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AGRAVO REGIMENTAL NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 367093-05.2012.8.09.0051 (201293670936) COMARCA DE GOIÂNIA AGRAVANTE : EUNÍZIO CONCEIÇÃO SANTANA AGRAVADO : ESTADO DE GOIÁS RELATOR : DES. FAUSTO MOREIRA DINIZ EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE ATO ADMINISTRATIVO. IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. RECONHECIMENTO DA DECADÊNCIA. SENTENÇA MANTIDA. NEGADO SEGUIMENTO AO RECURSO, COM BASE NO PERMISSIVO INSERTO NO ARTIGO 557, CAPUT, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DE FATO NOVO. Ao interpor agravo regimental da decisão que negou seguimento à apelação, o agravante deve demonstrar o desacerto dos fundamentos do decisum recorrido, sustentando a insurgência em elementos novos que justifiquem o pedido de reconsideração. AGRAVO REGIMENTAL CONHECIDO E DESPROVIDO. arac367093-05 1

A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de APELAÇÃO CÍVEL Nº 367093-05.2012 (201293670936) (Agravo Regimental), Comarca de Goiânia, sendo agravante EUNÍZIO CONCEIÇÃO SANTANA e agravado ESTADO DE GOIÁS. Acordam os integrantes da Segunda Turma Julgadora da Sexta Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à unanimidade de votos, em conhecer e desprover o agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Custas de lei. Votaram, além do Relator, que também presidiu o julgamento, Doutor Wilson Safatle Faiad, em substituição ao Desembargador Norival Santomé e a Doutora Sandra Regina Teodoro Reis, Juíza Respondente. Doutora Eliete Sousa Fonseca Suavinha. Presente a ilustre Procuradora de Justiça, Goiânia, 10 de dezembro de 2013. DES. FAUSTO MOREIRA DINIZ RELATOR arac367093-05 2

AGRAVO REGIMENTAL NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 367093-05.2012.8.09.0051 (201293670936) COMARCA DE GOIÂNIA AGRAVANTE : EUNÍZIO CONCEIÇÃO SANTANA AGRAVADO : ESTADO DE GOIÁS RELATOR : DES. FAUSTO MOREIRA DINIZ RELATÓRIO E VOTO EUNÍZIO CONCEIÇÃO SANTANA interpõe agravo regimental (fls. 404/425) da decisão singular (fls. 380/402) que negou seguimento ao recurso de apelação cível aviado contra sentença proferida nos autos da ação declaratória de nulidade de ato administrativo ajuizada em face do ESTADO DE GOIÁS ementado, verbis: O ato judicial atacado restou assim AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE ATO ADMINISTRATIVO COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. POLICIAL MILITAR. EXCLUSÃO DAS FILEIRAS DA CORPORAÇÃO. FATO NOVO. AÇÃO PENAL. arac367093-05 1

INDEPENDÊNCIA DAS ESFERAS PENAL E ADMINISTRATIVA. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PRESCRIÇÃO RECONHECIDA. DECRETO nº 20.910/32. I - É iterativa a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, de que "o prazo para propositura de ação de reintegração de policial militar é de 5 (cinco) anos, a contar do ato de exclusão ou licenciamento, nos termos do Decreto 20.910/32, ainda que se trate de ação ajuizada em face de ato nulo, ex vi do AgRg no REsp nº1.167.430/am, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho. Constatado que a ação foi protocolada após o quinquênio legal, há de ser reconhecida a prescrição e extinta a pretensão, com julgamento do mérito, nos termos do artigo 269, inciso IV, do Estatuto Processual Civil. INCIDÊNCIA DO ARTIGO 557, CAPUT, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. (fls. 380/381). Nas razões recursais, o agravante, após breve relato dos fatos, assevera que... o cerne da controvérsia reside em saber se o decreto nº 20.910/32 é aplicável aos atos arac367093-05 2

administrativos 'DISCRICIONÁRIOS' e 'VINCULADOS' praticados pela administração pública / fazenda pública, seja ela a que esfera pertença, ou seja, municipal, estadual e federal. (fl. 406). Alega que,... por se tratar de 'ATO ADMINISTRATIVO VINCULADO QUE NÃO OBEDECEU/PREENCHEU OS REQUISITOS IMPOSTO PELA NORMA, PORTANTO, SUA INVALIDADE É PATENE, SENDO A DETERMINAÇÃO ANTEVISTA PELA NORMA, PORÉM, NÃO OBEDECIDA PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, OU SEJA, É IMPRÓPRIA A APLICAÇÃO DA PRESCRIÇÃO'. (sic, fl. 408). Sustenta terem sido violados o artigo 5º, incisos LIV e LV, da Constituição Federal, o artigo 100, 7º, da Constituição Estadual, o artigo 13, inciso IV, f, do Decreto nº 4.713/96, que regulamenta o Conselho de Disciplina, os artigos 166, incisos IV e VI, 169, 200 e 207 do Código Civil de 2002. abonar a sua tese. Colaciona diversos julgados que entende Brada, ao final, pela reconsideração do ato judicial alvejado, mas, caso assim não se entenda, pugna pelo encaminhamento deste impulso recursal ao Colegiado desta Augusta Câmara, a fim de que seja conhecido e provido para reformar a decisão hostilizada, pretendendo, ainda, o arac367093-05 3

