PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO

Documentos relacionados
PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

VOTO: I - R E L A T Ó R I O

O Sr(a) foi contratado(a) pela reclamante, para defender seus direitos. Os pedidos foram rejeitados na origem e mantidos pelo TRT da 9ª Região.

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

ACÓRDÃO RO Fl. 1. DESEMBARGADOR JOÃO PEDRO SILVESTRIN Órgão Julgador: 4ª Turma

Acórdão-6ªC RO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 3ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

PROCESSO nº (RO) RECORRENTE: SEST SERVICO SOCIAL DO TRANSPORTE, SENAT SERVICO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO TRANSPORTE

V I S T O S, relatados e discutidos estes autos de AGRAVO DE PETIÇÃO, provenientes da MM. 02ª VARA DO TRABALHO DE LONDRINA - I.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO

RECURSO ORDINÁRIO TRT/RO RTOrd

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO

A C Ó R D Ã O 5ª T U R M A

Processo originário da 4ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro.

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

PROCESSO: RO

PROCESSO: RO

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 12ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO Gabinete Juiz Convocado 8 Av. Presidente Antonio Carlos, 251

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE RONDÔNIA Tribunal de Justiça 1ª Câmara Especial

PROCESSO nº (RO) RECORRENTE: CONDOMINIO DO SHOPPING CENTER RECORRIDO: WILSON ALVES DE ALCANTARA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

ACÓRDÃO RO Fl. 1. DESEMBARGADORA MARIA INÊS CUNHA DORNELLES Órgão Julgador: 6ª Turma

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO

Adoto o relatório da r. sentença de fs. 142/145, que julgou a ação improcedente. Embargos de declaração (fs. 149), julgou improcedente.

Contestação às folhas 70/80. Atas de audiência às folhas 541 e 555.

''Conciliar também é realizarjustiça r TURMA CNJ: TRT: ) (RO)

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO

CONSTRUTORA TENDA S/A SEBASTIÃO JORGE GOMES. Giselle Bondim Lopes Ribeiro

Acórdão 6a Turma RELAÇÃO DE EMPREGO. VENDEDOR AUTÔNOMO. A diferenciação central entre o vendedorempregado

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O (4.ª Turma) GMMAC/r4/pc/rsr/h

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª REGIÃO 1ª TURMA

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

I RELATÓRIO Trata-se de recurso ordinário interposto pela Ré, às fls , em face da respeitável sentença da MM. 50ª Vara do

PROCESSO: RO

ACÓRDÃO PODER JUDICIÁRIO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista n TST-RR , em que é Recorrente e são Recorridos e.

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores LUCILA TOLEDO (Presidente) e MENDES PEREIRA. São Paulo, 30 de maio de 2019.

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO EMENTA RELATÓRIO FUNDAMENTAÇÃO

PROCESSO nº (RO) RECORRENTE: MOACIR MOREIRA DA ROCHA RELATORA: ANGELA FIORENCIO SOARES DA CUNHA

RECURSO ORDINÁRIO Nº

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 3ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO

PROCESSO: RTOrd RECURSO ORDINÁRIO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 3ª REGIÃO RO RELATORA: JUÍZA CONVOCADA MARIA STELA ÁLVARES DA SILVA CAMPOS

Orientações Consultoria De Segmentos Salário Complessivo

Número: Data Autuação: 02/12/2016

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores SILVIA ROCHA (Presidente), FABIO TABOSA E CARLOS HENRIQUE MIGUEL TREVISAN.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 8ª REGIÃO

ACÓRDÃO RO Fl. 1. DESEMBARGADOR MILTON VARELA DUTRA Órgão Julgador: 10ª Turma

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO. Processo nº Página 1 de 6

Sentença publicada em secretaria aos vinte e dois dias do mês de março de 2013, sexta-feira, às 17 horas. VISTOS, ETC.

V I S T O S, relatados e discutidos estes autos de

A Ré, às fls. 70/78, argui preliminar de nulidade por julgamento extra petita e, no mérito, insurge se em relação a declaração de sucessão e quanto a

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

FIEL VIGILÂNCIA E TRANSPORTE DE VALORES LTDA. Advogado: Tadeu Alves Sena Gomes. Advogado: Fábio Lopes de Souza Neto

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

Custas processuais à fl Contrarrazões às fls. 177/181.

