FESURV UNIVERSIDADE DE RIO VERDE FACULDADE DE BIOLOGIA E QUÍMICA CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS LICENCIATURA E BACHARELADO

Documentos relacionados
PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Qualidade do leite cru refrigerado em função do tipo de ordenha

CORRELAÇÃO ENTRE OS COMPONENTES QUÍMICOS DO LEITE CRU REFRIGERADO PRODUZIDO NO MUNICÍPIO DE CAÇU GOIÁS

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de Curitiba - PR

CONTAGEM DE CÉLULAS SOMÁTICAS E BACTERIANAS DO LEITE CRU REFRIGERADO CAPTADO EM TRÊS LATICÍNIOS DA REGIÃO DA ZONA DA MATA (MG)

QUALIDADE DO LEITE CRU TIPO C E REFRIGERADO EM SISTEMAS LEITEIROS TRADICIONAIS DO SUDOESTE GOIANO

INCIDÊNCIA E INFLUÊNCIA DA MASTITE SOBRE A QUALIDADE DO LEITE CRU EM DIFERENTES REBANHOS LEITEIROS E TIPOS DE ORDENHA

20/05/2011. Leite de Qualidade. Leite de qualidade

AVALIAÇÃO DA CONTAGEM BACTERIANA TOTAL NO LEITE DE TANQUES COM DIFERENTES CONTAGENS DE CÉLULAS SOMÁTICAS. Apresentação: Pôster

CONTAGEM DE CÉLULAS SOMÁTICAS E BACTERIANA DO LEITE CRU REFRIGERADO INDIVIDUAL E COMUNITÁRIO DE PROPRIEDADES RURAIS DO VALE DO RIO DOCE (MG) 1

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO LEITE: ESTUDO DE CASO EM PROPRIEDADES LEITEIRAS DE FERNANDES PINHEIRO E TEIXEIRA SOARES-PR

Diagnóstico de situação da qualidade do leite no município de Bambuí, Minas Gerais

Leite de qualidade LEGISLAÇÃO DO LEITE NO BRASIL. Leite de Qualidade. Histórico 30/06/ Portaria 56. Produção Identidade Qualidade

QUALIDADE DO LEITE CRU REFRIGERADO PRODUZIDO EM DIFERENTES REGIÕES DO ESTADO DE GOIÁS

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO LEITE CRU EM FUNÇÃO DO TIPO DE ORDENHA E DAS CONDIÇÕES DE TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO

EFEITO DO CONGELAMENTO DO LEITE DE OVELHAS DA RAÇA SANTA INÊS EM DIFERENTES PERÍODOS DE ESTOCAGEM

PERCENTUAL DE AMOSTRAS DE LEITE DE VACAS NA REGIÃO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL QUE SE ENQUADRAM NA INSTRUÇÃO NORMATIVA 62 1

EFEITO DO PERÍODO DO ANO SOBRE A QUALIDADE DO LEITE CRU REFRIGERADO PRODUZIDO NO MUNICÍPIO DE CAÇU - GO

INTERVALOS DE CÉLULAS SOMÁTICAS SOBRE OS COMPONENTES DO LEITE: gordura e proteína

Análise da qualidade do leite em pequenas propriedades de Barbacena

IMPACTO DO PERIODO DO ANO SOBRE A QUALIDADE DO LEITE CRU NO MUNICIPIO DE SANTA HELENA DE GOIÁS

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE LEITE CRU DE PRODUTORES DA REGIÃO DOS CAMPOS GERAIS: VERIFICAÇÃO DA ADEQUAÇÃO À INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 62/2011

INFLUÊNCIA DA CONTAGEM DE CÉLULAS SOMÁTICAS NA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO LEITE REFRIGERADO DA REGIÃO SUDOESTE DE GOIÁS

A POSIÇÃO DOS QUARTOS MAMÁRIOS E A INCIDÊNCIA DE MASTITE SUBCLÍNICA EM REBANHOS LEITEIROS DO SUL E SUDOESTE DE MINAS GERAIS

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE INFLUÊNCIA DA CONTAGEM DE CÉLULAS SOMÁTICAS NA COMPOSIÇÃO DO LEITE CRU REFRIGERADO1

QUALIDADE DO LEITE PRODUZIDO NO ARRANJO PRODUTIVO LÁCTEO DE SÃO LUÍS DE MONTES BELOS, GO

QUALIDADE DO LEITE CRU REFRIGERADO ESTOCADO POR DIFERENTES PERÍODOS

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 51, DE 18 DE SETEMBRO DE 2002.

