ENCERRAMENTO DE CONTAS 2014. Ana Cristina Pinto Ferreira Luís António Rodrigues Rui Alberto Machado de Sousa



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Transcrição:

ENCERRAMENTO DE CONTAS 2014 Ana Cristina Pinto Ferreira Luís António Rodrigues Rui Alberto Machado de Sousa

No âmbito desta formação foi utilizado o impresso da declaração modelo 22 a entregar em maio de 2015, Publicado no despacho 15632/2014, de 29/12 O impresso da IES referido nesta ação de formação corresponde à declaração a entregar até julho de 2015, publicada na Portaria 271/2014, de 23/12

A obrigação de apresentar contas decorre: Código Comercial Código das Sociedades Comerciais Sistema de Normalização Contabilística (SNC), Normalização Contabilística para Microentidades (NCM) Planos Oficiais de Contabilidade (ainda em vigor) Tribunal Contas Legislação específica

Atenção: A Informação Empresarial Simplificada (IES) não substituí a elaboração do Relatório de gestão e das Demostrações financeiras das entidades. Consultar FAQ 19 (site CNC)

DOCUMENTOS A APRESENTAR

Entidades que adotem o SNC completo Relatório de gestão Anexo ao relatório de gestão (se S.A.) Balanço Demonstração dos resultados por naturezas Demonstração resultados por funções - facultativa Demonstração dos fluxos de caixa Demonstração das alterações no capital próprio Anexo

Entidades que adotem a NCRF-PE Relatório de gestão Balanço (modelo reduzido) Demonstração dos resultados por naturezas (modelo reduzido) Demonstração dos resultados por funções (modelo reduzido) - facultativa Anexo (modelo reduzido)

Entidades do setor não lucrativo (ESNL) Relatório de gestão (ou equivalente) Balanço Demonstração dos resultados por naturezas ou por funções Demonstração das alterações nos fundos patrimoniais - por opção ou por exigência de entidades públicas financiadoras; Demonstração dos fluxos de caixa; Anexo

Entidades do setor não lucrativo (ESNL) As entidades que apresentem as contas em regime de caixa divulgam a seguinte informação: Pagamentos e recebimentos; Património fixo; Direitos e compromissos futuros.

Microentidades que adotam a NCM Relatório de gestão Balanço (modelo próprio) Demonstração dos resultados por naturezas (modelo próprio) Anexo para microentidades (modelo próprio)

Entidades locais (sujeitas à Lei 50/2012) e Entidades do Setor Público Relatório anual do órgão de gestão ou de administração Balanço Demonstração dos resultados por naturezas Demonstração das alterações no capital próprio Demonstração dos fluxos de caixa pelo método direto Anexo Outros Elementos Ver anexo I e Anexo II da Instrução 1/2013 2ª Secção, do Tribunal de Contas e Instrução 2/2013-2ª Secção, do Tribunal de Contas

Entidades públicas empresariais da área da saúde Despacho n.º 1507/2014, de 16 de janeiro O Sistema de Normalização Contabilística é, obrigatoriamente, aplicável às entidades públicas empresariais da área da saúde, incluindo os hospitais, os centros hospitalares e as unidades locais de saúde Esta obrigatoriedade inicia-se com a apresentação de contas do exercício de 2014

Relatório de gestão - Art.º 66.º do CSC O relatório deve indicar em especial: Exposição fiel e clara da evolução dos negócios; Condições do mercado, investimentos, custos, proveitos e atividades de investigação e desenvolvimento; Os factos relevantes ocorridos após o termo do exercício; A evolução previsível da sociedade; As aquisições de ações próprias;

Relatório de gestão - Art.º 66.º do CSC O relatório deve indicar em especial: As autorizações concedidas a negócios entre a sociedade e os seus administradores; Uma proposta fundamentada de aplicação de resultados devidamente fundamentada; A existência de sucursais da sociedade; Os objetivos e as políticas da sociedade em matéria de gestão dos riscos financeiros próprias. DLRR

Anexo ao Relatório de gestão - Art.º 447.º e 448.º do CSC As sociedades anónimas, devem ainda prestar a seguinte informação, relativamente a cada um dos membros do órgão de administração e fiscalização: Número de ações e de obrigações da sociedade de que são titulares todas as aquisições, onerações ou cessações de titulares por qualquer causa, e de ações e de obrigações da mesma sociedade com as quais aquela esteja em relação de domínio ou de grupo

Anexo ao Relatório de gestão - Art.º 447.º e 448.º do CSC As sociedades anónimas, devem ainda prestar a seguinte informação: Lista dos acionistas que, à data de encerramento, forem titulares de ações ao portador não registadas representativas de, pelo menos, um décimo, um terço ou metade do capital de uma sociedade, bem como dos acionistas que tenham deixado de ser titulares das referidas frações do capital

Art.º 66-A do CSC Anexo Para além da informação a constar do Anexo referida na legislação contabilística, este documento deve conter informação : a) Sobre a natureza e o objetivo comercial das operações não incluídas no balanço e o respetivo impacto financeiro, quando os riscos ou os benefícios resultantes de tais operações sejam relevantes ;

Art.º 66-A do CSC Anexo b) Os honorários totais do ROC ou SROC relativamente: à revisão legal das contas anuais a outros serviços de garantia de fiabilidade a consultoria fiscal a outros serviços que não sejam de revisão ou auditoria.