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO ORDINÁRIO AIRO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores MAGALHÃES COELHO (Presidente) e COIMBRA SCHMIDT.

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

SEGUNDA CÂMARA CÍVEL RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL Nº 8785/2004 CLASSE II COMARCA DE SINOP APELANTE: BRASIL TELECOM S. A.

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 3ª REGIÃO TRT/ RO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

PALESTRA SICEPOT MG 11/04/2019. REFORMA TRABALHISTA Lei /2017 Pontos de Atenção

Tribunal de Justiça de Pernambuco Poder Judiciário. 3ª Câmara Cível - Recife. Rua do Brum, 123, 4º andar, Recife, RECIFE - PE - CEP: F:( )

PROCESSO: RTOrd

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

DANO MORAL PRÁTICA ABUSIVA DE SUSPENSÃO E DESCONTO SALARIAL SEM A COMPROVAÇÃO DA CULPA

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 23ª REGIÃO

2)DAVID NUNES DA SILVA

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 24ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO

ACÓRDÃO AP Fl. 1. DESEMBARGADORA MARIA DA GRAÇA RIBEIRO CENTENO Órgão Julgador: Seção Especializada em Execução

AGRAVO DE INSTRUMENTO N

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ANDRADE NETO (Presidente) e MARIA LÚCIA PIZZOTTI.

Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região - 2º Grau Processo Judicial Eletrônico - 2º Grau

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO

Transcrição:

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO PROCESSO nº 1001968-78.2015.5.02.0701 (RO) Natureza: RECURSO ORDINÁRIO Recorrentes: 1) Tam Linhas Aéreas S.A.; 2) Recorridos: Os mesmos Origem: 1ª Vara do Trabalho de São Paulo Juiz Prolator da Sentença: Dr.(ª) Michelle Denise Dirieux Destri /REPR/25/#/ RELATOR: RAFAEL EDSON PUGLIESE RIBEIRO EMENTA Tam. Aeromoça. Obrigatoriedade de uso da maquiagem. Manual de apresentação pessoal em que consta de forma detalhada as regras de uso de maquiagem, inclusive sobre quais cores são permitidas. Comprovação pela prova testemunhal que, diferentemente do que alega a empresa de se tratar de sugestão de apresentação pessoal, as aeromoças eram obrigadas a se apresentar maquiadas para a prestação de serviços. Exigência inserida no contexto da prestação de serviços de transporte aéreo, sendo do empregador a responsabilidade pelos gastos como maquiagem (art. 186 do CC). RELATÓRIO Contra a r. sentença que julgou procedente em parte a ação, recorre a ré alegando que não obrigava a autora a utilizar maquiagem, sendo indevido o reembolso. Recorre a autora, alegando que eram sonegados os 15 minutos de intervalo durante o período de reserva; que são devidas diferenças de diárias alimentação internacional, diárias de cursos e horas de cursos; que os pagamento dos quilômetros voados não foram realizados integralmente, assim como as horas de reserva e de sobreaviso. Contrarrazões IDs. a602542 e d0c8d15. FUNDAMENTAÇÃO 1. Apelos aviados a tempo e modo (ID. c258c18). Conheço-os. Número do documento: 17032415541735300000014316257 Num. 09b4fbe - Pág. 1

