Uma reflexão sobre a Renovação no CNE

Documentos relacionados
RENOVAÇÃO DA ACÇÃO PEDAGÓGICA e TÉCNICA ESCUTISTA

ATIVIDADE ESCUTISTA INTERNACIONAL MULTICULTURALIDADE APRENDIZAGEM GEOGRAFIA INTENCIONALIDADE DESAFIO EXPERIÊNCIA INTERAÇÃO

Unidade Regional no respeito pela diversidade um exemplo de Braga

1 - INTRODUÇÃO 3 2 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS 4 3 RESUMO DE ATIVIDADES ESCUTISTAS DO AGRUPAMENTO 5 4 CALENDÁRIO GERAL DE ATIVIDADES DO AGRUPAMENTO 6

Candidatura Rede de Afetos Junta do Núcleo Cego do Maio Triénio Rede de Afetos

Documento de Enquadramento dos Cursos

Avaliação da implementação do Programa Educativo

CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO DO PRÉ- ESCOLAR

JUNTA REGIONAL DE LAMEGO. Plano de Actividades. e Orçamento

TEXTO DE APOIO PARA O FORMANDO

Percurso Inicial de Formação Sistema de Formação de Adultos no Escutismo. Enriquecimento

CONSELHO CIENTÍFICO PEDAGÓGICO DA FORMAÇÃO CONTÍNUA APRESENTAÇÃO DE ACÇÃO DE FORMAÇÃO NAS MODALIDADES DE CURSO, MÓDULO E SEMINÁRIO

PLANO ANUAL 2009/2010

Caminhos de Esperança com Renovada Confiança

ESCUTISMO CATÓLICO PORTUGUÊS. Regulamento

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE FREAMUNDE. Plano de Formação do Agrupamento 2015/2017

PLANO DE AÇÃO ESTRATÉGICA

CRITÉRIOS GERAIS de AVALIAÇÃO na EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR

INDABA Núcleo da Barra

Agenda. 4. Intervenientes na Formação Formandos Agentes Formativos Agentes de Gestão. abril 2013 Slide 2

CURSOS EFA Educação e Formação de Adultos. Regulamento. I Legislação de referência

Uma Escola de Cidadania Uma Escola de Qualidade RIA - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DR. FRANCISCO SANCHES

2017/2018 Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento

Junta Regional de Braga Normas Regionais de Formação

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE GAVIÃO. Ano letivo 2014/2015 PLANO DE FORMAÇÃO. Não há saber mais ou saber menos. Há saberes diferentes.

CENÁCULO FICHA DE JOGO

Grupo de Trabalho Temático para a Educação para o Empreendedorismo

Percurso Inicial de Formação Sistema de Formação de Adultos no Escutismo

O curso de Gestão e Coordenação de Formação tem como objetivo principal planear, executar e avaliar ações de formação profissional.

Plano de Ações de Melhoria

JUNTA REGIONAL DE VILA REAL

Testemunhos de Esperança

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ELIAS GARCIA CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR

Plano 2016/2017. Agrupamento 440 São Tiago de Amorim. " A quem irás? "

Plano de Melhoria. Avaliação Externa IGEC. 13 a 16 de abril 2015

Ficha de Inscrição. Agrupamento Silveira. Paróquia de Nossa Senhora do Amparo da Silveira

Plano de. Atividades do. Agrupamento 787. de Vitorino dos Piães

PLANO DE FORMAÇÃO 2013/2015

Sistema de Formação de Adultos no Escutismo

Linhas Gerais do Cenáculo Regional ou de Núcleo

DEFINIÇÃO, ATIVIDADE E FINALIDADES

Plano de Formação de Agrupamento/Escola em 8 passos Do caráter estratégico à conceção, avaliação e legislação que o suporta

Agrupamento 440 São Tiago de Amorim Núcleo Cego do Maio Região de Braga

Critérios de Avaliação na educação pré-escolar

CNE Plano Estratégico Participativo

Relatório Final de Avaliação. Ação n.º 6/2010

CRITÉRIOS GERAIS de AVALIAÇÃO na EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR

Corpo Nacional de Escutas Escutismo Católico Português

Plano de Ação Estratégica

CIRCULAR INFORMATIVA

REUNIÃO DEBATE SOBRE A PROPOSTA DA JUNTA CENTRAL RENOVAÇÃO DO SISTEMA DE FORMAÇÃO

Caros Dirigentes, Para informações por favor contactem o endereço: Com as melhores saudações escutistas, De:

PLANO CURRICULAR 3º CEB. Princípios orientadores

O documento encontra-se dividido em 7 áreas de atuação, que são:

REGULAMENTO E DISPOSIÇÕES GERAIS DO ENCONTRO REGIONAL DE LOBITOS DA REGIÃO DE COIMBRA. Artigo 1.

Gestão da Formação em Manutenção de Aeronaves

Efeitos a produzir: Mudança de práticas, procedimentos ou materiais didáticos OBJETIVOS GERAIS:

Regulamento de concurso Criação de Logotipo

CURSO DE PREPARAÇÃO PARA O EXAME DE ACESSO

Deve ser nomeado um Coordenador de Estágio, de preferência o Diretor do Curso, neste caso o Professor José Barros.

RIPA & REPA. e as rotinas de avaliação ao serviço das aprendizagens

Serviço de Psicologia e Orientação (SPO)

GESTÃO DO CURRÍCULO: ENSINO DO INGLÊS NO 1.º e 2.º CICLOS DE ENSINO BÁSICO

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Plano e Orçamento 2015

Training Course MBA - METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

RIPA & REPA. e as rotinas de avaliação ao serviço das aprendizagens edição 2017

Pacote de Atividades para as Associações Escutistas

Política de Formação

Metodologia do Projecto

PLANO DE AÇÃO ESTRATÉGICO

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR

Agrupamento de Escolas do Vale de Ovil. 1. Introdução

Ficha Técnica. Página 2

VOCÊ SABE. O que faz o formador? Quais os requisitos de acesso à profissão de formador? O que é a habilitação própria para a docência?

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE CUBA

PLANO DE DESENVOLVIMENTO EUROPEU

Programa de Formação Contínua em Matemática para Professores do 1º Ciclo do Ensino Básico da ESEG

Objeto e finalidades. A avaliação visa:

REGULAMENTO GERAL XIV ACAREG REGIÃO DE VISEU

Instituto de Educação Universidade de Lisboa

EFA CURSO DE EDUCAÇÃO FORMAÇÃO DE ADULTOS

PLANO ANUAL DE FORMAÇÃO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VALONGO DO VOUGA ANO LETIVO

A FNA sua Missão e Fins

SESSÕES DE TRABALHO PERÍODO PROBATÓRIO. Coimbra, 27 de Novembro de 2017 Lília Vicente Fernando Alexandre José Diogo

Vivências do Meio Náutico. Preparação de Atividades Náuticas. Atividades Náuticas. Jogo Aquático* Navegação em Segurança

Agrupamento de Escolas Santos Simões

Orientação Técnica nº 4/2010

CORPO NACIONAL ESCUTAS AGRUPAMENTO Nº 990. Plano de Actividades / Orçamento VIANA DO CASTELO. Página 1 de 9

Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Serpa Regulamento da Avaliação Operacionalização da Avaliação no Processo de Ensino Aprendizagem

ESTRUTURA DE TERMOS DE REFERÊNCIA

CORPO NACIONAL DE ESCUTAS ESCUTISMO CATÓLICO PORTUGUÊS JUNTA REGIONAL DOS AÇORES PARA: JUNTAS DE NÚCLEO, AGRUPAMENTOS DA REGIÃO E JUNTAS REGIONAIS

REGULAMENTO DO PRÉMIO DE MÉRITO

Percurso Inicial SIIE

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Educação Pré-Escolar

CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO - ENSINO BÁSICO 1º CICLO

Transcrição:

Dimensão Temática Educação Uma reflexão sobre a Renovação no CNE Ivo Faria Coordenador das Equipas Nacionais do Projeto RAP e do Projeto RSF chefia@braga.cne-escutismo.pt O CNE tem vindo a atravessar um período, que já ultrapassa 10 anos, de renovação pedagógica. Para além da renovação da ação pedagógica, a Associação encetou um processo de renovação do sistema de formação, que complementa e dá condições a que toda a operacionalização dessa renovação se faça. Este texto reflete sobre este processo de renovação e a necessidade de o processo não parar durante mais 2 décadas. Lança ainda pistas para outras renovações que poderão continuar a dar sentido ao caminho. Palavras-chave: Renovação da Ação Pedagógica Renovação do Sistema de Formação Gestão da mudança Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança: Todo o mundo é composto de mudança, Tomando sempre novas qualidades. Luís Vaz de Camões, Sonetos (extrato) Renovação da Ação Pedagógica ( RAP ) Ao longo dos últimos anos, o CNE apostou num programa de renovação do edifício pedagógico no qual assenta a nossa ação junto das crianças e dos jovens que nos são confiados pelos seus pais e pela Igreja. Mantendo-se fiel ao Método Escutista, procurou-se dar mais sentido ao que fazemos, para quem o fazemos, intenção, finalidade e objetivo. Reforçando a ação do CNE enquanto associação de educação não-formal, mantendo os valores e o Método em perspetiva, ajustámos a nossa prática aos tempos de hoje e tentámos aumentar a consciência educativa dos animadores adultos. Figura 1: as 7 maravilhas do Método 1

No centro do projeto, esteve desde o início, a firme vontade em definir a Proposta Educativa da Associação, rever as áreas de desenvolvimento, introduzir trilhos e objetivos educativos para cada uma das quatro secções e renovar o sistema de progressão. Com tudo isto, procurou centrar-se cada vez mais a ação nos jovens, reforçando a valorização das experiências externas à Associação. Foi também oportunidade para revisitar, renovar e adicionar conceitos relacionados com a Mística e Simbologia, particularmente ao nível dos Símbolos das secções, Patronos (revimos os Patronos dos Exploradores/Moços e dos Pioneiros/Marinheiros), Modelos de Vida e Grandes Figuras, bem como a renovação da Mística do CNE, centrando-a em Jesus Cristo e conferindo um cunho mais sequencial. Todo o projeto foi testado, por quase 100 agrupamentos espalhados de norte a sul e ilhas, foram mais de 8.500 escuteiros envolvidos, mais de 10.000 horas de formação. Foi um período de forte produção de conteúdos, pedagógicos e formativos; lançaram-se manuais para as secções, z-cards sobre a Mística do CNE e os Patronos, kits e, claro, um novo Manual do Dirigente. Foi (tem sido), tempo de implementar, de recolher e partilhar boas práticas, de levar o projeto a toda a Associação, de forma prática e vivida, mais do que num conjunto de conceitos expressos mas não seguidos. Vai ser tempo, em breve, de começar o processo formal de avaliação da implementação, analisando a forma como as novas soluções estão a ser implementadas, desafios, dificuldades, erros de conceção, necessidade de corrigir e ajustar. Um projeto apaixonante que mobilizou a Associação, no meio de fervorosos defensores, opositores, críticos e espetadores. Todos contribuíram para o que é o edifício pedagógico do CNE 1. Renovação do Sistema de Formação ( RSF ) Os novos projetos educativos das secções revelaram uma necessidade que há muito já se sentia na Associação: a de reapreciar, ponderar e renovar o sistema de formação dos chefes. Desde logo, a necessidade de adequar os conteúdos da formação aos novos projetos educativos. Mas, muito mais do que isso: Definir os perfis dos chefes, para os diversos cargos e atribuições que desempenham no CNE, tanto ao nível local, regional ou nacional; Revisitar o papel do Adulto na Associação, dando especial relevo ao perfil do candidato a dirigente, princípios, direitos e deveres do candidato e do dirigente, bem como recrutamento de adultos e o compromisso associado ao papel de adulto; Reapreciar o papel da formação de adultos no CNE e atualizar a gestão de adultos; Redefinir a arquitetura do sistema de formação, expressando os princípios-base, edificando-a em percursos de formação e áreas formativas; Rever o papel dos diversos intervenientes na formação; Definir um sistema que suporte a formação contínua como base para a atualização dos dirigentes, baseada num sistema de créditos e em princípios para o reconhecimento da formação. Sobre os princípios-base, vale a pena sublinhar a formação personalizada, atendendo à particularidade de cada formando e valorizando as competências individuais de cada um, focando-a na ação pedagógica e do seu impacto junto dos jovens, bem como a preferência clara por um processo de aprendizagem contínuo e ao longo do ciclo de vida do dirigente, assente em percursos de formação (Educadores, Formadores e Gestores) que podem conferir a Insígnia de Madeira como reconhecimento de uma formação pedagógica aprofundada. 1 Como acabei de referir, foram mesmo muitos os que se lançaram neste empreendimento de corpo e alma. Não poderia, porém deixar de mencionar o Luís Fialho, que está no Eterno Acampamento, e que com uma enorme dose de generosidade se deu ao projeto RAP, desde a primeira hora até ao 21 de novembro de 2009. Obrigado, Luís! 2

