MPH0623 OS EFEITOS DO PROCESSO DE FUSÕES E AQUISIÇÕES DE EMPRESAS NO DESENVOLVIMENTO REGIONAL

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Transcrição:

III Congresso Internacional de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento 20 a 22 de outubro de 2014 CIÊNCIA E TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL MPH0623 OS EFEITOS DO PROCESSO DE FUSÕES E AQUISIÇÕES DE EMPRESAS NO DESENVOLVIMENTO REGIONAL THIAGO SOUSA SILVA admthiagosousa@hotmail.com MESTRADO - GESTÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ ORIENTADOR(A) ADRIANA LEONIDAS DE OLIVEIRA UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ

OS EFEITOS DO PROCESSO DE FUSÕES E AQUISIÇÕES DE EMPRESAS NO DESENVOLVIMENTO REGIONAL Thiago Sousa Silva* Adriana Leônidas de Oliveira** Monica Franchi Carniello*** Resumo Os processos de fusões e aquisições entre empresas são mecanismos que as organizações utilizam para que possam se posicionar estrategicamente no mercado. Dado ao fenômeno da globalização, que minimiza fronteiras e recursos logísticos, as organizações são impulsionadas a buscarem projetos e oportunidades inovadoras. Diante disso, destacam-se os efeitos dessas ações no cenário econômico e o quanto a aquisição de uma empresa por outra, por exemplo, provoca alterações não somente no ambiente interno, mas, sobretudo, na geração de emprego e renda, arrecadação de impostos, e demais fatores externos. Este artigo tem por finalidade, analisar o contexto do desenvolvimento regional e os impactos que os processos de fusões e aquisições de empresas podem causar sob a economia local ou regional. Para execução deste estudo buscou-se a pesquisa bibliográfica a fim de se levantar informações teóricas fundamentais para contextualização do tema proposto. Sugere-se, por fim, uma reflexão acerca dos fatores estratégicos que as empresas utilizam para se tornarem mais competitivas, principalmente no sentido de relacionar as consequências que tais procedimentos podem ocasionar no contexto econômico. Palavras-chave: Aquisições. Desenvolvimento. Estratégias. Fusões. THE EFFECTS OF PROCESS OF MERGERS AND ACQUISITIONS OF COMPANIES IN THE REGIONAL DEVELOPMENT Abstract The mergers and acquisitions between companies are mechanisms that organizations use so that they can position themselves strategically in the market. Given the phenomenon of globalization, which minimizes borders and logistical resources, organizations are driven to seek innovative projects and opportunities. Thus, we highlight the effects of these actions in the economic scenario and how the acquisition of one company by another, for example, causes changes not only in the domestic environment, but especially in the generation of employment and income, tax revenue, and other external factors. This article aims to analyze the context of regional development and the impact that mergers and acquisitions can result in local or regional economy. To implement this study we aimed the literature in order to raise fundamental theoretical information for contextualization of the subject. It is suggested, finally, a reflection on the strategic factors that companies use to become more competitive, especially in order to relate the consequences that such procedures may result in the economic context. Keywords: Acquisitions. Development. Strategies. Mergers. 1. INTRODUÇÃO As análises acerca dos processos de fusões e aquisições de empresas surgem da necessidade de avaliar quais os aspectos que fazem surgir esses movimentos e suas