MÉRITO RECURSO DA AUTORA2. Reserva. Intervalo de 15 minutos. 2. Reserva. Intervalo de 15 minutos. A autora trabalhou de 07.10.87 a28.08.13, como "comissária de bordo".o preposto confessou (ID. a4c146e) "que se o tripulante é contatado por telefone e não comparece consta 'não comparecimento' na escala; que mesmo durante o período de intervalo se o tripulante for contatado e não atender o telefone e também não comparecer será considerado 'não comparecimento'; que pode ocorrer, em razão do grande fluxo de voos, de o tripulante solicitar intervalo e não ser autorizado". 2.1. A testemunha da autora confirmou que "a depoente ficava em períodos de reserva durante os quais não havia intervalo, nem por solicitação do tripulante; que durante a reserva precisavam ficar durante todo o tempo a disposição e se precisassem ir ao banheiro era só ir e voltar, pois senão dava 'não comparecimento'. 2.2. A testemunha da própria ré também relatou que "na reserva o horário é corrido sem previsão de intervalo", e de forma contraditória, afirmou que ao que se recorda nunca esteve na reserva e não conseguiu fazer intervalo, embora tenha dito também que "a depoente solicita o intervalo quando está na reserva o que é concedido sempre considerando o fluxo de voos que quando está mais tranquilo é autorizada a saída". O depoimento possui contradições quanto ao gozo do intervalo de 15 minutos na reserva e, portanto, não possui valor probante. 2.3. Defiro o pagamento de 15 minutos de intervalo como horas extras, nos dias em que a autora esteve na reserva, conforme os controles juntados, com reflexos no 13º salário, férias+1/3, aviso prévio, DSRs e FGTS+40%. O cálculo observará os dias trabalhados, adicional normativo ou legal e divisor 176 (o art. 23 da Lei 7.183 /84) e a prescrição. 3. Horas extras. Cursos. Reserva. 3. Horas extras. Cursos. Reserva. Sobreaviso. A recorrente alega que as horas de curso não estavam computadas no salário fixo, que o salário complessivo é ilícito, bem como pertence à ré o ônus de provar que quitou tais verbas integralmente (Id. e12cff8). 3.1. Não se sustenta a alegação de que a forma de remuneração fixada no contrato se caracteriza como salário complessivo, porque ela se refere ao pagamento da jornada ordinária contratual, e a própria Lei 7.183/84 autoriza o cômputo na duração do trabalho do aeronauta de todas as horas a título "de vôo, de serviço em terra durante a viagem, de reserva e de 1/3 (um terço) do sobreaviso, Número do documento: 17032415541735300000014316257 Num. 09b4fbe - Pág. 2

assim como o tempo do deslocamento, como tripulante extra, para assumir vôo ou retornar à base após o vôo e os tempos de adestramento em simulador" (art. 23) para fins de apuração do limite de 60 horas semanais e de 176 horas mensais. 3.2. Diante desse contexto, improcede a afirmação de que a empregadora deixava de pagar as horas de cursos, reserva e sobreaviso, porquanto tais períodos encontram-se compreendidos na jornada adimplida pelo salário fixo previsto no contrato de trabalho. 3.3. Destaque-se, ainda, que os livros de bordo (ID I. 544b773, por exemplo),permitem aferir a carga horária efetivamente cumprida nos termos do art. 20, da Lei 7.183/84[1]. 3.4. Não foi apontada a existência de eventuais diferenças em benefício da autora, uma vez que os apontamentos foram apurados com base na premissa equivocada de que o tempo em solo, os cursos, treinamentos e horas de sobreaviso não eram remunerados pela empregadora. Dessa forma, mantenho a improcedência do pedido. [1] Art. 20 Jornada é a duração do trabalho do aeronauta, contada entre a hora da apresentação no local de trabalho e a hora em que o mesmo é encerrado. 1º A jornada na base domiciliar será contada a partir da hora de apresentação do aeronauta no local de trabalho. 2º Fora da base domiciliar, a jornada será contada a partir da hora de apresentação do aeronauta no local estabelecido pelo empregador. 3º Nas hipóteses previstas nos parágrafos anteriores, a apresentação no aeroporto não deverá ser inferior a 30 (trinta) minutos da hora prevista para o início do vôo. 4º A jornada será considerada encerrada 30 (trinta) minutos após a parada final dos motores. 4. Adicional noturno. 4. Adicional noturno. Quanto às diferenças de adicional noturno e alegação de inobservância da redução ficta, também não é possível acolher os apontamentos da recorrente, porquanto os registros do livro de bordo foram desconsiderados na apuração. Dessa forma, não há elementos passíveis de autorizar a condenação das rés ao pagamento das diferenças de adicional noturno. 5. Diárias. 5. Diárias. A inicial (fls. 27/28) sustenta que a ré não pagava as diárias de viagens internacionais integralmente. Nas razões recursais, a autora reitera que a ré nem sequer apresentou os recibos de pagamento, embora a preposta tenha confessado que os pagamentos eram efetuados mediante comprovantes assinados pelos empregados. Assim, reformo para acrescer à Número do documento: 17032415541735300000014316257 Num. 09b4fbe - Pág. 3