Art.º 65.º CSC - Dever de relatar a gestão e apresentar contas Dever de elaborar e submeter aos órgãos competentes da sociedade o relatório de gestão e as contas do exercício: no prazo de três meses a contar da data do encerramento, no prazo de cinco meses a contar da mesma data quando se trate de contas consolidadas ou que apliquem o método da equivalência patrimonial

Disponibilização e registo das contas As sociedades devem disponibilizar na sua sede e no site na internet, quando exista, cópia dos seguintes documentos: Relatório de gestão; Relatório sobre a estrutura e as práticas de governo societário; Certificação legal das contas; Parecer do órgão de fiscalização, quando exista

Disponibilização e registo das contas A informação respeitante às contas, devidamente aprovados, está sujeita a registo comercial. Atualmente, o registo comercial (depósito) das contas consubstancia-se na entrega da Informação Empresarial Simplificada (IES) e respetivo pagamento do depósito. Até 15.º dia do 7.º mês - 15 de julho

Aprovação de contas Assembleia Geral Convocatória: Sociedade por quotas - por meio de carta registada, expedida com a antecedência mínima de quinze dias Sociedade anónima - publicada no portal do Ministério da Justiça, com pelo menos um mês de antecedência

Aprovação de contas Assembleia Geral Convocatória Dispensa: Art.º 54.º do CSC - Se todos os sócios ou acionistas, manifestarem vontade de que a assembleia se constitua e delibere sobre determinado assunto, devendo tal facto ficar registado na própria ata. Esta assembleia constituiu-se nos termos do artigo 54.º do Código das Sociedades Comerciais, por vontade expressa manifestada pelos sócios que representavam a totalidade do capital social

Aprovação de contas Assembleia Geral Ordem do dia: a) Deliberar sobre o relatório de gestão e as contas do exercício; b) Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados; c) Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade (se sociedade anónima); d) Proceder às eleições que sejam da sua competência (órgãos sociais); e) Outras deliberações

Aprovação de contas Assembleia Geral Lista de Presenças: Nas sociedades anónimas deve ser elaborada uma lista de presenças, assinada pelos membros da mesa da Assembleia Geral que deve indicar: a) O nome e o domicílio de cada um dos acionistas presentes; b) O nome e o domicílio de cada um dos acionistas representados e dos seus representantes; c) O número, a categoria e o valor de emissão das ações pertencentes a cada acionista presente ou representado.

Datas limite legais Contas individuais sem MEP Contas Consolidadas ou individuais com MEP Soc. quotas Soc. anónima Soc. Quotas Soc. anónima Data de encerramento do período 31-12-2014 31-12-2014 31-12-2014 31-12-2014 Data do relatório e contas com CLC* 01-03-2015 01-03-2015 01-05-2015 01-05-2015 Data p/ consulta dos sócios/acionistas ou do relatório e contas sem CLC 15-03-2015 15-03-2015 15-05-2015 15-05-2015 Convocatória da assembleia 15-03-2015 28-02-2015 15-05-2015 30-04-2015 Data da assembleia geral anual 31-03-2015 31-03-2015 31-05-2015 31-05-2015 Depósito das contas 15-07-2015 15-07-2015 15-07-2015 15-07-2015 *Data indicativa. Os documentos de prestação de contas devem estar disponíveis com antecedência suficiente para o ROC ou Órgão de Fiscalização se pronunciar (emitir CLC ou parecer) até à data em que as contas têm que estar disponíveis para consulta dos sócios/acionistas.

Normativos contabilísticos em vigor Normas Internacionais de Contabilidade (IAS) Sistema de Normalização Contabilística (SNC) Normalização Contabilística para as Microentidades (NCM) Plano de Contas para as Empresas de Seguros Plano de Contas para o Sistema Bancário

Planos Oficiais de Contabilidade para o setor público Para os diversos sectores do estado, continuam a aplicar-se os vários Planos Oficiais de Contabilidade para o setor público, designadamente: Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP) Plano Oficial de Contabilidade do Ministério da Saúde (POCMS) Não foi revogado pelo Despacho 1.507/2014 Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais (POCAL) Plano Oficial de Contabilidade Pública para o Sector da Educação (POC-Educação) Plano Oficial de Contabilidade das Instituições Públicas do Sistema de Solidariedade e de Segurança Social (POCISSSS)

