APTIDÃO FUNCIONAL EM IDOSAS PARTICIPANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS

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Transcrição:

APTIDÃO FUNCIONAL EM IDOSAS PARTICIPANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS Maria Angélica Binotto (UNICENTRO) - manbinotto@yahoo.com.br Francieli Silva (UNICENTRO) - francieli_silvaa@hotmail.com Zeneide Czekalski (UNICENTRO) - zczekalski@yahoo.com.br Gláucia Kronbauer (UNICENTRO) - gkglau@yahoo.com.br 1. Resumo A presente investigação teve por objetivo verificar o nível de aptidão funcional em idosos praticantes de atividades físicas na Universidade Aberta da Terceira Idade (UATI) da UNICENTRO, campus Irati, PR. Participaram do estudo, de forma voluntária, 17 idosas com média de idade de 69,94 (±6,01) anos, praticantes de atividade físicas regulares (atividade lúdicas, recreativas e esportes adaptados). Para a avaliação dos componentes de aptidão funcional, foi utilizada a bateria de testes AAHPERD, composta por cinco testes motores que avaliam os componentes da aptidão funcional: agilidade/equilíbrio dinâmico, coordenação, flexibilidade, força de membros superiores e capacidade aeróbia. Os resultados encontrados, quando analisados os resultados obtidos para cada teste foram: para a resistência/força a maioria das idosas (29,4%) foi categorizada como muito bom, já para a coordenação e a flexibilidade houve uma prevalência maior de idosas, com valores de 35,3%, 29,4% respectivamente, classificadas com aptidão funcional regular, e quanto a agilidade/equilíbrio dinâmico (88,2%) e a capacidade aeróbica (47,1%) as idosas foram categorizadas com índices de aptidão funcional muito fraco. De acordo com a categorização do grupo, considerando o índice de aptidão funcional geral, observou-se que a maioria das idosas foi classificada como fraco (47,1%) e regular (35,3%). Os resultados da presente investigação, mostraram que as idosas, mesmo praticantes de atividades físicas, apresentaram índice de aptidão funcional considerado insatisfatório. Tais resultados enfatizam a importância em direcionar os programas de intervenção para a manutenção ou melhoria da aptidão funcional, promovendo consequentemente uma diminuição da dependência do idoso. Palavras chave: Aptidão funcional; Idosos; Atividade física; Envelhecimento..

2. Introdução O envelhecimento tornou-se um dos fenômenos que mais se evidencia nas sociedades atuais. A melhoria da qualidade de vida contribuiu para o aumento significativo da sobrevida do ser humano nas últimas décadas. A Organização Mundial da Saúde comemora o triunfo do envelhecimento, mas o considera um grande desafio (OMS, 2002). Os dados demográficos etários apontam que os idosos constituem a parcela da população que mais cresce em todo mundo. Este envelhecimento populacional tem ocorrido nos países em desenvolvimento como o Brasil de forma rápida, acentuada e sem um acompanhamento socioeconômico, comparado ao mesmo processo ocorrido nos países desenvolvidos. Sendo assim, a redução da mortalidade e o aumento da expectativa de vida não foram acompanhados pelo progresso social e econômico em velocidades semelhantes. As intervenções da tecnologia médica como, por exemplo, a utilização de antibióticos, vacinas, equipamentos entre outros, têm proporcionado uma redução dos índices de mortalidade, mas não melhoram a Qualidade de Vida dos idosos (CARVALHO E GARCIA, 2003). Segundo projeções relacionadas ao número de idosos no Brasil para 2020, este chegará próximo a 26,3 milhões, representando quase 12,9% da população total. Estes dados projetam de maneira conseqüente o aumento da longevidade (IBGE, 2006). Ainda, além de fatores de ordem interna, que abrangem herança hereditária, sexo, traços psicológicos e fatores de natureza externa, associados à posição socioeconômica, estilo de vida e meio ambiente, outros motivos são observados para o crescente aumento no número de pessoas idosas, que incluem o declínio das taxas de natalidade, diminuição da mortalidade infantil, controle de doenças

