Nossa proposta. Sobre a TM Jobs. Sobre a Integrare 360º - Marketing de Conteúdo

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Transcrição:

Nossa proposta Para ampliar as trocas de experiências já realizadas nos encontros do Business Club Healthcare, a TM Jobs e a Integrare 360º - Marketing de Conteúdo deram início a uma série de estudos de mercado para, ao longo do ano, mapear a abordagem dos hospitais e operadoras com relação aos principais temas de Gestão em Saúde. Seguindo o tema de cada evento, lançaremos, previamente, uma breve pesquisa ou documento para abordar as tendências no Brasil e no exterior em relação àquela estratégia de negócios. Sobre a TM Jobs Somos uma empresa de consultoria e assessoria em marketing, vendas e eventos especializada no segmento saúde. Nosso propósito é apoiar nossos clientes a concretizar seus objetivos estratégicos, a partir de um profundo conhecimento do setor. Sobre a Integrare 360º - Marketing de Conteúdo Idealizada por três jornalistas especializadas em mídias de negócios, a Integrare nasceu para gerar e gerir conhecimento. O objetivo é identificar e atacar os gargalos de comunicação das empresas, alavancando sua atuação no mercado. Fazemos isso via marketing de conteúdo, a fim de tornar a empresa uma formadora de opinião no mercado em que atua.

Metodologia Os estudos de mercado elaborados pela Integrare e TM Jobs utilizam sempre a base de dados do Business Club Healthcare (BCH) e, portanto, refletem apenas a realidade deste grupo, não do mercado em geral. As pesquisas são mensais e consistem em questionários com perguntas abertas ou fechadas, de acordo com a adequação ao tema, e sem caráter avaliatório. Os dados individuais são mantidos em sigilo e apenas os resultados gerais são divulgados. Desta forma, o participante, anonimamente, pode se comparar com a média do grupo. O objetivo é conhecer o perfil das instituições participantes do BCH e suas políticas de gestão. O tema trabalhado foi: Sustentabilidade da gestão TI contribuindo com novas soluções para a operação e melhoria de processos e foram abordadas questões que delineassem o perfil geral dos respondentes e também suas práticas com relação ao assunto proposto. Foram entregues 18 questionários completos, número que não possibilita uma avaliação estatística da pesquisa e reflete apenas o grupo pesquisado. Perfil Participaram 18 operadoras e hospitais públicos, privados, filantrópicos e de ensino dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Paraná. O faturamento está concentrado na faixa de R$ 100,1 milhões a R$ 200 milhões (44%) ao ano, e a grande maioria identifica que o departamento de tecnologia da informação é fundamental para apoiar a tomada de decisões (44%).

Faturamento de R$ 75,1 milhões a R$ 100 milhões acima de R$ 300 milhões Abaixo de R$ 50 milhões de R$ 200,1 milhões a R$ 300 milhões de R$ 100,1 milhões a R$ 200 milhões 0% 20% 40% 60% 80% 100% Faturamento De R$ 100,1 milhões a R$ 200 milhões De R$ 200,1 milhões a R$ 300 milhões Abaixo de R$ 50 milhões Acima de R$ 300 milhões De R$ 75,1 milhões a R$ 100 milhões Total 44% 22% 22% 6% 6%