Estrutura e conteúdo das demonstrações financeiras A NCRF 1 prescreve as bases quanto à estrutura e conteúdo das demonstrações financeiras, designadamente quanto a: Identificação Balanço Demonstração dos resultados Demonstração das alterações no capital próprio Anexo

Estrutura e conteúdo das demonstrações financeiras NCRF 1 Ponto da Identificação das demonstrações financeiras: a) o nome da entidade que relata e qualquer alteração verificada desde a data das demostrações anteriores; b) se as demonstrações financeiras são individuais ou consolidadas; c) a data do balanço ou o período abrangido pelas demonstrações financeiras; d) a moeda de apresentação; e e) o nível de arredondamento usado na apresentação.

Estrutura e conteúdo das demonstrações financeiras Adicionalmente, os documentos da empresa devem conter as seguintes informações: Art.º 171º CSC Elementos a constar nos atos externos (inclui demonstrações financeiras: a) a firma, o tipo e a sede; b) a conservatória, o seu número de matrícula e de identificação de pessoa coletiva; c) sendo caso disso, a menção de que a sociedade se encontra em liquidação;

Estrutura e conteúdo das demonstrações financeiras d) o capital social, o montante do capital realizado, se for diverso; e e) o montante do capital próprio segundo o último balanço aprovado, sempre que este for igual ou inferior a metade do capital social.

CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS

Consolidação de contas Dispensa da elaboração de contas consolidadas Quando o conjunto das entidades a consolidar não ultrapasse dois dos três limites a seguir indicados: Total do balanço: 7 500 000; Total vendas líquidas e outros rendimentos: 15 000 000; Número de trabalhadores empregados em média durante o exercício: 250.

Consolidação de contas Dispensa da elaboração de contas consolidadas - ESNL Total do balanço: 5 000 000; Total vendas líquidas e outros rendimentos: 10 000 000; Número de trabalhadores empregados em média durante o exercício: 250.

Limites (dois dos três) Balanço Dem. Resultados Dem. Fluxos Caixa Dem. Alteração Capital Próprio Anexo Balan. > 1.500.000 NCRF Rend. > 3.000.000 Trab. > 50 Ou com CLC X X X X X NCRF-PE (1) Rend. 3.000.000 Ativo 1.500.000 Trab. 50 ME (2) V.Neg. 500.000 Ativo 500.000 Trab. 5 X X X X X X ESNL Rend. > 150.000 X X (3) X X (3) X (1) Por opção. Podem aplicar as NCRF. (2) Por opção. Podem integrar o sistema de normalização contabilística e aplicar a NCRF-PE ou as NCRF. (3) As ESNL podem apresentar a demonstração dos resultados por naturezas ou por funções. A demonstração das alterações nos fundos patrimoniais pode ser exigida pelas entidades públicas financiadores, sendo opção para as restantes.

Conferência dos saldos incluídos no balancete Conciliações bancárias Conciliação dos saldos das contas do estado e outros entes públicos com guias de pagamento de impostos e contribuições Identificação das faturas (ou saldos) em aberto nas contas de terceiros Solicitação a clientes e fornecedores de extratos de conta corrente para conciliação de saldos Análise de saldos estáveis e imparidades

Conferência dos saldos incluídos no balancete Conferência das contas de devedores por acréscimos de rendimentos, de credores por acréscimos de gastos e de diferimentos, incluindo a regularização dos saldos de abertura Conferência das contas relacionadas com subsídios recebidos ou a receber Conciliação do cadastro de bens do ativo não corrente com os valores da contabilidade

Conferência dos saldos incluídos no balancete Comparação entre os imóveis e veículos constantes no portal das finanças e os constantes na contabilidade; Conciliação do valor das listagens do inventário com as contas de inventários; Conciliação entre valores resultantes do programa de faturação (ou SAF-T) e valores registados na contabilidade;

Fontes de informação externas que podem ser utilizadas Informação constante do portal de finanças e e-fatura: Consulta ao cadastro da empresa Consulta das declarações submetidas Consulta do património predial Consulta das viaturas da empresa Consulta dos movimentos financeiros Obtenção de uma certidão de inexistência de dívidas. (importante para utilização de benefícios fiscais )

Fontes de informação externas que podem ser utilizadas Informação constante do portal da segurança social, designadamente: Consulta das declarações submetidas Obtenção de uma certidão de inexistência de dívidas. (importante para utilização de benefícios fiscais )

Fontes de informação externas que podem ser utilizadas Informação constante do portal do Banco de Portugal Consulta das responsabilidades de crédito, e conciliação com os valores apresentados na contabilidade. O acesso ao portal do Banco de Portugal: http://www.bportugal.pt/pt- PT/ServicosaoPublico/CentraldeResponsabilidadesdeCredito/Cons ultainternet/paginas/nsa-crc.aspx, é feito por recurso às credenciais da empresa do portal das finanças.

