Crescer mais crescer melhor. Projeto Educativo

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Crescer mais crescer melhor Projeto Educativo 2011 2014

A Educação, qualquer que seja, é sempre uma teoria do conhecimento posta em prática. Não é no silêncio que os Homens se fazem, mas na palavra, no trabalho e na ação-reflexão. Paulo Freire

ÍNDICE NOTA PRÉVIA... 1 INTRODUÇÃO... 2 1. VISÃO, MISSÃO, VALORES E PRINCÍPIOS... 2 2. CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO... 3 2.1. MEIO ENVOLVENTE... 3 2.2. ELEMENTOS HUMANOS... 4 2.2.1. ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO... 4 2.2.2. ALUNOS... 5 2.3. RECURSOS FÍSICOS E HUMANOS DO AGRUPAMENTO... 5 2.3.1. RECURSOS FÍSICOS... 5 2.3.1.1. JARDINS DE INFÂNCIA... 5 2.3.1.2. ESCOLAS DO 1º CICLO... 6 2.3.1.3. ESCOLA BÁSICA LOUSADA OESTE... 6 A) ESPAÇOS COBERTOS... 6 B) ESPAÇOS DESPORTIVOS... 6 C) MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTO... 6 2.3.2. RECURSOS HUMANOS... 6 2.3.2.1. PESSOAL DOCENTE... 6 2.3.2.2. PESSOAL NÃO DOCENTE... 7 3. ORGANOGRAMA DO AGRUPAMENTO... 8 4. SUCESSO ESCOLAR... 9 5. METAS... 10 6. PARCERIAS... 11 7. EQUIPA DE AUTOAVALIAÇÃO DO AGRUPAMENTO... 11 8. PONTOS FORTES E FRACOS... 12 8.1. PONTOS FORTES... 12 8.2. PONTOS FRACOS... 12 9. DOMÍNIOS PRIORITÁRIOS DE INTERVENÇÃO... 13 10. DOCUMENTOS ORIENTADORES DA POLÍTICA EDUCATIVA... 16 A) PROJETO CURRICULAR DE ESCOLA... 16 B) PROJETO CURRICULAR DE TURMA... 16 C) PLANO DE ATIVIDADES DA ESCOLA... 16 D) REGULAMENTO INTERNO... 16 11. AVALIAÇÃO... 17 DISPOSIÇÕES FINAIS... 17 DATAS DE REFERÊNCIA... 18

Página1 NOTA PRÉVIA Após uma reflexão profunda da equipa constituída por docentes, representante de pessoal não docente, representante da Associação de Pais, sobre princípios orientadores e a metodologia a seguir e cumprindo-se o estipulado no Dec. Lei 75/2008 de 22 de Abril, elaborou-se o projeto educativo do Agrupamento de Escolas Lousada Oeste.