QUALIDADE DO LEITE E DA ÁGUA APOIO TÉCNICO AOS PRODUTORES DE LEITE PR

CONTAGEM DE CÉLULAS SOMÁTICAS E BACTERIANA DO LEITE CRU REFRIGERADO NA ZONA DA MATA (MG) DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO NACIONAL1

Efeito da temperatura e do tempo de armazenamento de amostras de leite cru nos resultados das análises eletrônicas

Influência da qualidade do leite in natura sobre as características físicoquímicas do leite pasteurizado na indústria de laticínios do CEFET-Bambui.

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO LEITE DA UNIDADE DIDÁTICA DE BOVINOCULTURA LEITEIRA DA UNICENTRO

Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.60, n.1, p.19-24, 2008

Tecnologia de Leite e derivados

DETECÇÃO DE MASTITE SUBCLÍNICA DE ANIMAIS LACTANTES E CORRELAÇÃO DA CONTAGEM DE CÉLULAS SOMÁTICAS COM A COMPOSIÇÃO DE GORDURA E PROTEÍNA DO LEITE

Tecnologia Goiano - Campus Rio Verde - GO. 3 Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Escola de Veterinária e

QUALIDADE DO LEITE CRU REFRIGERADO GRANELIZADO COLETADO NO SUDOESTE GOIANO. Quality of raw milk refrigerated granelizado collected in southwest goiano

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Avaliação da qualidade do leite de um rebanho bovino

Aluna do Curso de Graduação em Medicina Veterinária da UNIJUÍ, Bolsista PIBIC/UNIJUÍ, 3

CONTAGEM DE CÉLULAS SOMÁTICAS EM LEITE CRU REFRIGERADO APÓS IMPLANTAÇÃO DA INSTRUÇÃO NORMATIVA 51, NO NORDESTE

Procedimentos de coleta e sua influência na composição físico-química do leite cru 1

Avaliação da porcentagem de Gordura em vacas leiteiras tratadas com diferentes sanitizantes no manejo pré e pós dipping.

ASPECTOS PARA QUALIDADE E HIGIENE DO LEITE CRU BOVINO (Bos taurus) PRODUZIDO EM BANANEIRAS-PB

Archives of Veterinary Science ISSN X

INSPEÇÃO DE LEITE E DERIVADOS PROFª ME. TATIANE DA SILVA POLÓ

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO LEITE DE CABRA IN NATURA PRODUZIDO NO ESTADO DE SERGIPE. Goat in milk quality assessment produced in natura sergipe state

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DO LEITE CRU E DO LEITE PASTEURIZADO COMERCIALIZADOS NO OESTE DE SANTA CATARINA

CONTAGEM DE CÉLULAS SOMÁTICAS, CONTAGEM BACTERIANA TOTAL E ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS DO LEITE PRODUZIDO NA REGIÃO SUL DO ESTADO DE GOIÁS

ANÁLISE FINANCEIRA DAS PERDAS DE PRODUÇÃO LEITEIRA CAUSADAS PELA MASTITE

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Efeito do nível de células somáticas sobre o rendimento do queijo prato

Evaluation of health condition parameters influencing on milk quality

QUALIDADE DO LEITE CRU REFRIGERADO PRODUZIDO POR VACAS CONFINADAS

Redução da contagem bacteriana na propriedade

QUALIDADE FÍSICO-QUIMICA E DE CONTAGEM DE CÉLULAS SOMÁTICAS DO LEITE DE OVELHAS DA RAÇA LACAUNE

Análise da qualidade do leite em pequenas propriedades de Barbacena

Agricultura familiar na atividade leiteira no Brasil: Pressupostos e proposta metodológica

TÍTULO: AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO HOMEOPÁTICO PREVENTIVO NO CONTROLE DA MASTITE SUBCLINICA

EVOLUÇÃO DA QUALIDADE DO LEITE DE COOPERATIVAS DA REGIÃO DO ALTO PARANAÍBA PERANTE A INSTRUÇÃO NORMATIVA 51

Variação da qualidade do leite cru refrigerado em função do período do ano e do tipo de ordenha

Qualidade do leite armazenado em tanques de resfriamento de Rondônia

INFLUÊNCIA DO TIPO DE ORDENHA E DO ARMAZENAMENTO DO LEITE SOBRE A COMPOSIÇÃO QUÍMICA, CONTAGEM DE CÉLULAS SOMÁTICAS E CONTAGEM BACTERIANA TOTAL

MONITORAMENTO DE PEQUENAS PROPRIEDADES LEITEIRAS DA REGIÃO OESTE DO PARANÁ

The quality of the milk stored in dairy industries silos

ADEQUAÇÃO DA PRODUÇÃO DE LEITE PARA

INFLUÊNCIA DA QUALIDADE DO LEITE CRU REFRIGERADO NO RENDIMENTO E COMPOSIÇÃO DO QUEIJO MINAS FRESCAL¹

ANÁLISE DA QUALIDADE DO LEITE BOVINO EM DIFERENTES ESTAÇÕES DO ANO EM UM LATICÍNIO NO MUNICÍPIO DE RIO POMBA-MG

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DO LEITE DE BÚFALAS E VACAS MESTIÇAS EM UMA UNIDADE DE PRODUÇÃO DE LEITE NO BREJO PARAIBANO 1

