JORNALINHO DO CAMPO. Edições

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2 JORNALINHO DO CAMPO Edições Dezembro 2008 Edição on-line N.º 1 Carlos Caseiro (Autor e Coordenador Geral) João Casanova Pinto (Ilustrações do conto e capa) Gota de Ideias (Arranjo gráfico e tratamento de imagens) CAP Confederação dos Agricultores de Portugal Av. do Colégio Militar, Lote 1786, LISBOA Tel jornalinho@cap.pt ccaseiro@cap.pt (edições)

3 A Prendinha de Natal Era uma vez um menino pequenino que morava numa aldeia também pequenina como ele. O menino vivia com os avós. Todas as manhãs, bem cedinho, levantava-se e corria a ajudar a avó a tratar das galinhas e dos patos. Gostava muito de os ver a debicar o milho e as sobras de comida que se lhes dava. Depois, ficava ali parado a olhar os montes e as casinhas que se viam lá longe. Os avós bem o chamavam: olha que está frio, vem para dentro. Mas o menino não despegava os olhitos das terras que ficavam ao longe. O João, assim se chamava o menino, era curioso e gostava de saber tudo o que se passava à sua volta. Perguntava muitas coisas que via na televisão ou sobre o que diziam aquelas letras todas que via nas folhas de jornal que embrulhavam as compras que o avô trazia para casa, quando ia à feira. O avô ia explicando, conforme podia, pouco sabia ler, mas ele queria sempre saber mais: quero saber coisas do mundo dizia muito empertigado com os seus cinco anitos Quero saber o que se passa para lá dos montes tu ainda és muito pequenito, respondia-lhe o avô divertido com as coisas que o neto dizia. Estava-se quase no Natal e o João já sabia os presentes que ia pedir ao Pai Natal: um camião, igual aos que ele via passar ao longe na estrada, e uma bola grande para jogar futebol. Queria mais, mas o Pai Natal nunca lhe trazia muitas prendas, duas ou três e pronto. Mas, nesse ano, ele tinha também outro pedido para fazer. - Pai Natal, gostava que me desses um camião grande e uma bola. Não te estou a pedir muito, como vês, pois parece que és igual aos meus avós, és pobrezito!, por isso não te peço mais brinquedos, mas, queria pedir-te uma coisa especial arranja maneira de me ensinares coisas sobre o mundo. Isso não te deve custar nada! E o João ficou muito esperançado que o Pai Natal atendesse o pedido. Chegou finalmente o dia de Natal e logo de manhã, lá foi ele a correr ver as prendas que estavam na chaminé. Muito bem embrulhados encontrou um camião, uma bola, não tão grande como ele queria mas paciência um gorro

4 muito quentinho e um livro com letras coloridas para aprender a ler. Mais nada! Ficou triste. O Pai Natal não tinha atendido o que ele tinha pedido com tanta força. O livro das letrinhas até era giro. As páginas cheinhas de cor. O João ia gostando, cada vez mais, do livrinho que lhe ensinava a juntar as letras. Passaram uns meses e o João, com a ajuda do avô já aprendera a escrever o nome e a conhecer algumas palavras. E uma nova aventura esperava-o. Chegara a idade do menino ir para a escola. Andava todo entusiasmado com a ideia de conhecer novos amigos, pois na aldeia quase não havia meninos para brincar. Era longe, a escola, ficava na Vila para lá dos montes que se viam de casa, mas um autocarro vinha todos os dias buscá-lo para o levar para as aulas. E o João, apesar de ter que se levantar ainda mais cedo do que era costume, andava todo satisfeito. Na escola, nos intervalos, não parava sossegado. Gostava de jogar à bola e andar em correrias por todo o recreio. Suado de tanto correr desatava aos gritos: corro mais depressa que o vento!, e lá ia ele aos pulos. Às vezes, os joelhos é que pagavam. Sempre esfolados, eram a razão da zanga dos professores e dos avós. Mas nas aulas o João estava sempre atento, era bom colega e bom aluno e aprendia tudo o que a professora lhe ensinava. Depressa aprendeu a fazer contas, a ler e a escrever muitas palavras. Lia todos os livritos que apanhava ou que os outros meninos lhe emprestavam. Os anos foram passando, o João lê muito e escreve pequenos textos sobre o ambiente, as pessoas, as plantas e os animais. Um destes dias, perto do Natal, encontrou, por acaso, um certo livrinho que uns anos antes recebera como prenda. Foi então que o João percebeu que o Pai Natal, realmente, tinha atendido o seu pedido. Mandara-lhe um livro pequenino, cheínho de cor e letras, que afinal era o principio para o João saber das coisas do mundo. E as folhas dos jornais, que embrulhavam as compras da feira, deixaram de ter segredos.

