UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO A ARQUITETURA E URBANISMO 2016.2 TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO
FERNANDA CAVALCANTE DE FARIAS VERÔNICA MARIA FERNANDES DE LIMA PRÓPRIA
AÇÃO UM ESTUDO SOBRE A APROPRIAÇÃO DE ESPAÇOS PÚBLICOS EM PONTA NEGRA
APROPRIAR-SE ENCONTRO PESSOAS DESEJOS PERMANÊNCIA POSSE NOSSO FLEXÍVEL ESCOLHA IDENTIDADE ESPAÇO PÚBLICO SIGNIFICADO VÍNCULO PERTENCIMENTO SÍMBOLO
Não falamos de um significante simplesmente constituído como código arquitetônico. Falamos de um espaço construído por significados sociais, representado pelo conjunto das cenas cujos artífices e atores se reúnem (SANTOS, 1985, p.28).
CENÁRIO OS PRIMEIROS EXEMPLOS História do progresso das cidades. A importância do espaço público. O espetáculo da vida urbana. Competição entre pedestres e carros. À PEQUENA ESCALA Dimensão de apreensão do espaço pelas pessoas. Harmonia com o corpo humano. As três escalas urbanas.
CENÁRIO DO ESPAÇO AO PÚBLICO Zona de transição ativa. Substituição dos lugares de convívio. Relação complementar entre público e privado. Convite: acessibilidade e integração. Espaços sustentáveis.
CENA LUGAR NO ESPAÇO Produto da vivência e experimentação no espaço público. Lugar que identifica as pessoas. A oposição do não lugar (AUGÉ, 1992). O declínio do homem público. Balé complexo da calçada urbana.
CENA FIXOS E FLUXOS Quando a rua vira casa. Estudo de Milton Santos (1985) sobre a permanência e circulação no ambiente. Psicologia do permanecer (MOORE, 1979). Da passagem à permanência: os eventos públicos. OS OLHOS DA RUA Espaço defensável. Segurança transmitida. Fragmentação do espaço. A importância da vitalidade das ruas (JACOBS, 1961). O papel do vizinho. A questão da privacidade.
ATORES SOCIABILIDADE URBANA A cidade enquanto reflexo do habitante. O processo de identificação. Os movimentos desejantes. Função social do espaço urbano. A personalidade urbana.
CORPO E ESPAÇO Experienciar e a Topofilia (TUAN, 1983). Psicologia da percepção (TIEDERMANN, 1985). Danças do lugar (SEAMON, 1979). Rotina espaço-temporal.
PARA SABER... A METODOLOG IA
GARY T. MOORE E O COMPORTAMENTO AMBIENTAL Olhar etnográfico Tendências comportamentais Mapeamento das manifestações Diagrama de fluxos VER
HENRI RAYMOND E A PALAVRA DO HABITANTE Entrevistas abertas Eixo guiado pelo pesquisador 15 entrevistados por área de estudo OUVIR
GORDON CULLEN Releitura das imagens a partir de croquis Destaque dos aproveitamentos Redesenho do espaço Estudo de casos E A LEITURA DA PAISAGEM URBANA FALAR
UNIVERSO DE ESTUDO E RECORTE GEOGRÁFICO LEGENDA MUNICÍPIO DE NATAL BAIRRO DE PONTA NEGRA FONTE: ELABORAÇÃO PRÓPRIA A PARTIR DE SEMURB (2010)
ZONEAMENTO INTERNO CONJUNTO PONTA NEGRA CONJUNTO ALAGAMAR VILA DE PONTA NEGRA ORLA
1º CASO VIR VER A VILA
T 11 10 1 7 8 9 13 2 3 4 6 14 15 5 1 - Escadaria 4 - Escola 7 - Bancos 10 - Salões 13 - Apoio 2 3 - Pescadores - Oficina 5 6 - Cantina - Bingo 8 9 - Ciranda - Palco 11 12 - Parada - Boteco 14 15 - Tapiocaria e rendeiras - Mãe D água
PRAÇA DA IGREJA
DIAGRAMA DE FLUXOS ÔNIBUS AMBULANTES SOBREPOSIÇÃO PASSAGEIROS CRIANÇAS CONCENTRAÇÕES
CASOS E ACASOS A história que a vila conta através do bilro Rua ou calçada? O grande palco aberto
Cores da Vila na escadaria A sós com a igreja Áreas de convivência CASOS E ACASOS
LÁ NA ESCADARIA
