Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008 Inserção feminina nos territórios do saber teológico: Uma perspectiva de gênero Neiva Furlin (UFPR) Gênero; docência; teologia. ST 66 - Construindo novas relações de gênero: a presença feminina nos territórios do saber 1. Introdução O presente trabalho é um projeto de pesquisa em sua fase inicial e diz respeito à inserção de mulheres na prática da docência, nos cursos de graduação em teologia. Pretende-se analisar as dinâmicas envolvidas nesse processo de inserção, tanto nas relações estruturais, como nos possíveis novos significados produzidos pela experiência dessas professoras nos territórios do saber teológico, campo em que há uma verticalização e uma horizontalização das práticas de poder, claramente genereficada. É uma pesquisa de abordagem qualitativa, considerando que essa metodologia permite o investigador/a atuar de dentro. A investigação qualitativa se aproxima da realidade do estudo de forma natural e permite colher dados ricos, através de estratégias não estruturadas 1. A investigação desenvolver-se-á através de estudos bibliográficos, documentos, consulta à página eletrônica das instituições de ensino teológico, dando-se destaque às narrativas sobre as experiências dessas mulheres professoras, inicialmente, em três instituições católicas de ensino teológico 2. O referencial analítico que julgo fundamental para explicar a rica tensão entre estrutura e ação, e a reconstrução dos significados e subjetividades envolvidas nessas experiências, impregnadas de relações de poder é o de gênero. Segundo Scott, o gênero é um elemento constitutivo de relações sociais baseado nas diferenças percebidas entre os sexos, e o gênero é uma forma primeira de significar as relações de poder 3. Considerando a fase inicial desse trabalho, descrevo, a seguir, apenas algumas pontuações na perspectiva de definição do objeto de pesquisa. 2. Gênero e território religioso-teológico Nos últimos anos, os estudos de gênero têm contribuído de maneira significativa para a introdução de novas abordagens da realidade em todas as áreas de conhecimento. Esses estudos demonstraram que nas diferentes sociedades humanas as relações sociais vividas entre homens e
2 mulheres são construídas a partir da tradição cultural de cada região e das especificidades de cada momento histórico. Essas diferenças ainda são evidentes dentro de uma mesma sociedade, nos diferentes grupos sociais, e vão se modificando ao longo da história devido à dinamicidade da própria cultura, situação que também atinge as instituições e a divisão sexual de trabalho em geral, e nos critérios de inserção das mulheres e homens em instituições de ensino. Os estudos de religião também têm sido influenciados pela perspectiva de gênero, constituindo-se em uma importante vertente de reflexão. Abre-se um campo para novas possibilidades teórico-metodológicas de abordagem das questões culturais de modo geral e, em particular, sobre as condições de produção e reprodução da dominação masculina no campo religioso. Alguns estudos recentes têm demonstrado que nas grandes religiões institucionalizadas as lideranças femininas acabam sempre marginalizadas. Essa marginalização envolve espaços de liderança, acesso à formação e as relações hierárquicas nas estruturas institucionais. Segundo Fernanda Lemos (2007) e também Maria Rosado (2001), o campo da religião, em seu processo de construção social, é marcadamente influenciado pelo masculino. Um dos exemplos mais fortes que se pode observar está no cristianismo, o qual assumiu um processo de evolução histórico-social fundado no sistema patriarcal. Para essas autoras, o cristianismo se institucionalizou como uma religião masculinizada em que o acesso ao poder institucional está legitimado pelo sexo e pelas representações simbólicas que foram sendo cristalizadas ao longo dos séculos. Assim sendo, ser homem ou ser mulher, no âmbito religioso tende a