O processo de envelhecimento em idades avançadas está associado a alterações físicas, fisiológicas, psicológicas e sociais, bem como ao surgimento de doenças crônico-degenerativas advindas de hábitos de vida inadequados (tabagismo, ingestão alimentar incorreta, tipo de atividade laboral, ausência de atividade física regular), que se refletem na redução da capacidade para realização das atividades da vida diária. É evidente na literatura que o declínio das capacidades físicas é uma das mais marcantes características do processo de envelhecimento. Estudos prévios têm mostrado que a capacidade cardiorrespiratória em indivíduos idosos parece ser cada vez mais comprometida. Com o avanço da idade, ocorre diminuição na captação máxima de oxigênio, na freqüência cardíaca, no volume de ejeção, na ventilação pulmonar e na força muscular, que podem ser em maior ou menor grau, de acordo com a prática de atividade física regular e os fatores genéticos. Um programa de exercícios físicos regulares demonstrou significativo aumento nos níveis de capacidade aeróbia e força de membros inferiores, além de efeitos positivos na força de membros superiores e na agilidade/equilíbrio dinâmico (TORAMAN, ERMAN, AGYAR, 2004). A flexibilidade muscular e a densidade mineral óssea também podem se apresentar diminuídas devido ao processo de envelhecimento biológico e/ou fatores a ele associados, como por exemplo, piores condições de vida, má alimentação e falta de atividade física. Bons níveis de flexibilidade facilitam a locomoção e reduzem os problemas de dores e lesões musculares e articulares, particularmente na região lombar (SPIRDUSO, 2005). A diminuição da força muscular, ou sarcopenia, também é um fato freqüentemente observado em indivíduos idosos, e pode comprometer o desempenho de atividades comuns da vida diária como, por exemplo, na execução das tarefas domésticas, ou em atos simples como levantar de uma cadeira (MONTEIRO ET AL, 1999). Para Spirduso (2005) o envelhecimento provoca diminuição na capacidade de coordenar os movimentos e redução na ta t9.8115(d)-4.334d8(a)-4

SHEPHARD, 1991), A recomendação do American College of Sport Medicine - ACSM (1994) é de que um programa de atividade física para o idoso deve contemplar os diferentes componentes da aptidão física, incluindo exercícios aeróbicos, de força muscular, de flexibilidade e de equilíbrio. Lord e Castell (1994) afirmam que exercícios físicos regulares são uma estratégia eficaz para melhorar o equilíbrio, a força, a coordenação e o sistema sensório motor, contribuindo para a estabilidade de pessoas idosas. Contudo, para que os exercícios físicos cumpram seu papel é indispensável o reconhecimento das características individuais, bem como avaliações periódicas que atestem resultados positivos. As inúmeras técnicas de medidas para avaliação dos componentes da aptidão funcional contemplam, de acordo com Osness et al. (1990): a) a necessidade da avaliação da condição física do idoso para determinar a prescrição de exercício mais apropriada, reduzindo riscos e aumentando mudanças fisiológica e psicológica; b) a necessidade de quantificar as mudanças ocorridas durante o programa, permitindo um ajuste na prescrição de exercício, o que aumentará a habilidade do programa para afetar mudanças em longo prazo. Nesse sentido, o presente estudo se justifica nas possibilidades de detectar qual o nível de aptidão funcional do participante individualmente e em relação ao grupo, e também qual o componente de aptidão funcional precisaria de mais atenção dentro do programa, haja vista, que uma baixa aptidão funcional, em qualquer um de seus componentes, ou até mesmo em termos gerais, provavelmente aumentará a porcentagem de pessoas que possuem dificuldades ou incapacidade para realização de tarefas da vida diária. Além disso, a identificação do nível de dependência funcional para o idoso proporciona prescrições de exercícios físicos direcionados as suas reais necessidades, com menos riscos e com uma maior efetividade do programa, ou seja, a ênfase do programa poderá ser direcionada para aqueles componentes diagnosticados como fracos ou muito fracos. Portanto é de suma importância conhecer o nível de aptidão funcional, a fim de propor estratégias e iniciativas públicas que favoreçam a implantação e a implementação de programas específicos beneficiando-os e consequentemente contribuindo para a melhoria da qualidade de vida desta população. Sendo assim, o objetivo do presente estudo é verificar o nível de aptidão funcional em idosos praticantes de atividades físicas na Universidade Aberta da Terceira Idade (UATI) da UNICENTRO, campus Irati, PR. 3. Metodologia Esta pesquisa caracteriza-se como estudo descritivo de corte transversal (THOMAS E NELSON, 2002). Participaram do estudo de forma voluntária 17 idosos com idades entre 60 e 79 anos de idade, praticantes de atividade físicas regulares (atividade lúdicas,

