COMENTÁRIO DO DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO PERÍODOS DE 1º DE ABRIL A 30 DE JUNHO DE 2015 E 2014 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) No segundo trimestre de 2015, ocorreu a transferência do controle societário da DEB Pequenas Centrais Hidrelétricas Ltda para a Companhia. A operação foi realizada no dia 06 de maio, após a publicação da Resolução Autorizativa nº 5.182/2015, por meio da qual a Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL aprovou a transferência do controle societário. As demonstrações financeiras estão sendo apresentadas de forma consolidada e individual, na qual o efeito do resultado da controlada DEB, a partir de 07 de maio, está refletindo na Duke Paranapanema. Indicadores econômicos Receita operacional bruta 318.422 341.262 7,2 (-) Deduções à receita operacional (33.760) (45.622) 35,1 Receita operacional líquida 284.662 295.640 3,9 (-) Despesas operacionais (158.292) (225.588) 42,5 Resultado do serviço 126.370 70.052-44,6 Ebitda 180.668 123.751-31,5 Margem ebitda - % 63,5% 41,9% Resultado financeiro (19.562) (44.814) 129,1 Resultado operacional 106.808 25.238-76,4 Lucro líquido do período 70.718 17.408-75,4 Margem líquida - % 24,8% 5,9% Ações Ações em circulação (em milhares de ações) 94.433 94.433 Lucro líquido por lote de mil ações (em reais) 748,87 184,33-75,4 Dos valores s apresentados acima, a controlada DEB representa 2,0% da receita operacional líquida (R$ 5,8 milhões), 1,5% da despesa operacional (R$ 3,4 milhões) e 13,9% do lucro líquido registrado no período (R$ 2,4 milhões). Indicadores financeiros Ativos totais 4.897.119 3.938.625-19,6 Dívidas em moeda nacional 1.646.409 1.416.109-14,0 Patrimônio líquido 2.615.714 1.916.751-26,7
Despesas Operacionais Energia elétrica comprada para revenda (36.293) (95.016) 161,8 Depreciação e amortização (54.298) (53.699) -1,1 Encargos de uso da rede elétrica (20.480) (22.282) 8,8 Pessoal (19.396) (20.470) 5,5 Compensação financeira pela utilização de recursos hídricos (12.093) (13.505) 11,7 Serviços de terceiros (10.089) (10.428) 3,4 Provisões para riscos fiscais, trabalhistas e ambientais (317) (4.560) 1.338,5 Seguros (1.207) (1.387) 14,9 Taxa de fiscalização do serviço de energia elétrica - TFSEE (1.018) (1.268) 24,6 Material (911) (1.130) 24,0 Outras (2.220) (916) -58,7 Aluguéis (977) (904) -7,5 Reversão / (constituição) de estimativa para créditos de liquidação duvidosa 1.007 (23) -102,3 (158.292) (225.588) 42,5 As despesas operacionais totalizaram R$ 225,6 milhões no 2 trimestre de 2015, 42,5% superior aos R$ 158,3 milhões registrados no mesmo período do ano anterior. Os principais fatores que impactaram as despesas operacionais foram: Energia elétrica comprada para revenda: aumento de R$ 58,7 milhões ou 161,8% está relacionado ao cenário hidrológico desfavorável representado pelas reduções dos níveis do GSF Generation Scaling Factor (Fator de Ajuste da Garantia Física) Compensação financeira pela utilização de recursos hídricos: aumento de R$ 1,4 milhões, ou 11,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior deve-se ao reajuste de 6,7% na Tarifa Atualizada de Referência (TAR), que passou de R$ 79,87/MWh para R$ 85,26/MWh a partir de 1 de janeiro de 2015, e maior volume gerado no trimestre de 4,61% (2.346.532,93 MWh em junho/2015 e 2.243.084,84 em junho/2014). Provisões para riscos fiscais, trabalhistas e ambientais: aumento de R$ 4,2 milhões ou 1.338,5% no período, em função da reavaliação de provisão de contingências trabalhistas e ambientais devido às sentenças desfavoráveis ocorridas no período, conforme descrito na nota explicativa 20.1; Reversão/(constituição) de estimativa para crédito de liquidação duvidosa: Em 2014, houve reversão de valores constituídos, em função da diminuição da participação da Companhia no rateio da inadimplência, na liquidação da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Ebitda e margem Ebitda O Ebitda (Lajida lucro antes