OS BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO RESISTIDO PARA IDOSOS

Documentos relacionados
TÍTULO: NÍVEIS DE APTIDÃO FÍSICAS DE PRATICANTES DE DOIS MODELOS DE TREINAMENTO RESISTIDOS.

TÍTULO: OS EFEITOS DO EXERCÍCIO RESISTIDO NA PORCENTAGEM DE GORDURA EM IDOSOS

Benefícios gerais da actividade física

Os Benefícios da Atividade Física no Tratamento do Transtorno no Uso de Drogas

A HIDROGINASTICA PARA IDOSOS E SEUS BENEFICIOS PARA SAÚDE E BEM-ESTAR

CUIDADOS COM A MOBILIDADE Da infância à terceira idade

INFLUÊNCIA DA CAMINHADA ORIENTADA EM PARÂMETROS FISIOLÓGICOS E PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS 1

Conceitos, Importância e Benefícios da Atividade Física

Idosos Ativos, Idosos Saudáveis

Práticas e programas de musculação para a população acima de sessenta anos

IMPACTOS DA GINÁSTICA FUNCIONAL NA AUTOESTIMA DE IDOSOS NA MAIOR IDADE

INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE FISICA SOBRE OS COMPONENTES DA CAPACIDADE FUNCIONAL

E APÓS UM INFARTO DO CORAÇÃO, O QUE FAZER? Reabilitação Cardiovascular

A Senilidade e suas consequências

COLÉGIO SALESIANO DOM BOSCO DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA PROFESSOR : THIAGO FERNANDES SÉRIE: 2º ANO

Importância da Atividade Física na Redução de Gastos Publicos com o Tratamento da Diabetes Mellitus em Escolares do Ensino Fundamental

1ª Jornada Educação e Envelhecimento Tramas e dramas nas interfaces com tecnologias, saúde e lazer. Adriano Pasqualotti

Multimorbidade e medidas antropométricas em residentes de um condomínio exclusivo para idosos

O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE ATIVIDADE FÍSICA

MUSCULAÇÃO E SEUS BENEFÍCIOS. Charles Pereira Ribeiro Luciano do Amaral Dornelles RESUMO

AGILIDADE E EQUILIBRIO DINÂMICO EM ADULTOS E IDOSOS

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA

Benefícios Fisiológicos

Programa Viver Melhor

PAPEL DA NUTRIÇÃO NO ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL: UMA REVISÃO NA LITERATURA

ANALISE DE PROSPECÇÃO MOTIVACIONAIS DE ATIVIDADE FÍSICAS PARA IDOSOS

Envelhecimento: questão de saúde pública, consumo e necessidades sociais

CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS PRATICANTES DE EXERÍCIOS FÍSICOS NO CLUBE DA PESSOA IDOSA EM JOÃO PESSOA PB

Qualidade de Vida 02/03/2012

EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO EM IDOSOS HIPERTENSOS

COMPARAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM INDIVÍDUOS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO E SEDENTÁRIOS ATRAVÉS DO QUESTIONÁRIO SF-36

A IMPORTÂNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO PARA A QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA IDADE

PALESTRA. Os Benefícios do Pilates Contemporâneo no Envelhecimento saudável. Dra. Ingrid Quartarolo FISIOTERAPEUTA

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO Ano Lectivo 2017/2018

ANÁLISE COMPARATIVA DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE INDIVÍDUOS ACIMA DE 60 ANOS PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA NAS ATI s DE MARINGÁ-PR

Os Benefícios da Atividade Física no Tratamento da Dependência Química. Benefícios Fisiológicos

QUALIDADES FÍSICAS RELACIONADAS A APTIDÃO FÍSICA. BASES DO TREINAMENTO CORPORAL I

ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE

Atividade. Cuidar da Saúde é uma atitude para toda a vida. física

30 motivos para fazer musculação

NUT-154 NUTRIÇÃO NORMAL III. Thiago Onofre Freire

AUTOR(ES): BRUNO SANTORO FERNANDES, BRUNO LUIGI MANTOVANI, EDSON BARBOZA, MAYARA CRISTINA BAHIA DE SOUZA, RICARDO DOS SANTOS DINIZ

PROMOÇÃO DA SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA NO CAMPUS JOÃO CÂMARA.