Página2 INTRODUÇÃO O Projeto Educativo apresenta-se como um documento que, partindo da caracterização do Agrupamento, pretende definir um conjunto de medidas para atingir os objetivos da organização, tendo sempre como principal meta a promoção do sucesso educativo e a formação plena dos nossos alunos. O Projeto Educativo tem como base a interação dos vários agentes educativos e nele se definem as linhas orientadoras e de ação que se desenvolverão em 4 grandes pilares: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a viver em comunidade. Este Projeto Educativo, apesar das idiossincrasias que o próprio tema educativo encerra, pretende ser um instrumento fundamental, que definirá de modo global, coerente e articulado com a realidade envolvente, todos os aspetos da vida na nossa Escola, motivando toda a comunidade educativa para um caminho comum, para que possamos construir a Escola que desejamos para o futuro. 1. VISÃO, MISSÃO, VALORES E PRINCÍPIOS A escola de hoje ultrapassa o ensino dos conteúdos programáticos definidos. Aliada a um ensino de rigor e qualidade, cumpre à escola contribuir para a formação integral do indivíduo, habilitando-o a dar uma resposta capaz e eficaz no mundo atual, em constante mudança. Importa, assim, mobilizar todos, com o objetivo de criar um ambiente propício à partilha de experiências e saberes; um ambiente onde todos se sintam incluídos e importantes e parte de um todo. Nesses pressupostos, assentam a Visão, a Missão, os Valores e os Princípios que nos regem e que enunciamos. Visão: pretendemos, assim, ser uma Escola Democrática, Dinâmica e de Qualidade, respondendo, de forma eficaz, às necessidades e preocupações da Comunidade Educativa, afirmando-se pela qualidade e rigor e na formação para uma cidadania responsável; pela capacidade de inovação, pela utilização, cada vez mais ampla, das tecnologias de informação, observadas como uma ferramenta de trabalho indispensável para dinamizar e operacionalizar o desempenho de todos os elementos do Agrupamento. Missão: considerando o papel desempenhado pela escola na preparação e formação de cidadãos, pretende o Agrupamento assegurar um ensino-aprendizagem de qualidade, adaptado às necessidades e características específicas dos seus alunos, promovendo a cooperação com a comunidade. É, ainda, propósito deste Agrupamento proporcionar aos alunos conhecimentos e experiências que lhes permitam uma integração e ação crítica na sociedade, de forma a poderem, no exercício da sua cidadania, contribuir para a vida social, económica e cultural do país. Valores: os valores são princípios intemporais que orientam o Agrupamento e que se refletem nos seus elementos. Assim, e na defesa de um ensino que valorize a formação integral dos indivíduos, pretende-se uma escola que promova valores humanos, éticos e democráticos e que respeite a individualidade de todos. Princípios: De acordo com a forma como a escola pretende ser percecionada, consubstancia-se este projeto de intervenção em cinco princípios fundamentais:

Página3 Desenvolvimento de uma cultura positiva na promoção de uma cidadania democrática. Desenvolvimento de atitudes de respeito, tolerância e solidariedade de modo a garantir a defesa e a promoção da igualdade de oportunidades no sucesso educativo. Condução da ação educativa pelo rigor científico de modo a garantir a qualidade das aprendizagens. Defesa e promoção do trabalho colaborativo/cooperativo visando a construção de práticas profissionais de qualidade. Promoção da interação da escola com a comunidade. 2. CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO 2.1. MEIO ENVOLVENTE 2.1.1. Contexto Geográfico O Agrupamento de Escolas Lousada Oeste situa-se no centro de uma bela paisagem rural enquadrada no Vale do Mezio, no Concelho de Lousada, Distrito do Porto e está incluído na Zona Pedagógica do Tâmega. A escola sede, Escola Básica Lousada Oeste, localiza-se no lugar da Jusã, freguesia de Nevogilde. A Zona Pedagógica do Agrupamento enquadra as freguesias de Nevogilde, Casais, Covas, Figueiras, Lodares e Nespereira. As freguesias mais afastadas, Lodares e Covas, distam cerca de 4km da escola. 2.1.2. Contexto económico O Agrupamento de Escolas Lousada Oeste insere-se numa paisagem rural, onde predomina o povoamento disperso, distribuindo-se os núcleos de habitação de uma forma mais ou menos regular por toda a área. Estes estão cercados por manchas agrícolas e florestais, cujas características explicam a orientação e o tipo das atividades económicas mais importantes, a saber: a indústria, sobretudo de pequena e média dimensão, que substituiu há já algum tempo a agricultura como atividade dominante e que incide sobretudo nos setores do mobiliário, confeção e calçado e tem ao seu dispor mão-de-obra jovem abundante; a agricultura, condicionada pela forma de divisão da propriedade (minifúndio), concentra-se sobretudo na exploração da vinha e produtos hortícolas, e é cada vez mais encarada por muitas famílias que, tradicionalmente dela faziam a principal fonte de rendimento, como uma atividade complementar. Finalmente, a exploração florestal que alimenta a indústria de mobiliário é também uma atividade importante na região, notando-se, no entanto, uma progressiva diminuição da sua área, à medida que se vão alargando as zonas populacionais e que crescem as necessidades de matéria-prima por parte das indústrias de mobiliário e de construção civil. A localização das escolas no meio rural, longe da cidade, faz com que muitos dos nossos alunos, até ao 9º ano, não conheçam outra realidade, mantém-se a mesma desde o 1º ano de