consequências no contexto da administração das organizações. A dinamização do mercado e a influência da globalização, em que economias se modificam numa velocidade constante, apresentam-se como indutores dessas atividades. O estudo das fusões e aquisições (F&A) e os principais efeitos econômicos que este processo pode ocasionar é o principal objetivo deste artigo, de modo que seja possível descrever as principais características do desenvolvimento regional. Contudo, para o alcance desses objetivos, apresenta-se uma revisão de conceitos e definições de fusão, aquisição, administração estratégica e desenvolvimento, para que seja possível uma melhor compreensão dessa abordagem. Nas palavras de Hitt e Hoskisson (2012, et al. p. 184) Uma fusão é uma estratégia pela qual duas empresas concordam em integrar suas operações de forma relativamente igual. Organizações que apresentam segmentos de mercado semelhantes, quando se veem diante de ameaças externas, realizam as fusões para consolidação de economias e domínio na oferta de produtos e/ou serviços especializados. Definições, conceitos, relações entre fusões, aquisições e desenvolvimento regional, fazem parte deste estudo tendo como embasamento teorias que aprofundam e fundamentam tais elementos. Organizações que se fundem promovem uma nova concepção estrutural e no mercado que as integram. Por outro lado, aquelas que se utilizam da ferramenta de adquirir uma parte de outra mudam o cenário em que estão situadas com a fragilização da concorrência. De acordo com Hitt e Hoskisson (2012, et al. p. 184) Uma aquisição é uma estratégia pela qual uma empresa compra o controle, ou 100% de outra empresa com a intenção de tornar a empresa adquirida uma subsidiária em seu portfólio. Essa relação, evidenciada em procedimentos inter- organizacionais, ocorrem diante do posicionamento estratégico que a empresa adquirente pretende alcançar no mercado. Nesse contexto, Daft (2002, p. 122) afirma que O ambiente externo, incluindo a competição global, é a fonte das principais ameaças com que se defrontam as organizações atuais. Desse modo, em meio aos fatores do ambiente externo, que exerce influência direta ou indireta no ambiente interno, teóricos destacam a possibilidade de mudanças no contexto organizacional. Com base nessa perspectiva, serão contextualizadas e mencionadas a seguir as abordagens e características dos elementos que perfazem o desenvolvimento regional, e de que modo as F&A de empresas influenciam as mudanças no cenário econômico.

2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Administração Estratégica A globalização, e seus processos de integração instantânea e velocidade na dinamização dos mercados provoca mudanças no contexto social, político, econômico e tecnológico. Empresas de diversos segmentos de mercado aprofundam e estreitam relacionamentos, alterando os procedimentos organizacionais para as adaptações junto às exigências do ambiente externo. Figura 1: Fases da Administração Estratégica Fonte: (MAXIMIANO, 2012, p. 338) De acordo com Hitt e Hoskisson (2012, et al. p. 5) o processo de administração estratégica é o conjunto dos compromissos, decisões e ações, necessários para que a empresa obtenha vantagem competitiva e retornos acima da média. Segundo os autores, a análise acerca do ambiente no qual a empresa está inserida constitui o ponto de partida para o planejamento estratégico. Os recursos envolvidos, sejam de ordem financeira, estrutural ou de pessoas, devem estar alinhados com a implementação de novos procedimentos para ganhos futuros. Schermerhorn, (2007, p. 193) conceitua estratégia com [ ] um plano de ação abrangente que identifica diretizes de longo prazo para uma organização e utiliza recursos para atingir metas com vantagem competitiva sustentável. Esta análise, feita por ele, evidencia a visão do que se pretedende sobre o posicionamento que a empresa deseja obter e dos elementos que proporcionam o alcance das metas estabelecidas.

Na reflexão de Daft (2002, p. 52) Uma estratégia é um plano para interagir com o ambiente competitivo e alcançar as metas organizacionais. De acordo com o autor, o estudo de onde se pretende chegar e os meios que indicam a direção de como alcançar perfazem os projetos organizacionais. As empresas utilizam o processo de administração estratégica para obter competitividade estratégica e retornos acima da média. A competitividade estratégica é obtida quando uma empresa desenvolve e aprende como implantar uma estratégia que cria valor. (HITT; HOSKISSON; et al. 2012, p. 25) Robbins (2010) defende que a estratégia deve seguir a estrutura da organização, sendo pautadas em três enfoques: a) inovação que introduz novos produtos e serviços; b) minimização de custos reduz as despesas desnecessárias; e, c) imitação lançamento de novos produtos. No contexto das F&A Maximiano (2012, p. 336) afirma que [...] a estratégia abrange todas as situações de concorrência como as de colaboração. Empresas que são ou seriam concorrentes fazem alianças estratégicas, para ganhar vantagens e assegurar a sobrevivência. Nesse ponto observa-se que a manutenção dos negócios e a competitividade, fazem com que estes processos sejam fortes incrementos para a implantação de estratégias no mercado. 2.1.1 Análise dos ambientes da empresa As organizações são, por sua natureza, parte integrante de um conjunto de elementos que influenciam e direcionam suas atividades, sejam estes externos à empresa (fornecedores, clientes, concorrência, governos) ou em caráter interno (missão, visão, departamentalização). Durante a evolução do planejamento estratégico, diversos autores abordam as interferências que cada fator exerce sobre as empresas e o quanto devem ser analisados para que não induzam ao fracasso do negócio. De acordo com Schermerhorn (2007) a gestão da estratégia empresarial se materializa por meio do estudo acerca do ambiente interno e externo. Nesse contexto, utiliza-se da análise swot como ferramenta para visão do cenário como um todo. Pontos fortes (Strenghs), pontos fracos (Weaknesses), oportunidades (Oportunities) e ameaças (Threats).