Treinamento: Controle Postural e Locomoção em Idosos. Prof. Dr. Matheus M. Gomes

ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO, NUTRIÇÃO E TREINAMENTO PERSONALIZADO

COMPARAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM INDIVÍDUOS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO E SEDENTÁRIOS ATRAVÉS DO QUESTIONÁRIO SF-36 RESUMO

RESPOSTAS PRESSÓRICAS APÓS A REALIZAÇÃO DE EXERCÍCIOS DE FORÇA PARA BRAÇO E PERNA EM JOVENS NORMOTENSOS

Projecto MobES, Mobilidade e Envelhecimento Saudável

PROGRAMA DE EXERCÍCIO FÍSICO COMO AUXÍLIO NA MELHORIA DA AUTONOMIA FUNCIONAL DA TERCEIRA IDADE 1

PROGRAMA INTEGRADO PARA A TERCEIRA IDADE (PITI) DA UNIJUÍ: EXERCÍCIO FÍSICO E QUALIDADE DE VIDA 1. Susana Da Silva De Freitas 2.

NUTRIÇÃO E TREINAMENTO DESPORTIVO

ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA MELHORA DAS CAPACIDADES FUNCIONAIS DE IDOSOS NA ATENÇÃO BÁSICA

Escola secundaria de Figueiró dos Vinhos Tema: Actividade física em populações especiais

PROMOÇÃO DA SAÚDE FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM FATIMA DO PIAUÍ.

IMPACTO DA ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL SOBRE A QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS PORTADORES DE ARTROSE INCAPACITANTE.

TÍTULO: TREINAMENTO FUNCIONAL NO CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

Sistema muculoesquelético. Prof. Dra. Bruna Oneda

Alterações Fisiológicas e benefícios do Treinamento Resistido na Hipertensão Arterial

Algoritmos aplicados na Medicina Desportiva

INFLUÊNCIA DO PILATES E DA HIDROGINÁSTICA NA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES PORTADORES DE OSTEOPOROSE.

AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE IDOSOS FREQUENTADORES DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

ESTADO NUTRICIONAL E FREQUÊNCIA ALIMENTAR DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS

Disciplina: Avaliação da Adaptação Muscular ao Treinamento de Força: Métodos Indiretos

Ficha Informativa da Área dos Conhecimentos

1. Benefícios da atividade física

PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADE FÍSICA PARA PORTADORES DE DIABETES MELLITUS

PROGRAMA INTERDISCIPLINAR DE ATENÇÃO E PROMOÇÃO À SAÚDE DE CRIANÇAS, JOVENS E ADULTOS DE GUARAPUAVA

A Fisioterapia no Envelhecimento e na Doença Crónica

AF Aveiro Formação de Treinadores. Fisiologia do Exercício

Relato de Pesquisa da Disciplina de Bioestatística do curso de Educação Física Bacharelado da UNIJUI 2

Sistema muscular Resistência Muscular Localizada Flexibilidade Osteoporose Esteróides Anabolizantes

Os 20 MELHORES EXERCÍCIOS DE AGACHAMENTO

A ANÁLISE DOS OBJETIVOS E A RELAÇÃO CINTURA QUADRIL EM PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA

15º FÓRUM DE FISIOTERAPIA EM CARDIOLOGIA AUDITÓRIO 10

DESPORTO E SAÚDE. Um encontro com Adultos do processo RVCC

Atividade Física no processo de envelhecimento

A FISIOTERAPIA E OS ESTILOS DE VIDA. cuidados de saúde

BIOMECÂNICA NO ENVELHECIMENTO

OFICINA SOBRE OS 10 PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL REALIZADA PARA UM GRUPO DE IDOSOS, UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Na ESGB, os testes utilizados para avaliar a força são: força abdominal; flexões/extensões de braços.