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO LEITE OBTIDO NA UNIDADE DIDÁTICA DE BOVINOCULTURA DE LEITE - UNICENTRO

Implantação de boas práticas de produção de leite no Setor de Bovinocultura de Leite do IF Sudeste MG Câmpus Barbacena

INFLUÊNCIA DA CCS E CONDUTIVIDADE ELÉTRICA NA COMPOSIÇÃO DO LEITE DE VACAS ZEBUÍNAS EM TORNEIO LEITEIRO

Uso de diferentes sanitizantes no manejo de pré e pós dipping de vacas leiteiras - avaliação da contagem de células somáticas.

Análise microbiológica de leite de vacas mestiças alimentadas com óleo de palma e gordura de côco

IMPLANTAÇÃO DE MELHORIAS NA QUALIDADE DO LEITE PRODUZIDO ATRAVÉS DE APOIO TÉCNICO AOS PEQUENOS PRODUTORES DO MUNICÍPIO DE TEIXEIRA SOARES.

Controle de qualidade do leite: análises físico-químicas

ISSN Dezembro, Manejo de Ordenha

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO LEITE IN NATURA UTILIZADO NO PROCESSO PRODUTIVO DE UM LATICÍNIO NA REGIÃO DO CURIMATAÚ PARAIBANO

ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE ACIDEZ, ph E TESTE CMT PARA DETERMINAÇÃO DA QUALIDADE DO LEITE INDIVIDUAL DE BOVINOS LEITEIROS

COMPOSIÇÃO DO LEITE EM RELAÇÃO ÀS ESTAÇÕES DO ANO EM UM REBANHO LEITEIRO CONFINADO EM SISTEMA COMPOST BARN

INFLUÊNCIA DOS TIPOS DE ORDENHA, TRANSPORTE E TEMPO DE ARMAZENAMENTO NA QUALIDADE DO LEITE CRU REFRIGERADO DA REGIÃO SUDOESTE DO ESTADO DE GOIÁS

Mastite. Gustavo H. Barramansa Thaylene Maria do Amaral

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITARIA DE SÃO LUÍS DE MONTES BELOS TECNOLOGIA EM LATICÍNIOS JOSÉ BATISTA DO CARMO

CHAVES, Raliéli de Almeida 1 PENTEADO, Bruna Gonçalves 2 DOLINSKI, Juliana Gorte 3 ALMEIDA, Mareci Mendes de 4 CHIQUETTO, Nelci Catarina 5

Procedimentos para a coleta de amostras de leite para contagem de células somáticas, contagem bacteriana total e detecção de resíduos de antibióticos

FUNDAÇÃO DE ENSINO OCTÁVIO BASTOS FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA

Uso de diferentes sanitizantes no manejo de pré e pós dipping de vacas leiteiras - avaliação da Contagem Bacteriana Total

ANÁLISE DA QUALIDADE DO LEITE UTILIZANDO O TESTE (CMT) NO DIAGNOSTICO DE MASTITE SUBCLÍNICA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOÍAS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE SÃO LUIS DE MONTES BELOS TECNOLOGIA EM LATÍCINIOS RÔMULO RAFAEL CANDIDO FERNANDES

PESQUISA DE CÉLULAS SOMÁTICAS E BACTÉRIAS TOTAIS EM AMOSTRAS DE LEITE CRU E REFRIGERADO PROVENIENTE DE PROPRIEDADE SITUADA EM CACHOEIRA DE MACACU, RJ.

QUALIDADE DO LEITE CRU COMERCIALIZADO NO MUNICÍPIO DE MUZAMBINHO/MG RESUMO

Evolução anual da qualidade do leite cru refrigerado processado em uma indústria de Minas Gerais

COMPOSIÇÃO QUIMICA DO LEITE DE CABRAS SAANEN E A RELAÇÃO COM DIFERENTES PROCEDIMENTOS DE COLETA* DIFERENTES PROCEDIMENTOS DE COLETA* 1.

