2 o CONGRESSO BRASILEIRO DE P&D EM PETRÓLEO & GÁS

Documentos relacionados
APLICAÇÃO DAS FUNÇÕES DE PARTIDA E EQUAÇÕES CÚBICAS DE ESTADO NOS CICLOS TERMODINÂMICOS DE POTÊNCIA A VAPOR

AVALIAÇÃO DA EdE MATTEDI-TAVARES-CASTIER (MTC) PARA A DESCRIÇÃO DE DENSIDADE, PRESSÃO DE VAPOR E VELOCIDADE DO SOM DE HIDROCARBONETOS

ABSORÇÃO DE PESADOS DO GÁS NATURAL UTILIZANDO SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL

Estimação de Parâmetros de um Modelo Semi-Empírico de Transferência Simultânea de Calor e Água no Solo

Estimação de Parâmetros em Modelos de Energia Livre de Gibbs em Excesso

ANÁLISE DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE METANOL ATRAVÉS DAS CLÁSSICAS EQUAÇÕES DE ESTADO TERMODINÂMICAS

Equações do estado Termodinâmica Aula [22/ ]

Profª. Drª. Marivone Nunho Sousa Laboratório de Catálise 1 Departamento de Engenharia Química Escola de Engenharia de Lorena EEL/USP

Cálculo Flash de Fluidos Representativos de Reservatórios do Pré- Sal Visando Posterior Medidas PVT

ANÁLISE DO FATOR DE COMPRESSIBILIDADE NO EQUILÍBRIO LÍQUIDO-VAPOR DE FLUIDOS DE PETRÓLEO UTILIZANDO O SIMULADOR PVTpetro

ESTIMAÇÃO DO COEFICIENTE DE ATIVIDADE DE UM SISTEMA BINÁRIO EM EQUÍLIBRIO LÍQUIDO-VAPOR UTILIZANDO O MÉTODO UNIFAC

W. L. Priamo 1, J. V. Oliveira 2, R. A. Reis 3, F. W. Tavares 4

ESTUDO DO EQUILÍBRIO LÍQUIDO-VAPOR DO SISTEMA BINÁRIO PROPANO - GÁS SULFÍDRICO

EQUILIBRIO LÍQUIDO-VAPOR ISOTÉRMICO PARA O SISTEMA BINÁRIO ETANO E DIÓXIDO DE CARBONO

ISOTERMAS DE EQUILÍBRIO PARA PAPEL ARTESANAL: INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA

ESTUDO E ANÁLISE DA MISTURA DE ÁGUA E ETANOL ATRAVÉS DE EQUAÇÕES DE ESTADO.

6 Viscosidade de frações pesadas de petróleo

V-Oktober Fórum PPGEQ

EQUILÍBRIO LÍQUIDO-VAPOR A ALTAS PRESSÕES DO SISTEMA DIÓXIDO DE CARBONO + ANETOL: DADOS EXPERIMENTAIS E MODELAGEM MATEMÁTICA

AVALIAÇÃO DE CORRELAÇÕES EMPÍRICAS PARA ESTIMATIVA DE PONTO DE CONGELAMENTO DE HIDROCARBONETOS PUROS E FRAÇÕES DE PETRÓLEO

ESTIMATIVA DE PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS DE ÁCIDOS GRAXOS

3.1. Algoritmos de Solução (algoritmo N 1) o chiller acompanha a carga. os programas N 1.1 e N 1.2 (algoritmo N 2) (algoritmo N 3)

SIMULAÇÃO DO PROCESSO DE DESASFALTAÇÃO A PROPANO

AVALIAÇÃO DO MODELO PRIGOGINE-FLORY- PATTERSON NA PREDIÇÃO DO VOLUME PARCIAL MOLAR DE SOLUÇÕES LÍQUIDAS BINÁRIAS

Capítulo 3: Propriedades de uma Substância Pura

DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DE PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS DE PETRÓLEOS PESADOS