A conferência dos saldos entre entidades relacionadas é importante no âmbito do: Anexo - os saldos entre estas empresas deverão constar da nota 6 do Anexo. Esta informação deverá conciliar nas várias entidades. Dossier dos preços de transferência - fazendo este parte integrante do dossier fiscal poderá ser necessário explicar eventuais divergências entre as contas correntes com as entidades relacionadas.

Contagens físicas dos inventários Obrigatoriedade dos artigos em armazém serem contados pelo menos uma vez por ano. Os T.O.C. devem solicitar às entidades as listagens dos inventários, na sua posse em posse de terceiros, com os artigos discriminados e valorizados, bem como a identificação e quantificação de eventuais imparidades.

Comunicação dos inventários As pessoas, singulares ou coletivas, que tenham sede, estabelecimento estável ou domicílio fiscal em território português, que disponham de contabilidade organizada e que em 2013 tenham volume de negócios superior a 100.000, e que estejam obrigadas à elaboração de inventário, devem comunicar o inventário à AT, até ao dia 31 de janeiro, por transmissão eletrónica de dados.

Comunicação dos inventários

AFT Revalorizados Nas entidades que adotem o modelo de revalorização, o T.O.C. deve solicitar, com regularidade ou sempre que existam indícios de divergência entre o valor contabilístico e o valor de mercado, avaliações dos bens revalorizados, efetuadas por entidades independentes.

Cadastro de bens de Investimento Conforme dispõe o artigo 51º do CIVA, os sujeitos passivos que possuam contabilidade organizada para efeitos do IRS ou IRC são obrigados a efectuar registo dos seus bens de investimento, de forma a permitir o controle das deduções efectuadas e das regularizações processadas. É frequente e recomendável, que deste cadastro façam parte as informações necessárias à fundamentação das depreciações.

Cadastro de bens de Investimento - Elementos a) Data da aquisição ou da conclusão das obras em bens imóveis e do início da utilização ou ocupação; b) Valor do imposto (IVA) suportado; c) Percentagem de dedução (do IVA) em vigor no momento da aquisição; d) Somatório das deduções (de IVA) efectuadas até ao ano da conclusão das obras em bens imóveis; e) Percentagem definitiva de dedução (de IVA) do ano da aquisição ou da conclusão das obras em bens imóveis; f) Percentagem definitiva de dedução (de IVA) de cada um dos anos do período de regularização.

Abate de bens de Investimento Exemplo no manual O art.º 31º B do CIRC, que entrou em vigor em 01-01- 2014, no que respeita a abates de imobilizado, refere que deve ser elaborado um auto de destruição/abate. Assim o abate físico será confirmado pela existência de um auto, assinado por duas testemunhas, e identificados e comprovados os factos que originaram as desvalorizações excecionais/ abate físico.

Programas de Faturação Certificados Na IES a apresentar até 15 de julho de 2015, referente a 2014, conforme modelos publicados na Portaria 271/2014, de 23 de dezembro, deverá ser prestada informação sobre se a empresa tem programa de facturação certificado:

O manual tem informação relativamente a muitas operações, bem como o seu tratamento contabilístico e Fiscal, que não serão abordados nesta apresentação. Assim, a consulta do manual será necessária como um complemento a esta apresentação.

IMPOSTOS DIFERIDOS

Impostos diferidos Face à alteração da taxa de IRC prevista para 2015, os ativos e passivos por impostos diferidos devem ser recalculados. Este procedimento poderá ser confirmado na resposta à FAQ 29, que poderá ser transposta para 2015, e que refere, que as alterações de taxas e a outras alterações fiscais, devem ser considerados no encerramento das contas reportadas a 31 de dezembro de 2013, nomeadamente para a mensuração dos impostos diferidos, uma vez que a referida lei já se encontrava aprovada pela Assembleia da República desde 20 de dezembro de 2013, publicada em 16 de Janeiro de 2014, inserindo-se, deste modo, no 44 da NCRF 25 Impostos sobre o rendimento.