prequestionamento da matéria. beneficiário da assistência judiciária (fl. 213). Sem preparo, por ser o recorrente Acostou os documentos de fls. 426/435. É o relatório. Passo ao VOTO. O artigo 364 do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (RITJGO) dispõe que "Caberá Agravo Regimental, no prazo de 05 (cinco) dias, da decisão do Presidente ou Relator, que causar prejuízo à parte."(sic). Infere-se deste dispositivo que o Relator poderá, em juízo de reconsideração, conferir-lhe ou não efetivo provimento, dependendo das alegações que a parte porventura traga a análise, haja vista a possibilidade de não ter aquele atentado para questão que seria importante para o deslinde da causa. Do mesmo modo, a possibilidade de interposição desse recurso encontra-se instituída no Código de Processo Civil, artigo 557, 1º, facultando ao julgador exercer o juízo de retratação ou, mantendo a decisão, levar o processo para arac367093-05 4

julgamento e apreciação do órgão colegiado. Examinando minuciosamente a peça recursal, não vislumbro fato novo hábil a ensejar a reconsideração da decisão hostilizada, visto que inexistem fundamentos suficientes para modificar a decisão vergastada, razão pela qual a mantenho, submetendo, de consectário, o exame deste agravo regimental ao crivo dos meus ilustres pares. No presente caso, observo que o escopo da presente pretensão não é outro senão atacar o decisum que negou seguimento à apelação interposta, trazendo à discussão a mesma matéria já apreciada e rebatida quando do julgamento daquele recurso, o que inviabiliza a rediscussão ora pretendida. Embora tenha o recorrente manifestado toda a sua irresignação no que pertine à questão de fundo, nada trouxe aos autos com força bastante que pudesse ensejar a alteração do convencimento por mim antes esposado. Por isso, adoto como razões de decidir aquelas esboçadas na decisão alvejada, fls. 380/402, ocasião em que tratei exaustivamente da questão em análise, escorando-me em entendimento de tribunal superior. Destarte, tal decisão desmerece qualquer arac367093-05 5

espécie de reparo, não tendo demonstrado o recorrente nenhum fato novo ou argumentação suficiente para acarretar a modificação da linha de raciocínio adotada, nos termos das ementas em que a seguir colaciono: "AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR. ARTIGO 557 DO CPC. POSSIBILIDADE DE JULGAMENTO. AUSÊNCIA DE FATO NOVO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. 1. É de se negar provimento ao agravo regimental interposto contra decisão monocrática proferida nos termos do art. 557 do CPC quando não trouxe ao autos nenhum fato novo capaz de modificar o entendimento do julgador, limitando-se a repetir os argumentos expendidos por ocasião da interposição do recurso originário. AGRAVO REGIMENTAL CONHECIDO E DESPROVIDO. " (6ª CC, AR (AI) nº 393817-05.2012.8.09.0000, Rel. Des. Jeová Sardinha de Moraes, DJ 1201 de 10/12/2012). AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. INDEFERIMENTO DOS BENEFÍCIOS DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. arac367093-05 6

AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA HIPOSSUFICIÊNCIA. AUSÊNCIA DE FATO NOVO. 1. Não demonstrando a agravante nenhum fato novo ou argumentação suficiente para acarretar a modificação da linha de raciocínio adotada na decisão monocrática, o improvimento do agravo regimental é medida que se impõe. AGRAVO REGIMENTAL CONHECIDO MAS IMPROVIDO. (1ª CC, AR (AI) nº 386056-20.2012.8.09.0000, Rel. Des. Orloff Neves Rocha, DJ 1200 de 07/12/2012). Não se pode perder de vista que a via estreita do agravo regimental permite, apenas, reapreciar a decisão tida por prejudicial, impondo analisar se presente ou não fato novo ou fundamento legal aptos a modificar o entendimento deste Colegiado, o que não se afigura no caso em testilha. Quanto ao prequestionamento, esclareço que, além da matéria encontrar-se exaustivamente analisada no decorrer deste voto, ao Poder Judiciário não é dada a atribuição de órgão consultivo. Ao teor do exposto, atento ao disposto no artigo 364, 3º, do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do arac367093-05 7

Estado de Goiás, DEIXO DE RECONSIDERAR O ATO e submeto a insurgência à apreciação do Órgão Colegiado, manifestando-me, desde logo, PELO DESPROVIMENTO DO RECURSO. É o meu voto. Goiânia, 10 de dezembro de 2013. DES. FAUSTO MOREIRA DINIZ 06/A RELATOR arac367093-05 8