16º Fórum de Fisioterapia em Cardiologia Auditório 12

ENFERMAGEM SAÚDE DO IDOSO. Aula 11. Profª. Tatiane da Silva Campos

O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE ATIVIDADE FÍSICA

PREVALENCIA DAS DOENÇAS CRONICAS NÃO-TRANSMISSIVEIS EM IDOSOS NO ESTADO DA PARAIBA

EXERCÍCIO RESISTIDO PARA A TERCEIRA IDADE COMO MELHORIA DO BEM ESTAR E DA QUALIDADE DE VIDA

Atividade Física na Terceira Idade. Prof. Dra. Bruna Oneda 2018

EXERCÍCIO PARA IDOSOS

No entanto, existem outras medidas que podem ser tomadas para estender a expectativa de vida, como prática de exercícios e uma dieta saudável.

Auxilia na prevenção de doenças cardiovasculares

TCC em Re-vista ANDRADE, Carolina Cintra de. 15. Palavras-chave: estresse oxidativo; infarto do miocárdio; exercício. PETRI, Maysa Tenório.

SEMINÁRIO TRANSDISCIPLINAR DA SAÚDE - nº 04 - ano 2016 ISSN:

PERFIL DOS PACIENTES HIPERTENSOS EM UMA UNIDADE SAÚDE DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA

INFLUÊNCIA DE ATIVIDADE RECREATIVA EM IDOSAS FREQUENTADORAS DE UM GRUPO DE ATIVIDADE FÍSICA DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE PONTA GROSSA

EXERCÍCIO FÍSICO NA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS NO MUNICÍPIO DE INCONFIDENTES, MG

NECESSIDADE DA PRÁTICA REGULAR DE ATIVIDADE FÍSICA DURANTE O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO: REVISÃO DA LITERATURA

Pesquisa realizada no Laboratório de Atividade Física e Promoção à Saúde da UNIJUÍ - Campus Santa Rosa-RS. 2

PALAVRAS-CHAVE: educação em saúde, envelhecimento, promoção em saúde.

Alterações no sistema músculo esquelético com o envelhecimento. Prof. Dra. Bruna Oneda

Prevenção da Artrose e Osteoporose. Prof. Avelino Buongermino CREFITO-3/6853-F

EXERCÍCIO FÍSICO NA TERCEIRA IDADE: NA PROMOÇÃO DA SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA DOS ALUNOS DA UNIVERSIDADE ABERTA A MATURIDADE EM LAGOA SÊCA/PB

Transcrição:

OS BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO RESISTIDO PARA IDOSOS SANTOS, Sione Cordeiro 1 DAMATTO, Ricardo Luiz 2 1 Acadêmica do curso de Graduação em Educação Física da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva 2 Docente do curso de Graduação em Educação Física da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva RESUMO Com o aumento da expectativa de vida, o número de idosos que buscam viver melhor vem crescendo cada vez mais, e entre diversos exercícios físicos que existe o exercício resistido (ER) é um dos mais procurados entre esta população, devido aos benefícios que sua pratica promove. O presente estudo teve como objetivo fazer uma revisão bibliográfica utilizando base de dados online de domínio público e o acervo de livros da biblioteca da FAIT que tratam sobre o assunto. O ER minimiza e reduz os efeitos do envelhecimento, reintegra o idoso a suas atividades diárias, melhorando sua saúde, reduzindo doenças típicas dos idosos. Diante disto, podemos concluir que o ER traz inúmeros benefícios aos idosos melhorando sua qualidade de vida e autonomia. Palavras chave: Benefícios do exercício resistido, Exercícios Resistidos, Idosos. ABSTRACT With increasing life expectancy, the number of elderly individuals live better is growing more and more, and across several physical exercises there is resistance exercise (RE) is one of the most popular among this population due to the benefits your practice promotes. This study aimed to make a literature review using online database of public domain and the FAIT the library's book collection that deal with the subject. The ER minimizes and reduces the effects of aging, reintegrates the elderly to their daily activities, improving their health by reducing diseases typical of the elderly. Given this, we can conclude that the ER brings numerous benefits to the elderly improving their quality of life and autonomy. Keywords: Benefits of resistance training, Elderly, Resistance exercises.