Segundo Robbins (2010, p. 487) O ambiente de uma organização inclui as instituições ou forças externas que têm o potencial de afetar o seu desempenho, como fornecedores, clientes, concorrentes, agências regulatórias do governo e grupos de opinião pública. Ocorre que, o ambiente interno das organizações são afetados pelas incertezas que são oriundas da externalidade. Uma organização atuando em ambiente de certeza será administrada e controlada de forma diferente de uma organização atuando em um ambiente de incerteza no que concerne a cargos, departamentos, diferenciação e integração organizacional, processos de controle, planejamento e previsões para o futuro. As organizações precisam ter um ajuste adequado entre sua estrutura interna e o ambiente externo. (DAFT, 2002, p. 129) No que tange a análise do ambiente interno, Maximiano (2012, p. 345) ressalta o benchmarking como ferramenta de gestão, salientado que [...] uma organização procura imitar outras organizações, concorrentes ou não, do mesmo ramo de negócios ou de outros, que façam algo de maneira particularmente bem feita. Para ele, esta analogia entre as tarefas de ambas, demonstra os pontos fortes e fracos e possibilita realizar um plano para que se obtenha vantagem competitiva. Para Hitt e Hoskisson (2012) analisar internamente o ambiente da empresa consiste em utilizar as competências que a mesma possui, de modo a atender o que os concorrentes padronizam, colocando-a em patamar de igualdade. Este estudo sugere uma forma de pensar globalizada, ou seja, verificar as características da organização para que não dependa da cultura ou do contexto na qual está inserida. No campo das incertezas ambientais, Robbins (2010, p. 488) salienta que Uma das formas de reduzir a incerteza ambiental é realizar ajustes na estrutura da organização. Elas podem, por exemplo, ampliar sua estrutura para perceber as ameaças e reagir a elas. Dado a complexidade do ambiente, os ajustes são necessários para o posicionamento estratégico em meio à concorrência exacerbada. À medida que a empresa analisa seu ambiente externo e avalia seus recursos e capacitações internas para vencer desafios ambientais, as aquisições, assim como os ajustes aos conjuntos de negócios da empresa, são sempre considerados. (HITT; HOSKISSON; et al. 2012, p. 181) Por outro lado, ameaças e oportunidades, são fortes incrementos do ambiente externo que estão presentes na administração estratégica. Para Maximiano (2012, p. 344) Quanto mais competitivo, instável e complexo o ambiente, maior a

necessidade de analisa-lo. Há diversas maneiras de dividir o ambiente para facilitar a análise. Segundo ressalta este autor, é preciso conhecer o ramo de atuação da empresa e os principais entraves que o governo, por exemplo, pode intervir de acordo com a atividade da organização, através de leis, decretos e programas de incentivo ao consumo. Quadro 1: Alianças e estratégias entre empresas Estabelecimento de Ligação Controle do Domínio Ambiental Interorganizacionais 1. Propriedade 1. Mudança de domínio 2. Contratos, joint ventures 2. Atividade política, regulamentação 3. Cooptação, diretorias interligadas 3. Associações comerciais 4. Recrutamento de executivos 4. Atividades ilegítimas 5. Publicidade, relações públicas Fonte: Organização de Estratégias para Controlar o Ambiente Externo (DAFT, 2002, p. 138) Conforme apresentado no Quadro 1, as alianças entre organizações são utilizadas para que as empresas consigam dominar as incertezas do ambiente externo. Dentre estes, destaca-se a joint ventures, Schein (2001, p. 167) afirma que A nova organização começa do zero a partir da união de duas culturas. Esta estratégia é considerada quando uma empresa consegue implantar outra, sendo que a última, por sua vez, inicia suas atividades como recém-constituída. 3. FUSÕES E AQUISIÇÕES De acordo com a Lei das Sociedades Anônimas, lei nº 6404/76, em seu artigo 228, define que: A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações. A fusão se caracteriza pela junção de duas empresas, que passam a formar outra organização desprezando aspectos legais que as constituíram anteriormente. Segundo Harding e Rovit (2005, p. 20) O sucesso ou fracasso de uma fusão depende fundamentalmente das decisões tomadas pelos executivos em momentos críticos durante o processo. Esta nova empresa, apesar de possuir características comuns àquelas de origem como o ramo de atividade, apresenta disfunções estruturais e continuamente precisa realizar adaptações culturais. Uma fusão é uma estratégia pela qual duas