Adicionalmente, os princípios-base valorizam ainda a criação da consciência da dimensão global do movimento escutista, a complementaridade entre cursos de formação de base e formação monográfica, interna ou externa, de curta duração e diversificada, usando as novas ferramentas e tecnologias, quando se justifique e reforçando o papel da tutoria e da gestão local da formação. Numa altura em que o CNE dá os primeiros passos na implementação deste novo edifício formativo, uma reflexão deste género poderá parecer prematura. Importa, porém, não deixar a oportunidade de a partilhar. RAP e RSF duas dimensões da mesma realidade Estas duas renovações estruturantes ocorrem numa altura em que o CNE vive um momento de forte riqueza simbólica, alicerçada nas comemorações dos seus 90 anos, num percurso coerente de 6 anos com temáticas fortes, modelos de vida que dão corpo a um caminho que se constrói pelo próprio caminhar e um efetivo de escuteiros consistente. A hierarquia da Igreja Católica em Portugal dedica-nos uma belíssima Nota Pastoral em novembro de 2012. Todos estes contextos são uma espécie de catalisador para a renovação que se materializa. De facto, se o projeto RAP atravessou um período de 8 anos de trabalho, fruto de uma reflexão ponderada, sem pressa mas firme, estou convencido que o projeto RSF não será mais curto. Convém, por esse motivo, não perder de vista um processo que deve estar aberto à revisão quer da ação pedagógica, quer da formação, motivada uma pela outra (e vice-versa), tendo sempre como meta um cada vez mais aprofundado trabalho de contribuição para o desenvolvimento dos jovens e do seu caminho. Por esse motivo, considero que será crítico, para o CNE, definir uma estratégia de longo prazo, onde fique consagrado este princípio de renovação contínua do processo educativo e formativo, tendo por base princípios basilares que sejam transversais e vão sendo revisitados à luz do tempo. Só desta forma poderemos escapar ao natural desgaste dos intervenientes no processo, promovendo a renovação das próprias equipas de projeto, equipas nacionais, Junta Central, sem contudo perder o norte. Desafios para os formadores O RSF proporciona desafios aos formadores, nomeadamente: Atender às capacidades, necessidades, experiências e dificuldades de cada um dos formandos. Isto implica um nível adicional de atenção e de flexibilidade, por forma a transmitir conhecimentos, experiências e vivências diferentes a formandos que não são todos iguais. Desenvolver uma dinâmica formativa mais experiencial e menos concetual/expositiva, que permita aos formandos viverem na prática a situação para a qual os conceitos que foram apreendidos (ou transmitidos) sejam de facto consolidados. 2 Experiência profunda da ação pedagógica: cada vez mais os formadores devem ter um conhecimento e experiência prática aprofundados sobre o tema que estão a transmitir. Particularmente no que toca aos conteúdos pedagógicos, de animação e técnicos é fundamental que o formador seja, mais do que um veículo de transmissão de conhecimento, um especialista experimentado no tema de que está a falar. Especialização temática: decorrente dos pontos anteriores, não é crível que um formador acumule experiência, competência de base e conhecimentos em todas as áreas de formação. Obviamente, continua a haver um conjunto de competências específicas relacionadas com a área da formação que devem ser dominadas pelo formador, nomeadamente técnicas de animação de sessões de formação, avaliação, diagnóstico, dinâmicas de grupo, etc. Por outro lado, não estamos 2 A este título, recordemos o conceito da formação 70:20:10, baseado no qual se crê que a aprendizagem, em contexto formativo, deveria ser 70% experimental/prática, 20% através da partilha de experiências e 10% através de sessões formais de formação em sala. 3

