DOCUMENTAÇÃO. Acção de Formação Fiscalidade
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- Madalena Glória Pais Gentil
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1 DOCUMENTAÇÃO Acção de Formação Fiscalidade
2 Painel Fiscalidade ENQUADRAMENTO FISCAL IRS IVA EBF IRC INCIDÊNCIA BASE DO IMPOSTO RENDIMENTOS ISENTOS DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLECTÁVEL DETERMINAÇÃO DO RENDIMENTO GLOBAL CUSTOS COMUNS E OUTROS RENDIMENTOS ISENTOS E NÃO SUJEITOS TAXAS PAGAMENTO DO IMPOSTO OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS REGIME SIMPLIFICADO DE ESCRITURAÇÃO IRC - INCIDÊNCIA As sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, as cooperativas, as empresas públicas e as demais pessoas colectivas de direito público ou privado, com sede ou direcção efectiva em território português. Consideram-se residentes as pessoas colectivas e outras entidades que tenham sede ou direcção efectiva em território português. IRC BASE de IMPOSTO O rendimento global, correspondente à soma algébrica dos rendimentos das diversas categorias consideradas para efeitos de IRS e, bem assim, dos incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito, das pessoas colectivas ou entidades que não Pág.2
3 exerçam, a título principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola. São consideradas de natureza comercial, industrial ou agrícola todas as actividades que consistam na realização de operações económicas de carácter empresarial, incluindo as prestações de serviços. IRC RENDIMENTOS ISENTOS Actividades culturais, recreativas e desportivas. Estão isentos de IRC os rendimentos directamente derivados do exercício de actividades culturais, recreativas e desportivas. A isenção só pode beneficiar associações legalmente constituídas para o exercício dessas actividades e desde que se verifiquem cumulativamente as seguintes condições: a) Em caso algum distribuam resultados e os membros dos seus órgãos sociais não tenham, por si ou interposta pessoa, algum interesse directo ou indirecto nos resultados de exploração das actividades prosseguidas; b) Disponham de contabilidade ou escrituração que abranja todas as suas actividades e a ponham à disposição dos serviços fiscais, designadamente para comprovação do referido na alínea anterior. NOTA: Não se consideram rendimentos directamente derivados do exercício das actividades acima referidas, para efeitos de isenção, os provenientes de qualquer actividade comercial, industrial ou agrícola exercida, ainda que a título acessório, em ligação com essas actividades e, nomeadamente, os provenientes de publicidade, direitos respeitantes a qualquer forma de transmissão, bens imóveis, aplicações financeiras e jogo do bingo. IRC MATÉRIA CONECTÁVEL A matéria colectável obtém-se pela dedução ao rendimento global, incluindo os incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito, dos seguintes montantes: Pág.3
4 Custos comuns e outros imputáveis aos rendimentos sujeitos a imposto e não isentos, nos termos do artigo 49º do IRC. Benefícios fiscais eventualmente existentes que consistam em deduções naquele rendimento. IRC DETERMINAÇÃO DO RENDIMENTO GLOBAL O rendimento global é formado pela soma algébrica dos rendimentos líquidos das várias categorias determinados nos termos do IRS, incluindo os incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito, aplicando-se à determinação do lucro tributável as disposições do CIRC. Os prejuízos fiscais apurados relativamente ao exercício de actividades comerciais, industriais ou agrícolas e as menos-valias só podem ser deduzidos, para efeitos de determinação do rendimento global, aos rendimentos das respectivas categorias num ou mais dos seis exercícios posteriores. IRC - CUSTOS COMUNS e OUTROS Os custos comprovadamente indispensáveis à obtenção dos rendimentos que não tenham sido considerados na determinação do rendimento global e que não estejam especificamente ligados à obtenção dos rendimentos não sujeitos ou isentos de IRC são deduzidos, no todo ou em parte, a esse rendimento global, para efeitos de determinação da matéria colectável, de acordo com as seguintes regras: - Se estiverem apenas ligados à obtenção de rendimentos sujeitos e não isentos, são deduzidos na totalidade ao rendimento global; - Se estiverem ligados à obtenção de rendimentos sujeitos e não isentos, bem como à de rendimentos não sujeitos ou isentos, deduz-se ao rendimento global a parte dos custos comuns que for imputável aos rendimentos sujeitos e não isentos. IRC RENDIMENTOS ISENTOS E NÃO SUJEITOS Consideram-se rendimentos isentos os incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito destinados à directa e imediata realização dos fins estatutários. Pág.4