empresas concordam em integrar suas operações de forma relativamente igual. (HITT; HOSKISSON; et al. 2012, p. 183) Por outro lado, a Lei nº 6406/76 destaca que A aquisição é operação pelo qual uma ou mais sociedades compra outra, sucedendo-a em todos os direitos e obrigações. A estratégia de aquisição de empresas resulta na possibilidade de vantagem competitiva e elevado nível de ganhos financeiros. De acordo com Rossetti (2001, p. 72) é a Compra do controle acionário de uma empresa por outra. A característica principal, desse tipo de negócio, consiste na detenção do controle da empresa compradora sob a adquirida. Para Daft (2003) as organizações dispõem desta técnica para que busquem melhorias em seus procedimentos internos e alcancem a sustentabilidade em suas transações. Essas ligações favorecem e garantem a disponibilidade de recursos em setores onde há indícios de escassez. As aquisições definem uma reestruturação organizacional, com a combinação entre empresas de regiões econômicas ou países diferentes. Diante dos fatores que afetam o ambiente interno, a concorrência seria o principal agente que induz a sua utilização. Uma empresa pode realizar uma aquisição para aumentar seu poder de mercado devido a uma ameaça da concorrência, para entrar em um novo mercado devido à oportunidade disponível naquele mercado para pulverizar o risco devido ao ambiente incerto. (HITT; HOSKISSON; et al. 2012, p. 183) Ao realizar a compra de parte ou totalidade de outra empresa, barganha, consequentemente, uma parcela de mercado que antes pertencia à concorrente. De acordo com Hitt e Hoskisson (2012, et al. p. 183) Uma aquisição é uma estratégia pela qual uma empresa compra o controle, ou 100%, de outra empresa com a intenção de tornar a empresa adquirida uma subsidiária em seu portfólio. Nesse caso, chama-se adquirente a empresa compradora e adquirida àquela que cedeu seus direitos e obrigações à primeira. As relações entre ambas podem não ser tão amigáveis devido à adquirida deixar de ser única no mercado e se tornar, nesse contexto, uma subordinada daquela que detém o controle acionário. Os colaboradores correspondem a este clima na mesma proporcionalidade, pois ideais e valores que eram fortes e enraizados nas suas atividades deixaram de existir e passam a ser reformulados ao cenário atual.

Os processos de F&A são constituídos para alcançar objetivos claros e determinados. Dentre eles, destaca-se o ganho em parcela de ações por parte da adquirente que contribui para a elevação dos níveis de riqueza dos seus proprietários/acionistas. [...] Os motivos específicos, os quais incluem o crescimento ou diversificação, sinergia, levantamento de fundos, aumento ou aprimoramento da capacidade administrativa ou da tecnologia, considerações tributárias, aumento da liquidez do proprietário e defesas contra aquisição de uma empresa por outra, devem ser procurados quando se acredita que sejam conscientes com a maximização da riqueza do proprietário. (AVILA; BOAS, et al. 2006, p. 2) Entretanto, além das vantagens individuais e organizacionais, cabe destacar que essas mudanças ocorrem devido ao cenário econômico que, dado ao seu dinamismo, provoca alterações em economias já consolidadas. Fusões e aquisições (F&A) têm sido cada vez mais uma alternativa de cresimento importante. O número de negócios que envolvem empresas norteamericas, européias e brasileiras aumentou muito nos últimos anos, apresar de aluns períods de retração em função de condições macroeconômicas esecificas. (TANURE; B, EVANS; P, PUCIK; V, 20017, p. 83) Nesse sentido, as variáveis econômicas e a visualização de oportunidades de nichos de mercado são perceptíveis nas fusões e aquisições, porém componentes internos das organizações após estes processos são passíveis de reavaliação para que seja possível a obtenção de resultados desejáveis. 3.1 Fatores de Sucesso e Insucesso Ao se defrontar com as variáveis externas, no campo do macroambiente, algumas formas de agir estrategicamente são perceptíveis. As empresas que adotam as F&A como estratégia competitiva no mercado estão sujeitas a enfrentar dificuldades de gestão. Alguns fatores como a integração entre as pessoas, falhas de comunicação e impactos culturais, são elementos que determinam o sucesso ou insucessos nestas transações. Quadro 2: Processos de Aquisições de empresas