Tecnologia de Leite e derivados

A QUALIDADE DO LEITE NA REGIÃO CENTRO-OESTE. Aluno de Graduação de Medicina Veterinária e bolsista do PIBIC-CNPq

PROCEDIMENTO DE COLETA DE LEITE PARA ANÁLISES. Guilherme Nunes de Sousa Luciano Castro Dutra de Moraes Letícia Mendonça

Determinação da acidez titulável em leite de cabras SRD criadas em sistema extensivo na região de Petrolina, Pernambuco

Diagnóstico da adequação de propriedades leiteiras em Valença-RJ às normas brasileiras de qualidade do leite

QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DE IOGURTES COMERCIALIZADOS EM VIÇOSA (MG) 1. Introdução

ENUMERAÇÃO DE COLIFORMES A 45 C EM LEITE PASTEURIZADO COMERCIALIZADO EM CAXIAS, MA

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO LEITE CRU REFRIGERADO OBTIDO EM PROPRIEDADES RURAIS LOCALIZADAS NA PARAÍBA RESUMO

Transcrição:

1 FESURV UNIVERSIDADE DE RIO VERDE FACULDADE DE BIOLOGIA E QUÍMICA CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS LICENCIATURA E BACHARELADO QUALIDADE DO LEITE IN NATURA COLETADO NA REGIÃO DE RIO VERDE-GO ACADÊMICO: AURELIO FERREIRA MELO ORIENTADOR: PROF. M.Sc. RAONI RIBEIRO GUEDES FONSECA COSTA CO-ORIENTADOR: PROF. Dr. MARCO ANTÔNIO PEREIRA DA SILVA Artigo apresentado ao Curso de Ciências Biológicas, Faculdade de Biologia e Química Licenciatura e Bacharelado, da FESURV Universidade de Rio Verde - GO, como parte das exigências para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Biológicas. RIO VERDE - GO 2011

2 QUALIDADE DO LEITE IN NATURA COLETADO NA REGIÃO DE RIO VERDE - GO Aurelio Ferreira Melo¹ Raoni Ribeiro Guedes Fonseca Costa² Marco Antônio Pereira da Silva³ RESUMO O leite é o alimento mais consumido na fase inicial da vida dos mamíferos, obtido através da ordenha completa de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade do leite in natura coletado na região de Rio Verde GO, e verificar se o mesmo atende às exigências previstas na Instrução Normativa 51 (IN 51/2002). Foram coletadas amostras de leite cru tipo C e leite cru refrigerado de varias procedências. A refrigeração do leite na fonte de produção contribui para melhor qualidade de matéria-prima, principalmente quanto aos parâmetros de gordura e EST. O emprego de temperatura para a refrigeração do leite, na fonte de produção ainda resultou em CBT acima dos limites estabelecidos pela legislação brasileira, o que evidencia que as condições higiênico-sanitárias de obtenção do leite nos dois sistemas estudados são precárias. A refrigeração do leite na fonte de produção contribui para a obtenção de matéria-prima de melhor qualidade, principalmente quanto aos parâmetros de gordura e estrato seco total (EST). No entanto o emprego de temperatura para a refrigeração do leite na fonte de produção ainda resultou em CBT acima dos limites estabelecidos pela legislação brasileira. PALAVRAS CHAVE: Composição Centesimal, CCS, CBT, Higiene e Mastite. ¹ Acadêmico do curso de Ciências Biológicas Licenciatura e Bacharelado da FESURV - Universidade de Rio Verde GO - aurelioferreiramelo1@hotmail.com ² Professor Mestre adjunto da FESURV - Universidade de Rio Verde GO do Curso Ciências Biológicas Licenciatura e Bacharelado- raoniguedes@hotmail.com ³ Professor Doutor adjunto do IFGOIANO - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano Campus Rio Verde GO.

1 1 - INTRODUÇÃO O leite é o produto obtido através da ordenha manual e/ou mecânica completa, sem nenhuma interrupção, em ótimas condições higiênicas, coletado de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. O leite é classificado de acordo com a forma de obtenção, higiene e acondicionamento, dividindo os tipos em A, B, C e cru refrigerado (BRASIL, 2002). O leite tipo C não sofre nenhum tipo de tratamento térmico na propriedade é transportado em latões de 50 litros, sendo entregue ao laticínio até as 10 horas da manhã do dia da ordenha. O leite cru refrigerado é mantido em temperatura de 3 C na propriedade rural, transportado em tanque isotérmico, da propriedade até o estabelecimento industrial, para em seguida ser processado (BRASIL, 2002). As indústrias de leite e derivados vem se modernizando em todo o país e a qualidade da matéria prima é um dos maiores entraves ao desenvolvimento do setor leiteiro. De maneira geral o controle de qualidade do leite é baseado nas determinações físico-químicas como acidez titulável, densidade, gordura, sólidos totais, contagem bacteriana total (CBT) e contagem de células somáticas (CCS) (MULLER, 2002). A CBT indica a intensidade de contaminação do leite por bactérias, e é expressa em unidades formadoras de colônia por mililitro (UFC/mL). Já as células somáticas são células presentes no leite, incluindo as células originárias da corrente sanguínea, como leucócitos, células de descamação do epitélio glandular secretor e células de defesa do organismo que migram do sangue para o interior da glândula mamária, com o objetivo de combater os agentes causadores da mastite (PHILPOT & NICKERSON, 1991). As mastites podem ser classificadas em subclínica e clínica (subaguda, aguda e hiperaguda) e, quanto à duração, em curto prazo, clinicamente recorrente e subclinicamente persistente. A produção de leite in natura em condições higiênico-sanitárias inadequadas torna-se um entrave para as indústrias lácteas, pois diminui o rendimento de fabricação dos derivados lácteos alem de comprometer a qualidade do produto final. Nesse contexto o objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade do leite in natura coletado na região de Rio Verde GO, e verificar se o mesmo atende às exigências previstas na Instrução Normativa 51 (IN 51/2002).

