DANIELA MORALES MONTEIRO A LÍNGUA INGLESA NAS ESCOLAS DE TEMPO INTEGRAL: DIRETRIZES E PRÁTICAS DE ENSINO UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO SÃO PAULO 2014
DANIELA MORALES MONTEIRO A LÍNGUA INGLESA NAS ESCOLAS DE TEMPO INTEGRAL: DIRETRIZES E PRÁTICAS DE ENSINO Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Educação da Universidade da Cidade de São Paulo UNICID, como requisito para obtenção do título de Mestre em Educação sob orientação da Prof. Dr. Júlio Gomes Almeida. UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO SÃO PAULO 2014
Ficha Elaborada pela Biblioteca Prof. Lúcio de Souza. UNICID M775l Monteiro, Daniela Morales. A língua inglesa nas escolas de tempo integral: diretrizes e práticas de ensino. / Daniela Morales Monteiro. --- São Paulo, 2014. 118 p. Bibliografia Dissertação (Mestrado) Universidade Cidade de São Paulo - Orientador: Prof. Dr. Júlio Gomes Almeida. 1. Aprendizagem escolar. 2. Escola pública. 3. Ensino de línguas. 4. Formação de professores. I. Almeida, Júlio Gomes, org. II. Título. CDD 371.1
COMISSÃO JULGADORA Prof. Dr. Júlio Gomes Almeida Profª Dra. Ana Sílvia Moço Aparício Profª Dra. Margarete May Berkenbrock Rosito
DEDICATÓRIA Ao meu querido marido, Júnior, pelo amor, apoio e companheirismo durante a execução deste trabalho. Aos meus filhos, Evelin e Gabriel, pela compreensão da privação de momentos de nossa valiosa convivência, e por serem a razão e a motivação de todo meu esforço. Aos meus queridos pais, Aparecida por todo o apoio e compreensão e Dalcio (in memorian), por tudo que me ajudou a construir ao longo da minha vida e que, com certeza, ficaria muito feliz por me ver alcançar mais uma nova etapa nesse percurso. Aos meus queridos sogra e sogro, Maria José e Ermano, que me apoiaram em toda esta trajetória. A minha família que mesmo de longe acompanhou e torceu por esta conquista. Ao meu orientador, Prof. Dr. Júlio Gomes Almeida, pela grandeza de sua simplicidade e brilhantismo acadêmico, exemplo de conhecimento e experiência partilhados comigo. Espelho me e compartilho da grande lição do mestre que disse: o bom da escola era o caminho.
EPÍGRAFE O único homem instruído é aquele que aprendeu como aprender, o que aprendeu a adaptar-se e mudar, o que se deu conta de que nenhum conhecimento é garantido, mas que apenas o processo de procurar o conhecimento fornece base para a segurança. (Carl Rogers)
AGRADECIMENTOS A Deus, fonte eterna de luz e sabedoria. Ao Professor Dr. Júlio Gomes Almeida, meu orientador, a quem realmente sou muito grata pelas enriquecedoras orientações durante este período de convívio acadêmico. A todos os meus professores do Programa de Mestrado em Educação da Unicid: Profª Dra. Ecleide Cunico Furlanetto, Prof. Dr.Jair Militão da Silva, Prof. Dr. João Gualberto Meneses, Prof. Dr. Julio Gomes Almeida, Profª Dra. Margarete May Berkenbrock Rosito, Prof. Dr. Potiguara Pereira. Aos Professores da Banca de Qualificação e Defesa: Profª Dra. Ana Sílvia Moço Aparício, Profª Dra. Margarete May Berkenbrock Rosito, Prof. Dr.Jair Militão da Silva e Prof. Dr. Júlio Gomes Almeida, minha gratidão e reconhecimento por terem aceitado fazer parte das bancas e colaborado com seus preciosos conhecimentos para que eu pudesse finalizar este trabalho. Ao Programa Bolsa Mestrado do Estado de São Paulo, pelo subsídio que tornou este trabalho possível. A todos os diretores e professoras, que gentilmente participaram da pesquisa de campo, sem a qual este trabalho não teria sido realizado. A todos os meus amigos do mestrado, por todas as horas de convívio e estudo que passamos juntos e pela valiosa amizade. A CAPES, pela bolsa de estudos para o curso de aperfeiçoamento no Institute of Education in London que enriqueceu minha pesquisa. A todos aqueles que, direta e indiretamente, colaboraram para que este trabalho fosse realizado, o meu agradecimento.
RESUMO O objetivo deste trabalho foi identificar como vem sendo desenvolvido o ensino de língua estrangeira nas oficinas das Escolas de Tempo Integral, entender as políticas públicas e diretrizes que orientam este ensino, discutir as possibilidades de inclusão do ensino de língua estrangeira na matriz curricular dos anos iniciais do ensino fundamental I e verificar quais são as condições necessárias para que o ensino de língua estrangeira se torne um instrumento de promoção da equidade social. Para atingir o objetivo, busquei apoio em dois corpos teóricos. No primeiro, busquei a partir de uma análise documental e da leitura dos estudos de autores como Leffa (1998/ 1999), Coelho (2005) e Oliveira (1999), entender brevemente a história do ensino de língua estrangeira no Brasil, em seguida, realizei um estudo dos documentos, leis e resoluções que regulamentam o ensino de língua estrangeira com foco nas diretrizes de ensino das Escolas de Tempo Integral. No segundo, trouxe as vozes de autores como Cameron (2002), Figueira (2002), Rocha (2006, 2010), Santos (2005, 2009), Scaffaro (2006), Tonelli (2005), entre outros que tratam especificamente de metodologias aplicadas ao ensino de língua estrangeira para crianças, denominada (LEC). No terceiro, discuti como o ensino da língua inglesa tem se dado nas escolas estaduais a partir de uma descrição pormenorizada sobre estas práticas, construído a partir das entrevistas com os professores e da observação participante. Foi adotada a abordagem qualitativa, e como procedimento de coleta de dados, estudo documental e revisão bibliográfica complementado por entrevista semiestruturada com três professoras responsáveis pelas oficinas de língua inglesa de três escolas distintas pertencentes à Diretoria de Ensino Leste 5. Os resultados indicam que muitas das práticas realizadas pelas professoras estão presentes nos estudos dos autores abordados neste trabalho. A aprendizagem de uma segunda língua é fator importante na construção da equidade, mas o ensino no sistema estadual ainda precisa evoluir muito neste sentido. As diretrizes para as oficinas de língua inglesa não estão condizentes com o que preconiza o Currículo do Estado de São Paulo, possibilitando uma diferenciação, tanto nas orientações metodológicas, como na oferta do ensino. Palavras-chave: aprendizagem, ensino, escola pública, língua estrangeira, professores, formação.