ANÁLISE DA ABORDAGEM GAMMA-PHI NA MODELAGEM TERMODINÂMICA DE SISTEMAS BINÁRIOS CONTENDO COMPONENTES PRESENTES NO BIODIESEL

1. INTRODUÇÃO Equilíbrio Líquido-vapor. V. A. de ABREU 1, A. T. SANTOS 1, W. R. O. PIMENTEL 1 e A. K. BRAGA 1

ESTIMAÇÃO DOS PARAMETROS DE INTERAÇÃO BINARIA DO SISTEMA CO 2 -N- HEXADECANO

IX CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA E CIÊNCIAS TÉRMICAS. 9th BRAZILIAN CONGRESS OF THERMAL ENGINEERING AND SCIENCES

SIMULAÇÃO E OTIMIZAÇÃO DA PURIFICAÇÃO DO PRODUTO OBTIDO A PARTIR DO CRAQUEAMENTO DE ÓLEO VEGETAL EMPREGANDO O ASPEN HYSYS.

USO DE EQUAÇÕES DE ESTADO CÚBICAS NA MODELAGEM DE SISTEMAS DE HIDROCARBONETOS + CO2 EM CONDIÇÕES DE ALTAS PRESSÕES

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA DENSIDADE DA MISTURA NA MODELAGEM DA EXPANSÃO VOLUMÉTRICA DE SOLVENTES ORGÂNICOS USANDO CO 2 A ALTA PRESSÃO

IX Oktoberfórum PPGEQ

MODELAGEM DO EQUILÍBRIO DE FASES ENTRE ÉSTERES DE ÁCIDOS GRAXOS DE ÓLEO DE PEIXE COM DIÓXIDO DE CARBONO SUPERCRÍTICO.

Identidade de modelos na estimativa do volume de árvores de Pinus caribaea var. hondurensis

APLICABILIDADE DE MODELOS PARA A PREDIÇÃO DA VISCOSIDADE DE GASES PUROS CH 4, CO 2 E H 2 S, E DE GÁS NATURAL SIMULADO

FLEXÃO SIMPLES: ANÁLISE COMPARATIVA REBAP VS. EC2

ANÁLISE EXERGÉTICA DE UM CICLO RANKINE EM CONDIÇÕES SUPERCRÍTICAS UTILIZANDO A EQUAÇÃO DE ESTADO DE PENG-ROBINSON E FERRAMENTAS DO MATLAB (GUI)

Disciplina: Fotogrametria II: Responsável: Mário Reiss. Conteúdo da aula de hoje (26/11/2007)

ESTIMATIVA DA ENTALPIA DE FUSÃO DE COMPOSTOS COMPONENTES DE BIOCOMBUSTÍVEIS ESTIMATION OF FUSION ENTHALPY OF COMPOUNDS RELATED TO BIOFUELS

Equações de estado para líquidos

ESTIMAÇÃO DE PARÂMETROS DA EQUAÇÃO PENG- ROBINSON PARA O BIODIESEL ATRAVÉS DE VALORES DE MASSA ESPECÍFICA EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA

DESENVOLVIMENTO DE UM SIMULADOR DE PROCESSOS A PARTIR DA ABORDAGEM DE RESOLUÇÃO SEQUENCIAL MODULAR PACOTE TERMODINÂMICO.

COEFICIENTES DE ATRITO

5. Funções de afastamento e fugacidade

MODELAGEM TERMODINÂMICA DE SISTEMAS NO PRÉ-SAL CONTENDO CO2, N-HEXADECANO E ÁGUA

Utilização de algoritmos de classificação supervisionada no mapeamento do uso e cobertura da terra no aplicativo computacional Spring 5.1.

