Pesquisa Anual de Comércio 2010

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Pesquisa Anual de Comércio 2010 28/06/2012 IBGE INFORMA: Pesquisa Anual de Comércio 2010 movimenta cerca de R$ 2 trilhões de receita e ocupa perto de 9,5 milhões de pessoas Pesquisa Anual de Comércio 2010 movimenta cerca de R$ 2 trilhões de receita e ocupa perto de 9,5 milhões de pessoas De acordo com os resultados da Pesquisa Anual de Comércio - PAC, referentes ao ano de 2010, o setor comercial brasileiro gerou R$ 1,9 trilhão de receita operacional líquida e ocupou 9,4 milhões de pessoas, totalizando o pagamento de R$ 112,4 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. Foram estimadas 1.526 mil empresas comerciais, distribuídas por 1.651 mil unidades locais que exerciam a atividade de revenda de mercadorias. As empresas com 20 ou mais pessoas ocupadas geraram 73,4% do total da receita operacional líquida do comércio, (R$ 1,4 trilhão), correspondentes a 50 mil empresas, que representaram 3,3% da PAC. Em 2010, estas empresas ocuparam 3,9 milhões de pessoas, 42,2% do total e pagaram R$ 64,1 bilhões em salários retiradas e outras remunerações, representando 57,0% do total do comércio. O comércio varejista manteve a posição histórica de maior setor do comércio, com maior número de empresas (1.204.841) e de pessoas ocupadas (6.887.617), além dos maiores valores em massa salarial paga (R$ 70,1 bilhões) e receita operacional líquida (R$ 789,3 bilhões). Neste item, ressalva-se que o atacado se equipara ao varejo, gerando R$ 788,4 bilhões. A PAC representa a principal fonte de dados sobre o funcionamento do setor comercial e tem por objetivo descrever as características estruturais básicas do segmento empresarial do comércio no País e suas transformações no tempo, em três agrupamentos: comércio varejista, comércio por atacado e comércio de veículos, automotores, peças e motocicletas. A análise abrange os níveis Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação. Além da análise entre o ano de referência e o ano imediatamente anterior (2010-2009), a atual edição da PAC comenta também a evolução dos resultados do comércio em quatro anos, de 2007 a 2010, observando as variações anuais reais do mercado formal. Neste período, a produtividade do comércio brasileiro apresentou evolução real de 18,0%, passando de R$ 28.695,00 para R$ 33 851,00, entretanto, o montante pago em salários, retiradas e outras remunerações em relação ao valor adicionado diminuiu (de 37,9%, em 2007, para 35,5%, em 2010). O salário médio das empresas comerciais que era de 1,9 salário mínimo, em 2007, decresceu para 1,8 salário mínimo, em 2010. De 2007 a 2010, varejo confirma papel de mola mestra do comércio: quase 50% de variação da receita líquida de revenda

Analisando-se a evolução dos indicadores das empresas comerciais de2007 e 2010, observa-se uma redução da taxa de crescimento real no período 2008 e 2009, com recuperação em 2009-2010. Estes resultados refletem o comportamento da economia brasileira diante da crise financeira mundial que, a partir do último quadrimestre de 2008, incidiu negativamente no Produto Interno Bruto (PIB) de 2009 e no desempenho de alguns setores. A recuperação da economia, desde então, esteve baseada na dinâmica do mercado interno, impulsionada pelo consumo das famílias, afetando positivamente as vendas do comércio, em 2010. Na análise das três divisões de atividade que compõem a PAC, destacam-se, de 2007 a 2010, a variação acumulada real da receita líquida de revenda do comércio de veículos, peças e motocicletas (56,5%) e a do comércio varejista (47,7%), ambos maiores que o total da PAC (33,7%). A taxa de variação acumulada da receita do atacado brasileiro foi de 16,2%. Nesse mesmo período, em termos de pessoal ocupado, o comércio varejista sobressaiu com crescimento acumulado de 25,7%, acima da média da PAC (24,8%). Os dois outros grupos de atividades tiveram comportamento abaixo da referida média: o comércio de veículos, peças e motocicletas cresceu, 21,6%, e o atacado, 22,9%. O desempenho anual dos três segmentos refletiu, no período em análise, os efeitos da diminuição da atividade econômica, em 2009, e sua subsequente recuperação. Porém, o varejo, com significativa participação na estrutura comercial (42,5% da receita líquida de revenda da PAC, em 2010), mostrou expressivo crescimento, entre 