2 2 - METODOLOGIA O experimento foi realizado no período de julho a novembro de 2011 em 98 propriedades leiteiras da região de Rio Verde GO, sendo que em 49 destas foram coletadas amostras do leite cru tipo C e as outras 49 foram coletadas amostras de leite cru refrigerado. 2.1 - Coleta das amostras de leite tipo C O leite tipo C do presente estudo era oriundo de vacas ordenhadas manualmente. Coletou-se 49 amostras de leite tipo C em um posto de captação que recebia aproximadamente 2000 litros de leite/dia. O leite era transportado em latões de 50 litros (temperatura ambiente) até o posto, para em seguida ser acondicionado em tanque de expansão e mantido a temperatura de aproximadamente 3 C. Os latões utilizados no transporte de leite eram devidamente identificados com o código de cada produtor. Com o uso de agitador (aço inox), realizou-se 15 movimentos verticais no latão para retirar a amostra de leite com o auxílio do coletor de aço inoxidável. As amostras de leite tipo C foram acondicionadas em frascos apropriados de 40 ml, contendo conservante Azidiol para análise da CBT e Bronopol para determinação da CCS e composição centesimal em seguida as amostras foram acondicionadas em caixa isotérmica contendo gelo e encaminhadas ao Laboratório de Produtos de Origem Animal do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano Campus Rio Verde, mantidas sob refrigeração e posteriormente foram enviadas em caixa isotérmica com temperatura abaixo de 7 C para serem realizadas as analises eletrônicas. 2.2 - Coleta das amostras de leite cru refrigerado O leite refrigerado em sua maioria era proveniente de rebanhos ordenhados mecanicamente. Foram coletadas 49 amostras de leite cru refrigerado em tanques de expansão de propriedades leiteiras de Rio Verde - GO. A coleta procedeu-se em condições assépticas, com a temperatura do leite no momento da coleta ao redor de 3 C. Foram utilizados dois frascos contendo conservantes, correspondendo às análises de composição centesimal e CCS (Bronopol) e outro frasco para avaliação da CBT (Azidiol), utilizando a mesma metodologia de coleta do leite cru tipo C, conforme citado anteriormente.

3 2.3 - Avaliação da qualidade do leite As análises eltrônicas (CCS, CBT e composição centesimal) foram realizadas no Laboratório de Qualidade do Leite do Centro de Pesquisa em Alimentos da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás (UFG). Os teores de gordura, proteína, lactose, extrato seco total (EST) e extrato seco desengordurado (ESD) foram determinados através do equipamento Milkoscan 4000Ò. Os resultados foram expressos em porcentagem (%). A análise de células somáticas (CS) foi realizada através do equipamento Fossomatic 5000 Basic. O resultado foi expresso em CS/mL. A CBT foi realizada por meio do equipamento Bactoscan FCÒ. O resultado foi expresso em UFC/mL. 2.4 - Análises estatísticas As análises estatísticas foram realizadas com o uso do programa ASSISTAT Versão 7.6 Beta (2011), através do teste de Tukey em delineamento inteiramente casualizado (DIC), constituído de dois tratamentos (Tratamento 1 leite cru tipo C e Tratamento 2 leite cru refrigerado) e 49 repetições de cada tratamento. 3 - RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados da composição centesimal, CCS e CBT do leite in natura são apresentados na Tabela 1. TABELA 1 Valores médios da composição centesimal, CCS e CBT do leite cru tipo C e leite cru refrigerado coletado em propriedades leiteiras do Sudoeste Goiano. Parâmetros IN 51/2002 Cru Tipo C Cru Refrigerado Gordura (%) mínimo 3 3,32b 3,55a Proteína Bruta (%) mínimo 2,9 3,17ns 3,22ns Lactose (%) - 4,42ns 4,44ns EST (%) mínimo 11,4 11,85b 12,20a ESD (%) mínimo 8,4 8,53ns 8,65ns CCS (x1000 CS/mL) até 750 mil 369b 525a CBT (x1000 UFC/mL) até 750 mil 1617ns 1563ns Médias seguidas de letras distintas na linha diferem estatisticamente entre si (p<0,05). ns = não significativo (p>0,05).