DEPRECIAÇÃO DE VIATIRAS LIGEIRAS DE PASSAGEIROS TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA CELEBRAÇÃO DE ACORDO COM TRABALHADORS

Depreciações de Viaturas Ligeiras de Passageiros Depreciações não aceites como gasto Os limites máximos (custo de aquisição) para efeitos de consideração da depreciação como gasto fiscal são os seguintes: Data de aquisição anterior a 31.dez 2009 29.927,87 Data de aquisição em 2010 40.000,00 Data de aquisição em 2011 30.000,00 Data de aquisição em 2012 e seguintes 25.000,00

Depreciações de Viaturas Ligeiras de Passageiros Depreciações não aceites como gasto Os limites aplicáveis às viaturas ligeiras de passageiros ou mistas movidas exclusivamente a energia eléctrica, são diferentes, dos referidos acima: Data de aquisição anterior a 31.dez 2009 29.927,87 Data de aquisição em 2010 40.000,00 Data de aquisição em 2011 45.000,00 Data de aquisição em 2012 e seguintes 50.000,00

Tributação Autónoma de Viaturas Ligeiras Passageiros Os encargos efetuados, ou seja os encargos incorridos com as viaturas ligeiras de passageiros, motos ou motociclos, excluindo os veículos movidos exclusivamente a energia elétrica, são tributados autonomamente: 10% no caso de viaturas com um custo de aquisição inferior a 25.000 ; 27,5% no caso de viaturas com um custo de aquisição igual ou superior a 25.000, e inferior a 35.000 ; 35% no caso de viaturas com um custo de aquisição igual ou superior a 35.000.

Tributação Autónoma de Viaturas Ligeiras Passageiros

Acordo escrito entre a entidade e o trabalhador para utilização de viatura O art.º 2º n.º 3 b) 9, são considerados como Rendimentos de trabalho dependente (rendimentos da Categoria A de IRS), os resultantes da utilização pessoal pelo trabalhador ou membro de órgão social de viatura automóvel que gere encargos para a entidade patronal, quando exista acordo escrito entre o trabalhador ou membro do órgão social e a entidade patronal, sobre a imputação àquele da viatura automóvel.

Acordo escrito entre a entidade e o trabalhador para utilização de viatura A tributação, em sede de IRS, do uso da viatura automóvel pelo trabalhador (art.º 24º n.º 5), mensalmente: 0,75% * custo de aquisição

Acordo escrito entre a entidade e o trabalhador para utilização de viatura Fazem parte da base de incidência de segurança social, estabelecida no artigo 46º n.º 1 s) do CC, as despesas resultantes da utilização pessoal pelo trabalhador de viatura automóvel que gere encargos para a entidade empregadora.

Acordo escrito entre a entidade/trabalhador para utilização de viatura Considera-se que a viatura é para uso pessoal sempre que exista acordo escrito entre o trabalhador e a entidade empregadora do qual conste: A afetação, em permanência, ao trabalhador, de uma viatura automóvel concreta; Que os encargos com a viatura e com a sua utilização sejam integralmente suportados pela entidade empregadora; Menção expressa da possibilidade de utilização para fins pessoais ou da possibilidade de utilização durante vinte e quatro horas/dia e o trabalhador não se encontre sob o regime de isenção de horário de trabalho.

Exemplo Viatura Ligeira Passageiros Dados da viatura: Data de aquisição: Janeiro de 2014 Valor de aquisição: 65.000 Vida útil esperada: 4 anos

Exemplo Viatura Ligeira Passageiros Despesas com a viatura: Depreciações: 16.250,00 Despesas de combustível: 1.950,00 Seguro: 550,00 Multa excesso de Velocidade 120,00 Portagens 250,00 IUC 260,00 Total Despesas 19.380,00

Exemplo Viatura Ligeira Passageiros Depreciação da viatura: Depreciação contabilística 65.000 * 25%: 16.250 Depreciação fiscal 25.000 * 25%: 6.250 Valor a acrescer no quadro 07 da declaração modelo 22, linha 719: (16.250-6.250 ) = 10.000.

Exemplo Viatura Ligeira Passageiros Depreciação da viatura: Depreciação contabilística 65.000 * 25%: 16.250 Depreciação fiscal 25.000 * 25%: 6.250 Valor a acrescer no quadro 07 da declaração modelo 22, linha 719 e 728 Tributação Autónoma: [(16.250-6.250 ) = 10.000 ] + 120 Tributação autónoma: 19.380*35%= 6.783,00

Exemplo Viatura Ligeira Passageiros Acordo escrito Depreciação da viatura: Depreciação contabilística 65.000 * 25%: 16.250 Depreciação fiscal 25.000 * 25%: 6.250 Valor a acrescer no quadro 07 da declaração modelo 22, linha 719 e 728 Tributação Autónoma: [(16.250-6.250 ) = 10.000 ] + 120 Tributação autónoma: 0,00

Exemplo Viatura Ligeira Passageiros Acordo escrito Tributação em sede de IRS e segurança social:

Exemplo Viatura Ligeira Passageiros Acordo escrito Tributação em sede de IRS e segurança social: Vencimento em espécie mensal: 65.000*0,75% = 487,50 Vencimento em espécie anual: 487,50 * 12 = 5.850 Assim, este trabalhador irá incorrer em despesas de IRS: 5.850 * 45% = 2.632,50 Segurança Social parte empresa (anual): (65.000*0,75%)*12*23,75% = 1.389,38 Segurança Social parte trabalhador (anual): (65.000*0,75%)*12*11,00% = 643,50