1. INTRODUÇÃO A cada dia podemos notar que a população de pessoas idosas fica mais numerosa em todo o mundo. A partir dos 60 anos começam a surgir diversas alterações no corpo decorrente do processo de envelhecimento, caracterizando a pessoa como idosa. No Brasil, um indivíduo com 60 anos já é considerado idoso, já em países desenvolvidos a idade aumenta para 65 anos. (OMS, 2002). Segundo Simão e Baia (2001), no Brasil, antigamente, a estimativa de vida não passava dos 60 anos. Atualmente a expectativa de vida do brasileiro aumentou na média para 73 anos, sendo que as mulheres ainda vivem mais com uma expectativa de 77 anos e dos homens 69 anos como mostra dados do IBGE (2009). No entanto, esta cada vez mais comum vermos pessoas com 90 anos saudáveis e independentes. Cientistas afirmam que com o passar dos anos, esta expectativa ficará ainda maior, pois esta se tornando normal ver idosos ativos (SIMÃO ; BAIA, 2001). Pesquisas mostram que o crescimento do número de idosos é consistente e acelerado, (IBGE, 2009). E que até 2020 o Brasil será o sexto país com o maior número de idosos no mundo (BOSCHIN; TERRA, 2004). O envelhecimento é caracterizado pela ocorrência de alterações (fisiológicas, anatômicas e psicológicas), no corpo, que acontecem com o decorrer dos anos, reduzindo as capacidades funcionais e independência, dificultando a realização de tarefas diárias (CESARIO; NAVARRO, 2008). O processo de envelhecimento refere-se ao declínio da eficiência de órgãos e tecidos, causando a perda de capacidades físicas e funcionais, perda de força muscular, equilíbrio e sarcopenia (perda de massa magra), e ntre outros fatores que acontecem neste processo (PEDRO; AMORIM, 2008). O envelhecer sob o ponto de vista fisiológico depende muito do estilo de vida que é adotado desde a infância, tais como fumar, praticar esportes ou não, exercitarse regularmente e ingestão de alimentos saudáveis, são fatores que influenciam quando se trata de envelhecer (GARCIA et al., 2006).

Com a idade avançada começam a surgir diversos problemas fisiológicos e funcionais que resultam em grandes dificuldades para os idosos. A perda de massa magra é um aspecto importante de se mencionar, pois com isso o idoso perde força, potência muscular e a capacidade de realizar movimentos simples como: levantar da cadeira, subir escadas e manter o equilíbrio, o que ocasiona aumento de quedas e dependência de outras pessoas (PEDRINELLI et al., 2009). A Organização Mundial da Saúde (OMS, 2002) manifesta grande preocupação com o aumento da expectativa de vida, pois com o envelhecimento, a incapacidade e dependência aumentam, e doenças como Acidente Vascular Cerebral ( AVC), fraturas, doenças reumáticas e cardiovasculares, tendem a serem mais frequentes. Devido ao aumento da expectativa de vida, os idosos vêm procurando viver cada dia melhor e o exercício resistido tem sido um grande aliado para reduzir o aparecimento e os efeitos desagradáveis da idade (AABERG, 2002). Vários termos são utilizados para descrever o treinamento de força (TF): exercício resistido (ER), treinamento resistido (TR), contra resistência (CR), e o termo mais popular musculação, todos se tratam de exercícios que utilizam pesos livres (barra, halteres, anilhas), maquinas ou elásticos para a produção de resistência, força e potência muscular (FARIAS et al., 2009). O ER tem sido muito utilizado em tratamentos e reabilitações de idosos e portadores de doenças crônicas não transmissíveis, para melhora da aptidão física e qualidade de vida de diversas populações. Por existir controle maior das variáveis do movimento (posição, postura, velocidade, amplitude do movimento, intensidade e volume) esta pratica tem sido vista como uma atividade segura para essa população (CÂMARA et al., 2007). Todo programa de treinamento deve ser individualizados para atender as necessidades específicas do idoso, uma anamnese, uma avaliação física e um laudo clínico são indispensáveis para prescrever os exercícios para os idosos, iniciando sempre do simples para o mais complexo, tendo em vista que o idoso demora um período maior para se adaptar e recuperar (CAMPOS et al., 2009).