4 De acordo com a Tabela 1 pode ser observado que os teores de gordura, extrato seco total e CCS, diferiram significativamente entre os tipos de leite avaliados. Os resultados de proteína bruta, lactose, ESD e CBT não diferiram significativamente entre si. O teor de gordura das amostras de leite cru tipo C e leite cru refrigerado foi de 3,32% e 3,55% respectivamente, esse resultados foram semelhantes aos observados por LIMA et al. (2006), que verificaram uma variação de 3,34% a 3,56% de gordura em função da CCS do leite cru tipo C produzido na região Agreste do Pernambuco. Diferente do que foi observado no presente estudo, MENDES et al., (2010) obtiveram teor de gordura de até 3,8% ao avaliarem a qualidade do leite informal comercializado no município de Mossoró, RN. Em amostras de leite cru refrigerado MACHADO et al., (2000) verificaram teor de gordura de 3,61%. Amostras de leite com teor de gordura mais elevado podem estar relacionadas a uma maior incidência de mastite no rebanho leiteiro. Isto pode ser comprovado com os resultados do presente estudo que evidenciaram uma maior CCS (525 mil CS/mL) no leite com maior teor de gordura (3,55%). A mastite diminui a produção de leite dos rebanhos leiteiros, que ocorre em razão das lesões das células epiteliais, reduzirem a capacidade de síntese e secreção da glândula mamária (AULDIST & HUBBLE, 1998). MITCHELL et al., (1986) verificaram aumento da porcentagem de gordura no leite com alta CCS, em função da redução na produção de leite dos animais com mastite subclínica. CUNHA et al., (2008) evidenciaram uma correlação negativa entre CCS e produção de leite e positiva entre CCS e porcentagens de gordura e de proteína. Esses autores observaram ainda que animais com maior número de lactações apresentaram maior CCS, e com CCS acima de 100 mil CS/mL menor produção de leite. Portanto, a CCS do leite cru refrigerado (525 mil CS/mL) do presente trabalho pode evidenciar uma menor produção de leite nas propriedades estudadas. Os resultados de proteína bruta do leite in natura apresentam variação de 3,17% a 3,22% não diferindo significativamente entre si. Estes resultados foram mais elevados que os valores estipulados pela Instrução Normativa 51/2002, que estabeleceu o valor mínimo de 2,9% de proteína bruta para o leite in natura. Valores de proteína menores que os observados no presente estudo foram verificados por REIS et al. (2007), que ao analisarem leite cru relataram 2,91% de proteína para o leite ordenhado mecanicamente e 3,0% de proteína para o ordenhado manualmente.

5 BUENO et al. (2005), ao avaliarem a CCS e a composição centesimal do leite coletado em Goiás, verificaram 3,18% de proteína bruta para CCS inferior a 200 mil CS/mL e 3,35% de proteína com CCS superior a 1000 CS/mL. Os resultados de lactose não diferiram significativamente entre si, variando de 4,42% a 4,44% no leite cru tipo C e leite cru refrigerado respectivamente. Valores de lactose de 4,42% a 4,47% foram observados por GONZALEZ et al. (2004), ao avaliarem a qualidade do leite na bacia leiteira de Pelotas - RS. Valores de lactose de 4,60% quando a CCS era inferior a 200 mil CS/mL foram obtidos por BUENO et al., (2005). Os resultados de lactose do presente estudo evidenciaram que os rebanhos leiteiros da região de Rio Verde não são especializados, pois conforme CUNHA et al., (2008), a lactose é o componente do leite com maior capacidade osmótica, e uma diminuição da lactose resultaria na redução da produção de leite. O extrato seco total (EST) diferiu significativamente entre as amostras avaliadas, variando de 11,85% a 12,20%, valores estes que foram superiores ao recomendado pela IN 51/2002 que estipula o mínimo de 11,4% de EST no leite in natura. Já BUENO et al. (2005), ao avaliarem a CCS e composição centesimal do leite, verificaram valores de EST com variação de 12,20% a 12,61%. O valor do EST do leite cru refrigerado analisado neste estudo ressalta a importância do uso da refrigeração como forma de preservar as características físico-químicas do leite logo após a ordenha. O ESD não diferiu significativamente entre as amostras de leite avaliadas. Os valores obtidos foram de 8,53% para o leite cru tipo C e 8,65% para o leite cru refrigerado. Estes resultados estão compatíveis com os valores estabelecidos pela IN 51/2002, que recomenda o mínimo de 8,4% de ESD. Valores de ESD superiores aos da presente pesquisa foram relatados por SOARES et al. (2004), ao estudarem a produção e composição do leite de vaca alimentada com farelo de trigo (8,90% a 9,0% de ESD), o que também foi estudado por MAGALHÃES et al. (2004), que avaliaram o desempenho de vacas em lactação alimentadas com cana de açúcar e silagem de milho, e obtiveram ESD de 9,22% a 9,41%. A CCS do leite não deve ultrapassar o limite de 750 mil CS/mL. No presente estudo o leite cru tipo C apresentou uma contagem de 369 mil CS/mL, já o leite cru refrigerado apresentou contagem de 525 mil CS/mL, portanto estes valores estão dentro dos limites máximos estabelecidos pela legislação brasileira. Resultado de CCS semelhante aos verificados no presente estudo foram descritos por