PROPRIEDADES DE INVENTIMENTO MENSURADAS PELO JUSTO VALOR

Artº 18º- Periodização do lucro tributável - Justo valor 9 - Os ajustamentos decorrentes da aplicação do justo valor não concorrem para a formação do lucro tributável, Assim, os ganhos ou perdas por variação do justo valor das propriedades de investimento devem ser corrigidas no quadro 07 da declaração modelo 22: Linha 713 Ajustamentos não dedutíveis decorrentes da aplicação do justo valor (art.º 18º, n.º 9) Linha 759 Ajustamentos não tributáveis decorrentes da aplicação do justo valor (art.º 18º, n.º 9)

Artigo 45.º-A - Ativos intangíveis, propriedades de investimento e ativos biológicos não consumíveis O custo de aquisição, as grandes reparações e beneficiações e as benfeitorias das propriedades de investimento que sejam subsequentemente mensuradas ao justo valor é aceite como gasto para efeitos fiscais, em partes iguais, durante o período de vida útil que se deduz da quota mínima de depreciação que seria fiscalmente aceite caso esse ativo permanecesse reconhecido ao custo de aquisição. Corrigir no Quadro 07, numa linha nova, este gasto que não é uma depreciação.

Exemplo Uma entidade é proprietária de um imóvel afeto à actividade industrial que se encontra arrendado, desde 2008, cujo custo de aquisição ascendeu a 250.000. Esta entidade optou pela mensuração deste imóvel pelo justo valor, sendo que o justo valor do imóvel em 2013 ascendia a 275.000. No final de 2014 o valor de mercado do imóvel, de acordo com uma avaliação efetuada por um avaliador independente, baixou para 325.000. A taxa de IRC para 2014 é de 23% e a taxa de IRC prevista para 2015 é de 21%.

Exemplo Ganho resultante do aumento do justo valor do imóvel: 325.000-275.000 = 50.000 422 PI - Edifícios PI 50.000,00 a 773 Ganhos por aumento de justo valor 50.000,00

Exemplo Gasto para efeitos fiscais Valor imputado a terreno: 250.000*25% = 62.500 Valor imputado ao edifício: 250.000-62.500 = 187.500 Quota máxima de depreciação: 187.500 * 5% = 9.375 Quota mínima de depreciação: 187.500 * 2,5% = 9.375/2 = 4.687,50

Exemplo Impostos diferidos 2742 Passivos impostos diferidos 11.484,38 a 8122 Imposto S/rendimento Imp Dif. 11.484,38 Cálculo do valor do imposto diferido: Aumento do Justo valor * taxa IRC: (50.000,00 + 4.687,50) * 21% = 11.484,38

Exemplo

PAGAMENTOS AO FUNDO DE COMPENSAÇÃO DO TRABALHO E AO FUNDO DE GARANTIA DA COMPENSAÇÃO DO TRABALHO

Conforme referido na Lei n.º 70/2013, de 30 de agosto e na Portaria 294-A/2013, de 30 de setembro, por cada contrato de trabalho celebrado após 01-10-2013, as entidades empregadoras pagam: para o Fundo de compensação do trabalho (FCT) o montante correspondente a 0,925 % da retribuição base e diuturnidades devidas a cada trabalhador abrangido. para o Fundo de garantia da compensação do trabalho o montante correspondente a 0,075 % da retribuição base e diuturnidades devidas a cada trabalhador abrangido pelo FCT ou ME.

Fundo de compensação do trabalho (FCT) Conforme refere a FAQ 28, disponibilizada no site da CNC, as entregas mensais para o FCT, efetuadas pela entidade empregadora, devem ser reconhecidas como um ativo financeiro dessa entidade, mensurado pelo justo valor, com as respetivas variações reconhecidas em resultados, considerando-se que o valor das unidades de participação divulgado pela entidade gestora do fundo poderá ser um referencial prático para o efeito.

Fundo de compensação do trabalho (FCT) Entregas mensais para o FCT a 415 Outros investimentos financeiros * 12 Depósitos à ordem * Deve ser acrescentada no Código de contas das microentidades

Fundo de compensação do trabalho (FCT) No site do Fundo de Compensação de Trabalho, é referido que o valor da unidade de participação é determinado dividindo o valor líquido global do fundo pelo número total de unidades de participação emitidas. O valor líquido global do fundo corresponde ao valor dos activos que o integram, valorizados de acordo com as normas de valorimetria aplicáveis, em cada momento, aos organismos de investimento coletivo domiciliados em Portugal, deduzido do valor dos encargos efectivos ou pendentes de liquidação.