2008 e 2009, período no qual a evolução das diferentes atividades do comércio brasileiro foi, em geral, mais tímida. Da mesma maneira, em 2010, quando o total do comércio registrou recuperação em relação a 2009, o comércio varejista apresentou taxas de crescimento superiores às das empresas atacadistas e do comércio de veículos, peças e motocicletas. Esses resultados indicam que o comércio varejista, cujas atividades costumam ser impactadas por mudanças no emprego, na renda e no crédito, assegurou um desempenho positivo ao total do comércio brasileiro, em 2009, e foi o principal propulsor da recuperação das taxas de crescimento do comércio, em 2010. De 2007 a 2010, a variação acumulada da receita líquida de revenda do varejo foi 47,7%, indicando, no ano de 2008, aumento de 16,1%, em 2009, uma desaceleração para 8,9% e, em 2010, crescimento de 16,8%. Observa-se, também, uma variação negativa de 2,0% na receita líquida de revenda do comércio atacadista, em 2008-2009. Outro comportamento divergente da média da PAC foi registrado na margem de comercialização do comércio de veículos, peças e motocicletas, que apresentou desaceleração, passando de 20,4%, em 2008, para 17,3%, em 2009, e 13,2%, em 2010. Apesar disso, este segmento apresentou, em termos de margem, o maior crescimento real acumulado (59,9%). O comércio varejista, único segmento que não apresentou desaceleração na evolução anual dos salários, retiradas e outras remunerações, cresceu 9,4%, em 2008, 9,9%, em 2009, e 15,4%, em 2010, acumulando aumento de 38,7%. Além disso, o número de pessoas ocupadas registrou incremento de 7,4%, em 2008, 8,1%, em 2009 e 8,3% em 2010, totalizando 25,7% entre 2007 e 2010, a maior taxa entre os três segmentos comerciais. Em 2010, atacado tem receita quase igual a varejo, com menos de 15% do número de empresas e quatro vezes menos pessoal ocupado

No ano de 2010, as 152.290 empresas do comércio de veículos, automotores, peças e motocicletas auferiram R$ 280,8 bilhões de receita operacional líquida, ocuparam 887.306 pessoas e pagaram R$ 13,0 bilhões de massa salarial, que equivaleram, do total da PAC, a 10,0%, 9,5% e 11,5%, respectivamente. As atividades deste segmento obtiveram uma margem de comercialização (divisão da margem de comercialização pelo custo da mercadoria revendida) de R$ 41,6 bilhões, 10,6% do total do comércio. No comércio atacadista, em 2010, 169,0 mil empresas, que corresponderam a 11,1% do total da PAC, geraram R$ 788,4 bilhões de receita operacional líquida, 42,4% da estimativa total. Este segmentou ocupou 1.583 mil pessoas e pagou R$ 29,3 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações, cada variável participando, respectivamente, com 16,9% e 26,1% nas estimativas para o comércio como um todo. Sua margem de comercialização foi de R$ 146,4 bilhões, 37,1% do total do comércio. O comércio varejista reuniu 1,2 milhão de empresas em 2010, que geraram R$ 789,3 bilhões de receita operacional líquida. Estas empresas representaram 78,9% das empresas comerciais que atuaram no País e suas receitas equivaleram a 42,5%. As atividades deste segmento ocuparam 6.888 mil pessoas (73,6%) e, ainda nesse ano, pagaram R$ 70,1 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações, retratando 62,4% do total do comércio. A margem de comercialização do varejo foi de R$ 206,4 bilhões, 52,3% do total. O varejo apresentou a maior taxa de margem de comercialização, 36,1%, assinalando o maior retorno relativo por unidade monetária comercializada. No comércio por atacado, esta taxa foi de 24,2% e, no comércio de veículos automotores, peças e motocicletas, 18,1%. O valor médio para o comércio foi de 28,0%. Comércio de peças para veículos ocupou, em 2010, mais de 57% do pessoal do segmento de revenda de veículos automotores, peças e motocicletas Em 2010, a atividade de revenda de veículos automotores, com 22,7 mil empresas, foi responsável por R$ 202,9 bilhões da receita líquida de revenda, respondendo por 14,9% e 72,6% do segmento em cada variável. O comércio de peças para veículos, que representou 74,8% do total das empresas (113,9 mil), obteve 20,8% da receita de revenda (R$ 59,4 bilhões). O comércio de motocicletas, peças e acessórios gerou R$ 18,4 milhões de receita líquida de revenda (equivalente a 6,6% desta divisão de atividade) e participou com 10,3% no total de empresas (15,8 