A capa é um recorte de uma foto de Adriano Gambarini, na mesma proporção do percentual de remanescentes da Mata Atlântica: 7%.

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Transcrição:

EXPEDIENTE Coordenação: Thadeu Melo Texto: Olga de Mello Relatoria: Roberto Rezende Mapas: Edson Santiami e Sabrina Silva Fotografia: Adriano Gambarini, Beto Mesquita, Enrico Marone, Haroldo Palo Jr., Luciano Candisani e Ricardo Teles Colaboração: Adriana Claudino Silva, Alexander Copello, Camila Barcelos, Camila Jordão Knack, Denise Claret, Gabriela Salim, Gabriela Viana, Lysandre Ribeiro, Marcele Bastos, Márcia Silveira, Milena Lima, Miriam Prochnow, Silvio Gazeta e Vanina Antunes Projeto Gráfico: Dinho Fonseca Design Impressão: Geográfica Editora Tiragem: 3.000 exemplares (distribuição gratuita) 2 Impresso em papel doado pela Suzano Papel e Celulose, Couche Fosco LD 150g/m, certificado (FSC-Misto Min 50%) - SW-COC-002857; e na gráfica Geográfica Editora, certificada FSC - SW-COC-1662. A capa é um recorte de uma foto de Adriano Gambarini, na mesma proporção do percentual de remanescentes da Mata Atlântica: 7%. Conselho de Coordenação do Diálogo Florestal para a Mata Atlântica, triênio 2008-2010: André Guimarães (Instituto BioAtlântica) Aldo Ezídio (Rigesa) Beto Mesquita (Instituto BioAtlântica) Deuseles Firme (Cenibra) Edegold Schäffer (Apremavi) Edilaine Dick (Apremavi) Giovana Baggio (The Nature Conservancy) Glaucia Drummond (Fundação Biodiversitas) João Carlos Augusti (Votorantim Celulose e Papel) José Aurélio Cayut (Fundação Biodiversitas) Juliano Dias (Votorantim Celulose e Papel) Lúcio Bedê (Conservação Internacional) Luiz Cornacchioni (Suzano Papel e Celulose) Luiz Quaglia (Veracel Celulose) Luiz Paulo Pinto (Conservação Internacional) Marco Brito (Rigesa) Marina Carlini (Suzano Papel e Celulose) Miguel Calmon (The Nature Conservancy) Sandro Morais (Cenibra) Vandi Garlet (Veracel Celulose) S471 Sementes do Diálogo : registros da primeira fase do Diálogo Florestal para a Mata Atlântica, 2005-2007 / [texto: Olga de Mello ; coordenação: Thadeu Melo]. Rio de Janeiro : Instituto BioAtlântica, 2008. 64p. : il. col., mapas ; 26cm. ISBN 978-85-60840-01-4 Acima do título: Diálogo Florestal para a Mata Atlântica. 1. Ecossistema Mata Atlântica. 2. Florestas Conservação Brasil. 3. Mata Atlântica. I.Mello, Olga de. II. Melo, Thadeu. III. Instituto BioAtlântica. CDD 577.0981 Catalogação na fonte elaborada pelas bibliotecárias Cristina Bandeira CRB 7/3806 e Stela Pacheco CRB 7/4087

Opostos se atraem O que parecia impossível - colocar entidades ambientalistas e empresas do setor de sivilcultura frente a frente, não para duelar, mas para dialogar - está, aos poucos, se tornando realidade. Organizações não-governamentais e indústrias, em sua maioria, mantinham-se fechadas em campos opostos, embora trabalhassem no mesmo espaço físico e em correntes de pensamento que discutiam caminhos para o desenvolvimento sustentável das áreas florestais. Vez por outra, colaboravam em ações pontuais, mas permaneciam ambos em lados distintos, com críticas mútuas e um histórico de conflitos aparentemente insolúveis. Para promover o entendimento e a colaboração entre esses grupos em nível mundial, organismos como o Banco Mundial, o World Resources Institute (WRI) e o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável conceberam os Diálogos Florestais (The Forests Dialogue, no original em inglês), uma série de fóruns internacionais que, desde 1997, reúne os setores envolvidos em questões-chave para o manejo florestal sustentável e a recuperação de biomas ameaçados. No Brasil, a necessidade do diálogo entre entidades ambientalistas e empresas do setor de base florestal foi ficando cada vez mais evidente, sobretudo, considerandose a escala de atuação do setor na Mata Atlântica e a importância relativa dos fragmentos florestais existentes em suas propriedades. Esses fragmentos são estratégicos para a formação de corredores ecológicos e a proteção da biodiversidade. Em 2005, existiam mais de 2,3 milhões de hectares destinados à silvicultura em São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Paraná e Santa Catarina. Além das áreas ocupadas pelos plantios, as empresas possuíam mais de 1 milhão de hectares destinados a infra-estrutura, ou com áreas abertas ou com fragmentos florestais, alguns dos quais em excelente estado de conservação (ver Tabela 1). Se considerarmos somente esses seis estados, a incorporação dessas terras nas estratégias regionais de conservação representaria um incremento da ordem de 50% na superfície protegida, para além daquela mantida em unidades de conservação de proteção integral existentes. 21