recreativas e esportes adaptados), na UATI, UNICENTRO. Todos os idosos foram informados sobre os objetivos da pesquisa assim como os aspectos metodológicos e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). 3.1 Procedimentos de Coleta dos Dados A aptidão funcional depende de diversos componentes e, nesta investigação, serão enfatizadas em especial a força muscular, a flexibilidade, a agilidade, a coordenação, o equilíbrio e a capacidade aeróbia. Para tanto, para a avaliação dos componentes de aptidão funcional, foi utilizada a bateria de testes da American Alliance for Health, Physical Education, Recreation and Dance (AAHPERD). Tal bateria é composta por cinco testes motores que avaliam os seguintes componentes da aptidão funcional: agilidade (AGIL), equilíbrio dinâmico, coordenação (COO), flexibilidade (FLEX), força de membros superiores (RESIFOR) e capacidade aeróbia (RAG). Os resultados de estudos de validade e confiabilidade da bateria de testes da AAHPERD apresentam valores excelentes, portanto, recomendáveis para serem aplicados em idosos (ZAGO E GOBBI, 2003), A opção por utilizar a referida bateria se deu pelos seguintes fatos: a) praticidade, pois permite avaliar grande número de idosos em pouco tempo e com o mínimo de equipamento; b) especificamente delineada para idosos; c) minimiza riscos devido à natureza dos testes; d) envolve tarefas motoras similares às atividades diárias de idosos, aproximando os testes da sua vida cotidiana. A coleta dos dados foi realizada por acadêmicos do curso de educação física envolvidos com a área e capacitados conforme o protocolo de aplicação de cada teste. O laboratório de medidas e avaliação física da UNICENTRO foi o local utilizado para a realização dos testes, em dias e horários previamente agendados. A partir dos dados coletados, os resultados são apresentados utilizando-se da estatística descritiva, com medidas de tendência central, dispersão e distribuição de freqüências, e para tais análises foi utilizado o pacote estatístico SPSS versão 15.0. Os dados foram analisados e categorizados segundo os valores normativos sugeridos para a bateria de testes para mulheres idosas de 60-70 anos (Zago e Gobbi, 2003) e para mulheres idosas de 70-79 anos (BENEDETTI ET AL, 2007). O presente projeto foi efetivado mediante parecer favorável emitido pela comissão de avaliadores do Comitê de Ética em Pesquisa da UNICENTRO. 4. Resultados e discussão De acordo com os dados obtidos, pode-se observar em relação ao perfil das 17 mulheres idosas avaliadas: média de idade de 69,94 (±6,01) anos, sendo que a maioria (35,3%) encontra-se na faixa etária de 60-65 anos de idade. Quanto ao estado civil a maioria declarou-se viúva (70,6%), quanto à escolaridade encontraram-se percentuais semelhantes de idosas com baixo nível de escolaridade, 35,6% séries iniciais e elevado nível de escolaridade (35,6% ensino superior) e em relação à ocupação a maioria relatou serem aposentadas (29,4%).