mil). Destaca-se, no segmento, a atividade de vendas de peças para veículos que, em 2010, ocupava 506,5 mil pessoas, despendendo R$ 6,0 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações, refletindo 57,1% e 46,0% de participação do comércio de veículos, pelas e motocicletas. As empresas revendedoras de veículos automotores pagaram R$ 5,9 bilhões de salários, retiradas e outras remunerações, correspondendo a 45,3% do total da massa salarial, e ocuparam 287,5 mil pessoas (32,4%). O comércio de motocicletas, peças e acessórios ocupou 93,3 mil pessoas e foi responsável por R$1,1 bilhão dos salários, retiradas e outras remunerações, equivalendo a 10,5% e 8,8% do segmento de revenda de veículos, peças e motocicletas. As atividades que compõem o comércio de veículos, peças e motocicletas ocuparam seis pessoas por empresa e pagaram 2,2 salários mínimos por pessoa ocupada. A atividade de revenda de veículos automotores destacou-se, com uma média de 13 pessoas ocupadas por empresa e um salário médio de 3,1 salários mínimos.

Também em termos de produtividade (divisão do valor adicionado pelo número de pessoas ocupadas em 31/12/2010), as revendedoras de veículos apresentaram resultados acima da média do segmento. Cada trabalhador agregou R$ 69 848,00 ao valor adicionado (diferença entre o valor bruto da produção e consumo intermediário; expressa o valor que a atividade econômica acrescenta aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo) do comércio de veículos automotores, ante uma produtividade total de R$ 43 051,00. Em relação à taxa de margem de comercialização, as atividades do comércio de veículos, peças e motos alcançaram 18,1%, em 2010. Dentre as três atividades do segmento, o comércio de peças para veículos obteve o maior retorno por unidade monetária vendida, alcançando uma taxa de margem de 39,8%. Produtos farmacêuticos: a maior taxa de comercialização do atacado em 2010 No atacado, destacam-se as empresas revendedoras de combustíveis e lubrificantes, responsáveis por 26,9% da receita líquida de revenda (R$ 202,5 bilhões), gerada por 1 939 empresas (1,1%). As empresas revendedoras de produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentaram participação significativa na receita líquida de revenda (R$ 126,5 bilhões ou 16,8%) do comércio atacadista. Esta atividade é predominantemente constituída por empresas distribuidoras para estabelecimentos, como restaurantes, hotéis e redes de supermercados, além das exportadoras, e registrou a maior participação no número de empresas e de pessoal ocupado no segmento atacadista. Em 2010, a PAC estimou em 27 847 o número de empresas atacadistas de alimentos, bebidas e fumo (16,5%), que ocuparam 23,7% do total de pessoal ocupado (374.972) e pagaram R$ 5,2 bilhões de salários, retiradas e outras remunerações (17,8%). O comércio atacadista brasileiro registrou produtividade de R$ 73.677, salário médio de 2,8 salários mínimos, média de nove pessoas ocupadas por empresa e taxa de margem de comercialização de 24,2%. As empresas de combustíveis e lubrificantes destacaram-se com valores acima da média, R$ 287.374 de produtividade e 7,0 salários mínimos. Em relação à taxa de comercialização, sobressaiu a atividade de revenda de produtos farmacêuticos, 56,4%. O comércio de mercadorias em geral apresentou a maior média de pessoal ocupado por empresa (38). Hiper e supermercados, em 2010: 84 pessoas ocupadas por empresa contra seis da média de ocupação do varejo Duas atividades juntas geraram 42,8% do total da receita do comércio varejista em 2010: hipermercados e supermercados; combustíveis e lubrificantes. A primeira, com 1,0% (12.140) do total das empresas do comércio varejista, gerou R$ 193,3 bilhões de receita líquida de revenda (24,8%), ocupou um milhão de pessoas (14,7%) e despendeu R$ 11,7 bilhões (16,7%) em salários, retiradas e outras remunerações. Este tipo de comércio apresentou a maior média de pessoas ocupadas por empresa (84), acima da média do comércio varejista (seis pessoas ocupadas por empresa). O comércio de combustíveis e lubrificantes obteve, em 2010, receita de R$ 139,8 bilhões, 18,0% do total do varejo, totalizando 29 500 empresas (2,4%), que pagaram R$ 4,0 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações (5,7%) e ocuparam 350,5 mil pessoas (5,1%). Esta atividade gerou a maior produtividade do segmento, R$ 44.000.

