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Transcrição:

Diário do Mercado 11 de abril de 2013 Market Overview Fechamento: O Ibovespa encerrou a sessão em alta de 0,49%, aos 56.187 pontos, longe da máxima do dia quando chegou a subir 1,9%. Bolsas nos EUA e na Europa subiram na esteira do dado positivo sobre a balança comercial da China, do plano de estímulos no Japão e do início da temporada de resultados trimestrais. A alta volatilidade do índice brasileiro se deu em função, principalmente, das ações da Vale, que chegaram a subir 2,1% na máxima, mas fecharam o dia em queda de 3,5% após a decisão desfavorável do STF no caso da tributação de subsidiárias no exterior. LLX (+9,7%) voltou a liderar as altas ainda como reflexo da potencial parceria com a Petrobras. MRV (+7,6%), Braskem (+3,3%) e Hypermarcas (+3,3%) também estiveram entre as maiores valorizações. No lado negativo, destaque para a queda nas ações da Fibria (4,5%) que assim como Vale foi afetada pela decisão do STF, que decidiu ser constitucional a cobrança de imposto de renda sobre os lucros de controladas no exterior. O giro financeiro totalizou R$9,0 bilhões, cerca de 30% acima da média das últimas 20 sessões. Mercado hoje: As bolsas na Ásia continuaram em alta, acompanhando o bom humor no mercado internacional. A bolsa do Japão foi mais uma vez destaque de alta. As bolsas na Europa operam em leve alta, também sem grandes destaques. Os setores que lideraram as altas na Europa e Ásia nos últimos dias mudaram mas o mercado segue em alta. O mercado americano renovou máxima histórica esta semana e o S&P Futuro opera em leve alta nesta manhã. A agenda econômica no exterior é fraca no exterior e os destaques são os dados de atividade econômica no Brasil. No exterior, o mercado deve ficar mais atento aos resultados do 1T13 mas também neste caso a agenda hoje é fraca. No Brasil, o mercado vai continuar de olho nas ações da Vale e Fibria em função das discussões sobre impostos no exterior. Além disso, o mercado deve ficar de olho nas ações da OGX esperando o relatório de produção de março. Por fim, as ações da Petrobras devem continuar no radar dos investidores: a presidente da empresa se reuniu com diversos investidores ontem e os comentários parecem ter sido positivos. Empresas & Setores Fibria: Discussão sobre impostos de coligadas no exterior deve ser longa (pg. 3) Vale: Ainda sem uma decisão final sobre a disputa sobre tributação de lucros no exterior (pg. 4) Transportes: Iniciando cobertura em Tegma, JSL, Wilson Sons e Santos Brasil (pg. 5) Pão de Açúcar: Desempenho das vendas do 1T13 em linha com o consenso (pg. 6) Economia Agenda Brasil: Inflação medida pelo IPCA diminuiu para 0,47% em março; inflação acumulada em doze meses atingiu 6,6% (pg. 7) Ibovespa Intra Day 57.500 57.000 56.500 56.000 55.500 55.000 10 11 12 14 15 17 Performance (%) Fech. Dia Sem. Mês Ano Ibovespa 56.187 0,5 2,1 (0,3) (7,8) IBX50 8.755 0,5 2,4 (0,1) (3,8) S&P 500 1.588 1,2 2,2 1,2 11,3 Dow Jones 14.802 0,9 1,6 1,5 13,0 Nasdaq 3.297 1,8 2,9 0,9 9,2 Dólar Ptax 1,980 (0,3) (1,1) (1,6) (3,1) Maiores Altas/Baixas Ibovespa (%) Código Companhia Var. LLXL3 LLX 9,71 MRVE3 MRV 7,59 BRKM5 Braskem 3,29 HYPE3 Hypermarcas 3,28 BVMF3 BMF Bovespa 3,19 OGXP3 OGX 5,45 FIBR3 Fibria 4,52 BRAP4 Bradespar 3,94 VALE5 Vale PN 3,46 VALE3 Vale ON 3,29 Performance por Setor (%) Financials Imobiliário 1,2 1,8 País Horário Descrição Expec. Anterior BR 09:00 Vendas no varejo fev +1,5% +0,6% EUA 09:30 Pedidos de auxíliodesemprego 360k 385k Energia Transp. & InfraEstrutura Utilities 0,8 0,6 1,2 Consumo & Varejo 0,5 Ibovespa 0,5 Telecom, Mídia & Tecn. 0,5 Industrials 0,1 Saúde & Educação 0,3 Materials 2,7 Fernando Siqueira RP, CNPI & Hugo Rosa, CNPI Fontes: Bloomberg, Bovespa