Manter uma alimentação saudável em conjunto com exercício resistido proporcionam inúmeros benefícios para o fortalecimento do organismo (SUZUKI, 2005). O presente estudo tem como objetivo apontar, por meio de uma revisão de literatura, os benefícios do exercício resistido e indivíduos idosos. 2. MATERIAL E METODOS O presente trabalho foi realizado a partir de uma revisão de bibliografia. Foram utilizados base de dados online de domínio público, com artigos sobre a temática da saúde e educação física, além da consulta a livros pertencentes a autora e ao acervo da biblioteca da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Com a prática do ER é capaz de reduzir ou minimizar significamente os efeitos do envelhecimento, reintegrando o idoso as suas atividades diárias, melhorando sua saúde e reduzindo efeitos e aparecimento de doenças típicas da idade avançada. (CIVINSKI et al., 2011). O ER é eficaz para tratar e evitar doenças como obesidade, hipertensão arterial, osteoporose e diabetes, proporciona aumento da massa magra (evitando a sarcopênia), aumento da densidade mineral óssea, força, melhorando suas capacidades funcionais, permitindo ao idoso realizar todas as tarefas cotidianas e ter independência pessoal (DOMENICO; SCHUTZ, 2007). A utilização do ER para prevenção e reabilitação cardiovascular tem sido constante, pois o ER dinâmico tem um melhor efeito para a diminuição da pressão arterial (PA), comparando com os exercícios isométricos (sem movimentação articular). Após uma sessão de treino (momento agudo) pode - se observar que a PA é mantida baixa em níveis de repouso. O ER é utilizado como tratamento em idosos

hipertensos, pois a PA se mantém baixa após a realização (cronicamente) do exercício perdurando por até 24 horas. (QUEIROZ et al., 2010). Em longo prazo o ER mantém os valores da PA discreto, porém o número de ocorrências de doenças coronarianas e AVC são reduzidos na população. Deve - se atentar para a intensidade do ER, pois tem que ser moderada para esse tipo de indivíduo. (UMPIERRE; STEIN, 2007). Com o fortalecimento da musculatura decorrente da pratica de ER, a passada de aumenta de tamanho, a velocidade ao caminhar fica maior, melhora o equilíbrio, a coordenação e força muscular tendem a aumentar. O equilíbrio em mulheres de 80 anos ou mais, fica melhor, reduzindo 30% o número de quedas. A massa muscular também é aumentada, reduzindo e até mesmo revertendo fragilidades físicas que impedem a independência do idoso (PRADO et al., 2010). Para a memória dos idosos, o ER realizado com intensidade de 50% a 80% de 1RM, apresenta melhora significante após 24 semanas do protocolo de treinamento (uma hora de exercícios, 3 vezes por semana), comparado ao grupo controle. Avanços cognitivos também foram notados, de forma aguda existem melhoras para a memória e de alguns domínios cognitivos, uma sessão de ER com 75% de 1RM já tem resultados positivos (CHIARI et al., 2010). Jesus e Silva (2010) apontam que o ER, além de melhorar as capacidades funcionais dos idosos melhora também o contato social, pois a relação entre os idosos quando estão se exercitando se tornam frequentes, sensação de bem - estar, reduz a fadiga, aumenta a vitalidade, melhora aspectos sociais, emocionais, atividade mental, autoestima, todos benefícios atribuídos a pratica regular do ER. 4. CONCLUSÃO Diante do exposto, podemos concluir que diversos benefícios são atribuídos aos idosos mediante a prática correta dos ER, tanto no aspecto biológico como no aspecto psicológico. O ER pode atuar como forma de prevenção ou tratamento de diversas doenças, reduzindo ou atenuando os efeitos do envelhecimento, diminuindo o surgimento de doenças típicas da idade, além de melhorar o contato social,