5 as habilidades dos nossos amiguinhos Wilson 6 anos Nicole 6 anos Desenhos dos meninos da EB1 de Vale de Silves. Pedro 6 anos Gonçalo 6 anos Alessio 6 anos Mariana 6 anos Martim Freitas 9 anos - Alpiarça Nesta página publicamos os desenhos que os nossos pequeninos leitores nos enviarem.

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7 Página da Pimpim Olá meus queridos. Muitos meninos e meninas já me conhecem. Eu sou a ervilha Pimpim e vivo na quinta do Tio João Nabiça com todos os outros nossos amiguinhos. Todos os meses, cá estarei com adivinhas, curiosidades e outras coisinhas muito engraçadas e divertidas. Mas para isso têm que se portar muito bem e escutar com atenção tudo o que os pais, professores e professoras vos ensinam. Beijinhos para todos. As Adivinhas A) De que coisas eu vos falo? Adivinhem meus meninos. Nascem sempre muito grandes. Sempre acabam pequeninos. B) Não gosto de quem me agarra. Sigo sempre o meu caminho. A cantar, fica a cigarra. Eu cá vou num carreirinho. C) Quem é, digam lá, quem é? Quanto mais quentinho está, mais fresquinho então ele é! Caixinha de Verdades & Mentiras 1) 1) 2) As colheres servem para cortar o bife! 2) Comer doce faz muito bem aos dentes! 3) Torradas com manteiga são muito boas! 4) Apanhar chuva faz muito bem à saúde! 5) Na escola aprende-se muita coisa! 6) Deve-se beber leite misturado com vinho! 7) Maria Albertina é nome de menino! 8) Andar a correr e cair é muito agradável! 9) No Natal em Portugal, faz muito calor! 10) É no Verão que se vai à praia! Esta caixinha tem verdades e mentiras. Digam quais são umas e outras. É fácil! Compotas Manteiga Biscoitos Bolachas Café Leite Pão Tosta Doce Açucar Soluções CRUZADEX: Bolos; Doces; Brinquedos; Pinheiro; Luzes; Prendas; Crianças; Bolas; Ananás. CHARADA (pág. ao lado) 1)Canetas 2)Aviões 3)Jogos 4)Livro de Histórias 5)Saquinho de Gomas 6)Triciclo 7)Camisolas 8)Rebuçados 9)Lápis de cor 10)Bombons 11)Livro de letras 12)bolas 13)Carrinhos 14) Bonecas 15) Desenhos 16 Corneta I) Glotera ; II) Zumbe; III) Uiva; IV) Bale; V) Ruje; VI) Mia; VII) Cacareja; VIII) Zurra; IX) Coaxa; X) Ladra; XI) Canta; XII) Ai, ai que foram enganados. Então os sapatos têm voz?! Claro que não! A) Pois é o lápis, conforme o afiamos vai ficando mais pequeno; B) É a formiga meus amores; C) Quem não sabe! Claro é o pão! 1) Ai que mentira! 2)Faz mal! 3) São muito boas. 4) Estar constipado é bom, não é?! 5) Claro que se aprende! 6) Leite misturado com vinho?! Mas que maluquice! 7) Coitado do menino 8) Claro e não dói nada! 9) Por isso é que cai neve. 10) Verdade, claro!

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