MONITOR DE MERCADO TOP 15 ALTAS/BAIXAS # ALTAS 1 MÊS 3 MESES 12 MESES 1 MÊS BAIXAS 3 MESES 12 MESES 1 SUZB5 21,9 CCXC3 59,7 GRND3 147,6 OGXP3 (49,8) OGXP3 (68,7) OGXP3 (88,1) 2 TRIS3 20,5 GRND3 31,3 ESTC3 121,6 MMXM3 (42,8) OSXB3 (58,7) MMXM3 (76,5) 3 HRTP3 18,2 EMBR3 28,4 UNIP6 88,0 OSXB3 (41,9) MMXM3 (49,9) PLAS3 (75,4) 4 GSHP3 16,1 TRIS3 24,8 BTOW3 83,1 VIVR3 (31,2) TELB4 (37,5) VIVR3 (72,9) 5 SLED4 15,5 UNIP6 24,4 PMAM3 76,3 BISA3 (20,7) ELPL4 (34,0) OSXB3 (72,6) 6 COCE5 14,9 FHER3 23,8 KLBN4 75,8 ELPL4 (19,5) MPLU3 (33,8) ELPL4 (69,9) 7 CESP6 14,1 SLED4 23,5 ABRE11 75,0 CCXC3 (18,4) BISA3 (32,8) LUPA3 (66,3) 8 GFSA3 12,8 COCE5 21,9 TRIS3 72,7 MPXE3 (18,3) CSNA3 (30,8) TELB4 (62,2) 9 HBOR3 12,7 ARTR3 19,6 MDIA3 67,1 TELB4 (18,2) MGLU3 (30,0) RSID3 (58,0) 10 FHER3 12,1 SULA11 19,3 FIBR3 64,2 CSNA3 (17,4) OIBR4 (26,5) HRTP3 (57,6) 11 CPLE6 11,7 GSHP3 19,3 AMIL3 64,1 AEDU3 (16,3) CARD3 (21,5) ELET3 (57,2) 12 TERI3 9,8 ABCB4 18,9 HBOR3 60,8 LUPA3 (16,0) LUPA3 (21,1) SHOW3 (52,2) 13 CIEL3 9,2 KROT3 18,4 IMCH3 56,5 GOLL4 (15,5) RSID3 (19,2) BISA3 (51,6) 14 ABCB4 9,2 BRKM5 17,7 BEEF3 56,4 MRFG3 (15,2) GOAU4 (19,2) ELET6 (43,9) 15 RSID3 8,6 ALLL3 17,6 DIRR3 55,0 INEP4 (14,5) VIVR3 (19,0) PDGR3 (43,2) DESTAQUES EM VOLUME NEGOCIADO OIBR3 SULA11 350 300 TIMP3 OIBR4 MPXE3 EQTL3 CSMG3 TRPL4 CESP6 CTAX4 250 200 150 100 50 Vol. 1D / Vol. 3M (1,5) (1,0) (0,5) 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 % Var. DESTAQUES EM VOLUME NEGOCIADO (SETORES) Materials Telecom Energia Cons. & Var. Imobiliário Transportes Utilities Saúde & Educ. Industrials Financials (3,0) (2,5) (2,0) (1,5) (1,0) (0,5) 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 % Var. 200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 Vol. 1D / Vol. 3M 2

Empresas & Setores Fibria Discussão sobre impostos de coligadas no exterior deve ser longa O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem sobre alguns pontos da discussão sobre a tributação de lucros de empresas controladas e coligadas no exterior. O STF decidiu que companhias sediadas em paraíso fiscal podem ser tributadas. No caso de empresas fora de paraísos fiscais, a discussão se dará caso a caso. O STF decidiu ainda que a tributação não pode ser aplicada antes de 2001 (a maior parte do valor em julgamento é referente a tributação após esta data). A decisão final sobre este caso e outros similares deve demorar ainda alguns anos em nossa visão. O caso da Fibria envolve uma subsidiária na Hungria (não é paraíso fiscal) e o país possui um tratado bilateral com o Brasil para evitar bitributação. O caso ainda está sendo analisado em esferas inferiores e pode demorar anos para uma decisão ser anunciada. O valor em questão é de R$ 1,66 bilhões (12% do valor de mercado da Fibria) e se refere a lucros obtidos entre 2002 e 2007. A Fibria não possui provisões para esta causa. Acreditamos que uma decisão final deve demorar e que a reação do mercado ontem foi exagerada. Além disso, caso a empresa seja