ISSN TESTES DE CONSISTÊNCIA TERMODINÂMICA NA ANÁLISE DE DADOS EXPERIMENTAIS DE EQUILÍBRIO DE FASES EM SISTEMAS BINÁRIOS

Máquinas Elétricas. Introdução Parte II

MODELAGEM DO PONTO DE ORVALHO E DO PERCENTUAL DE CONDENSAÇÃO PARA O GÁS DE RECICLO DE UM REATOR DE POLIMERIZAÇÃO DE ETENO EM LEITO FLUIDIZADO

Transições de Fase - Aula 3. Termodinâmica Isotermas de van der Waals Construção de Maxwell

4 Otimização de Portfólio na Área de Refino Modelo de Solução

OTIMIZAÇÃO DOS PARÂMETROS OPERACIONAIS PARA AUMENTAR A RENTABILIDADE DE PROJETOS DE INJEÇÃO DE ÁGUA APÓS O VAPOR EM RESERVATÓRIOS DE ÓLEO PESADO

4 Modelos de viscosidade

Capítulo 3: Propriedades de uma Substância Pura

VERIFICAÇÃO DA ENCURVADURA LATERAL DE VIGAS DE SECÇÃO VARIÁVEL

Gases e líquidos, estados, propriedades PVT e equações de estado

SOLUÇÃO ANALÍTICA DO MODELO DE UM EXTRATOR INDUSTRIAL DE ÓLEO DE SOJA

As Leis da Termodinâmica

SIMULAÇÃO DO CRAQUEAMENTO TÉRMICO DE ÓLEO DE CANOLA, EMPREGANDO O SIMULADOR ASPEN HYSYS.

EQUILÍBRIO LÍQUIDO-VAPOR ISOBÁRICO E ISOTÉRMICO PARA O SISTEMA BINÁRIO ÁGUA (1) E MONOETILENOGLICOL (2)

A Atribuição de Custos em Sistemas Energéticos: A Termoeconomia como base de cálculo

SIMULAÇÃO DA DESTILAÇÃO DO PRODUTO OBTIDO A PARTIR DO CRAQUEAMENTO DE ÓLEO DE PALMA EMPREGANDO O SIMULADOR ASPEN HYSYS.

ESZO Fenômenos de Transporte

Propriedades Termodinâmicas do Modelo de Hubbard Unidimensional no Limite Uniforme

Aula 2 Termodinâmica de substâncias puras: diagramas de fase

ANALYTICAL METHODS IN VIBRATION. Leonard Meirovitch Capitulo 1

EQUILÍBRIO SÓLIDO - LÍQUIDO NA DEPOSIÇÃO DE CERAS COM MODELO MULTISÓLIDO SOLID - LIQUID EQUILIBRIA IN WAX DEPOSITION WITH MODEL MULTISÓLID

Estudo Físico-Químico dos Gases

Palavras-Chave: Ruptura, Envoltória, Elastoplástico, Mohr-Coulomb, Hoek-Brown.

6/Mar/2013 Aula 7 Entropia Variação da entropia em processos reversíveis Entropia e os gases ideais

Introdução a Relaxação Magnética Nuclear André L. B. B. e Silva (Edição do Autor)

ESTUDO TERMO-ESTOCÁSTICO DE CIRCUITOS SIMPLES

AVALIAÇÃO DOS COMPONENTES DE RISCO DOS FUNDOS DE

ESTUDO DA INJEÇÃO DE VAPOR E SOLVENTE EM RESERVATÓRIOS COM CARACTERÍSTICAS SEMELHANTE AO DO NORDESTE BRASILEIRO

Fatores básicos para o dimensionamento de um condutor:

ESTUDO DA APLICAÇÃO DO VAPEX EM RESERVATÓRIOS DE ÓLEO EXTRAPESADO

Aspectos Característicos do Dimensionamento de Vigas Préfabricadas, submetidas à Pré-tração.