condenação pagamento de diárias internacionais e diárias de cursos, conforme os controles juntados e os valores consignados nas normas coletivas. 5.1. O fundamento do recurso para pleitear diferenças de quilômetros rodados é no sentido de que embora constem nas escalas os horários de apresentação e as horas de solo, estas não eram remuneradas pela ré (ID. e12cff8 - Pág. 12). 5.2. Todavia, a remuneração do aeronauta é formada por uma parte fixa e outra variável, sendo a fixa destinada a remunerar todas as horas de solo, compreendidas na somatória das horas de reserva, sobreaviso, período de apresentação e início de vôo, tempo de espera nas escalas, treinamentos e tudo mais que constituir a jornada de trabalho, ou seja, 176 horas mensais, e ainda os descansos semanais remunerados, conforme artigo 23 da Lei 7.183/84. Mantenho. 5.3. Assim, os cálculos apresentados pela recorrente (ID. e12cff8 - Pág.13, por exemplo) computam como devidas verbas já integrantes do salário fixo. Indevidas diferenças. RECURSO DA RÉ 6. Indenização pelos gastos com maquiagem. 6. Indenização pelos gastos com maquiagem. A sentença deferiu a indenização mensal de R$ 50,00 pelos gastos com a utilização de maquiagem. A defesa sustenta que se trata de uma sugestão de apresentação pessoal e não há punição para as comissárias que se apresentam sem maquiagem. 6.1. No manual de apresentação pessoal da ré consta de forma detalhada as regras de uso da maquiagem, tais como quais as cores permitidas (ID. cb36faf - Pág. 15). E as testemunhas comprovaram a obrigatoriedade de prestar os serviços de comissárias de bordo maquiadas (testemunha da autora "que as comissárias devem voar maquiadas obrigatoriamente; que se a comissária se apresenta sem maquiagem é retirada do voo; que a depoente foi chefe dos comissários e passou pela experiência de impedir o voo de comissárias não maquiadas"; testemunha da ré "nunca viu nenhuma comissária se apresentar sem maquiagem". Comprovado que tal exigência está inserida no contexto da prestação de serviços de transporte aéreo. A ré deve arcar com tais gastos (art. 186 do CC). Mantenho. Conclusão do recurso Dou provimento ao recurso da autora para acrescer à condenação o Número do documento: 17032415541735300000014316257 Num. 09b4fbe - Pág. 4

pagamento do intervalo de 15 minutos durante a reserva, como horas extras, com reflexos no aviso prévio, 13º salário, DSRs, férias+1/3 e FGTS+40%; bem como diárias referentes a cursos e a viagens internacionais. Nego provimento ao recurso da ré. Mantenho a referência de alçada. ACÓRDÃO Acórdão Vistos, Relatados e Discutidos os presentes autos, ACORDAM os Desembargadores da 6ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, nos termos da Certidão de Julgamento que a este integra, em: DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso da autora para acrescer à condenação o pagamento do intervalo de 15 minutos durante a reserva, como horas extras, com reflexos no aviso prévio, 13º salário, DSRs, férias+1/3 e FGTS+40%; bem como diárias referentes a cursos e a viagens internacionais. NEGAR PROVIMENTO ao recurso da ré. Mantida a referência de alçada. CERTIDÃO DE JULGAMENTO Certifico que, em sessão realizada nesta data, a 6ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região, julgando o presente processo, resolveu: por unanimidade de votos, DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso da autora para acrescer à condenação o pagamento do intervalo de 15 minutos durante a reserva, como horas extras, com reflexos no aviso prévio, 13º salário, DSRs, férias+1/3 e FGTS+40%; bem como diárias referentes a cursos e a viagens internacionais. Por igual votação, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da ré. Mantida a referência de alçada. Presidiu regimentalmente o julgamento o Exmo. Sr. Desembargador RAFAEL EDSON PUGLIESE RIBEIRO. Tomaram parte no julgamento os Exmos. Srs. RAFAEL EDSON PUGLIESE RIBEIRO, VALDIR FLORINDO e SALVADOR FRANCO DE LIMA LAURINO. Número do documento: 17032415541735300000014316257 Num. 09b4fbe - Pág. 5

Relator: o Exmo. Desembargador RAFAEL EDSON PUGLIESE RIBEIRO Revisor: o Exmo. Desembargador VALDIR FLORINDO São Paulo, 13 de junho de 2.017. Priscila Maceti Ferrarini Secretária da 6ª Turma DR. RAFAEL E. PUGLIESE RIBEIRO Desembargador - TRT-2ª Região VOTOS Número do documento: 17032415541735300000014316257 Num. 09b4fbe - Pág. 6