condenada a pagar os tributos em questão, o pagamento pode ser menor do que os R$ 1,66 bilhões (negociação de multas e juros) e ainda ser feito em diversas parcelas. R ating C ó digo P reço A lv o Último P reço Upside (%) Venda / R is co A lto F IB R 3 R $ 20,79 R $ 25,01 (16,9) T rading M arket Cap (M ilhõ es) Vo lume M édio 3M (M ilhões) M áxima (52 semanas) M ínima (52 semanas) P erformance % Abs R$ 13.837 R$ 30,8 R$ 26,74 R$ 12,34 Vs. Ibo v 1 M ês 12,2 16,2 3 M eses 3,8 12,5 12 M eses 68,6 77,0 M últiplo s (x) 2013E 2014E VE/EBITDA 5,8 7,2 P/L 91,2 nm Fonte: Citi Research (baseado em Fibria: Tax on Foreign Profits, de Juan Tavarez e Felipe Koh, de 09/04/2013) 3

Vale Ainda sem uma decisão final sobre a tributação de lucros no exterior O STF analisou ontem a disputa envolvendo a tributação de lucros de empresas controladas e coligas no exterior mas não chegou a uma decisão sobre os pontos mais relevantes para a Vale. As ações da Vale fecharam em queda ontem e acreditamos que podem continuar sofrendo hoje visto que os investidores locais estavam confiantes que o STF daria ganho de causa à Vale. O fato da questão não ter sido resolvida também é um ponto negativo já que a incerteza sobre a ação deve persistir por mais tempo. Acreditamos que uma solução negociada ficou mais provável. Os valores em discussão são de US$ 15 bilhões referentes a impostos não pagos (lucros no exterior) obtidos entre 2002 e 2008. Os anos mais lucrativos de 2009 a 2012 não estão em discussão ainda. Acreditamos que uma solução negociada permitiria à Vale um pagamento parcelado e de valores abaixo dos US$ 15 bilhões atualmente cobrados pela União (temos US$ 10 em nosso modelo). Sobre o que foi decidido ontem: a) O STF não decidiu sobre o questionamento da CNI sobre lucros no exterior de empresas controladas sediadas fora de paraísos fiscais; b) O STF não decidiu sobre a tributação de lucros no exterior em casos de companhias sediadas em países com acordos bilaterais com o Brasil; c) A cobrança de impostos de empresas sediadas em paraísos fiscais é constitucional (pequena perda para a Vale). R ating C ó digo P reç o A lvo Último P reço Upside (%) C o mpra VA LE5 R $ 39,60 R $ 34,08 16,2 T rading Market Cap (Milhões) Volume Médio 3M (Milhões) Máxima (52 semanas) Mínima (52 semanas) P erformance % Abs R$ 182.349 R$ 628,6 R$ 43,09 R$ 30,71 Vs. Ibov 1 M ês (1,8) 2,2 3 Meses (15,4) (6,8) 12 Meses (11,4) (3,1) M últiplo s (x) 2013E 2014E VE/EBITDA 5,2 5,0 P/L 7,9 7,8 Fonte: Citi Research (baseado em Vale: no final ruling on Vale s disputed tax on foreing profits, de Alexander Hacking e Thiago Ojea, de 10/04/2013) 4

Transportes Iniciando cobertura em Tegma, JSL, Wilson Sons e Santos Brasil Iniciando cobertura em Tegma, JSL, Wilson Sons e Santos Brasil estabelecemos rating de Compra para Tegma, Neutro/Alto Risco para JSL e Wilson Sons e de venda para Santos Brasil. As companhias de logística como Tegma e JSL estão posicionadas para a modernização das redes de transportes brasileiras e para a tendência corporativa de terceirização e melhora de serviços logísticos. Diferentemente de rodovias, ferrovias e portos, estas companhias não são diretamente reguladas e possuem liberdade para estabelecer preços. Elas demandam menos capital e esperamos que as mesmas cresçam muito mais rapidamente do que a maioria dos negócios que demandam infraestrutura