necessariamente a referir-nos a desafios que até aqui não existissem ou não estivessem na agenda das estruturas que oferecem formação. Desafios para as estruturas regionais (ou de núcleo) e para a Junta Central Relativamente às estruturas regionais (ou de núcleo) e à Junta Central, o RSF implica os seguintes desafios: Basear a oferta formativa, quer em termos da criação/manutenção de um catálogo de oferta, quer em termos de execução e entrega de momentos de formação, em diagnósticos de necessidades que necessariamente têm que vir das bases, nos agrupamentos; Promover a atualização dos formadores e dos diretores de formação, em termos de conteúdos consentâneos com as revisões ao nível pedagógico e das áreas de formação; Formar tutores locais e regionais/nacionais de formação, adaptando-os aos novos percursos formativos e à aprendizagem cada vez mais baseada no aprender fazendo, preferencialmente no agrupamento; Reformar chefes de agrupamento, reforçando o seu papel enquanto responsáveis pela formação da sua comunidade local de formadores e preparando-o para os novos desafios que o RSF coloca aos chefes de unidade e membros das equipas de animação; Estender a base de formadores e de diretores, para um número de temas formativos e um acompanhamento aos formandos nos seus percursos formativos cada vez mais exigentes; Atualizar processos administrativos e financeiros de registo, processamento e análise de necessidades formativas, gestão de inscrições, controlo de formações frequentadas, qualificação de formandos e de momentos formativos organizados nos agrupamentos, núcleos e regiões, liquidação de inscrições, registo de ações dadas por formadores, etc; Redefinir as condições logísticas e arquitetónicas dos espaços para sessões de formação, adaptando-as às novas exigências da formação organizada em módulos, em percursos (e não cursos) e pressupostamente mais prática e menos expositiva. Outras renovações fundamentais Do exposto anteriormente, resulta claro que são necessárias várias reformas adicionais, quer em termos dos agrupamentos, mas também afetando as regiões/núcleos e a Junta Central. Desde logo, os agrupamentos deverão acomodar a formação dos candidatos a dirigentes durante um período de 2 anos (em média), bem como a formação de um grupo de tutores locais, a atualização anual dos dirigentes no contexto da formação contínua, incluindo o impacto que tudo isto revela em termos de disponibilidade de tempo dos dirigentes e em termos de esforço financeiro. Em termos regionais/núcleo e nacionais, mostra-se necessária a reforma do património, incluindo edifícios físicos para a formação e equipamentos. Por outro lado, a revisão administrativa e financeira, incluindo o próprio financiamento da atividade formativa. Por outro lado, mostra-se cada vez mais necessário o desenvolvimento de estratégias e implementação das mudanças, quer em termos de comunicação e divulgação, imagem e, obviamente, de animação de encontros de partilha, de formação e ainda o aproveitamento da atividade escutista regional/de núcleo ou nacional/internacional, como forma de disseminar e treinar no terreno as novas soluções pedagógicas e formativas. A este título, refira-se a utilidade de promover atividades específicas de uma determinada secção a nível regional/núcleo ou nacional, aproveitando uma determinada temática (ou modelo de vida) que esteja a ser vivida nesse ano, para incluir nos seus objetivos o trabalho de novas soluções ao nível pedagógico ou formativo 3. 3 Por exemplo, Pion:és e o Rover Regional Braga 2014, aproveitaram o ano em que o CNE caminhou com S. Pedro e com João Paulo II, respetivamente, para, promovendo o encontro e o desenvolvimento dos pioneiros e caminheiros, gerar 4

São com certeza áreas adicionais de reforma que estarão de certeza na ordem do dia e nos planos anuais (diria antes, trienais) da Junta Central, das Juntas Regionais e de Núcleo e (porque não?) dos Agrupamentos. desenvolvimento pedagógico e formativo das equipas de animação e dos guias, através da vivência e dos encontros de guias/chefes de unidade promovidos na preparação. 5