Quanto ao estado de saúde a maioria (70,6%) relatou estar satisfeita com a saúde atual mesmo que a maioria (88,2%) tenha relatado algum problema de saúde (doença) dentre os quais o mais comum foi a hipertensão arterial. Quanto ao uso diário de algum tipo de medicamento 82,4% relatou fazer uso, sendo que a maioria (64,7%) faz uso de 1-3 medicamentos dia. A ocorrência de quedas, no período de um ano que antecedeu a pesquisa, foi relatada por 41,2% das participantes. Em relação à aptidão funcional das idosas avaliadas, quanto aos valores médios dos testes, observou-se que as idosas investigadas, apresentaram resultados para os testes de coordenação, flexibilidade, agilidade, resistência muscular e resistência aeróbica, conforme Tabela 01. Tabela 01: Análise descritiva (média, desvio padrão- DP, valores mínimos e máximos) para as variáveis de aptidão funcional. Variáveis Média DP Mínimo Máximo COO (s) 11,60 1,76 8,81 15,97 FLEX (cm) 53,61 8,74 37,00 65,00 AGIL (s) 33,49 5,41 23,13 42,28 RESIFOR (rep) 22,59 4,66 14,00 32,00 RAG (s) 555,60 84,60 426,60 722,40 Outros estudos aplicaram a mesma bateria de testes para avaliação da população idosa. A Tabela 02 apresenta a síntese dos resultados encontrados por Ferreira et al. (2008), Laurindo et al. (2009) e Rech et al. (2010). Quando comparados com o presente estudo, Ferreira et al. (2008) apresentam valores semelhantes, com algumas diferenças destacáveis na agilidade e equilíbrio dinâmico e para resistência de força. Tabela 02: Síntese dos resultados encontrados por outros estudos que avaliaram aptidão funcional. Variáveis Ferreira et al. (2008) Rech et al. (2010) Laurindo et al. (2009) Média DP Média DP Média COO (s) 12,94 5,76 15,90 3,80 12,10 FLEX (cm) 54,91 10,67 51,20 11,80 63,50 AGIL (s) 24,42 9,08 30,10 4,70 21,50 RESIFOR (rep) 28,28 6,09 17,30 4,30 25,37 RAG (s) 510,06 83,40 548,60 72,30 435,6 Já na investigação realizado por Rech et al (2010) foram avaliadas 394 mulheres com idade média de 69,4 anos (± 3,4 anos), que não realizavam atividades físicas regulares. Os resultados indicam maior tempo necessário para avaliação da coordenação e da agilidade, menor flexibilidade, menos número de repetições executadas na avaliação de resistência de força e desempenho inferior na resistência aeróbia quando comparados ao presente estudo ou às investigações de Ferreira et al. (2008) e Laurindo et al. (2009). Parece então que a presença de

atividades físicas regulares influencia no melhor desempenho das idosas nos testes de aptidão funcional. Destacamos ainda, que Laurindo et al. (2009) encontraram os melhores valores de aptidão funcional, possivelmente isso se deve pelo fato de terem avaliado somente idosas praticantes de atividade física regular por no mínimo três anos. Ao analisarmos os resultados da aptidão funcional do grupo investigado, especificamente para cada teste, considerando as classificações propostas por Zago e Gobbi (2003) e Benedetti et al. 2007, observamos na Tabela 03 a distribuição percentual nas classificações correspondentes. Tabela 03: Distribuição relativa (%) da classificação para as variáveis da aptidão funcional das mulheres idosas. Variáveis / Classificação COO (%) RESISFOR (%) FLEX (%) AGIL (%) RAG (%) Muito Fraco 5,9 11,8 23,5 88,2 47,1 Fraco 17,6 23,5 11,8 5,9 17,6 Regular 35,3 11,8 29,4 5,9 11,8 Bom 11,8 23,5 17,6-23,5 Muito Bom 29,4 29,4 17,6 - - Em relação à coordenação, o desempenho da maioria das idosas (35,3%) encontra-se na faixa de classificação regular ; já para a resistência/força há maior prevalência (29,4%) de idosas na faixa muito bom ; a maioria das idosas (29,4%) encontra-se com flexibilidade regular ; quanto à agilidade e equilíbrio dinâmico 88,2% das idosas avaliadas foram classificadas na faixa muito fraco ; por fim, a capacidade aeróbica da maioria das participantes (47,1%) foi considerada também muito fraca. Parece-nos com esses dados que as idosas avaliadas, mesmo apresentando melhor desempenho em relação ao estudo de Rech et al. (2010) com idosas sedentárias, não atingem resultados que indiquem aptidão funcional satisfatória; no estudo citado a maioria das idosas apresentou desempenho fraco para flexibilidade e muito fraco para as demais variáveis avaliadas. Especificamente, para o presente estudo, a capacidade aeróbica e a agilidade e equilíbrio dinâmico são os aspectos mais comprometidos das participantes. A coordenação e a flexibilidade atingiram níveis intermediários (regular) e apenas os níveis de resistência/força muscular foram considerados bons. Em termos gerais, as variáveis que compõem o protocolo de avaliação utilizado podem ser consideradas componentes da aptidão funcional geral. Nesse sentido, a soma dos percentis dos cinco testes é utilizada como Índice de Aptidão Funcional Geral (IAFG). A Tabela 04 apresenta a distribuição percentual das classificações para o IAFG.