A visão de gestores de saúde sobre tecnologia da informação está em fase de transição. Ao mesmo tempo em que é considerada como fator essencial para uma administração eficiente, ainda é tratada de forma operacional entre os hospitais que responderam à pesquisa Sustentabilidade da gestão TI contribuindo com novas soluções para a operação e melhoria de processos. O levantamento, realizado pela Integrare 360º - Marketing de Conteúdo em conjunto com a TM Jobs, aponta que, para 45%, a TI é fundamental para apoiar a tomada de decisões, gerando dados e gerindo informações que suportam a estratégia, porém, apenas 25% elevam o departamento ao nível do board, somando tomada de decisão à participação ativa em planejamentos estratégicos. A TI é posicionada como agente de inovação por 15% dos respondentes, que creditam à área e a seus líderes propostas de melhorias de processos, novas soluções para a operação e para aumento da eficiência. Outros 15% veem o departamento meramente como assistencial e administrativo, atuando como repositório de dados. Um ponto positivo vale destaque: nenhum dos respondentes assinalou a alternativa a TI não tem um grande impacto no dia a dia da organização. Como a TI é percebida em sua organização? A TI é estratégica e agente de inovação: dela partem propostas de melhorias de processos, novas A TI está presente em alguns processos assistenciais e administrativos, como repositório de dados A TI faz parte do board: além de participar ativamente de planejamentos estratégicos, é A TI é fundamental para apoiar a tomada de decisões: ela é responsável pela geração de dados e gestão das 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Como a TI é percebida em sua organização? A TI é fundamental para apoiar a tomada de decisões: ela é responsável pela geração de dados e gestão das informações que suportam a estratégia A TI faz parte do board: além de participar ativamente de planejamentos estratégicos, é responsável pela tomada de decisões da corporação A TI está presente em alguns processos assistenciais e administrativos, como repositório de dados A TI é estratégica e agente de inovação: dela partem propostas de melhorias de processos, novas soluções para a operação e para aumento da eficiência Total 45% 25% 15% 15% Outro movimento que indica profissionalização é a maioria dos respondentes ter um líder específico para o departamento: 61%. Superintendentes ainda comandam em 33% das organizações, ao passo que a TI responde ao setor administrativo em apenas 6% dos casos. Quem lidera a TI na corporação? 100% 80% 60% 40% 20% 0% Superintendente Gerente de TI/CIO Administração Quem lidera a TI na corporação? Total Gerente de TI/CIO 61% Superintendente 33% Administração 6%

No aspecto financeiro, o orçamento destinado à tecnologia da informação representa, em 67% dos casos, até 5% do faturamento. Apenas 22% destinam de 6% a 8% e investimentos acima de 9% só são realidade em 12% das instituições. Qual é o orçamento de TI em relação ao faturamento? Acima de 10% De 9% a 10% De 6% a 8% Até 5% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Qual é o orçamento de TI em relação ao faturamento? Proporção Respondentes Até 5% 67% De 6% a 8% 22% De 9% a 10% 6% Acima de 10% 6% A pesquisa releva ainda que sistemas de gestão (ERPs) são as soluções mais comuns adotadas pelos respondentes, presentes em 19% dos casos. Prescrição eletrônica fica em segundo lugar, com 16% das respostas. Conceitos mais novos, como Videoconferência para telemedicina e RIS (Radiology Information System) obtêm 9% e 7% das respostas.

Quais ferramentas / programas de TI já foram adotados em sua organização? RIS (Radiology Information System) Videoconferência para telemedicina PACS (Picture Archiving and HIS (Hospital Information System) BI (Business Inteligence) Prontuário eletrônico Prescrição eletrônica Sistema de gestão (ERP) 0% 20% 40% 60% 80% 100% Quais ferramentas / programas de TI já foram adotados em sua organização? Respostas Sistema de gestão (ERP) 19% Prescrição eletrônica 16% Prontuário eletrônico 15% BI (Business Inteligence) 13% HIS (Hospital Information System) 10% PACS (Picture Archiving and Communication System) 10% Videoconferência para telemedicina 9% RIS (Radiology Information System) 7% Os ganhos auferidos pelos investimentos em gestão podem variar entre operacionais, financeiros e assistenciais. De maneira geral, percebe-se que entre todas as respostas é comum identificar que a melhoria nos processos com ajuda de soluções representa, invariavelmente, melhor qualidade e assertividade no atendimento ao paciente.