física nos próximos três anos. Apesar de os portos também contarem com alto potencial de crescimento, existe o risco de que novas regras afetem os padrões de negócios já estabelecidos. O governo brasileiro está promovendo uma revisão completa das regras para os portos, com privatizações, redução de restrições para cargas, flexibilização de regras trabalhistas e incentivos para aumento de concorrência. Tegma (Compra) é nossa preferida: a companhia deve dobrar de tamanho em cinco anos. Gostamos do modelo de negócios assetlight de Tegma e sua habilidade de adequar a escala de suas operações à demanda. Esta flexibilidade permite que a Tegma cresça mais rápido sem alavancar excessivamente seu balanço. Transporte de carros novos (33% de market share) representa 63% da receita e o cash cow em um mercado maduro. O grande potencial de crescimento vem de um novo negócio da Tegma: a entrega de produtos adquiridos via ecommerce, que conta com um crescimento médio anual esperado de 30% para o período 201318E. JSL (Neutro/Alto Risco): uma líder em serviços logísticos e a maior compradora de caminhões do Brasil. Apesar do modelo de negócios assetheavy da JSL, a família Simões tem controlado de forma bem sucedida a companhia por 50 anos. A compra e venda de veículos usados nas operações aumentam os retornos. Nosso rating Neutro está fundamentado no potencial de upside limitado (16%). Wilson Sons (Neutro/Alto Risco): fornecedor de serviços marítimos com drivers de crescimento no médio prazo. Apesar da perspectiva positiva para os terminais de contêineres da Wilson Sons (30% das receitas) e dos serviços de reboque (27% das receitas) com o crescimento esperado nos portos brasileiros, acreditamos que o mercado penalizará as ações pela expectativa de fluxo de caixa negativo decorrente do intenso programa de investimentos da companhia. Santos Brasil (Venda): valuation esticado, aumento da concorrência no futuro próximo e riscos regulatórios. A Santos Brasil vem sendo negociada a 8,9x VE/EBITDA 2014E, um prêmio de 25% sobre a Wilson Sons. O aumento da concorrência no Porto de Santos entre 201315 com outras empresas expandindo a capacidade em cerca de 70% é um importante obstáculo. Incertezas regulatórias e uma disputa entre acionistas pelo controle da companhia são outros pontos negativos, que podem manter as ações pressionadas. Preço Market Cap P/L (x) ROE (%) Div. Yield (%) Cresc. Médio 201215E (%) Companhia Ticker Fech. Alvo Upside R$ mm 2013E 2014E 2012A 2014E 2013E 2014E EBITDA LPA JSL JSLG3 R$ 15,52 R$ 18,00 16,0% 3.365 27,5 25,6 9,0 12,3 0,8 1,0 8% 10% Santos Brasil STBP11 R$ 30,25 R$ 28,00 7,4% 4.018 13,7 17,7 29,8 29,5 4,9 4,3 6% 8% Tegma TGMA3 30,18 41,00 35,9% 1.992 20,4 12,7 20,1 21,7 2,3 3,9 24% 30% Wilson Sons WSON11 R$ 28,45 R$ 32,00 12,5% 2.024 13,6 11,8 9,7 14,3 1,8 2,1 14% 27% Fonte: Citi Research (baseado em How to play Brazil infrastructure: Logistics, de Juliano Navarro, Stephen Trent & Raian Santos, publicado em 10/04/2013) 5