Página4 escolaridade. Assim, à volta dos nossos alunos, encontramos vários fatores, dificuldades económicas, baixo nível cultural e escola no meio rural, a contribuir para limitar as suas oportunidades. Os seus horizontes ficam limitados à freguesia onde moram e à freguesia onde estudam. É função da escola atenuar estes problemas e facultar aos alunos todos os meios possíveis que lhes permitam a aquisição de autonomia, conhecimentos, aptidões, competências e atitudes que os condicionalismos do meio limitam. 2.1.3. Contexto cultural A freguesia de Nevogilde, bem como as freguesias que o Agrupamento de Escolas Lousada Oeste serve, não dispõe de quaisquer infraestruturas culturais: não existe Biblioteca Pública, Centro Cultural ou Cinema. A distância existente entre as freguesias e a sede do concelho bem como a existência de uma rede de transportes deficiente constitui um obstáculo para que os alunos usufruam da oferta cultural disponibilizada pelo município. Constata-se igualmente a desvalorização da escolarização e as baixas expetativas por parte de alguns alunos e famílias. É fundamental que a escola continue a ultrapassar a sua função tradicional e o âmbito meramente curricular, completando-o com a criação de espaços e iniciativas lúdicas e culturais que atenuem as carências do meio, a este nível, permitindo aos alunos enriquecer e diversificar conhecimentos e aptidões ocupando criativamente o seu tempo. 2.2. ELEMENTOS HUMANOS 2.2.1. Encarregados de Educação Percecionando a escola como uma entidade que privilegie Valores, que desenvolva Competências com o objetivo de atingir Finalidades, pressupõe-se o conhecimento da realidade circundante que influencia os comportamentos, as atitudes e os valores. Deste modo, procura-se identificar o meio sociofamiliar em que se integram os nossos alunos. Partindo do pressuposto de que esta realidade não surge isoladamente, mas que deve ser entendida no contexto socioeconómico e cultural que a condiciona, a partir da análise de inquéritos aplicados, bem como de opiniões veiculadas por todas as estruturas de orientação educativa, tivemos a possibilidade não só de identificar alguns constrangimentos que afetam a comunidade educativa, bem como constatar que em alguns aspetos se assistiu a uma evolução positiva. Relativamente aos encarregados de educação, constata-se que nos primeiros anos de escolaridade dos filhos procedem a um acompanhamento contínuo e sistemático dos mesmos, nomeadamente no ensino pré escolar e no 1º ciclo, enquanto que nos anos de escolaridade posteriores se assiste a um afastamento progressivo e a uma menor envolvência na vida escolar dos educandos.

Página5 2.2.2. Alunos O Agrupamento de Escolas Lousada Oeste abrange 8 Jardins de Infância, 8 escolas E.B. 1 e uma escola E.B. 2/3, o que significa que terá de trabalhar em função de 1550 alunos, dos quais 44 são alunos com necessidades educativas especiais. Os alunos são, na sua maioria, oriundos de meios economicamente desfavorecidos, situação em muito agravada pelo aumento do desemprego e da situação económica que o nosso país atravessa. A generalidade dos alunos reside nas freguesias da área pedagógica do Agrupamento, vivendo em casa própria com os pais e irmãos. Grande parte do seu tempo livre é ocupado a ver televisão e não dedicam muito tempo aos estudos. Gostam de conviver com os amigos e de frequentar o café da região. Apesar de quase todos gostarem de frequentar a escola, a verdade é que grande número de alunos não tem grandes expectativas em relação ao prosseguimento de estudos, nomeadamente a nível universitário. Refira-se que a generalidade dos alunos tem computador em casa, bem como ligação à internet. Relativamente ao abandono escolar, saliente-se que presentemente é residual, na ordem dos 0,2%. 2.3. RECURSOS FÍSICOS E HUMANOS DO AGRUPAMENTO 2.3.1. Recursos físicos 2.3.1.1. Jardins de Infância Os Estabelecimentos de Educação Pré-escolar funcionam em instalações criadas de raiz, à exceção dos Jardins de Lagoas e Boavista, que partilham os edifícios com as Escolas do 1º ciclo e o Jardim de Planície Lodares que funciona nas instalações construídas para o J. Infância, sendo que, no piso superior, funciona também a sede da respetiva Junta de Freguesia. Devido à construção dos novos centros escolares de Figueiras e Campo os Jardins de Infância destas localidades passaram, também, a partilhar o mesmo espaço educativo das escolas do 1º ciclo. Todos os Jardins possuem as condições mínimas indispensáveis para o desenvolvimento da componente social. Têm cantina, polivalente e um gabinete de apoio ao pessoal docente. Os estabelecimentos estão apetrechados com material pedagógico-didático adequado possuindo, também, algum equipamento audiovisual e informático. Existem, no entanto, alguns melhoramentos a fazer, nomeadamente a colocação de computadores em todas as salas com ligação à Internet.