Quais foram os ganhos operacionais percebidos com o uso de TI? Racionalização do espaço e uso de recursos Aumento da produtividade Melhor gestão da demanda Controle de inventário Melhorias nos fluxos de trabalho e, Mais segurança na coleta, 0% 20% 40% 60% 80% 100% Quais foram os ganhos operacionais percebidos com o uso de TI? Respostas Mais segurança na coleta, armazenamento e gestão de dados do 24% paciente/cliente Melhorias nos fluxos de trabalho e, consequentemente, atendimento mais 22% eficiente ao paciente Controle de inventário 18% Melhor gestão da demanda 16% Aumento da produtividade 13% Racionalização do espaço e uso de recursos 7%

Quais foram os ganhos financeiros percebidos com o uso da TI? 17% 17% 26% 40% Redução no tempo de processamento das contas médicas Redução de glosas Melhores negociações com as fontes pagadoras, devido ao compartilhamento de dados Aumento da receita por paciente Quais foram os ganhos financeiros percebidos com o uso da TI? Respostas Redução no tempo de processamento das contas médicas 40% Redução de glosas 26% Melhores negociações com as fontes pagadoras, devido ao 17% compartilhamento de dados Aumento da receita por paciente 17%

Quais foram os ganhos assistenciais percebidos com o uso da TI? Redução dos erros de administração de medicação Redução das readmissões Redução no tempo de resposta ao paciente Redução das infecções adquiridas no hospital Qualidade do atendimento 0% 20% 40% 60% 80% 100% Quais foram os ganhos assistenciais percebidos com o uso da TI? Respostas Qualidade do atendimento 38% Redução dos erros de administração de medicação 29% Redução no tempo de resposta ao paciente 24% Redução das infecções adquiridas no hospital 6% Redução das readmissões 3%

Cenário O setor de saúde é um dos mais promissores do Brasil sob a ótica de peso x Produto Interno Bruto (PIB): sua trajetória de crescimento moderada, porém contínua, levará aos US$ 225 bilhões de gastos em 2017, ou 9,1% de toda a economia brasileira, frente aos 8,9% verificados em 2011 (Deloitte, 2014). Os tempos de incerteza sobre a capacidade de investir em tecnologia da informação ficaram no passado. Não somente por demandas regulatórias, que obrigam a utilização de TI em algumas atividades, como a Troca de Informações em Saúde Suplementar (TISS), a urgência por uma gestão mais eficiente nos âmbitos operacional e financeiro estimulam perspectivas positivas. De acordo com o levantamento "Antes da TI, a estratégia em Saúde 2013", realizado pela IT Mídia, 73% das 167 entidades pesquisadas afirmam que a tecnologia é essencial. De forma geral, 64,7% das empresas investem até R$ 2 milhões em TI ao ano. Contudo, ao mesmo tempo em que os números crescem, problemas endêmicos podem comprometer voos mais altos: escassez de profissionais capacitados (78%), a falta de infraestrutura adequada (76%) e a ausência de recursos financeiros (60%) são os três grandes obstáculos para o avanço das TICs no segmento, pontua um documento da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS). Quando os olhos se fixam na realidade brasileira, é perceptível que a profissionalização da área de TI em Saúde ainda está mais próxima do discurso do que da prática. A primeira constatação envolve a remuneração dos líderes do departamento, a menor entre os segmentos analisados pelo estudo "Antes da TI, a estratégia em Saúde 2013". Resultado disso ou não, apenas metade das empresas inquiridas cumpriram a estratégia planejada para TI em 2012. Já a pesquisa TIC Saúde 2013, divulgada pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e Comunicação (CETIC.br), levanta bandeira ainda mais alarmante: entre os estabelecimentos, 59% sequer possuem departamento ou área de tecnologia da informação, proporção maior nas instituições públicas (66%) do que nas privadas (54%). Vale destacar, ainda, que uma minoria dos profissionais de TI nessas organizações (14%) possui formação em saúde. A pesquisa apontou também que:

Apenas 25% dos estabelecimentos possuem registros totalmente eletrônicos e 52% os têm parcialmente eletronizados. Os documentos apenas em papel ainda são utilizados por 23% dos pesquisados. O setor público é o que concentra a maior parte das organizações de saúde não digitalizadas: apenas 9% possuem registros eletrônicos de forma exclusiva. Entre os privados, a proporção é de 35%. Em telessaúde, o destaque é para a interação assincrônica (que não ocorre em tempo real, como por e-mail), disponível em 70% das organizações com conexão à internet. A interação sincrônica (em tempo real, como teleconferência) está presente em 25% dos estabelecimentos, seguida de educação a distância em saúde (22%), atividades de pesquisa a distância (19%) e monitoramento remoto de pacientes (6%). Desenvolvimento necessário Olhar com mais atenção para a tecnologia da informação, na visão da consultoria global Deloitte, é imperativo para a continuidade do próprio setor. [...] apenas alguns hospitais brasileiros seguem protocolos de diagnóstico ou diretrizes para medicação. Além disso, muitas decisões são tomadas, aparentemente, por intuição, e não com base em dados, ao passo que relatórios de gestão e indicadores-chave geralmente não são utilizados para medir o desempenho, identifica a consultoria. A companhia indica, como forma de resolver a questão, investir em sistemas de TI e ferramentas que ajudem a monitorar, controlar e reportar indicadores de desempenho. Inegavelmente, ainda há um longo caminho a ser percorrido. O uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC) no setor de saúde ainda está defasado em relação a muitas outras áreas da economia, embora as vantagens e o potencial de redução de custos sejam evidentes. Medições sólidas dos obstáculos e incentivos para sua adoção podem ajudar muito a eliminar essa lacuna, afirmam Elettra Ronchi e Fabio Senne em artigo publicado no TIC Saúde 2013.

Benefícios mensuráveis Na visão da Deloitte, as organizações devem pensar em como aproveitar, efetivamente, as tecnologias digitais e melhorar o seu compromisso com os pacientes. A Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS Sociedade de Sistemas de Informação e Gestão em Saúde), reconhecida mundialmente como fomentadora de conhecimento na área de TI em saúde, pontua que existem cinco esferas de benefícios quando a tecnologia é vista como aliada: Corroborando a teoria, alguns exemplos mostram como diferentes escolhas geram resultados significativos. Prescrição eletrônica: o processamento de receitas ficou mais seguro, rápido e fácil desde que a Apoteket, empresa estatal de venda de medicamentos na Suécia, decidiu, em 2001, implementar a prescrição eletrônica. Cerca de sete anos depois, o volume de prescrições eletrônicas passou de 100 mil (3% do total) para mais de 2 milhões (66% do total). Erros de transcrição foram praticamente eliminados e médicos e farmacêuticos economizam cerca de 30 minutos ao dia graças à facilitação trazida pela tecnologia. Vale citar, ainda, que prescrições eletrônicas também estão difundidas na Austrália (com taxas estimadas entre 93% e 98%), Dinamarca (97%), Suécia (81%) e Países Baixos (71%) (Schoen et al, 2009 - TIC em Saúde, 2013). Desempenho da rede: com uma equipe de 350 pessoas, mais de 8,5 mil usuários em 25 instalações físicas e mais de 900 aplicativos diferentes, o