Propriedades dos fluidos Aula 2

Terceira série de exercícios Mecânica Estatística - IFUSP - 13/9/ ensemble canônico -

SISTEMA DE RISCO BM&F (SRB)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA VÂNIA MARIA BORGES CUNHA

5 Correlações entre viscosidade e temperatura

MODELO SIMPLIFICADO PARA TROCADORES DE CALOR TUBO CAPILAR- LINHA DE SUCÇÃO

CONSTRUÇÃO DA CURVA DE EQUILÍBRIO LÍQUIDO-VAPOR USANDO UMA EQUAÇÃO DE ESTADO CÚBICA: USO DO EXCEL NO ENSINO DE FÍSICO-QUÍMICA

EXCEL PARA ENGENHARIA QUÍMICA

ESTUDO COMPARATIVO DE MODELOS DE COEFICIENTES DE ATIVIDADE DA FASE LÍQUIDA PARA SEPARAÇÃO DA MISTURA ETANOL-ÁGUA

ANÁLISE DE DIFERENTES MODELOS DE PREDIÇÃO DE PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS PARA BALANÇOS DE EXERGIA NA DESTILAÇÃO ETANOL/ÁGUA.

9 Relações para redução das velocidades de propagação de chama turbulentas no motor em velocidades de chama laminares dos combustíveis

ESTUDO E OTIMIZAÇÃO DE PLANTA DE COGERAÇÃO INDUSTRIAL PARA APROVEITAMENTO DE GÁS POBRE

11/Mar/2016 Aula 7 Entropia Variação da entropia em processos reversíveis Entropia e os gases ideais

EQUAÇÕES DE ESTADO RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS UTILIZANDO O MS-EXCEL 2013

Voo Nivelado - Avião a Jacto

L. G. Oliveira, S. P. Nascimento, T. D. Romão, J. A. Cavalcante, N. A. Costa

OTIMIZAÇÃO DO TEMPO DE INJEÇÃO DOS BANCOS DE VAPOR E SOLVENTE EM RESERVATÓRIO DO NORDESTE BRASILEIRO

Propriedades do equilíbrio líquido-vapor de misturas de não-eletrólitos

1 Introito às Equações de Estado

RSE VERSÃO A ... Alternativa correta: D ,6 6,6 Alternativa correta: A SIMULADO DE FÍSICA - 1º TRIMESTRE 2012

ANÁLISE INTEGRADA ENTRE RESERVATÓRIO, POÇO, ELEVAÇÃO E ESCOAMENTO: UMA PRIMEIRA ABORDAGEM COM ENFÂSE NA MODELAGEM TERMODINÂMICA

Transcrição:

o CONGRESSO BRASILEIRO DE P&D EM PETRÓLEO & GÁS AVALIAÇÃO DE MÉTODOS DE TRANSLAÇÕES DE VOLUME NA PREDIÇÃO DO VOLUME MOLAR DE HIDROCARBONETOS NA REGIÃO DE SATURAÇÃO Bezerra, E. M. 1, Cartaxo, S., de Sant Ana, H. B. Universidade Federal do Ceará, Campus do Pii, Centro de Tenologia, Departamento de Engenharia Químia Caixa Postal 1144 Fortaleza/CE CEP 60455-760 Tel.: (0XX85) 88-9611, Fax.: (0XX85) 88-9601 1 evilenemb@yahoo.om.br, samuel@uf.br, hbs@uf.br Resumo A equação de Peng-Robinson assoiada om expressões de translação de volume propostas por Péneloux et al.; Jhaveri e Youngren; Ungerer e Batut; Tsai e Chen; Ahlers e Gmehling foi avaliada na predição do volume molar líquido de quatro lasses de hidroarbonetos (parafinas, isoparafinas, naftenos e aromátios) geralmente presentes nas frações petrolíferas. Os resultados foram omparados aos dados tabulados pelo DIPPR. Exeção à orrelação proposta por Péneloux et al., as demais expressões mostraram ser bastante satisfatórias, notadamente os métodos propostos por Tsai e Chen, e Ahlers e Gmehling que apresentaram os melhores resultados na predição da densidade do líquido saturado. Palavras-have: Translação de volume; Equação de estado; Dados de densidade. Abstrat Following the work of Péneloux et al., several attempts have been made in order to improve density alulations from equations of state by the use of alternative volume translations methods (as Jhaveri and Youngren, Ungerer and Batut, Tsai and Chen, and Ahlers and Gmehling). The present work aims to evaluate these preditions, partiularly in the saturation domain, using the Peng-Robinson equation of state. Results of this evaluation are given, and the equation proposed by Tsai and Chen, and Ahlers and Gmehling are shown to be more aurate. Keywords: Translated volume, Equation of state, Density data