Problemas para se obter êxito Dificuldades de integração Avaliação inadequada do alvo Dívida grande ou extraordinária Aquisições Incapacidade de obter sinergia Diversificação excessiva Administradores excessivamente concentrados em aquisições Grande demais Fonte: Elaborado pelo autor, apartir de (HITT; HOSKISSON; et al. 2012, p. 191) Para Tanure, Evans e Pucik (2007) os fracassos estão relacionados a problemas de integração. As dificuldades em saber lidar com a cultura e as pessoas envolvidas estão entre os maiores entraves no gerenciamento de uma aquisição. De acordo com os autores, executar o processo representa ainda grandes desafios. Schermerhorn (2007) aborda a adaptação da cultura, como fator determinante para a satisfação dos agentes envolvidos nestes processos, sendo que a mesma atravessa alguns estágios, tais como: 1) confusão carência de informações; 2) Pequenas vitórias positividade; 3) Lua-de-mel período de encantamento; 4) Irritação e raiva sobreposição dos efeios negativos sobre os positivos; e, 5) Realidade período de reequilibrio. O que demonstra que as pessoas, são elementos-chave na condução das F&A. Diante deste cenário, Barros (2001, p. 136) esclarece que Não há conhecimento de nenhum caso de sucesso de gestão do encontro das culturas em processos de F&A em que não tenha havido uma comunicação rápida e aberta. Para ele, a comunicação entre as partes, minimiza os efeitos impactantes e desperta nos envolvidos o comprometimento para o alcance do sucesso desejado. A comunicação contribui não somente para determinar o sucesso ou fracasso de uma organização, mas para haja a integração entre culturas por meio de suas variadas formas de expressão. Desse modo, Bowditch e Buono (2011) esclarecem que É importante que os gerentes compreendam como os aspectos simbólicos e expressivos de seus atos, decisões e políticas enviam mensagens aos outros membros da organização sobre os valores e orientação da empresa. No campo da prática do processo, Tanure, Evans e Pucik (2007, p. 110) revelam que [...] Quanto mais a empresa adquire, melhor e mais facilmente ela entra no processo, salientando que práticas, em aquisições anteriores, promovem maior experiência com esse tipo de processo.

Entretanto, as organizações que não possuem o dinamismo de realizar, repetidamente, aquisições necessitam realizar estratégias para buscar reduzir os conflitos e almejar resultados satisfatórios. 4. DESENVOLVIMENTO REGIONAL E AS ESTRATÉGIAS DE F&A A promoção de políticas públicas que busquem a qualidade de vida, por meio da melhoria nas condições econômicas e sociais de uma sociedade, caracteriza até então o que se denomina desenvolvimento. No entanto, as pessoas vivem e se relacionam entre si em espaços regionalizados, onde realizam a troca de informações, produtos e serviços. Para Engels (1979, p. 127) As condições sob os quais os homens produzem e trocam o que foi produzido variam muito para cada país e, dentro de cada país, de geração para geração. Essa interação social é o que estabelece o direcionamento dos agentes de mercado para a oferta de bens e/ou serviços. No que concerne aos espaços regionais, cabe destacar a distinção entre área geográfica e regiões economicamente ativas. Numa visão abrangente e global, verificase que ocorre, por exemplo, a classificação entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos demonstrando aqueles que detêm maiores índices de riqueza ou pobreza, respectivamente. De acordo com Passos e Nogami (2008, p. 553) o desenvolvimento não é um fenômeno que ocorre de forma isolada. Normalmente existem determinadas precondições importantes que desempenham papel fundamental nesse processo. Em países onde se observa o regime capitalista, o desenvolvimento se baseia não somente na concentração do capital, mas, sobretudo na distribuição de renda e na qualidade de vida, sendo que ambos se conduzem na mesma direção. [...] Quando o processo de crescimento ocorre de forma isolada, poderá acarretar desequilíbrios estruturais em uma economia, trazendo sérias dificuldades a seus governantes. O processo de desenvolvimento, por sua vez, via de regra, traz consigo o crescimento. (PASSOS; NOGAMI, 2008, p. 551)