dos juros, impostos sobre renda incluindo contribuição social sobre lucro líquido, depreciação e amortização) é calculado com o lucro líquido acrescido do resultado financeiro líquido, imposto de renda e contribuição social, depreciação e amortização. O Ebitda é uma medição não contábil, calculada tomando como base as disposições da Instrução CVM nº 527/2012. O Ebitda não deve ser considerado como uma alternativa ao fluxo de caixa como indicador de liquidez. A Administração da Companhia acredita que o Ebitda fornece uma medida útil de seu desempenho, que é amplamente utilizado por investidores e analistas para avaliar desempenho e comparar empresas. O Ebitda reduziu 31,5% em comparação ao mesmo período ano anterior, principalmente em decorrência do aumento da energia comprada para revenda e da redução do volume médio de caixa aplicado no período. Resultado financeiro Lucro líquido do período 70.718 17.408-75,4 Imposto de renda e contribuição social 36.090 7.830-78,3 Resultado financeiro (líquido) 19.562 44.814 129,1 Depreciação e amortização 54.298 53.699-1,1 Ebitda 180.668 123.751-31,5% Margem Ebtida 63,5% 41,9% Receitas 22.206 7.616-65,7 Despesas (41.768) (52.430) 25,5 Resultado financeiro líquido (19.562) (44.814) 129,1 O resultado financeiro líquido no 2 trimestre de 2015 foi negativo em R$ 44,8 milhões, o que representa um aumento de 129,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A diminuição das receitas financeiras é decorrente principalmente em razão do menor volume médio investido no período e o aumento das despesas financeiras é resultado da elevação dos índices inflacionários.
Debêntures Emissão Série Remuneração Vencimento 2ª Única Variação IGP-M + 8,59% a.a. 16/07/2015 465.697-3ª Única Variação CDI + 1,15% a.a. 10/01/2017 157.382 158.926 4ª 1 Variação CDI + 0,65% a.a. 16/07/2018 261.484 263.811 4ª 2 Variação IPCA + 6,07 % a.a. 16/07/2023 280.410 304.801 5ª 1 Variação CDI + 0,89% a.a. 20/05/2019 240.089 241.044 5ª 2 Variação IPCA + 7,01% a.a. 20/05/2021 241.347 262.402 1.646.409 1.230.984 O saldo de debêntures da, no 2 trimestre de 2015, é de R$ 1.231 milhões, inferior em 25,2% em comparação aos R$ 1.646 milhões, do mesmo período do ano anterior. Essa variação é resultado principalmente pelo pagamento de juros da 3ª emissão ocorridos em julho de 2014 e janeiro de 2015, pelo pagamento de juros da 4ª emissão ocorrida também em janeiro de 2015 e pelo pagamento de juros da 5ª emissão ocorrida em maio de 2015, além disso, houve o pagamento integral antecipado da 2ª emissão em agosto de 2014. Empréstimo Em maio de 2015, a realizou captação de empréstimo junto ao banco Citibank, no montante de R$ 181 milhões, sendo o mesmo atualizado a 100% da variação acumulada do CDI, acrescido de juros de 1,4% ao ano. O prazo de vencimento desse empréstimo é de dois anos, podendo ocorrer um pré-pagamento, após o primeiro ano de vigência do contrato. Não há ativos dados como garantia para a obtenção dessa operação financeira e não há cláusulas restritivas. Dívida financeira líquida Remuneração Vencimento Empréstimo Variação CDI + 1,4% a.a. 05/05/2017-185.125 Empréstimo - 185.125 100,0 Debêntures 1.646.409 1.230.984-25,2 Curto Prazo 288.845 119.711-58,6 Longo Prazo 1.357.564 1.111.273-18,1 Caixa (1.123.361) (168.913) -85,0 Dívida líquida 523.048 1.247.196 138,4 A dívida líquida Consolidada que é composta pelo endividamento, deduzindo recursos de caixa e equivalentes de caixa, aumentou 138,4% comparado ao mesmo período de 2014. Essa variação decorre, principalmente, em função da diminuição do saldo de caixa e equivalentes de caixa.
Lucro líquido do período Em função dos itens supracitados a Companhia registrou, no segundo trimestre de 2015, lucro líquido de R$ 17,4 milhões, resultado inferior em R$ 53,3 milhões ou 75,4%, registrados no mesmo período do ano anterior. A registrou como equivalência patrimonial, o efeito do resultado apurado de sua controlada DEB, o montante de R$ 2,4 milhões.