significar mais do que uma representação sexual, ou seja, trata-se da possibilidade de acessar ou não o espaço do poder de hierarquia, do culto e até mesmo do ensino e da produção do saber teológico-religioso. A dinâmica do mundo contemporâneo contribuiu para a inserção da mulher como sujeito de sua própria história em diferentes campos de ação. Entretanto, as relações de gênero ainda se apresentam desiguais, principalmente no campo religioso. Fernanda Lemos (2007) observa que isso pode ser evidenciado dentro do catolicismo, uma vez que as mulheres possuidoras de carisma não podem assumir ministérios ordenados, simplesmente por serem mulheres. Por outro lado, encontramos um grande número de mulheres exercendo liderança nas comunidades, na coordenação de pastorais eclesiais e sociais. Espaços esses, essenciais na dinamização da caminhada eclesial, porém por eles não passam as grandes decisões. Considerando a grande produção acadêmica na área de gênero e religião e trabalho, praticamente pouco se encontra estudos sobre a inserção de mulheres como professoras e como produtoras do saber em instituições teológicas 4, sobretudo dentro do catolicismo que tem se configurado como uma das religiões que agrega maior contingente de adeptos. No campo religioso católico, as instituições teológicas foram criadas em vista da formação do ministério ordenado de homens. Historicamente esse espaço foi exclusivamente marcado pelo
3 masculino, tanto na sua constituição como na produção do saber teológico, permitindo a fixação do sujeito masculino nas instâncias do poder hierárquico e na produção do discurso acadêmico teológico. Esse discurso, de certa forma, legitimou a exclusão das mulheres nas instâncias de poder eclesial e perpetuou o androcentrismo no pensar e no fazer teologia. Somente a partir da década de 70 as mulheres começaram a inserir-se no campo da formação teológica, ainda que de forma pouco expressiva. Não se tem encontrado estudos que mapeiem a proporção e a qualidade de sua participação e atuação; de como se constituem sujeitos num espaço marcado pelo habitus 5 masculino; dos espaços de liderança e de poder conferido às mulheres e de como essas resignificam os espaços, o saber acadêmico e as relações de gênero, no interior dessas instituições destinadas à formação acadêmica em teologia. No Brasil os cursos de teologia começaram a ser implantados em finais do século XIX. Somente a partir das últimas décadas ganharam visibilidade especialmente no processo de reconhecimento pelo MEC e pelo surgimento de pós-graduações em teologia e Ciências da religião. Os cursos de teologia no Brasil foram considerados cursos livres até a edição do Parecer do Conselho Nacional de Educação CNE/CES 241/99 que legalizou o mesmo 6. Com isso, o campo de formação acadêmica em teologia, adquire status de um campo de trabalho aberto à profissionais da área, independente de possuírem ou não vínculos com a instituição religiosa. 3. Docência feminina no ensino superior. As transformações sociais da segunda metade do século XIX possibilitaram, segundo Guacira Louro (1997), não apenas a entrada das mulheres nas salas de aula, mas também o seu predomínio como docentes. Nesse processo, porém, a atividade do magistério foi sendo resignificada. Na visão dessa autora, apesar de as mulheres terem se tornado agentes do ensino, elas ocupam um universo marcadamente masculino, não só porque as diferentes disciplinas se construíram na ótica dos homens, mas porque a seleção e a produção do conhecimento ainda são, relativamente, masculinas. Segundo Rago (1998), no Brasil o ingresso maciço de mulheres nas universidades se deu a partir dos anos 70, quando passaram a reivindicar o seu espaço na história. A atuação feminina foi ganhando visibilidade, tanto pela simples presença das mulheres nos corredores e nas salas de aula, como pela produção acadêmica que vinha a tona. O mundo acadêmico foi ganhando novos contornos e novas cores 7.