o Congresso Brasileiro de P&D em Petróleo & Gás 1. Introdução Na indústria petrolífera, os fluidos atravessam várias etapas de transporte desde o reservatório até a refinaria. Durante as quais suas temperatura e pressão sofrem modifiações importantes. No estudo da modelagem e simulação destas etapas, o onheimento das propriedades volumétrias (massa espeífia e ompressibilidade) e de transporte (visosidade, ondutividade térmia e oefiiente de difusão) dos petróleos brutos e dos gases é partiularmente importante, notadamente, no estudo da viabilidade eonômia da exploração dos reservatórios e no desenho otimizado das instalações industriais. A massa espeífia dos petróleos brutos e dos gases naturais é uma grandeza que tem um papel fundamental na estimativa das reservas e na modelagem dos fenômenos de transporte polifásio nas jazidas ou nos dutos. Além disso, ela serve de base a numerosas orrelações orrentemente utilizadas para o álulo de outras propriedades (omo por exemplo: visosidade, tensão interfaial et), mostrando sua importânia para a indústria petrolífera. Na indústria petrolífera, tais propriedades termodinâmias são obtidas, em geral, por regressão numéria baseada em valores experimentais, ajustando-se parâmetros de uma equação úbia de estado, mostrando boa performane. O objetivo deste é, portanto, apresentar a ténia de translação de volume, que assoiada às equações úbias de estado, mostra uma melhor predição da massa espeífia de hidroarbonetos líquidos. 1.1. Equações de estado transladadas A equação úbia de estado proposta por Peng-Robinson (1976) (eq. 1) foi utilizada neste estudo. Esta surgiu de modifiações realizadas nas equações propostas por Redlih-Kwong (1949) e Soave (197), na tentativa de melhorar a predição da densidade dos líquidos. R T a P = (1) orr orr orr orr V b V ( V + b) + b ( V b) V orr = V () onde: os termos a e b são generalizados em função da temperatura e pressão rítia de ada omponente; é a translação de volume; V é o volume molar alulado pela equação de estado original; e, V orr é o volume molar orrigido a P e T. No entanto, a predição da massa espeífia do líquido por intermédio de equações úbias de estado om dois parâmetros não é preisa. De Sant Ana e Ungerer (1999) mostraram que para alguns hidroarbonetos simples (metano e n-heptano) os desvios podem ser superiores a 15%. Por outro lado, o álulo do volume molar da fase gasosa om estas mesmas equações é muito preiso, exeto na região próxima do ponto rítio. Martin (1966) introduziu um tereiro parâmetro (eq. ) a partir de um novo oneito, aquele da translação de volume uma translação linear na absissa que resultará em um desloamento horizontal da isoterma rítia ao longo do eixo de volume, bem omo das isotermas subrítias e do envelope de fases na tentativa de aperfeiçoar a predição do volume molar líquido. A Figura 1 mostra uma omparação entre o volume molar predito pela equação de estado om e sem translação de volume e dados experimentais, oriundos do DIPPR (Daubert e Dannner, 1985, 1986, 1989), para o n-pentano na região de saturação. Pode-se observar que a urva referente à translação de volume é a que mais se aproxima dos dados experimentais e que, na região de vapor saturado, pratiamente, não há modifiação entre as urvas. É importante notar que o desloamento em volume é relativamente grande (em porentagem) para pequenos volumes, o que se traduz em um grande efeito na predição dos volumes líquidos. Por outro lado, para grandes volumes (omo para a fase gasosa), o desloamento devido à translação de volume é pequeno, não havendo assim uma grande influênia sobre os álulos relativos à fase gasosa. Figura 1. Comparação entre o volume molar predito pela equação de estado om e sem translação de volume e dados obtidos do DIPPR (Daubert e Danner, 1985, 1986, 1989) para o n-pentano na região de saturação. P =,68 bar.