Fundo de compensação do trabalho (FCT) Variações de justo valor do ativo referente às entregas mensais para o FCT a 415 Outros investimentos financeiros 772 Ganhos aumentos de justo valor em invest. financeiros Ou a 662 Perdas reduções de justo valor em invest. financeiros 415 Outros investimentos financeiros

Fundo de compensação do trabalho (FCT) Impostos diferidos nas variações de justo valor do ativo referente às entregas mensais para o FCT Haverá lugar ao reconhecimento de impostos diferidos, uma vez que a quantia da eventual valorização gerada pelas aplicações financeiras dos valores do FCT só é considerada rendimento para efeitos tributários no momento do reembolso à entidade empregadora.

Fundo de compensação do trabalho (FCT) Assim, no caso de estarmos perante um ganho por aumento JV a 8122 Imp. s/ rendim. Imposto diferido 2742 Imp. diferidos Passivos Estando perante um gasto por diminuição JV: a 2741 Imp. diferidos Ativos 8122 Imp. s/ rendim. Imposto diferido

Fundo de garantia da compensação do trabalho (FGCT) As entregas mensais para o FGCT, efetuadas pela entidade empregadora, devem ser reconhecidas como gasto do período a que respeitam. a 635 Gastos com o pessoal - Encargos sobre remunerações 12 Depósitos à ordem Aconselha-se a criação de uma subconta apropriada com o título Fundo de garantia de compensação do trabalho.

REMUNERAÇÃO CONVENCIONAL DO CAPITAL

Na determinação do lucro tributável das sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, cooperativas, empresas públicas, e demais pessoas coletivas de direito público ou privado com sede ou direção efetiva em território português: pode ser deduzida uma importância correspondente à remuneração convencional do capital social, calculada mediante a aplicação da taxa de 5 % ao montante das entradas realizadas, por entregas em dinheiro, pelos sócios, no âmbito da constituição de sociedade ou do aumento do capital social.

Condições a) A sociedade beneficiária seja qualificada como micro, pequena ou média empresa: Dimensão Trabalhadores VN Total balanço Micro/pequenas/médias < 250 50.000.000 43.000.000 Pequenas empresas < 50 10.000.000 Micro empresas < 10 2.000.000 b) Os sócios que participem na constituição da sociedade ou no aumento do capital social sejam exclusivamente pessoas singulares, sociedades de capital de risco ou investidores de capital de risco; c) O seu lucro tributável não seja determinado por métodos indiretos.

A Remuneração Convencional do capital: a) Aplica-se exclusivamente às entradas, no âmbito da constituição de sociedades ou do aumento do capital social da sociedade beneficiária; b) É efetuada no apuramento do lucro tributável relativo ao período de tributação em que ocorram as menciona das entradas e nos três períodos de tributação seguintes.

Exemplo Por deliberação em Assembleia geral de sócios, foi aprovado um aumento de capital, por entradas em dinheiro da sociedade X, sendo esta aumento de capital, no montante de 200.000 realizado por todos os sócios da empresa, que são pessoas singulares. Aumento de capital: 200.000 Remuneração Convencional do capital: 200.000 * 5% = 10.000

Nos anos de 2015 a 2017, esta empresa deverá fazer uma correcção idêntica no quadro 07 da declaração de rendimentos modelo 22. Esta correcção, bem como todas as correcções inscritas na linha 774, implica a submissão do Anexo D à declaração modelo 22, preenchendo no quadro 04: linha 409 Remuneração convencional do capital social PME (art.º 136º da Lei 55-A/2010, de 31/12 e art.º 41º-A EBF)

REGIME DE DEDUÇÃO POR LUCROS RETIDOS E REINVESTIDOS DLRR

Podem beneficiar da DLRR os sujeitos passivos de IRC residentes em território português, bem como os sujeitos passivos não residentes com estabelecimento estável neste território, que exerçam, a título principal, uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, que preencham, cumulativamente, as seguintes condições: a) Sejam micro, pequenas e médias empresas: Dimensão Trabalhadores VN Total balanço Micro/pequenas/médias < 250 50.000.000 43.000.000 Pequenas empresas < 50 10.000.000 Micro empresas < 10 2.000.000

Condições: b) Disponham de contabilidade regularmente organizada, de acordo com a normalização contabilística e outras disposições legais em vigor para o respetivo setor de atividade; b) O seu lucro tributável não seja determinado por métodos indiretos; b) Tenham a situação fiscal e contributiva regularizada.