aumentar a vitalidade e autoestima, ocasionando uma maior independência ao idoso. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AABERG, E. Conceitos e técnicas para o treinamento resistido. 1. ed. Barueri: Manole, 2002. CÂMARA, L. C. et al. Exercícios resistidos terapêuticos para indivíduos com doença arterial obstrutiva periférica: evidencias para a prescrição. Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, [S.l.], v. 6, n. 3, 2007. CAMPOS, A. L. P. et al. Eficiência de duas sessões semanais de treinamento com peso na força muscular de mulheres idosas. Revista Digital, [S.l.], v. 14, n. 132, maio 2009. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/>. CESÁRIO, G. C. A.; NAVARRO, A. C. O exercício físico em mulheres menopausadas promove a redução do volume da gordura visceral. Rev. Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, São Paulo, v. 2, n. 7, p. 20 33, 2008. CHIARI, H. et al. Exercício Físico, Atividade Física e os Benefícios Sobre a Memoria de Idosos. Rev. Psicologia e Saúde, [S.l.], v. 2, n. 1, p. 42 49, 2010. CIVINSKI, C.; MONTIBELLER, A.; BRAZ, A. L. O. A importância do exercício físico no envelhecimento. Rev. UNIFEB, [ONLINE], p. 163 175, jan./jun. 2011. DOMENICO, L.; SCHUTZ, G. R. Motivação em Idosos Praticantes de Musculação. [s.n.], Santa Catarina, 2007. FARIAS, I. G. S. R.; RODRIGUES, T. S.; JUNIOR, O. M. S. Exercício resistido: na saúde e no envelhecimento. In: ENCONTRO CIENTIFICO, 2., 2009, Lins. Anais... Lins: UNISALESIANO, 2009. GARCIA, A. et al. A depressão e o processo de envelhecimento. Ciênc. Cogn., Rio de Janeiro, v. 7, n. 1, mar. 2006. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2009. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. JESUS, D. F.; SILVA, C. A. F. Percepção de qualidade de vda por idosos praticantes e não praticantes de exercício resistido: análise do projeto vida corrida. Rev. Digital EFDeportes.com, Buenos Aires, v. 15, n. 149, oct. 2010.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Envelhecimento ativo: uma politica de saúde. Brasília: Organização Pan-americana da Saúde, 2002. 60 p. PEDRINELLI, A.; LEME, L. E. G.; NOBRE, R. S. A. O efeito da atividade física no aparelho locomotor do idoso. Rev. Bras. Ortop., São Paulo, v. 44, n. 2, p. 96 101, 2009. PEDRO, E. M.; AMORIM, D. B. Analise Comparativa da Massa e Força Muscular e do Equilíbrio Entre Indivíduos Idosos Praticantes e Não Praticantes de Musculação. Rev. da Faculdade de Educação Física da UNICAMP, Campinas, SP, v. 6, ed. especial, p. 174 183, jul. 2008. PRADO, R. A. et al. A Influência dos Exercícios Resistidos no Equilíbrio, Mobilidade Funcional e na Qualidade de Vida de Idosas. O Mundo da Saúde, [S.l.], v. 34, n. 2, p. 183-191, 2010. QUEIROZ, A. C. C.; KANEGUSUKU, H.; FORJAZ, C. L. M. Efeito do treinamento resistido sobre pressão arterial de idosos. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v. 95, n. 1, jul. 2010. SIMÃO, R.; BAIA, S. Treinamento de força para idosos. Cooperativa do Fitness, Belo Horizonte, MG, 2001. SUZUKI, C. S. Aderência á atividade física em mulheres da Universidade Aberta á terceira idade. 2005. Tese (Mestrado em Enfermagem) Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, 2005. TERRA, N. L.; BOSCHIN, R. C. Mitos e verdades sobre terapia antienvelhecimento. Rev. AMRIGS, Porto Alegre, v. 48, n. 4, p. 285-290, out./dez. 2004. UMPIERRE, D.; STEIN, R. Efeitos hemodinâmicos e vasculares do treinamento resistido: implicações na doença cardiovascular. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v. 89, n. 4, out. 2007.