Pão de Açúcar Desempenho das vendas do 1T13 em linha com o consenso O Grupo Pão de Açúcar divulgou nesta manhã uma prévia de seus resultados do 1T13. A receita líquida totalizou R$ 13,383 bilhões, com crescimento de 10,2% em relação ao 1T12 e em linha com o consenso (Bloomberg). Tal crescimento foi resultado do desempenho de vendas mesmas lojas de 6,6%, com destaque para o desempenho das bandeiras Assaí, Minimercado Extra e Ponto Frio, e da abertura de 125 lojas ao longo dos últimos 12 meses (+28 mil m² de área de vendas). Esperamos uma reação neutra a estes números. Apesar da forte valorização acumulada nos últimos meses, Pão de Açúcar segue entre as preferidas do consenso no setor de varejo em função do alto potencial de crescimento e da perspectiva de aumento dos retornos ao longo dos próximos anos. Fonte: Citi Corretora R ating Có digo P reço A lvo Último P reço Upside (%) P C A R 4 R $ 107,50 T rading M arket Cap (M ilhões) Volume Médio 3M (Milhões) M áxima (52 semanas) M ínima (52 semanas) P erfo rmance % A bs R$ 28.292 R$ 116,0 R$ 109,00 R$ 73,33 Vs. Ibo v 1 M ês 6,0 10,0 3 M eses 16,9 25,5 12 M eses 27,7 36,0 M últiplo s¹ (x) 2013E 2014E VE/EBITDA 7,8 6,7 P/L 22,9 18,9 1) Consenso Bloomberg 6

Economia Brasil Inflação medida pelo IPCA diminuiu para 0,47% em março; inflação acumulada em doze meses atingiu 6,6% A inflação medida pelo IPCA foi de 0,47% em março, um pouco abaixo de nossa projeção de +0,53% e consenso do mercado em 0,50%. A inflação acumulada em doze meses aumentou para 6,6% (abaixo de nossa projeção de 6,7%) e está acima do teto do regime de metas de inflação no Brasil que é de 6,5%. A inflação no grupo Alimentação continuou sendo o principal responsável pela inflação elevada mesmo com a desaceleração em relação à fevereiro. A inflação nos alimentos está sendo influenciada por problemas na oferta de produtos perecíveis, o que costuma ser um fator temporário. Esperamos que a inflação neste grupo continue diminuindo ao longo dos próximos meses. A surpresa em relação à nossa projeção veio principalmente dos grupos Transportes e Vestuário, que apresentaram inflação menor do que nossa projeção. As medidas de núcleo da inflação também mostraram desaceleração e a média dos núcleos foi de 0,43% em mar/13 (5,2% em termos anualizados). Acreditamos que a inflação irá diminuir nos próximos meses mas devido à inflação muito elevada do 1T13 acreditamos que a inflação em 2013 pode superar nossa projeção de 5,6%. Considerando estes fatores, mantemos nossa expectativa de aumento na taxa Selic a partir da reunião de maio. Esperamos um aumento de 50 pb em maio e um aumento de 150 pb ao longo de 2013, levando a taxa Selic para 8,75%. Inflação medida pelo IPCA 9% Índice de difusão da inflação 80% 8% 75% 7% 70% 6% 65% 5% 60% 4% 55% 3% 50% 2% IPCA 1% Núcleo 0% jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 Fonte: IBGE e Citi 45% 40% 35% jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 Fonte: Citi e IBGE jan/12 jan/13 Fonte: Citi Corretora 7

Disclaimer Este relatório foi elaborado por Fernando Siqueira e Hugo Rosa ( Analistas ), ambos analistas de investimento registrados na Comissão de Valores Mobiliários e vinculados à Citigroup Global Markets Brasil CCTVM S.A. ( CGMB ), uma afiliada do Citigroup Global Markets Inc. ( CGMI ). Fernando Siqueira é o responsável principal pelo conteúdo deste relatório de acordo com a Instrução CVM nº 483, de 6 de julho de 2010. Este material tem caráter meramente informativo, não constituindo oferta de compra ou de venda de títulos e/ou valores mobiliários pela CGMB, ainda que aqui mencionados. As informações constantes deste material podem auxiliar o investidor em suas decisões de investimento, porém o investidor será responsável, de