Cristina Bruschini e Maria Rosa Lombardi (2001/2002) mostram, através de dados quantitativos, que a participação da docência feminina nas últimas décadas tem tido um aumento significativo: O número de docentes na educação superior aumentou mais 102,2% nos últimos 10 anos, enquanto o número de participação masculina na docência aumentou 67,9%. Essa proporção se estende também para os cursos de pós-graduação, indicando que as mulheres estão conseguindo ampliar sua inserção nesse campo do mercado de trabalho com mais facilidade do que em outros, porque estão se preparando mais 8. No entanto, para essas autoras os homens ainda formam a maior parte do corpo docente, sobretudo no ensino superior. Permanecem certos estereótipos de que algumas disciplinas como Lingüística, letras, artes e ciências humanas são para as mulheres, assim como Engenharia e Ciências Agrárias são para os homens. Isso mostra que no ensino as desigualdades de gênero ainda se manifestam de diversas maneiras Uma pesquisa intitulada A Mulher na Educação Superior Brasileira 9 mostra que apesar de os homens ainda se constituírem o maior número de docentes na educação superior, tanto da rede pública como da rede particular, a participação das mulheres apresenta um crescimento significativo no período de 2000 a 2005, enquanto a participação dos docentes de sexo masculino se reduziu. A Tabela 1 revela que, do ponto de vista da dependência administrativa, a mulher tem maior participação nas instituições privadas: 41,8% contra 39,7% na rede pública, em 2000, passando para 45,2% na rede privada e 42,6% nas instituições públicas, em 2005. Segundo esta pesquisa, isso se deve, em parte, pela influência dos cursos ou mesmo devido as instituições de ensino superior serem orientadas para as ciências humanas ou para cursos da área de saúde, onde a participação feminina tende a ser maior. De um modo geral se observa que a participação de mulheres no corpo docente do ensino superior no Brasil tem crescido nos últimos anos. Isso, em certa medida, confirma a tendência da elevação da escolaridade das mulheres, já observada em outros estudos. Se considerarmos a participação dos docentes, por sexo, é possível evidenciar que, nos últimos cinco anos, houve um crescimento relativo para ambos os sexos. Entretanto, o crescimento mais significativo se refere à docência feminina. Na rede pública a diferença era de aproximadamente 20 pontos percentuais, em 2000, caiu para cerca de 14 pontos em 2005. Já na rede privada onde há a maior participação das mulheres docentes, a diferença em relação aos homens era de 16,4 pontos percentuais em 2000, chegando a 9,6 pontos, em 2005. Esse quadro demonstra, em certa medida, um processo crescente da participação de mulheres docentes nas instituições de ensino superior no Brasil. 4 Tabela 1 Participação dos/as docentes da educação superior por dependência administrativa das Instituições de Ensino no Brasil 2000-2005
5 ANO PÚBLICA PRIVADA Total Feminino Masculino Total Feminino Masculino 2000 88.154 39,7 % 60,3 % 109.558 41,8% 58,2% 2005 98.033 42,6% 57,4% 194.471 45,2% 54.8% Fonte: Mec/Inep/ Deaes. In: A Mulher na Educação Superior Brasileira 1991-2005. Brasília: INEP, 2007 Embora se constate o crescimento da participação de mulheres docentes no ensino superior, é necessário considerar que apesar das diversas especializações e pós-doutorados de muitas docentes femininas, estas ainda precisam provar que são capazes de assumir certas funções consideradas masculinas. Assim, como no mundo acadêmico em geral, o campo do ensino e da produção do saber teológico é ainda fortemente marcado pelo masculino. Esse espaço historicamente esteve voltado ao universo masculino, em vista do ministério ordenado, o que amplia ainda mais as diferenças de gênero entre os discentes e docentes. A Tabela 2, cujos dados foram construídos a partir de pesquisa de campo, permite visualizar as diferenças de gênero no que se refere à docência em teologia 10. Do ponto