Hospital Infantil de Seattle se vale de prontuário eletrônico, sistema de gestão financeira, uma nuvem privada e infraestrutura de desktop virtual (VDI, na sigla em inglês) para integrar quase 3 mil máquinas Windows 7 em um ambiente Citrix. A VDI deu velocidade ao atendimento dos pacientes, mas tinha como revés sua instabilidade. Cada vez que havia um incidente, a equipe de TI tinha de consultar diferentes ferramentas de monitoramento, uma vez que não havia uma solução que fornecesse visão contextual em tempo real dos dados. Para solucionar este problema, que consumia cerca de 20% do time de tecnologia, foi implantada a solução ExtraHop, que garante mais estabilidade ao sistema. Estima-se que a tecnologia ajudou a instituição a economizar cerca de US$ 336 mil ao ano ou US$ 28 mil por mês no primeiro ano. Além disso, a estabilidade do sistema gera a possibilidade de mover a tecnologia para UTIs e outras áreas sensíveis do hospital. As informações foram publicadas em 2014 pela InformationWeek EUA. Radiologia: Na Colúmbia Britânica (Canadá), onde os Sistemas de Comunicação e Arquivamento de Imagens (PACS - Picture Archiving and Communication System, na sigla em inglês) foi adotado amplamente, 87% dos radiologistas notaram melhora na eficácia da produção de laudos e realização de consultas, e 93,6% indicaram ter reduzido o tempo gasto procurando exames radiológicos para análise, segundo levantamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) citada no TIC Saúde 2013. Custos operacionais: Na Europa, pedidos de reembolso, que custavam US$ 5 para serem enviados, foram processados eletronicamente por US$ 0,15 por transação após a introdução da New England Healthcare Electronic Data Interchange Network (Rede de Intercâmbio de Dados Eletrônicos em Saúde da Nova Inglaterra NEHEN).

PASSO A PASSO Um dos principais entraves no desenvolvimento de TI em saúde é a falta de profissionais qualificados. O estudo Resolvendo a equação do talento para a TI em saúde (tradução livre para Solving the talent equation for health IT), apresentado em março de 2013 pela consultoria PwC, aponta que ao mesmo tempo em que executivos seniores se preparam para fazer grandes investimentos, encontram dificuldades em montar times adequados. Isso, revela a análise, gera preocupações a respeito da habilidade de absorver as transformações e integrar novos fluxos de trabalho: ao menos metade acredita que não conseguirá se manter em consonância com a velocidade das mudanças. Para competir neste mercado, companhias de saúde tomam emprestado de outras indústrias, com cada vez mais frequência, especialistas em tecnologia. Apesar da dificuldade em explicar as complexidades e nuances do setor, eles consideram este método mais fácil do que ensinar aos empregados os novos conhecimentos de TI. Entre os principais diferenciais de um departamento e equipe de tecnologia da informação de sucesso dentro de uma organização de saúde estão: 1. Necessidades internas: profissionais que equilibrem conhecimento tecnológico e estratégias de negócios sempre com foco em antecipar as necessidades de clientes internos; 2. Visão ampla: capacidade de debater o que terceirizar ou mover para a nuvem. Usualmente, quando não se tratam de soluções core, muitos optam por essa alternativa, o que demanda colaboradores dotados da capacidade de se relacionar com fornecedores; 3. Tendência de dados: conhecimento em extração de informações e geração de relatórios com base em ferramenta de Big Data (geração não-estruturada de dados), como forma de ajudar na tomada de decisão inteligente da equipe estratégica; 4. Parceria: trabalhar lado a lado com o time executivo, a fim de criar uma visão de futuro que use agressivamente a tecnologia com foco em geração de valor, e não somente como apoio operacional. Fonte: PwC Compilação e adaptação: Integrare 360º

A tecnologia da informação passa por uma forte transformação em todos os setores da economia, graças a tendências disruptivas que se desdobram a partir de quatro principais pilares: big data, analytics, cloud computing e social business. O setor de saúde tem, portanto, um triplo desafio: acelerar a profissionalização do departamento em suas organizações, evoluindo do caráter meramente de suporte para o de uma visão estratégica e equiparando sua relevância aos demais segmentos da economia; atender às novas demandas das dinâmicas sociais, que pedem mais colaboração da população e melhor qualidade do atendimento ao paciente; e, por fim, conquistar profissionais de qualidade, que combinem expertise de saúde e de TI, qualidades essenciais para garantir o cumprimento das duas primeiras necessidades.

