A Chuva e os Bolos A Escola na Quinta A Ideia do Bolinha A Lenda das Nozes A Prendinha de Natal A Visita da Prima Vera A Visita do Sr. Quioto A zanga do Fagundes A chegada das Andorinhas As Aventuras do Zeca As cores do Arco-íris As Estações do Ano As Vindimas Brincadeiras desastradas Carnaval e Constipações Os Peixinhos Doentes O Capitão Bigodes e o seu companheiro Fagundes O Dia de Ano Novo O Jogo dos Nomes O Menino e as Folhas de Papel O Mistério da Mariana O Mistério do Fantasma na Quinta do Tio João Barafunda no Palácio das Galinhas O Sonho da Tété O Tesouro do Pirata A Visita do Habitante da Floresta Olhar o Céu Os Desportos Os Geladinhos da Quinta do Tio João Os Imigrantes Os Pintagaios Era Uma Vez no Natal Uma visita à floresta Um Pinheiro de Natal Vamos conhecer o dinheiro Dezenas de histórias infantis e infanto-juvenis publicadas durante 6 anos Centenas de adivinhas, sopas de letras e outros jogos Dezenas de personagens que povoam o universo da Quinta do Tio João Nabiça Incalculável o número de crianças que ao longo do tempo tomaram contacto com o Jornalinho Muitos milhares de desenhos enviados para publicação Mais de um milhão de jornalinhos editados e publicados. JORNALINHO DO CAMPO Março 2011 Edição on-line nº 22 Carlos Caseiro (Autor) Sara Loureiro Correia (Revisão de textos) CAP - Confederação dos Agricultores de Portugal Rua Mestre Lima de Freitas Nº1 1549-012 LISBOA Tel. 217 100 000 e-mails: jornalinho@cap.pt ccaseiro@cap.pt http://www.cap.pt
Logo de manhã havia grande animação por toda a quinta do Tio João Nabiça. Todos arrumavam as suas casas espalhadas pela quinta. A vaquinha Coração andava com as suas amigas a limpar o estábulo. A pata Patareca ajudava a galinha Carapuça a arrumar os galinheiros que estavam cheios de ovos para o Tio João ou o primo Manuel levar para o mercado. O Porco Bolinha era o mais atarefado a limpar o seu canto para que não lhe chamassem nomes. Os cães Fininho e Xoné andavam pela quinta a arrumar o lixo que as correrias de todos os dias espalhavam por todos os lados. As uvas Cachinho tomavam conta da vinha, a laranja Suminho, com a ajuda dos limões e das maçãs, alindavam os pomares. No meloal e na horta, o melão Talhadas, a alface Rendinhas, e o tomate Grainhas também punham tudo muito bonito. Toda a gente andava muito ocupada. No fim estavam todos muito bem lavados e muito arranjadinhos.
Mas afinal qual era a causa de tanta agitação? A causa de tudo aquilo, não era mais do que dar ao Tio João um dos grandes prazeres que ele tinha na vida: - trazer meninos e meninas da escola a visitar a quinta. Todos os anos ele combinava com os professores e lá vinham grandes grupos de crianças. Tomavam um lanche cheio de coisas boas e que eles próprios colhiam nas hortas e nos pomares, e corriam pela quinta espalhando no ar o riso que quase se ouvia a quilómetros da Quinta. O Tio João era vê-lo junto de outros amigos, agricultores, que sempre convidava para estar com ele nestes dias, a dizer: - São os novos agricultores que nos chegam. Não me canso de os ensinar. A agricultura portuguesa será o que eles quiserem que seja. O que nós lhes ensinarmos. Que transformem de vez este pobre país num local feliz e saudável, onde o agricultor não só produz como é o guardião inabalável da qualidade do ambiente. Encaremos a verdade! O agricultor que seja ajudado e ensinado a
executar bem a sua função terá sempre um lugar na Sociedade e questionava-os entusiasmado vocês não acham? Estes são os meus novos agricultores! E com um gesto que abrangia o horizonte, continuava a mostrar a sua quinta causa de tanto esforço e orgulho. Os amigos divertiam-se e admiravam o entusiasmo daquele bom homem que toda a sua vida dedicara ao cultivo da terra. E a festa continuava com os habitantes da quinta misturados com as crianças, até que o cansaço chegava e os pequenitos voltavam para os autocarros que de novo os levavam a casa, para à noite, no aconchego da cama, sonharem com plantações de couves mágicas, o sumos de todas as cores, ou o leite trazido pela vaquinha Coração, mandado pelas suas irmãs dos estábulos, que, ali mesmo, se misturava com o mel que a Mélinha, transportava, também, ela, toda contente. Nessa noite, a luz nem se apagava, tão cedo, na sala da casa onde ficavam a falar até tarde o Tio João e o primo Manuel. Volta e meia, a Patareca esgueirava-se lá para dentro e depois vinha contar, ao porco Bolinha e ao cão Xoné, o que eles por lá ficavam a falar, a falar. Mas quem sabia tudo era a gata Branquinha, que
se aninhava no colo do Tio João e lá ficava toda contente a ouvir a conversa toda. Na manhã seguinte, as limpezas e arrumações da quinta já não tinham o mesmo ar entusiasmado. A festa já tinha sido! Quem os divertia, agora, eram os disparates do papagaio Fagundes que como sempre não deixava de dizer mal, de tudo e de todos, para o seu amigo gato Bigodes: - Ó Bigodes, meu querido, o nosso bom Tio João anda enganado! Como é que ele quer que estes sacos de penas sem tinta, que são as galinhas, ensinem alguma coisa às crianças, coitadinhas, que visitam a quinta. Tu já viste os ovos que elas põem são todos tortos! O Bigodes, rebolava-se no chão com gargalhadas estúpidas - pois são, pois são, Fagundes, parecem amendoins! O resto do pessoal ria-se de tudo isto e avisavam-nos que iam fazer queixa ao tio João, que depois os punha de castigo fechados no celeiro. Mas nada faziam e até achavam graça aos disparatas. Quem, volta e meia, vinha de lá com ares de poucos amigos e lhes pregava bicadas de ficar a ferver como ele dizia era o galo Malaquias. Ao final da tarde, depois de tudo limpo e arrumado, rodeavam o Tio João e o primo Manuel sentados na soleira da porta, enquanto o sol se punha, lá longe, devagarinho e em silêncio. Muito calado e com os olhos no horizonte, o velho agricultor, estendia o sonho de ver os seus meninos crescerem e continuarem o trabalho de ajudarem o seu país a ser um pouco melhor.
Encontra todas estas coisinhas boas que o Tio João Nabiça tem na sua Quinta das Maravilhas CABOLA; CENOURAS; COUVES; UVAS; FEIJÃO; AIPO; LARANJA; LENTILHAS; PIMENTO; ROMÃ; MEL MANGA; NABO; ANANÁS; BATATA; LIMÕES; MANGA; GALINHAS; OVELHAS; PATOS; PORCOS; VACAS
Diverte-te e pinta muito bem o desenho para ficar bonito. Também podes chamar a atenção dos perigos com os pesticidas que defendem a fruta mas têm que ser tratados com muito cuidado.