o Congresso Brasileiro de P&D em Petróleo & Gás Tabela 1. Ténias de translação de volume. Método Equações Básias Parâmetros Padrão utilizado Péneloux et al. (198) Jhaveri e Youngren (1984) Ungerer e Batut (1997) Tsai e Chen (1998) Ahlers e Gmehling (001) = ) R T 0,40768 (0,9441 Z RA () Propriedades rítias P e fator de Rakett S E = (4) b R T b = 0, 07780 (5) P S E =1 ψ χ (6) MW Propriedades rítias e peso moleular ( T ) = (0,0 0,00056 MW ) T 4,5 + 0, 4666 MW (7) Temperatura e peso moleular α ( T ) = [1 + k (1 Tr ) + N (1 Tr ) (0,7 Tr )] (8) R TC / / t = [ k1 + k (1 Tr ) + k (1 Tr ) ] (9) P C k1 55885 k 4 = 0,00185 + 0,0048 w + 0,6 w 0,9081 w + 0, w (10),0054 0,511 k + 0,045 k + 0,07447 k 0, 081 vvtpr (T ) = 0 k (11) v = (1) R TC = 0,5 (1,5448 zc 0,404) (1) P C T ) = β ( T ) (14) ( r = ) R T C ( 0,074 z (15) PC 0,5 β ( T ) = r γ 0,5 + ( η T α( T ) ) (16) r r 0,5 α ( Tr ) = [1 + k (1 Tr )] (17) k 4 = 0,047 + 0,8548 w 0,18470 w + 0,16675 w 0,09881 w (18) η 74,458 z + 6,966 (19) = γ 46,78 z 107,1 z + 1,67 (0) = 4 Temperatura e propriedades rítias Temperatura e propriedades rítias Parâmetro de orreção obtido através da omparação om dados experimentais na T r = 0.7 Relaionaram o parâmetro de orreção om o o-volume e definiram um parâmetro adimensional (S E ) o qual foi ajustado a partir de dados experimentais de hidroarbonetos na faixa C 1 C 6 O parâmetro de orreção foi ajustado a partir da utilização de dados experimentais, a alta pressão, de hidroarbonetos parafínios (C 1 C 1 ), naftênios (C 6 ) e aromátios Os parâmetros de otimização (k e N) foram obtidos para mais de 100 omponentes (polares e apolares) Baseado na translação de volume proposta por Péneloux et al. o volume é reduzido usando um termo de orreção dependente da temperatura que foi ajustado para uma vasta gama de ompostos (polares e apolares). Este termo possui um parâmetro de orreção de volume ( ) no ponto rítio