Case São Cristóvão Em busca de controle, competitividade e inovação na gestão, o grupo São Cristóvão se apoiou na TI para desenvolver indicadores e melhorar processos nas áreas assistenciais e administrativas. Hoje trabalhamos com cerca de 80 indicadores e, para 2015, devemos monitorar o dobro desse número. É com base nesses índices que os gestores fazem os ajustes necessários para o aprimoramento contínuo de seus processos, conta o gerente de TI do grupo, Valter Carillo. As metas são negociadas pela gerência e diretoria com o CEO e, a cada dois meses, são realizadas reuniões de acompanhamento. Para que todos os colaboradores estejam alinhados com estes objetivos, há painéis instalados em diversos pontos da instituição, que apresentam as informações em tempo real. Dessa forma, as decisões podem ser tomadas rapidamente. A informatização teve como um de seus marcos a implantação do prontuário eletrônico, em 2009. Envolvemos os médicos, cuja grande maioria estava habituada a prescrever manualmente, e aqui percebemos significativas melhorias nos processos. O acesso rápido, a legibilidade e o compartilhamento das informações do paciente trouxeram segurança, redução de tempo e, consequentemente, redução de custos, relembra Carillo. O uso da tecnologia também apoiou o plano de saúde e subsidiou a estratégia comercial, além de propiciar controles para o melhor uso dos recursos e seguir as normas da acreditação. Em processos de vários setores, temos controles sistêmicos, visando ações de redução de desperdícios. Em segurança assistencial, conforme preconizam os órgãos acreditadores, foram criados controles para auxiliar os profissionais nos caminhos críticos dos pacientes. Os clientes podem confirmar e cancelar consultas em totens de autoatendimento ou pela internet e os sistemas de gestão integrados com os equipamentos de controle de acesso permitem a priorização de urgências no pronto-socorro. Na unidade avançada, como forma de diminuir a utilização de papel e aumentar a segurança dos documentos, foi adotada a assinatura eletrônica. Para 2015, os investimentos serão destinados para concluir a implantação do software de gestão da operadora, implantar o PACs, instalar câmeras de segurança e redes sem fio, projeto que deve viabilizar a prescrição na beira do leito. O projeto-piloto de utilização de pulseiras RFID, inicialmente para recém-nascidos e suas mães, também deverá ser estendido.

Fontes: 1) Agência Câmara de Notícias - http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/ 2) Associação Brasileira de Medicina de Grupo www.abramge.com.br 3) Conselho Federal de Medicina www.cfm.org.br 4) Conduta Saúde www.condutasaude.com.br 5) Federação Nacional de Saúde - www.cnseg.org.br/fenasaude/ 6) Folha de S. Paulo http://www.folha.com.br 7) Gestão em Saúde - http://gestsaude.blogspot.com.br/ 8) GV Saúde www.gvsaude.fgv.br 9) Instituto de Estudos da Saúde Suplementar www.iess.org.br 10) Portal Segs www.segs.com.br 11) Saúde Business 365 www.saudebusiness365.com.br 12) Unidas www.unidas.org.br 13) Unimed www.unimed.coop.br 14) IT Forum 365: www.itforum365.com.br 15) Health Research Institute PwC: http://pwchealth.com 16) Information Week: http://www.informationweek.com/healthcare/leadership/the-goldenage-of-health-informatics/d/d-id/898894?f_src=informationweek_gnews 17) Site do prof. Renato Sabbatini: http://www.sabbatini.com/renato/slides/gestaotisaudegesiti.pdf 18) Deloitte: http://www2.deloitte.com/content/dam/deloitte/dk/documents/lifesciences-health-care/global-health-care-2014.pdf 19) HIMSS: http://www.himss.org/resourcelibrary/valuesuite.aspx#/steps-app