamento ou quando ocorre reincidência do câncer. Seguindo a tendência atual de individualizar o tratamento oncológico para selecionar quais os pacientes vão se beneficiar de determinado tratamento, dois estudos foram de grande destaque. Um deles avaliou o medicamento Verumafenib no tratamento do melanoma avançado. Foram apresentados dados bastante promissores para os casos que apresentavam a mutação V600E no gene BRAF, ou seja, uma alteração genética que costuma estar associada a mais de 50% dos casos de câncer de pele. Outro estudo comparou o tratamento do câncer de pulmão com o Erlotinib e com a quimioterapia. Nesse caso, foi demonstrado benefício nos pacientes com mutação do EGFR, receptor do fator de crescimento ou epidermal growth-fasssctor receptor, na sigla em inglês. Um dos grandes desafios agora é, além de conseguir interpretar corretamente os dados, identificar quais tratamentos que poderão ser transportados para a realidade brasileira.
CUIDE-SE MAIS SAÚDE Além de manter as atividades físicas, outras medidas simples podem ser tomadas para evitar problemas com a saúde no inverno. Esses incluem cuidados simples com a alimentação e com a higiene pessoal. A primeira recomendação da nutricionista da Oncomed, Kelly Araújo, é que se evite exagerar à mesa durante o período, em que se tende a comer mais. A nutricionista explica que, apesar de sentirmos mais fome nessa época, a necessidade de calorias que nosso corpo apresenta no inverno é de cerca de 5% maior do que a normal. No caso de uma dieta de 2.500 calorias, geralmente consumida por um adulto, essa diferença seria suprida por um copo de leite, por exemplo. No entanto, muitos não abrem mão de comidas mais quentes, como as sopas e os caldos. Naturalmente mais encorpados e calóricos, por serem feitos à base de vegetais ricos em carboidratos, como batatas e mandiocas, os pratos ainda são servidos com pães ou biscoitos e preparados com carnes gordas. Para deixar o prato mais saudável e menos calórico, pode-se trocar o bacon ou a linguiça por frango desfiado, carne cozida ou ovos. Fica muito saboroso também, recomenda. Outra sugestão é acrescentar folhas e legumes à receita para assegurar que a dieta, mesmo no inverno, continue incluindo fibras. Segundo a nutricionista, esse tipo de cuidado evita a constipação intestinal e assegura os nutrientes necessários à saúde. Outras adaptações podem ser feitas no cardápio de inverno: pode-se, por exemplo, fazer sanduíches quentes, com hortaliças como alfaces ou rúcula; trocar os queijos amarelos, ricos em gordura, pelos brancos, como a ricota, o frescal e o cottage. Além disso, deve-se dar atenção especial à ingestão de líquidos. Se preferir, é possível substituir parte da água por bebidas quentes. Deve-se apenas ter o cuidado de reservar os chás e os cafés para os intervalos entre as refeições, e não logo após fazêlas, já que isso pode atrapalhar a absorção de minerais. Para quem pratica atividades físicas regulares, inclusive no inverno, a nutricionista chama a atenção para alguns cuidados: não se exercitar de estômago vazio nem muito cheio e não descuidar da hidratação. Beba água durante a prática e reponha os nutrientes com os isotônicos ou os sucos, se for necessário. NUTRIR Stock Photo Creme de mandioquinha com brócolis Ingredientes: 1 colher (chá) de raspas de casca de laranja 2 dentes de alho amassados 2 xícaras (chá) de brócolis picado 500 g de mandioquinha 1 colher (chá) de azeite de oliva 1/2 xícara de creme de leite light 2 tabletes de caldo de legumes 1 colher (sopa) de cebolinha verde picada Modo de Preparo Raspe a mandioquinha e corte-a em pedaços. Coloque-a em uma panela, junte o caldo de legumes, as raspas de laranja e 5 xícaras (chá) de água. Leve ao fogo baixo e cozinhe com a panela semitampada, por cerca de 30 minutos, ou até que a mandioquinha fique macia. Espere amornar e bata no liquidificador. Na mesma panela, aqueça o azeite e refogue o alho. Acrescente o brócolis e o caldo batido no liquidificador e deixe até começar a ferver. Adicione o creme de leite; no momento de servir, polvilhe a cebolinha. 7
RAIO X PRECISÃO NA PALMA DA MÃO Na Oncomed, a segurança é tratada como um sistema, por isso cada parte dos processos recebe atenção especial dos profissionais da clínica. Com a administração da medicação individual, não é diferente. Na edição passada do Informativo Oncomed, mostramos a dinâmica da Farmácia e da preparação dos medicamentos; agora, apresentamos uma importante ferramenta de precisão para o acompanhamento das medicações prescritas aos pacientes: o palm. Similar a um palmtop, o pequeno computador que cabe na mão, com dimensão de 15 cm x 20 cm e função touch screen - funcionamento com o toque na tela - o aparelho utilizado na clínica auxilia a checagem eletrônica de todo o processo de medicação, assegurando que cada paciente receberá o tipo de medicamento e a dose correta, no horário determinado pelos médicos. Quando o medicamento é ministrado, a instituição rastreia os horários e as datas da administração do remédio de cada paciente. O palm lê o código de barras da pulseira que os pacientes recebem na Oncomed. Por meio dela, são obtidas as informações sobre os medicamentos que devem ser administrados a cada um deles. O palm armazena as informações de horários e datas da administração do remédio de cada paciente. A ferramenta ainda confere e grava informações como o número do crachá do colaborador responsável por ministrar o medicamento, o código de inscrição do paciente e de sua medicação, cuidados que impedem erros tanto quanto ao tipo de remédio quanto à sua ordem de aplicação. Outras funções são também desempenhadas pelo aparelho, como o aviso para alta aos pacientes e a emissão de rastreabilidade dos dados de administração da medicação no paciente. O equipamento, do qual a Oncomed foi pioneira, representa mais precisão e segurança para o corpo técnico e para os pacientes, que podem acompanhar todo o processo. O aparelho é mais uma garantia para eliminar o risco de alguma troca ou engano, explica a coordenadora da Enfermagem da clínica, Lílian Pimenta. Divulgação TRUPE DA ALEGRIA HUMOR EM DOMICÍLIO Fotos: Divulgação Um político corrupto, um contador de causos, um metaleiro, uma típica senhora mineira e um hippie. Todos esses personagens estiveram na Oncomed, em 14 de junho, data em que o ator, humorista e cantor Saulo Laranjeira fez uma apresentação especial para os pacientes. O evento integra as atividades promovidas pelo projeto Trupe da Alegria. O artista, natural da cidade mineira Pedra Azul e com passagem por importantes programas humorísticos como A Praça é Nossa e Arrumação, passou uma tarde inteira entretendo os pacientes que estavam em medicação, nos segundo e quarto andar da clínica. A supervisora de convênios, Lívia de Melo, uma das colaboradoras que assistiu à apresentação, lembra que todos ficaram surpresos com a pronta receptividade de Saulo ao receber o convite. Como ele é famoso e requisitado, achamos que ele não teria tempo, mas ele concordou na hora, comenta ela. A visita, claro, animou e emocionou os pacientes e o corpo de profissionais. O Saulo conversou com cada um dos presentes, cantou, interpretou e declamou poemas e falou um pouco de sua história. Foi muito bonito, conta. 8