Página6 2.3.1.2. Escolas do 1º Ciclo Os Estabelecimentos de Ensino de 1º ciclo funcionam em edifícios tipo Plano Centenário e outros tipos mais recentes como os novos centros de Figueiras e Campo. Para além das salas de aula, a maior parte dos Estabelecimentos de Ensino do 1º ciclo têm outros pequenos espaços para apoio (bibliotecas, refeitórios escolares, convívio de alunos e docentes). Os Centros Escolares de Campo e de Figueiras possuem uma Biblioteca integrada na Rede de Bibliotecas Escolares, dotada de equipamento e mobiliário adequado aos níveis de ensino dos seus utilizadores. 2.3.1.3. Escola Básica Lousada Oeste A) Espaços Cobertos O edifício é constituído por um corpo único, onde se encontram todos os serviços inerentes ao processo de ensino/aprendizagem, com exceção de Educação Física. Possui dois pisos: no 1º piso situa-se o gabinete da direção executiva, os serviços administrativos, a sala dos professores, sala DT, refeitório com cozinha, papelaria, reprografia, PBX, arrecadações, gabinete de educação especial e serviços de psicologia, sala dos funcionários, sala de convívio dos alunos com bar, 2 salas de EVT e 1 de ET, 1 sala de Ed. Musical e sanitários; no 2º piso temos 12 salas de aula normal, 3 seminários, 1 sala Multimédia, 1 sala de Ed. Musical, 1 sala do Clube de Matemática, 2 salas de EV, Biblioteca, 4 laboratórios, dois de C. Físico-Químicas e dois de C. Naturais, 1 sala para a Rádio Escola, 1 sala de trabalho do PTE e arrecadações. B) Espaços Desportivos Pavilhão Gimnodesportivo - é composto por uma nave central com bancada de apoio, 4 balneários, uma varanda, sala específica para ginástica, 1 gabinete de professores, 1 gabinete de funcionários, uma casa de máquinas, 1 arrecadação de material desportivo, 1 bar e sanitários. Campo de jogos e balneários. C) Mobiliário e Equipamento Existe na escola mobiliário em número suficiente para dar qualidade ao ensino ministrado, bem como material didático relativo aos laboratórios, às disciplinas tecnológicas e material didático específico de apoio às disciplinas mais teóricas. Dispõe de uma sala TIC para a lecionação das aulas de ITIC. A Biblioteca disponibiliza mobiliário e equipamento de acordo com as orientações da Rede de Bibliotecas Escolares e adequados aos níveis de ensino dos seus utilizadores. 2.3.2. Recursos Humanos 2.3.2.1. Pessoal docente É um corpo docente estável pertencendo a maior parte dos professores ao quadro da escola e/ou quadro da zona pedagógica do Tâmega. Os docentes encontram-se distribuídos do seguinte modo:

Página7 Tabela 1: Corpo docente. Pré -escolar 16 Docentes 1º Ciclo 33 Docentes Escola Básica 91 Docentes Educação Especial 5 Docentes Com o inquérito ao pessoal docente e não docente, tentámos saber quais as suas expectativas e sugestões para um melhor funcionamento do Agrupamento e promover medidas para incentivar o público-alvo a entender a Escola de outro modo, como lugar do aprender a aprender, aprender a saber, aprender a fazer e aprender a estar de molde a contribuir para a autonomia do aluno e para a aprendizagem ao longo da vida, face aos novos paradigmas sociais, resultantes da sociedade de conhecimento. Deste modo, deveriam criar-se novas metodologias e instrumentos que permitam a ultrapassagem e efetiva aplicabilidade das burocracias da Escola : Utilização das tecnologias de informação e comunicação no processo ensino/aprendizagem, melhorando o acesso ao sistema informático em algumas salas, bem como estendendo o uso efetivo desse sistema aos Jardins de Infância, e proceder-se a uma gradual e efetiva ligação entre os diversos níveis de ensino deste Agrupamento, sendo que, apesar das melhorias verificadas, se deve aprofundar e dar continuidade à sequencialidade dos diversos ciclos. A qualidade não se deve associar só a um produto ou serviço, mas deve incluir também os processos, o ambiente e as pessoas. Tem muitos e variados critérios que mudam continuamente, devendo portanto ser permanentemente otimizados de sector para sector, de serviço para serviço e de pessoas para pessoas. 2.3.2.2. Pessoal não docente A escola possui alguns constrangimentos ao nível do pessoal não docente. Existe um número insuficiente de assistentes operacionais para as dimensões do agrupamento, bem como para responder de um modo mais eficaz aos serviços necessários. Tabela 2: Distribuição dos funcionários. FUNÇÕES Nº Coordenador Técnico 1 Assistentes Técnicos 6 Encarregado Operacional 1 Assistentes Operacionais - E.Básica 19 Assistentes Operacionais JI/E.B. 1 46 TOTAL 73 Trata-se de um corpo não docente em situação precária, na medida em que um número elevado de funcionários, apesar de possuir contrato a termo, não pertence ao quadro de escola.

Página8 3. ORGANOGRANA DO AGRUPAMENTO

Página9 4. SUCESSO ESCOLAR Considerando que o sucesso escolar é o objetivo primeiro do sistema educativo, impõese uma análise da evolução destes resultados nos últimos 4 anos que sirva de reflexão sobre as metas a atingir com este projeto educativo. Analisando o gráfico 13, verifica-se um decréscimo da taxa de sucesso em todos os anos de escolaridade à excepção do 1º ano onde, à luz dos normativos ainda em vigor, não há lugar à retenção. Relativamente ao 2.º ciclo (gráfico 14), constata-se um aumento da percentagem da taxa de sucesso nos dois anos de escolaridade, com destaque para o 6º ano, com um acréscimo de 9,1 pontos percentuais no ano letivo anterior. No que diz respeito ao 3.º ciclo (gráfico 15), verifica-se uma descida, no 8º e 9ºanos, da taxa de sucesso. O 7º ano sofreu um decréscimo de 12,2 pontos percentuais no ano letivo de 2009/2010, recuperando no ano seguinte para 91%.