6 MACHADO et al. (2000), que verificaram uma média de 505 mil CS/mL, no estudo que avaliou a composição do leite de tanques de rebanhos brasileiros. Resultados de CCS maiores (719 mil CS/mL) que os desta pesquisa foram observados por REIS et al (2007). O leite tipo C do presente estudo era oriundo de vacas ordenhadas manualmente, no entanto o leite refrigerado em sua maioria era proveniente de rebanhos ordenhados mecanicamente, o que reforça a alta CCS do leite cru refrigerado. SILVA et al., (2009) verificaram uma maior CCS no leite ordenhado mecanicamente, o que pode estar relacionado ao mau uso do equipamento de ordenha. A CBT nos tratamentos avaliados foi superior ao recomendado pela IN 51/2002, que recomenda a contagem máxima de 750 mil UFC/mL de leite, o que evidencia que as condições higiênico-sanitárias de obtenção do leite nos dois sistemas estudados são precárias. Embora a CBT não tenha diferido significativamente entre os tipos de leite avaliados nesta pesquisa (leite cru tipo C e leite cru refrigerado), a falta de refrigeração do leite tipo C contribuiu para o aumento de micro-organismos do leite. E considerando que o leite permaneceria no posto de captação até a chegada do transporte (24 a 48 horas), certamente a CBT atingiria valores mais expressivos. No entanto, os valores da CBT do leite cru refrigerado podem ter sido elevados, pois em estudos anteriores realizados nessa região foi possível observar a prevalência de micro-organismos do grupo psicotróficos (SILVA et al., 2010) durante o tempo de estocagem na propriedade rural por 72 horas. Os parâmetros de qualidade do leite fora dos limites previstos na IN 51/2002, podem ser vistos na Figura 1. 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% 24,49% 4,08% 12,24% 14,28% 0% 0% 14,28% 16,33% 10,20% 10,20% 38,77% 34,69% Cru tipo C Cru refrigerado Gordura Proteína EST ESD CCS CBT FIGURA 1 Porcentagem de amostras de leite in natura fora dos padrões estabelecidos pela IN 51/2002. A Figura 1 evidencia que a alta CBT reflete diretamente na qualidade higiênicosanitária do leite e derivados, e nesse caso merece maior atenção dos envolvidos na cadeia produtiva do leite da região, devido à alta porcentagem de amostras acima dos limites

7 estabelecidos pela legislação brasileira. 4 - CONCLUSÃO A refrigeração do leite na fonte de produção contribui para melhor qualidade de matéria-prima, principalmente quanto aos parâmetros de gordura e EST. No entanto o emprego de temperatura para a refrigeração do leite, na fonte de produção ainda resultou em CBT acima dos limites estabelecidos pela legislação brasileira, o que evidencia que as condições higiênico-sanitárias de obtenção do leite nos dois sistemas estudados são precárias.