ABSTRACT This project has as its object of study the teaching of English language in the early years of primary school in the state of São Paulo. This study aims to understand how is being developed teaching foreign language in (Escola de Tempo Integral), understand the policies and directions that guide this teaching, discuss the possible inclusion of foreign language teaching in the primary school and check what conditions are necessary for the teaching of a foreign language becomes a tool for promoting social equity. To understand the purpose of my research, I anchored my work on two theoretical approaches. The first sought from a documentary analysis and thoughts of authors like Leffa (1998/1999), Coelho (2005) and Oliveira (1999), briefly understand the history of foreign language teaching in Brazil, then performed a study of the documents laws and resolutions regulating the teaching of a foreign language with a focus on the directions for teaching schools full time. In the second brought the voices of authors such as Cameron (2002), Figueira (2002), Rocha (2006, 2010), Santos (2005, 2009), Scaffaro (2006), Tonelli (2005) among others, specifically dealing with methodologies teaching foreign language for children, called (LEC). In the third, I discussed how the English language teaching has given in state schools from a detailed description of these practices, built from interviews with teachers and participant observation. The qualitative approach was adopted, and as data collection, desk study and literature review procedure complemented by semistructured interviews with three teachers responsible for English language classes in three different schools belonging to DE-Leste 5. The results of the research indicate that many of the practices carried out by the teachers are present in the studies of the authors in this paper. Learning a second language is an important factor in building equity, but teaching in the state system still needs to evolve a lot in this direction. The directions for the classes of the English language are not consistent with what the curriculum calls for the state of São Paulo, enabling differentiation between the methodological directions teaching practices by teachers in elementary and high school for the primary school, where in my opinion there should be the same directions and resources for students and teachers. Key - words: learning, teaching, public school, foreign language, teachers, training
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS EFI- Ensino Fundamental I EFII- Ensino Fundamental II EM- Ensino Médio CENP- Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas CEL Centro de Estudos de Línguas DEETI- Diretrizes de Ensino da Escola de Tempo Integral LE- Língua Estrangeira LI- Língua Inglesa LM- Língua Materna PCN- Parâmetros Curriculares Nacionais SEE- Secretaria da Educação do Estado de São Paulo ETCS- Escolas Técnicas Estaduais EVESP- Escola Virtual de Programas Educacionais
SUMÁRIO Agradecimentos... 6 Resumo... 7 Abstract...8 INTRODUÇÃO... 12 CAPÍTULO 1 - O Ensino de Língua Estrangeira no Brasil: do surgimento às fontes normativas vigentes...19 1.1 Uma volta na história no ensino da língua inglesa...19 1.2Currículo do Estado de São Paulo: Diretrizes para o Ensino de Língua Estrangeira...26 1.3 Das Diretrizes e Normas das Escolas de Tempo Integral do Estado de São Paulo...30 CAPÍTULO 2 - O Ensino de Língua Estrangeira para crianças...39 2.1 Quando iniciar o ensino de língua estrangeira?...39 2.2 Estudos sobre o Ensino-Aprendizagem de LEC (Língua Estrangeira para Crianças)... 50 2.3 Um comparativo entre as diretrizes do Currículo do Estado de São Paulo e as Diretrizes de Ensino da Escola de Tempo Integral (DEETI): visões metodológicas..61 CAPÍTULO 3 Ensino de Língua Inglesa nas Escolas de Tempo Integral...72 3.1 A metodologia da pesquisa...72 3.2 O contexto da pesquisa de campo...74 3.2.1 As participantes da pesquisa...76 3.2.2 Instrumentos de Pesquisa...78 3.2.3 Os procedimentos da coleta de dados...79 3.2.4 Os procedimentos de análise de dados...81 3.3 - Escolas de tempo integral...83 3.4 - Ensino de língua estrangeira nas séries iniciais...85
3.5 - Formação dos professores que atuam neste nível...86 3.6 - Grau de interesse dos alunos nas atividades das aulas de língua inglesa...88 3.7 - Estratégias de ensino utilizadas pelos professores...90 3.8 - Condições de trabalho e recursos para professores e alunos...92 3.9 - Ensino de língua estrangeira e equidade social...94 Considerações Finais...96 Referências... 100 ANEXOS Anexo 1 Roteiro de perguntas da entrevista...107 Anexo 2 Transcrições das entrevista...108 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Aulas de língua inglesa ministradas de 2007-2013...33 Figura 2 - Sugestão de matriz curricular para 2013...35 Figura 3 - Escolas da rede estadual de ensino fundamental...37 Figura 4: Diretrizes de atividades organizadas para a Oficina Curricular de Inglês..65 Figura 5: Atividade do caderno do aluno 7ª série SEE 2009...67 Figura 6: Escolas de ensino fundamental I Leste 5...74