5 Consideram-se rendimentos não sujeitos a IRC as quotas pagas pelos associados em conformidade com os estatutos, bem como os subsídios destinados a financiar a realização dos fins estatutários. IRC - TAXAS Relativamente ao rendimento global de entidades com sede ou direcção efectiva em território português que não exerçam, a título principal, actividades de natureza comercial, industrial ou agrícola, a taxa é de: 20% (Quando sediadas no Continente ou na RAM) IRC PAGAMENTO de IMPOSTO O imposto é pago até ao último dia útil do prazo estabelecido para o envio ou apresentação da declaração periódica de rendimentos (Modelo 22) ou, em caso de declaração de substituição, até ao dia do seu envio ou apresentação. O reembolso é efectuado, quando a declaração periódica de rendimentos for enviada ou apresentada no prazo legal e desde que a mesma não contenha erros de preenchimento, até ao fim do 3º mês imediato ao da sua apresentação ou envio. IRC OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS - Declaração de inscrição, de alterações ou de cessação; - Declaração periódica de rendimentos; - Declaração anual de informação contabilística e fiscal. IRC REGIME SIMPLIFICADO DE ESCRITURAÇÃO As entidades que não disponham de contabilidade organizada devem possuir obrigatoriamente os seguintes registos: - Registo de rendimentos, organizado segundo as várias categorias de rendimentos considerados para efeitos de IRS; Pág.5
6 - Registo de encargos, organizado de modo a distinguirem-se os encargos específicos de cada categoria de rendimentos sujeitos a imposto e os demais encargos a deduzir, no todo ou em parte, ao rendimento global; - Registo de inventário, em 31 de Dezembro, dos bens susceptíveis de gerarem ganhos tributáveis na categoria de mais-valias. NOTA: Os registos antes referidos não abrangem os rendimentos das actividades comerciais, industriais ou agrícolas eventualmente exercidas, a título acessório, devendo, caso existam esses rendimentos, ser também organizada uma contabilidade que permita o controlo do lucro apurado. EBF ESTATUTO DOS BENEFÍCIOS FISCAIS Colectividades desportivas, de cultura e recreio Ficam isentos de IRC os rendimentos das colectividades desportivas, de cultura e recreio, desde que a totalidade dos seus rendimentos brutos sujeitos a tributação e não isentos nos termos do Código não exceda o montante de 7481,97. IVA INCIDÊNCIA ISENÇÕES ORGANISMOS SEM FINALIDADE LUCRATIVA LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO DO IMPOSTO PAGAMENTO DO IMPOSTO OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS OBRIGAÇÕES DE ESCRITURAÇÃO IVA INCIDÊNCIA As pessoas singulares ou colectivas que, de um modo independente e com carácter de habitualidade, exerçam actividades de produção, comércio ou prestação de serviços, incluindo as actividades extractivas, agrícolas e as das profissões livres, e, Pág.6
7 bem assim, as que do mesmo modo independente, pratiquem uma só operação tributável, desde que essa operação seja conexa com o exercício das referidas actividades, onde quer que este ocorra, ou quando, independentemente dessa conexão, tal operação preencha os pressupostos da incidência real de IRS e de IRC. IVA ISENÇÕES Isenções nas operações internas: As prestações de serviços e as transmissões de bens com elas conexas efectuadas no interesse colectivo dos seus associados por organismos sem finalidade lucrativa, desde que esses organismos prossigam objectivos de natureza política, sindical, religiosa, humanitária, filantrópica, recreativa, desportiva, cultural, cívica ou de representação de interesses económicos e a única contraprestação seja uma quota fixada nos termos dos estatutos. IVA - ORGANISMOS SEM FINALIDADE LUCRATIVA Para efeitos de isenção, apenas serão considerados como organismos sem finalidade lucrativa os que, simultaneamente: Em