forma exclusiva, pela verificação da conveniência e oportunidade da movimentação de sua carteira de investimentos e pela tomada de decisão quanto à efetivação de operações de compra e/ou venda de títulos e/ou valores mobiliários. Este material apresenta informações para diversos perfis de investimento e o investidor deverá verificar e atentar para as informações próprias ao seu perfil de investimento, uma vez que as informações constantes deste material não são adequadas para todos os investidores. Quaisquer projeções de risco ou retorno potenciais são meramente ilustrativas e não são e não devem ser interpretadas pelo investidor como previsão de eventos futuros e/ou garantia de resultados. Além disso, não garantimos a exatidão das informações aqui contidas e recomendamos ao investidor que não utilize este relatório com única fonte para embasar suas decisões de investimento. Os investimentos realizados pelo investidor para sua carteira estão sujeitos a diversos riscos inerentes aos mercados e aos ativos integrantes da carteira, incluindo, sem limitação, risco de mercado, risco de crédito, risco de liquidez, risco cambial, risco de concentração, risco de perda do capital investido e de disponibilização de recursos adicionais, entre outros. Com relação às companhias, mercados e valores mobiliários ora analisados, nos termos da regulamentação em vigor, os Analistas declaram que: (i) (ii) (iii) As recomendações do presente relatório de análise refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais, sendo certo que o relatório foi elaborado de forma independente, inclusive em relação à CGMB e da CGMI. A remuneração recebida pelos Analistas está condicionada ao cumprimento de premissas qualitativas e quantitativas estabelecidas pela CGMB, podendo inclusive levar em consideração o resultado total da CGMB, mas não é influenciada, direta ou indiretamente, por recomendações específicas ou opiniões expressas pelos Analistas neste relatório de análise. A CGMB é membro do grupo Citi, que possui empresas e negócios em mais de 100 países. Considerando a atual estrutura do grupo Citi, é provável que alguma empresa do grupo, inclusive as próprias CGMB e CGMI, tenham interesses financeiros e/ou comerciais relevantes em relação às companhias, mercados e aos valores mobiliários objeto do presente relatório de análise. As opiniões aqui constantes foram elaboradas com base em informações e dados obtidos de diversas fontes, inclusive no material de análise elaborado pela Citi Investment Research & Analysis ( CIRA ), conforme devidamente identificadas e indicadas no corpo do documento. CIRA é a divisão de análise de investimento da CGMI, cuja política aplicável às suas opiniões e relatórios de análises está disponível em http://www.citigroupgeo.com. O presente relatório foi elaborado de forma independente pelos Analistas vinculados à CGMB e não obstante a utilização do material de análise elaborado pela CIRA, as opiniões dos Analistas podem divergir das opiniões da CIRA. SAC Citi Serviço de Apoio ao Cliente Reclamações, Cancelamentos e Informações 0800 979 2484 (deficientes auditivos 0800 724 2484) Todos os dias, 24h Se não ficar satisfeito com a solução apresentada, de posse do protocolo, contate a Ouvidoria 0800 970 2484 (deficientes auditivos 0800 722 2484). Em dias úteis das 9h às 18h Fale Conosco: www.citicorretora.com.br