Tabela 04: Distribuição relativa (%) para a classificação da Aptidão Funcional Geral. Índice de Aptidão Classificação Funcional Geral (IAFG) (%) Muito Fraco 5,9 Fraco 47,1 Regular 35,3 Bom 11,8 Muito Bom - Em relação ao IAFG observou-se que a maioria das idosas foi classificada como fraco (47,1%) e regular (35,3%), e não foi encontrada nenhuma idosa com IAFG muito bom. Em síntese, 53% das idosas avaliadas apresentou níveis da aptidão funcional abaixo dos níveis mínimos estabelecidos por Gobbi e Zago (2003) e Benedetti et al.(2007), o que apenas reflete o desempenho nas variáveis individuais. Outros estudos também têm apresentado IAFG insatisfatório. Para Rech et al. (2010) 77,6% das idosas investigadas foram classificadas com IAFG fraco ou muito fraco ; 18,8% regular ; 3,6% bom e também não foi encontrado IAFG muito bom. Da mesma forma Mazo et al. (2006) citam IAFG fraco em 90,4% das mulheres praticantes de atividade física avaliadas (68,62 ± 4,98 anos), e apenas 9,6% (5 idosas) com o IAFG bom. A analisarmos o IAFG das idosas por faixa etária, observou-se que nas mulheres de 60 a 69 anos de idade encontra-se maior predominância de índices regulares, enquanto as idosas de 70 a 79 anos apresentam, em sua maioria IAFG fraco. Sendo assim, pode-se inferir que para o grupo avaliado, a tendência é de que com o aumento da idade cronológica haja um declínio da aptidão funcional. Além da aptidão funcional as idosas foram também questionadas sobre doenças e episódios de quedas. Observou-se que a maioria das idosas que autorelataram algum problema de saúde (uma ou mais doenças) possuem IAFG fraco (41,2%) e regular (29,4%). Ao relacionarmos o desempenho nos testes de agilidade/equilíbrio dinâmico e a incidência de quedas, foi possível observar que todas as idosas que sofreram pelo menos uma queda no ano anterior a investigação, estão na faixa de classificação muito fraco para tal teste. Sendo assim, tanto a agilidade quanto o equilíbrio dinâmico parecem estar relacionados com a prevalência de quedas. Portanto, melhorar os níveis de agilidade e equilíbrio dinâmico poderá ser um dos fatores preventivos em relação ao acometimento por quedas em idosos. 4. Considerações finais e/ou conclusões Os dados da presente investigação, mostraram resultados semelhantes a outros estudos quanto à diminuição dos níveis de aptidão funcional com o processo de envelhecimento.