Para Passos e Nogami (2008, p. 555) O grau de desenvolvimento de uma nação é percebido pela análise de certos indicadores que se relacionam em termos de estrutura. Segundo os autores, os números apresentados evidenciam a realidade de uma população e demonstra aos governos uma visão panorâmica em termos econômicos e sociais. Dentre os principais indicadores, cabe destacar o índice de desenvolvimento de humano que, por sua abrangência, utiliza-se da análise acerca da escolaridade, renda e o nível de saúde. As diferenças socioeconômicas entre os estados brasileiros são tão grandes que o país apresenta realidades distintas em seu território, o que torna irônica classificar o país com alto Índice de Desenvolvimento Humano. (FRANCISCO, 2014) Nesse sentido, os autores Vieira e Santos (2012, p. 364) afirmam que As políticas de desenvolvimento objetivam promover a atração de investimentos acompanhados de inserção tecnológica, para aumentar a produtividade do trabalho e, consequentemente, a competitividade regional [...]. Alianças estratégicas, redes de cooperação, fusões, aquisições e joint ventures, por exemplo, sendo realizadas em âmbito regional, altera o cenário socioeconômico destas localidades por meio da especialização da mão-de-obra e dos níveis de emprego e renda. Entretanto, as dificuldades de integração entre empresas, ocorrido diante dessas transações, causam elevados índices de desligamentos de funcionários. A redução do quadro funcional provoca efeitos na economia regional, uma vez que proporciona o aumento no quantitativo de desempregados. Sabe o que mais provoca a demissão de executivos no Brasil? Os processos de fusão e aquisição. Segundo um estudo da consultoria DBM, 54% dos casos de desligamento entre maio de 2006 e abril de 2007 teve como motivo algum tipo de reestruturação na empresa. (BUENO, 2014) As operações de F&A implicam em reestruturação de pessoas, e estes por sua vez, são os principais afetados nestas transações. Segundo Oliveira (2012) Os mais prejudicados são os trabalhadores que perdem seus empregos, quando da adoção de medidas gerenciais para enxugar os custos [...]. Na visão do autor, este processo encara as demissões como algo positivo para a obtenção de lucro, mas não percebem a problemática social que causam.

5. METODOLOGIA A metodologia adotada consistiu na revisão de literatura para conceituar e definir fusões e aquisições, desenvolvimento regional e administração estratégica. A citação das principais conclusões a que outros autores chegaram permite salientar a contribuição da pesquisa realizada e demonstrar contradições ou reafirmar comportamentos e atitudes. (LAKATOS; MARCONI, 2010, p. 208) No que tange às fontes, buscou-se livros, leis e artigos por apresentarem embasamento técnico e científico. A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. (GIL, 1996, p. 48). Obras de grande relevância e públicas permitiram a proximidade com visões diferenciadas acerca da mesma abordagem objeto de estudo. De acordo com Gil (1996, p. 50) A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisa diretamente. Essa cobertura, por sua vez, contribuiu com a diversidade de autorias e referências acerca do tema em questão. 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO Este trabalho analisou os principais efeitos que os processos de F&A exercem sobre as organizações, na relação existente entre empresa adquirente e adquirida. Com base nos resultados obtidos, pode-se perceber que as transformações econômicas e o cenário de concorrência acirrada entre organizações do mesmo segmento são fatores que favorecem movimentos desse tipo. Os efeitos da globalização e a proximidade entre os agentes envolvidos neste processo impulsionam a cessão do controle acionário e financeiro de uma empresa que ultrapassa dificuldades de manutenção do negócio, para outras que dominam o mercado de atuação em que ambas estão inseridas. Nesse sentido, as transações entre organizações que se fundem ou adquirem uma à outra, causam profundas transformações e impactos socioeconômicos na localidade