caso algum distribuam lucros e os seus corpos gerentes não tenham, por si ou interposta pessoa, algum interesse directo ou indirecto nos resultados da exploração; Disponham de escrituração que abranja todas as suas actividades e a ponham à disposição dos serviços fiscais; Pratiquem preços homologados pelas autoridades públicas ou, para as operações não susceptíveis de homologação, preços inferiores aos exigidos para análogas operações pelas empresas comerciais sujeitas de imposto; Não entrem em concorrência directa com sujeitos passivos do imposto. IVA - LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO DO IMPOSTO DEDUÇÕES Quando o sujeito passivo, no exercício da sua actividade, efectue transmissões de bens e prestações de serviços, parte das quais não confira direito à dedução, o imposto suportado nas aquisições é dedutível apenas na percentagem correspondente ao montante anual de operações que dêem lugar a dedução. Pág.7
8 Não obstante, poderá o sujeito passivo efectuar a dedução segundo a afectação real de todos ou parte dos bens e serviços utilizados, sem prejuízo de a Direcção-Geral dos Impostos lhe vir a impor condições especiais ou a fazer cessar esse procedimento no caso de se verificarem distorções significativas na tributação. No cálculo da percentagem de dedução não serão, no entanto, incluídas as transmissões de bens do activo imobilizado que tenham sido utilizadas na actividade da empresa nem as operações imobiliárias ou financeiras que tenham um carácter acessório em relação à actividade exercida pelo sujeito passivo. A percentagem de dedução, calculada provisoriamente, com base no montante de operações efectuadas no ano anterior, será corrigida de acordo com os valores referentes ao ano a que se reporta, originando a correspondente regularização das deduções efectuadas, a qual deverá constar da declaração do último período do ano a que respeita. Os sujeitos passivos que iniciem a actividade ou a alterem substancialmente poderão praticar a dedução do imposto com base numa percentagem provisória estimada, a inscrever nas declarações início ou de alteração de actividade. Para determinação da percentagem de dedução, o quociente da fracção será arredondado para a centésima imediatamente superior. IVA PAGAMENTO DO IMPOSTO Os sujeitos passivos são obrigados a entregar o montante do imposto exigível, apurado nos termos do Código (artigos 19º a 25º e 71º), no prazo previsto para a entrega da declaração periódica, nos locais de cobrança legalmente autorizados. IVA - OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS - Declaração de inscrição, de alterações ou de cessação; - Declaração periódica de rendimentos; - Declaração anual de informação contabilística e fiscal. Pág.8
9 A declaração periódica deverá ser enviada: - Até ao dia 10 do 2º mês seguinte àquele a que respeitam as operações, quando o volume de negócios seja igual ou superior a ,90; - Até ao dia 15 do 2.º mês seguinte ao trimestre do ano civil a que respeitam as operações, quando o volume de negócios seja inferior a ,90 no ano civil anterior. IVA OBRIGAÇÕES DE ESCRITURAÇÃO A contabilidade deve ser organizada de forma a possibilitar o conhecimento claro e inequívoco dos elementos necessários ao cálculo do imposto, bem como a permitir o seu controlo, comportando todos os dados necessários ao preenchimento da declaração periódica do imposto, nomeadamente, deverão ser objecto de registo: - as transmissões de bens e prestações de serviços efectuadas pelo sujeito passivo e ao sujeito passivo no quadro da sua actividade empresarial. Os sujeitos passivos que não possuam contabilidade organizada nos termos do Código do IRS ou do IRC utilizarão, para cumprimento das exigências de escrituração, os seguintes livros de registo: - Livro de registo de compras de mercadorias e/ou livro de registo de matériasprimas e de consumo; - Livro de registo de vendas de mercadorias e/ou livro de registo de produtos fabricados; - Livro de registo de serviços prestados; - Livro de registo de despesas e de operações ligadas a bens de investimento; - Livro de registo de mercadorias, matérias-primas e de consumo, de produtos fabricados e outras existências à data de 31 de Dezembro de cada ano. Pág.9
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