Cultura sempre esteve ligada a tradição. Então sim, esse pedaço ainda tem cultura de sobra Apropriação, pra mim é uma palavra perigosa. Eu diria tomar conta A gente começou ali, por trás da igreja. O que mudou é que agora tem até cadeira, mas o trabalho é o mesmo de sempre O pessoal tem que ver que a Vila é de cada um QUEM CONTA UM CONTO... Quando eu era criança tinha mais coisa. Eu lembro que as vezes isso aí ficava quase Carnaval às vezes, de tanta gente aí no largo
2º CASO LUGAR DE GRINGO
12 1 11 2 3 9 10 13 4 8 5 6 7 1 - Bar do Gringos 4 - Passagem 7 - A árvore 10 - Food Park 13 - Flanelinhas 2 - Arquibancada 5 - Residências 8 - Palco 11 - Cigarreira 3 - Discoteca 6 - A Corujinha 9 - Palanque 12 - Hotelaria
PRAÇA DO GRINGOS PRAÇA ECOLÓGICA PRAÇA PALESTINA
DIAGRAMA DE FLUXOS AMBULANTES CICLISTAS USUÁRIOS AUTOMÓVEIS VENDEDORES SOBREPOSIÇÃO
CASOS E ACASOS Discoteca Ponto de encontro Traço de passagem
O palco oficial Rua dos bares Food Park CASOS E ACASOS
HALLOWEEN
Era muita gente com isopor aqui na frente, e eu comecei a ficar preocupado por chamarem aquele lugar de gringos Essa praça se tornou um lugar onde os diferentes se encontram O que atraiu as pessoas pra praça? Não sei. Não dá pra saber, porque é meio inexplicável, é viral Então virou um espaço como a praça deveria ser, um espaço democrático, aberto, e um espaço onde as pessoas demonstram estar felizes por estar lá QUEM CONTA UM CONTO... Então eu tenho o maior bar do mundo, se você medir a praça
3º CASO MAR DE GENTE
5 1 2 3 8 4 6 9 7 1 - Mural 4 - Gramado 7 - Barraqueiros 2 - Anfiteatro 5 - Camarote 8 - Residências 3 - Palco 02 6 - Palco 01 9 - Astral Sucos
DECK DA ORLA
DIAGRAMA DE FLUXOS CICLISTAS AMBULANTES USUÁRIOS SURFISTAS
CASOS E ACASOS Palco principal Privado ao público Anfiteatro
Loteamento Acesso principal Pista de dança CASOS E ACASOS
Já se torna uma coisa mais séria que um incômodo. É um problema urbano Porque não é mais uma questão de estética. É uma questão de segurança para o usuário da praia Não vou te dizer que é fácil, porque já tive problema com assalto, inclusive, mas eu estou muito bem aqui Há uma insatisfação do usuário bem clara com relação à infraestrutura da praia, então, pra esse verão agora, a gente vai tentar solucionar ou articular isso Você tem que entender que a prioridade naquele espaço é o lazer das pessoas
NOS BASTIDORES VIR VER A VILA Apropriação pelo movimento Centro das atenções Fachadas cegas Aqui e além: integração com o restante do bairro
NOS BASTIDORES LUGAR DE GRINGO Elemento surpresa Caminho para peões Pés ou pneus? Loteamentos Iniciativa local
NOS BASTIDORES MAR DE GENTE As barreiras Loteamentos Iniciativa privada
A importância, para a arquitetura, da investigação do espaço sob a ótica da figura humana. O complemento da entrevista investigativa no trabalho em campo, visando a máxima abrangência do estudo de caso. A aproximação do projetista urbano àqueles que, de fato, utilizam o espaço público, respeitando seus usos, considerações e propostas. Manter a vitalidade dos espaços de uso comum a partir do convite e incentivo à ocupação das áreas livres. Incluir (quando possível) as atividades positivas que já acontecem no local em propostas de alterações no espaço, visando manter o significado e simbolismo do lugar para as pessoas que investem nele. Conciliar os usos, apropriações, atuações e espetáculos percebidos no espaço público, para que um se aproprie do outro. CONSIDERAÇÕES FINAIS