de vista das 12 instituições pesquisadas, a desigualdade entre a docência feminina e masculina, em território do saber teológico, aparece mais acentuada em relação aos demais cursos superiores, analisados anteriormente. A diferença aqui é de 63,4 pontos percentuais. Isso, em parte, pode ser explicado pelo discurso da Instituição eclesial católica ter, historicamente, vinculado o curso de teologia ao ministério ordenado. Por outro lado, na PUC do Rio de Janeiro 11 a diferença entre docência masculina e feminina, observada somente no curso de graduação, é de 14,2 pontos percentuais, ou seja, bem menor quando comparada com as distâncias entres as demais instituições. Tabela 2 - Participação dos/as Docentes nas instituições de curso superior em teologia - 2008 Instituição Estado Docentes Feminino % Masculino % ITEPA RS 20 03 15 17 85 FAPAS RS 18 01 6,5 17 94,5 UNISSALE RS 11 02 18,2 09 81,8 ESTEF RS 17 04 23,5 13 76,5 PUC RS 20 01 5 19 95 PUC PR 15 03 20 12 80 STUDIUM PR 22 00 0,0 22 100 ITESC SC 23 05 21,7 18 78,3 ASSUNÇÃO SP 46 04 8,7 42 91,3 IFT RJ 22 02 9,1 20 90,9 PUC RJ 21 09 42,9 12 57,1 UCSAL BA 34 08 23,5 26 76,5
TOTAL 269 42 15,6 227 84,4 FONTE: FURLIN, Neiva. Pesquisa de campo de em sites das instituições. junho/2008. 6 Pode se dizer que a inserção da mulher como docente no ensino superior em teologia, vem acontecendo aos poucos e em passos ainda muito lentos. Por outro, lado há a necessidade de se averiguar a área de formação dessas mulheres e as disciplinas que ministram no campo da formação teológica, para compreender como as dinâmicas de gênero e de poder se operam, no campo do ensino superior em teologia. Atualmente as instituições que oferecem o curso superior de teologia, em sua maioria, estão vinculadas diretamente ou indiretamente à Igreja Católica, em cuja instituição é ainda negada a participação de mulheres em algumas instâncias de poder, sobretudo as ligadas ao ministério ordenado. No entanto, aos poucos e lentamente estão ampliando a sua participação e atuação nas instituições de ensino teológico, como professoras e produtoras de saber. Alguns estudos têm evidenciado o envolvimento de teólogas em movimentos feministas, resultando desse vínculo o surgimento da produção do saber bíblico-teológico, na perspectiva de gênero e da teologia feminista 12. Segundo a teóloga Maria Clara Bingemer (1989), a entrada da mulher na produção teológica é um dado novo que vem ganhando mais força. Os cursos de teologia são procurados por mulheres em proporção sempre mais crescente. Além disso, o espaço da docência, da pesquisa e produção teológica vem sendo ocupado por mulheres que começam a ter competência e produção reconhecida até por alguns setores da hierarquia 13. Embora tal constatação pareça se apresentar numericamente reduzida, a validade e relevância desse estudo está na possibilidade de evidenciar, as dinâmicas envolvidas no processo de inserção de mulheres, num campo demarcadamente masculino, tanto nas relações estruturais, como nos possíveis novos significados produzidos pela experiência dessas professoras, nos territórios do saber teológico. Referências Bibliográficas BINGEMER Maria Clara L. Sem título. In: TAMEZ, Elza at al. Teólogos da libertação falam sobre a mulher. São Paulo: Loyola, 1989. p.131-137. BRICEÑO-LEÓN, Roberto. Quatro modelos de integração de Técnicas Qualitativas e Quantitativas de investigação nas Ciências Sociais. In: GOLDENBERGER, Paulete; MARSIGLIA, Regina Maria Giffoni; GOMES, Maria Helena de Andréa. O Clássico e o novo: tendências, objetos e abordagens em ciências sociais e saúde. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2003. p. 157-183. BOURDIEU, Pierre. Campo do Poder, Campo Intelectual e Habitus de Classe. In: A economia das Trocas Simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 1992, 183-202. BRUSCHINI, Maria Cristina Aranha. Trabalho e Gênero no Brasil nos últimos dez anos. Disponível em:
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