8 5 - REFERÊNCIAS AULDIST, M. J.; HUBLLE, I. B. Effects of mastitis on raw milk and dairy products. Austr. J. Dairy Technol., v. 53, p. 28 36, 1998. BUENO, V. F. F.; MESQUITA A. J.; NICOLAU, E. S.; OLIVEIRA, A. N.; OLIVEIRA, J. P.; NEVES, R. B. S.; MANSUR, J. R. G.; THOMAZ, L. W. Contagem celular somática: relação com a composição centesimal do leite e período do ano no estado de Goiás. Ciência Rural, Santa Maria, v.35, n.4, p.848-854, jul-ago, 2005. BRASIL; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Departamento Nacional de Inspeção de Produtos de Origem Animal. Regulamento técnico de Identidade e Qualidade de Leite Pasteurizado. Instrução Normativa nº 51, de 18 de setembro de 2002. Diário Oficial da União, Brasília, 20 set. 2002. Seção 1, p.13-22. CUNHA, R. P. L.; MOLINA, L. R.; CARVALHO, A. U.; FACURY FILHO, E. J.; FERREIRA, P. M.; GENTILINI, M. B. Mastite subclínica e relação da contagem de células somáticas com número de lactações, produção e composição química do leite em vacas da raça Holandesa. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.60, n.1, p.19-24, 2008. GONZALEZ, H. L.; FISCHER, V.; RIBEIRO, M. E. R.; GOMES, J.; STUMPF JR, F. W.; SILVA, M. A. Avaliação da Qualidade do Leite na Bacia Leiteira de Pelotas, RS. Efeito dos meses do Ano. R. Bras. Zootec., v.33, n.6, p.1531-1543, 2004. LIMA, M. C. G.; SENA, M. J.; MOTA, R. A.; MENDES, E. S.; ALMEIDA C. C.; SILVA, R. P. P. E. Contagem de células somáticas e análises físico-químicas e microbiológicas do leite cru tipo C produzido na região agreste do estado de Pernambuco. Arq. Inst. Biol., São Paulo, v.73, n.1, p.89-95, jan./mar., 2006. MACHADO; P. F.; PEREIRA A. R.; SARRÍES; G. A. et al. Composição do Leite de Tanques de Rebanhos Brasileiros Distribuídos Segundo sua Contagem de Células Somáticas. Rev. bras. zootec., 29(6):1883-1886, 2000. MAGALHÃES, A. L. R.; CAMPOS, J. M. S.; VALADARES FILHO, S. C.; TORRES, R. A.; NETO, J. M.; ASSIS, A. J. Cana-de-açúcar em Substituição à Silagem de Milho em Dietas para Vacas em Lactação: Desempenho e Viabilidade Econômica. R. Bras. Zootec., v.33, n.5, p.1292-1302, 2004.

MENDES, C. G.; SAKAMOTO, S. M.; SILVA, J. B. A.; JÁCOME, C. G. M.; LEITE, A. Í. Análises físico-químicas e pesquisa de fraude no leite informal comercializado no município de Mossoró, RN. Ci. Anim. Bras., Goiânia, v. 11, n. 2, p. 349-356, abr./jun. 2010. 9 MITCHEL, G. E.; ROGERS, S. A.; HOULIHAN, D. B. The relationship between somatic cell count, composition and manufacturing properties of bulk milk. 2. Composition of farm bulk milk. Austr. J. Dairy Technol., v. 41, p. 9 12, 1986. MULLER, E. E. Qualidade do leite, células somáticas e prevenção da mastite. In: ANAIS DO II SUL LEITE: SIMPÓSIO SOBRE SUSTENTABILIDADE DA PECUÁRIA LEITEIRA NA REGIÃO SUL DO BRASIL. Maringá: UEM/CCA/DZO NUPEL. 2002. 212p. NICKERSON, S.C.; OWENS, W.D.; BODDIE, R.L. Mastitis in dairy heifers: Initial studies on prevalence and control. Journal of Dairy Science, v.78, p. 1607-1618, 1995. PHILPOT, W. N.; NICKERSON, S. C. Mastitis: Counter Attack. A strategy to combat mastitis. Illinois: Babson Brothers Co, 1991. 150p. REIS, G. L.; ALVES, A. A.; LANA, Â. M. Q.; COELHO, S. G.; SOUZA, M. R.; CERQUEIRA, M. M. O. P.; PENNA, C. F. A. M.; MENDES, E. D. M. Procedimentos de coleta de leite cru individual e sua relação com a composição físico-química e a contagem de células somáticas. Ciência Rural, Santa Maria, v.37, n.4, p.1134-1138, jul-ago, 2007. SILVA, M. A. P.; SANTOS, P. A.; JACIRA DOS SANTOS ISEPON; CÍNTIA SILVA MINAFRA E REZENDE; MOACIR EVANDRO LAGE; EDMAR SOARES NICOLAU. Influência do transporte a granel na qualidade do leite cru refrigerado. Rev. Inst. Adolfo Lutz (Impr.), São Paulo, v. 68, n. 3, 2009. SILVA, M. A. P.; SANTOS, P. A.; SILVA, J. W.; LEÂO, K. M.; OLIVEIRA, A. N.; NICOLAU, E. S. Variação da qualidade do leite cru refrigerado em função do período do ano e do tipo de ordenha. Rev. Inst. Adolfo Lutz (Impr.) [online]. 2010, vol.69, n.1, pp. 112-118. ISSN 0073-9855. SOARES, C. A.; CAMPOS, J. M. S.; VALADARES FILHO, S. C.; DINIZ VALADARES R. F.; MENDONÇA, S. S.; QUEIROZ, A. C.; LANA, R. P. Consumo, Digestibilidade Aparente, Produção e Composição do Leite de Vacas Leiteiras Alimentadas com Farelo de Trigo. R. Bras. Zootec., v.33, n.6, p.2161-2169, 2004 (Supl. 2).