O comércio de tecidos, artigos de vestuário e calçados deteve, em 2010, 22,0% (265.481) do total das empresas do comércio varejista, ocupou o maior número de pessoas, 1,3 milhão (18,3%) e pagou R$ 11,7 bilhões (16,7%) em salários, retiradas e outras remunerações. Destacou-se ainda com a maior taxa de margem de comercialização do varejo, 75,7%, seguida da revenda de equipamentos de informática e comunicação, 58,2%. Sudeste tem a maior participação na receita bruta de revenda do setor comercial e o Nordeste apresentou o maior crescimento entre 2007 e 2010 A região que obteve o maior crescimento acumulado da receita bruta de revenda entre 2007 e 2010 foi a Nordeste (43,2%). O destaque, nesta Região, ficou com o Piauí, que registrou crescimento de 64,0%. Entretanto, são da Região Norte os estados que exibiram as maiores taxas: Tocantins (68,8%) e Roraima (68,7%). A média de crescimento para o total da PAC na série analisada, foi de 32,5%. Entre os Estados com desempenho abaixo da média brasileira, São Paulo apresenta o resultado mais baixo (27,1%). A variação do número de pessoas ocupadas, de 2007 a 2010, foi de 38,4%, destacando-se o Centro-Oeste com o maior aumento acumulado (46,5%). Os maiores salários médios (em salários mínimos), tanto em 2007 como em 2010, foram pagos no Sudeste, respectivamente, 2,5 e 2,0. A região, no entanto, foi a que apresentou também a menor queda relativa neste indicador. Ao longo do período analisado, registrou-se uma aproximação relativa das médias salariais entre as distintas regiões do Brasil. No ano de 2010, a predominância da receita bruta de revenda foi do comércio por atacado (43,0%), seguido pelo varejo (42,6%) e por veículos e peças (14,4%) em nível Brasil. Analisando a participação dos três segmentos em cada região, observa-se que o comércio por atacado foi mais representativo nas Regiões Norte (47,7%), Sudeste (44,4%) e Centro-Oeste (42,6%); o comércio varejista obteve maior representação no Nordeste (48,2%). Na Região Sul, o comércio por atacado e o varejista alcançaram, respectivamente, 42,8% e 42,7%. O comércio varejista foi responsável pelo maior número de pessoas ocupadas em todas as regiões brasileiras. No Nordeste, com a maior representação dentre as Regiões brasileiras, 75,7% das pessoas ocupadas estavam no varejo. Apesar do comércio por atacado ter predominado, em termos de geração de receita bruta de revenda, nas Regiões Norte, Sudeste e Centro-Oeste, e de ter sido significativo nas demais regiões, sua participação no número de pessoas ocupadas variou de 14,7% (Centro-Oeste) a 20,9% (Norte). Vale destacar o crescimento acumulado, na Região Nordeste, de 43,9% no número de pessoas ocupadas no comércio, no período de 2007 a 2010. Comunicação Social 28 de junho de 2012 Mria do Carmo R Trugillo Chefe da Agência IBGE

Largo Gaspar Silveira Martins, 23- Conj. 203 Rio Grande-RS Telefone/Fax: ( 53) 3232-4346 maria.trugillo@ibge.gov.br Nossa missão: Retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento de sua realidade e ao exercício da cidadania.