As idosas, mesmo praticantes de atividades físicas, apresentaram índice de aptidão funcional considerado insatisfatório, quando analisada a aptidão funcional por meio da bateria de testes da AAHPERD, na qual considera os valores nos testes e a idade cronológica. Tais resultados enfatizam a importância em direcionar os programas de intervenção para a manutenção ou melhoria da aptidão funcional, promovendo consequentemente uma diminuição da dependência do idoso e de forma mais ampla uma melhoria na qualidade de vida. 5. Referências BENEDETTI, TB, MAZO, GZ et al. Valores normativos de aptidão funcional em mulheres de 70 a 79 anos. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano; 9 (1): 28-36, 2007. CARVALHO JAM; GARCIA RA. O envelhecimento da população brasileira: um enfoque demográfico. Cad. Saúde Pública, 19(3):725-733, 2003. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Projeções da População. Projeção da população do Brasil 1980 2050. Disponível em: www.ibge.gov.br, acesso em 2006. CHARCHAT-FICHMAN H, CARAMELLI, P, SAMESHIMA, K. & NITRINI, R. Declínio da capacidade da cognitiva durante o envelhecimento. Revista Brasileira de Psiquiatria, 27 (12), 79-82, 2005. FERREIRA L, BARBOSA TD, GOBBI S. ARANTES, LM. Capacidade funcional em mulheres jovens e idosas: projeções para uma adequada prescrição de exercícios físicos. Revista da Educação Física/UEM Maringá, 19, (3) p. 403-412, 2008. KALACHE, A. Envelhecimento no contexto internacional: a perspectiva da OMS. Anais do I Seminário Internacional sobre Envelhecimento Populacional: uma agenda para o final do século. Brasília: Ministério a previdência e Assistência social e Secretaria da Assistência Social, 1996. LAURINDO, MA ;NADAL, CS; VIEIRA, D. et al. Aptidão funcional em idosas: um estudo de caso da equipe de voleibol UATI. Revista do centro de pesquisas avançadas em qualidade de vida. 1(2), 2009. LORD, SR & CASTELL, S. Physical activity program for older persons: effect on balance, strength, neuromuscular control, and reaction time. Archives Psychophysiology Medicine Rehability, 75 (6), 648-652, 1994. MAZO, GZ; KÜLKAMP, WLADYMIR L, BELLANI, V; PRADO, APM. Aptidão funcional geral e índice de massa corporal de idosas praticantes de atividade física. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano;8(4):46-51, 2006. MONTEIRO WD, AMORIM PRS, FARJALLA R, FARINATTI PT. Força muscular e características morfológicas de mulheres idosas praticantes de um programa de atividades físicas. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, 4(1): 20-

28,1999. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Relatório - Envelhecimento ativo: um projeto de política de saúde. II Encontro Mundial Sobre Envelhecimento. Madri (ESP); 2002. OKUMA, S. O idoso e a atividade física. Campinas: Papirus, 208,1998. OSNESS, WH. Functional fitness assessment for adults over 60 years. Reston: American Alliance for Health, Physical Education, Recreation and Dance, 1990. RECH, CR, CRUZ, JLS., ARAÚJO, EDS, KALINOWSKI, FG, DELLAGRANA RA. Associação entre aptidão funcional e excesso de peso em mulheres idosas. Motricidade, 6 (2), 47-53, 2010. SPIRDUSO, W. Dimensões físicas do envelhecimento. Barueri, São Paulo: Manole. 2005. SHEPHARD, RJ. Exercício e envelhecimento. Revista Brasileira Ciências Movimento, 5(4), 49-56. 1991. THOMAS, JR & NELSON, J K. Métodos de pesquisa em atividade física, Porto Alegre: Artemed, 2002. TORAMAN NF, ERMAN A, AGYAR E. Effects of multicomponent training on functional fitness in older adults. J. Aging Phys. Act. 12(4):538-53, 2004. ZAGO, AS; GOBBI, S. Valores normativos da aptidão funcional de mulheres de 60 a 70 anos. Revista Brasileira Ciência e Movimento. 11(2): 77-86, 2003.