Dedução à coleta do IRC, até à concorrência de 25 %, nos períodos de tributação que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014, até 10 % dos lucros retidos que sejam reinvestidos em aplicações relevantes, no prazo de dois anos contado a partir do final do período de tributação a que correspondam os lucros retidos. Para efeitos de dedução à coleta o montante máximo dos lucros retidos e reinvestidos, em cada período de tributação, é de 5.000.000,00, por sujeito passivo. Os sujeitos passivos que beneficiem da DLRR devem proceder à constituição, no balanço, de reserva especial correspondente ao montante dos lucros retidos e reinvestidos. Ata de aprovação das contas

Considerando o benefício fiscal na declaração de rendimentos de 2014, a empresa está a assumir o reinvestimento nos anos de 2015 e 2016 em ativos relevantes, ou seja em ativos fixos tangíveis, adquiridos em estado de novo, que não sejam: a) Terrenos.; b) Construção, aquisição, reparação e ampliação de quaisquer edifícios, salvo quando afetos a atividades produtivas ou administrativas; c) Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, barcos de recreio e aeronaves de turismo; d) Artigos de conforto ou decoração, exceto equipamento hoteleiro; e)..

A utilização deste benefício fiscal, implicará o preenchimento do Anexo D à declaração modelo 22, designadamente o Quadro 075 daquele anexo: linha 727 Dedução por lucros retidos e reinvestidos pelas PME (art.ºs 27º a 34º CFI)

Exemplo Uma empresa, em 2014, teve um resultado liquido, de 200.000, que não foi distribuído na totalidade, tendo permanecido no capital da empresa o montante de 95.000, tendo sido constituída uma reserva especial de 9.500 Coleta 2014: 35.000 25% da coleta : 8.750 Benefício: 9.500,00 Benefício é superior a 25% da coleta, valor da dedução à coleta: 8.750 Remanescente: 9.500-8.750 = 750 (Este valor não pode reportar para o período seguinte)

Exemplo A dedução à coleta deve ser efetuada pela inclusão do valor a deduzir no campo 355 do quadro 07 da declaração de rendimentos modelo 22. Por outro lado a entidade deve submeter o Anexo D à declaração modelo 22, preenchendo o Quadro 075 Linha 727. O investimento em aplicações relevantes deverá ser efectuado em até final de 2016.

A não concretização da totalidade do investimento até ao final de 2016, implica: Linha 372 do quadro 10 a devolução do montante de imposto que deixou de ser liquidado na parte correspondente ao montante dos lucros não reinvestidos ao qual é adicionado o montante de imposto a pagar relativo ao segundo período de tributação seguinte, acrescido dos correspondentes juros compensatórios majorados em 15 pontos percentuais.

OUTROS BENEFÍCIOS FISCAIS AO INVESTIMENTO

No decorrer do ano de 2014, estão em vigor vários benefícios fiscais ao investimento, com condicionantes e especificações próprias: Benefícios contratuais Regime de dedução dos lucros retidos e reinvestidos Regime Fiscal de Apoio ao Investimento - RFAI Sistema de incentivos fiscais em investigação e desenvolvimento empresarial - SIFIDE Dedução à coleta

DEDUÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS

Os prejuízos fiscais podem ser deduzidos de acordo com o quadro seguinte: Período de tributação em que o prejuízo é apurado Período de dedução (n.º de anos) Período de tributação limite para a dedução do prejuízo 2008 6 2014 2009 6 2015 2010 4 2014 2011 4 2015 2012 5 2017 2013 5 2018 2014 12 2026

A dedução a efetuar em cada um dos períodos de tributação não pode exceder o montante correspondente a 70% do respetivo lucro tributável, não ficando, porém, prejudicada a dedução da parte desses prejuízos que não tenham sido deduzidos, nas mesmas condições e até ao final do respetivo período de dedução.

Exemplo dedução de prejuízos fiscais A empresa ABC, Lda obteve em 2014 um resultado tributável no montante de 65.000 euros. Nos anos anteriores, esta empresa tinha os seguintes prejuízos fiscais Ano de 2010 25.000 Ano de 2011 21.000

Exemplo dedução de prejuízos fiscais Prejuízos fiscais deduzidos: 65.000,00*70%= 45.500,00 Matéria coletável: 65.000,00 45.500,00= 19.500,00 Coleta: 2.550,00+1.035,00 = 3.585,00 15.000,00*17% = 2.550,00 (19.500 15.000) *23% = 1.035,00

Despacho 15.632/2014 de 29/12. A Modelo 22 e anexos, face ao ano anterior tem: Quadros novos (3-A; 4-A; 10-B; 13 e 14) Quadro 07 com informação organizada por artigos do Código e não por número de linha (ordem diferente do ano anterior) Quadro 07 com linhas novas Quadro 10 com organização diferente (derrama estadual e pagamentos adicionais por conta) Quadro 13 com tributações autónomas (como informação autónoma) Anexo D com alterações Novo anexo E (regime simplificado) 120

Quadro de preenchimento obrigatório. Os sujeitos passivos que se qualifiquem como PME devem ter solicitado certificação junto do IAPMEI, ou ter prova das condições desta qualificação Esta prova deverá ser mantida no Dossier Fiscal da empresa. Utilização DLRR ou Remuneração Convencional do Capital 121

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