onde estão instaladas, interferindo principalmente no desenvolvimento regional. Desse modo, algumas análises podem ser percebidas e assim discutidas, tais como: Maior dependência de capital externo; Centro de decisão da empresa fora da região; Demanda de mão-de-obra capacitada; Formação de uma cadeia produtiva em torno do novo negócio; Perda de autonomia na gestão local. Sendo assim, sugere-se para continuidade desse estudo o aprofundamento de tais questionamentos, pois possibilitará maior compreensão sobre as principais dificuldades encontradas pelas empresas diante da pós-fusão e/ou aquisição. 7. CONCLUSÃO Observa-se que no caso de empresas que decidem juntar-se uma com a outra, a finalidade consiste em fortalecer o mercado de atuação. Entretanto, aquelas que realizam aquisições adquirindo uma parte ou a totalidade da concorrente, são influenciadas pela forte expansão econômica. A interação entre organizações ocorre no sentido de consolidar suas atividades junto aos consumidores, seja na imposição de novos meios de produção e reengenharia em suas estruturas, ou na oferta de produtos ou serviços especializados. A globalização, como agente indutor deste processo, facilita as organizações em se comunicarem no sentido de aproximar e definir estratégias de investimentos. Apesar de ser satisfatório, e trazer inúmeros benefícios para o negócio das empresas, as operações de fusões e aquisições sofrem resistências em seu ambiente interno devido à dificuldade na gestão de pessoas quando dessa transferência de responsabilidades, atividades e atribuições. A busca pelo posicionamento estratégico das empresas encontra nas F&A a possibilidade de enfraquecimento da concorrência, aumento nos lucros e consolidação dos negócios. Porém, as variáveis políticas, econômicas, sociais e regionais podem interferir nos casos de sucesso ou insucesso nesse processo. Fica reforçado neste artigo, que a abertura de novos mercados, representa ganhos visíveis nas operações entre organizações e contribuem de forma significativa

para o desenvolvimento regional, pois à medida que estas empresas se fundem ocorre a dinamização da economia local e/ou regional. Entretanto, as dificuldades que se encontram na externalidade afetam a elevação da qualidade de vida da sociedade no entorno dessas grandes corporações. De acordo com o mencionado neste trabalho, o contraponto das F&A está, principalmente, relacionado aos recursos humanos. É notório que, demissões de funcionários ocorrem em elevada escala, por exemplo, quando há a fusão de uma empresa por outra. Desse modo, faz-se necessário que sejam adotadas medidas governamentais que regulamente as interações entre empresas, uma vez que estas causam impactos no desenvolvimento regional com a expansão ou diminuição de empregos formais. A forma de tributação, por exemplo, deve ser diferenciado para esse tipo de empresa, o que não se assemelha a casos de organizações consideradas únicas. Aspectos locais e regionais, que estão no ambiente externo afetam diretamente quaisquer procedimentos no âmbito interno das empresas, de modo que as pessoas são vistas como ferramenta essencial para a execução eficiente em meio às fusões e aquisições. REFERÊNCIAS AVILA, Francisco A.; BOAS, Ana A. V. et al. Estratégia de integração de cultura nos processos de fusões e aquisições para a sustentabilidade das operações: o caso de uma empresa industrial no ramo de pneumáticos. São Paulo, nov. 2006. BOWDITCH, James L.; BUONO, Anthony F. Elementos de Comportamento Organizacional. São Paulo: Cengage Learning, 2012. BUENO, Marcelo Cunha. Fusões e aquisições geram mais demissões de executivos. Disponível em: < http://revistacrescer.globo.com/revista/crescer > Acesso em: 29 jan, 2014. BRASIL. Lei n. 6404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por ações. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 1976. DAFT, Richard L. Organizações: teorias e projetos. São Paulo: Pioneira, 2003. ENGELS, Friedrich. Anti-Duhring: Filosofia, economia, política, socialismo. 3 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

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