o Congresso Brasileiro de P&D em Petróleo & Gás Esta ténia foi empregada primeiramente por Péneloux et al. (198). A posteriori, várias melhorias foram inorporadas por outros autores. Na Tabela 1 são apresentadas algumas das ténias de translação de volume propostas na literatura e testadas neste trabalho. É importante notar que apenas as expressões propostas por Tsai e Chen (1998) e Ahlers e Gmehling (001) foram estabeleidas para a região de saturação. As expressões de Jhaveri e Youngren (1984) e Ungerer e Batut (1997) originariamente foram estabeleidas para um amplo domínio de apliação (desde a região de saturação até zonas de alta pressão e alta temperatura, HP-HT).. Resultados e Disussão As Figuras e omparam o desvio relativo para o álulo da densidade do líquido saturado para o,,4 trimetilpentano e iloheptano, respetivamente, omo função da pressão e da temperatura, usando as ténias de translação de volume propostas por Péneloux et al. (198), Jhaveri e Youngren (1988), Ungerer e Batut (1997), Tsai e Chen (1998) e Ahlers e Gmehling (001). Pode-se observar o aumento do desvio relativo nas proximidades do ponto rítio, o que é uma araterístia inerente das equações úbias de estado. Este desvio atingia, em média, 60% em alguns asos. O desvio relativo é definido omo segue: orr exp V v DESVIO = δ = 100% (1) exp v onde V orr é o volume liquido molar predito pela equação de estado om a translação de volume e v exp é o volume liquido molar experimental. Um omportamento análogo ao apresentado para o,,4 trimetilpentano e o iloheptano foi observado para os demais ompostos testados, ou seja: n-pentano, n-otano, n-deano, isobutano, ilopentano, benzeno, tolueno e ortoxileno, omo é apresentado na Tabela. Pode-se observar que a orrelação proposta por Ahlers e Gmehling (001) apresenta os melhores resultados. Estas substânias foram esolhidas para análise devido às mesmas representarem um perfil de ompostos presentes em uma fração petrolífera, ou seja, n-parafinas, isoparafinas, naftênios e aromátios. Na Tabela é apresentado o desvio médio absoluto (AAD) para todos ompostos testados. O desvio médio absoluto é definido omo segue: AAD = 1 N v N n= 1 v al exp n n exp vn 100% () 10 0-10 Desvio (%) -0-0 -40-50 Peneloux (198) Jhaveri e Yongren (1988) Ungerer e Batut (1997) Tsai e Chen (1998) Ahlers e Gmehling (001) -60 60,00 400,00 440,00 480,00 50,00 560,00 T (K) Figura. Desvio relativo no álulo do líquido saturado para o,,4-trimetilpentano. Comparação entre os métodos de Péneloux et al. (198), Jhaveri e Youngren (1988), Ungerer e Batut (1997), Tsai e Chen (1998) e Ahlers e Gmehling (001). T = 54,96 K. Exeção à orrelação proposta por Péneloux et al. (198), todas as demais expressões mostram resultados bastante satisfatórios na predição do volume molar líquido das substânias testadas. No entanto, nas proximidades do ponto rítio apenas as orrelações propostas por Tsai e Chen e, Ahlers e Gmehling foram satisfatórias. Apesar das expressões propostas por Jhaveri e Youngren (1984) e Ungerer e Batut (1997) terem sido originalmente estabeleidas para zonas de alta pressão e alta temperatura, estas apresentaram bons resultados No entanto, o método proposto por Jahveri e Youngren (1984) apresenta alguns inonvenientes: a sua translação não é função da temperatura e não há parâmetros para todas as lasses de hidroarbonetos.

o Congresso Brasileiro de P&D em Petróleo & Gás Figura. Desvio relativo na densidade alulada do iloheptano: omparação entre a equação de estado proposta por Peng-Robinson e os métodos de translação de volume propostos por Péneloux et al. (198), Jhaveri e Youngren (1988), Ungerer e Batut (1997), Tsai e Chen (1998) e Ahlers e Gmehling (001). Os valores foram alulados da temperatura de ebulição até valores anteriores a vinte porento da temperatura rítia (T = 604,0 K).