PRÓXIMOS PASSOS No último encontro do grupo, foram definidos os caminhos a serem trilhados na segunda etapa do Diálogo Florestal, a partir de 2008 (ver Quadro 5). A nova fase também terá a duração de três anos, mas diferente operacionalização. Para colocar em prática ações de fomento florestal e ordenamento territorial, os fóruns regionais, incorporarão representantes de governos, instituições de ensino e pesquisa e movimentos sociais, incluindo proprietários rurais, garantindo, assim, a participação de fomentados no diálogo. O grupo de coordenação foi transformado em Conselho de Coordenação, com representação dos dois setores (cinco empresas e cinco organizações ambientalistas), assumindo a tarefa de manter a articulação em nível nacional, podendo ser aberto à participação de outros setores base florestal. A estrutura da segunda fase do Diálogo exigiu também sua profissionalização, com o estabelecimento de uma secretaria executiva para a coordenação das atividades dos diferentes fóruns. Com o novo arranjo, a iniciativa se propõe a ser uma referência e fonte de informações sobre atividades do setor de base florestal e das organizações que trabalham pela conservação da biodiversidade e no manejo e monitoramento de recursos naturais no bioma. Entre os principais objetivos da segunda fase está a consolidação de um espaço de diálogo pró-ativo entre organizações da sociedade civil e empresas, na busca da geração de resultados concretos para a conservação dos recursos naturais da Mata Atlântica e para a melhoria da qualidade de vida humana em suas áreas de influência. Outro objetivo que permanece é a proposição de políticas públicas que favoreçam a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais. Com o estabelecimento dos fóruns regionais, o Fórum Nacional seguirá a mesma estrutura organizacional adotada na primeira fase, servindo também agora como espaço de intercâmbio para os fóruns regionais. Em nível nacional e internacional, buscará contato com outros organismos que possam sugerir a inclusão de temas e abordagens para o diálogo. Entre essas organizações incluem-se o The Forests Dialogue, governos, órgãos internacionais, certificadoras, universidades e centros de pesquisa. Devido à sua função estratégica, o Fórum Nacional será composto por pessoas que tenham nível decisório nas empresas e organizações que representam. 45

ENRICO MARONE Havia uma predisposição geral para que o Diálogo Florestal acontecesse, porém faltava maturidade aos ambientalistas e empresas. O Diálogo chegou no momento em que as empresas questionavam seu papel, se o simples cumprimento da legislação ambiental brasileira, que é uma das mais severas e restritivas do mundo, era suficiente. Já existia uma ou outra iniciativa, porém não uma tomada de posição em bloco. Do clima pouco amigável do primeiro contato saiu um movimento integrado e engajado, focado no desenvolvimento sustentável. Luiz Cornacchioni, Diretor de Relações Institucionais da Suzano Papel e Celulose 53

MIRIAM PROCHNOW AGRADECIMENTOS O grupo de coordenação da primeira fase do Diálogo Florestal para a Mata Atlântica agradece a Gary Dunning e Marisa Camargo, pelo apoio e inspiração, a Miguel Calmon, Amy Skoczlas Cole e Ludmila Pugliese, pelo empenho e perseverança. A Etsuro Murakami, Luiz Antonio Cornacchioni e Renato Guerón, pela visão. Aos que permitiram a realização logística e conceitual dos encontros do Diálogo Florestal para a Mata Atlântica e que auxiliaram na elaboração desta publicação. À Suzano Papel e Celulose, pela doação de papel certificado FSC, que honra os princípios socioambientais do Diálogo e de seus participantes. E a todos que acreditam no diálogo. 65

A marca FSC é a garantia de que a madeira utilizada na fabricação do papel interno deste livro provém de florestas de origem controlada e que foram gerenciadas de maneira ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente viável.