o Congresso Brasileiro de P&D em Petróleo & Gás Tabela. Desvio médio absoluto (AAD) na predição da densidade do liquido. Os valores foram alulados da temperatura de ebulição até valores anteriores a vinte porento da temperatura rítia.. Conlusão Componente Péneloux et al. (198) Jhaveri e Youngren (1984) Ungerer e Batut (1997) Tsai e Chen (1998) Ahlers e Gmehling (001) n-pentano 7,95,07 4,79 0,7 0,71 n-otano 16,1,50 4,96 0,96 0,84 n-deano 19,0,5 5,16 1,64, isobutano 10,65,01 5,94 0,61 1,97,,4-trimetilpentano 11,58 4,55,4 1,1 1,8 ilopentano 4,81 não apliável 4,89 1,04 0,67 iloheptano 5,7 não apliável,81 1,0 0,7 benzeno 6,68 não apliável 5,9 0,61 0,4 tolueno 9,98 não apliável 4,60 1,81 0,7 o-xileno 9,69,1 4,8 0,71 0,61 Todos os hidroarbonetos testados 10,,68 4,61 1,0 1,08 O objetivo deste estudo foi omparar ino orrelações de translação de volume que foram aopladas à equação de estado de Peng-Robinson na tentativa de melhorar a predição do volume molar líquido saturado de hidroarbonetos puros (parafinas, isoparafinas, naftenos e aromátios) freqüentemente presentes nas frações petrolíferas. A orrelação de Péneloux et al. (198) mostrou-se inapropriada na predição do volume molar da base de dados estudada. As orrelações de Ungerer e Batut (1997), Jhaveri e Youngren (1984) apresentaram bons resultados na região de saturação, apesar da limitação desta em relação a todas as lasses de hidroarbonetos. Por outro lado, as orrelações propostas por Tsai e Chen (1998) e Ahlers e Gmehling (001) foram bastante preisas em todo o domínio da região de saturação, mesmo na proximidade da região rítia. 4. Agradeimentos Este trabalho foi finaniado pela Agênia Naional do Petróleo através do Programa de Reursos Humanos para o Setor Petróleo e Gás da Universidade Federal do Ceará (PRH-1). Gostaríamos de agradeer ao Dr. Franiso Marondes pelo aesso ao Laboratório de Modelagem e Visualização D (LAMOV) do Departamento de Engenharia Meânia e de Produção da Universidade Federal do Ceará. 5. Referênias AHLERS, J., GMEHLING, J.: Development of an Universal Group Contribution Equation of State I. Predition of Liquid Densities for Pure Compounds with a Volume Translated Peng-Robinson Equation of State, Fluid Phase Equilibria, 191, 177-188, 001. DAUBERT, T. E., DANNER, R. P.: Data Compilation Tables of Properties of Pure Compounds, AIChE, New York, 1985, 1986, 1989 DE SANT`ANA, H. B., UNGERER, P., DE HEMPTINNE, J. C.: Evaluation of an Improved Volume Translation for the Predition of Hydroarbon Volumetri Properties, Fluid Phase Equilibria, 154,, 19-04,1999. JHAVERI, B. S., YOUNGRE, G. K.: Three-Parameter Modifiation of the Peng-Robinson Equation of State to Improve Volumetri Predition, SPE 1118, 1984. MARTIN, J. J.: Equations of State, Industrial Eng. Chem. Fundam., 59, 1, 4-5, 1967. PÉNELOUX, A., RAUZY, E., FREZE, R.: A Consistent Corretion for Redlih-Kwong-Soave Volumes, Fluid Phase Equilibria, 8, 7-, 198. PENG, D Y, ROBINSON, D. B.: A New Two-Constant Equation of State, Ind. Eng. Chem. Fundam., 15, 1, 59-64, 1976. REDLICH, O., KWONG, J. N.: On the Thermodynamis of Solutions. V An Equation of State. Fugaities of Gaseous Solutions, Chem. Rev., 44, -44, 1949. SOAVE, G.: Equilibrium Constants from a Modified Redlih-Kwong Equation of State, Chemial Engineering Siene, 7, 1197-10, 197. TSAI, J. C., CHEN, Y. P.: Appliation of a Volume-Translated Peng-Robinson Equation of State on Vapor-Liquid Equilibrium Calulation, Fluid Phase Equilibria, 145, 19-15, 1998. UNGERER, P., BATUT, C.: Prédition des Propriétés Volumétriques des Hydroarbures par une Translation de Volume Amélioré, Revue de Institut Français du Pétrole, 5, 6, 609-6, 1997. VAN DER WAALS, J. D., Dotoral Dissertation, Leinden, Holland, 187.