Página10 5. METAS Atendendo às metas globais, propostas pelo Ministério da Educação, para a percentagem de retenção a atingir no ano letivo de 2014/2015, foram estabelecidas, em Conselho Pedagógico, as seguintes metas operacionais a ser observadas para cada nível de ensino em cada um dos anos letivos: Nac. Conc. UO 2010-2011 2011-2012 2012-2013 2013-2014 2014-2015 1.º ano 0,0% 0,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 2.º ano 7,60% 9,00% 5,90% 5,70% 5,30% 5,00% 4,00% 3,20% 3.º ano 3,30% 5,90% 3,50% 3,50% 3,30% 3,10% 3,00% 2,60% 4.º ano 4,20% 6,40% 3,60% 3,40% 3,20% 3,00% 2,80% 2,60% 1.º Ciclo 4,1% 5,7% 3,3% 3,15% 2,95% 2,78% 2,45% 2,10% 5.º ano 7,60% 6,10% 8,50% 7,50% 6,50% 5,50% 4,50% 3,50% 6.º ano 8,60% 8,60% 19,90% 17,20% 14,50% 11,80% 9,10% 6,50% 2.º Ciclo 8,10% 7,40% 14,50% 12,35% 10,50% 8,65% 6,80% 5,00% 7.º ano 16,70% 14,90% 17,40% 16,40% 15,40% 14,40% 13,40% 12,40% 8.º ano 11,00% 6,30% 3,50% 3,50% 3,50% 3,50% 3,50% 3,50% 9.º ano 12,70% 11,40% 17,60% 16,90% 16,20% 15,50% 14,80% 14,10% 3.º Ciclo 13,60% 11,10% 13,30% 12,27% 11,70% 11,13% 10,57% 10,00% 10.º ano 13,40% 12,50% 13,20% 13,00% 12,75% 12,50% 12,25% 12,00% 11.º ano 9,10% 8,60% 13,90% 13,50% 13,00% 12,50% 12,00% 11,50% SECUND. 17,90% 19,70% 13,40% 13,25% 12,88% 12,50% 12,13% 11,75% As metas a atingir, expressas de acordo com o Ministério de Educação, como a taxa de retenção por ano letivo/ciclo de ensino, foram determinadas tendo como ponto de partida os mesmos referenciais assumidos pelo Ministério de Educação, ou seja, a percentagem de retenções verificada, para cada ano de escolaridade, no último ano letivo (UO) e tendo em vista as metas definidas pelo próprio Ministério de Educação. Assim, para efeito de cálculo, determinou-se a variação entre a percentagem de retenção por ciclo, especificada como meta, pelo Ministério da Educação, para o ano letivo de 2014-2015, e a respetiva percentagem de retenção atual. Este valor (variação global) foi então aritmeticamente dividido por 4 (número de anos de aplicação do plano) sendo o valor obtido entendido como a variação de percentagem de retenções a ser verificada em cada ano e, aplicando a lógica assumida pelo Ministério da Educação, como a média de retenções relativa

Página11 aos anos de escolaridade que integram o ciclo de ensino em causa (ainda que em termos reais a taxa global de retenção por ciclo não corresponda à média das taxas de retenção por ano de escolaridade). Finalmente, com base neste valor foi então determinada a taxa de retenção a ser atingida como meta para cada ano de escolaridade por ano letivo. Com a aplicação dos princípios anteriormente enunciados foram assim definidas metas operacionais que se espera traduzirem uma redução progressiva e equitativa da taxa de retenção ao longo dos anos letivos em causa. 6. PARCERIAS A escola não vive isolada do meio em que se insere, deve estabelecer laços e parcerias. Nesta perspetiva, pretende-se continuar a promover contactos e a procurar colaboração e apoios junto de organismos com afinidade. A escola mantém contacto e colaboração com as seguintes entidades: Câmara Municipal de Lousada; Biblioteca Municipal/Rede de Bibliotecas de Lousada Conservatório do Vale do Sousa; Associação Industrial e Comercial de Lousada; Centro de Saúde de Lousada; Bombeiros Voluntários de Lousada; GNR; Juntas de Freguesia da área de influência pedagógica da Escola; Universidade do Minho; FADEUP; Microsoft; Empresas locais; Várias entidades no âmbito dos diferentes projetos, através da assinatura de diferentes protocolos. 7. EQUIPA DE AUTOAVALIAÇÃO DO AGRUPAMENTO A autoavaliação das escolas é uma exigência legal, por força da Lei 31/2002 de 20 de dezembro. Mas é, sobretudo, uma necessidade no percurso que temos de fazer conjuntamente para melhorar a qualidade nos nossos serviços educativos e para orientar o nosso Agrupamento por padrões de excelência, devidamente refletidos e partilhados por e para toda a comunidade educativa. Assim, a direção constituiu um grupo de trabalho que iniciou um processo de autoavaliação sobre a qualidade do desempenho deste Agrupamento, desenvolvendo-se a avaliação, cita-se da Lei «a partir de uma análise de diagnóstico, vise a criação de termos de referência para maiores níveis de exigência, bem como a identificação de boas práticas organizativas, de procedimentos e pedagógicas relativas à escola, ao trabalho de educação, ensino e aprendizagens, que se constituam em modelos de reconhecimento, valorização, incentivo e dinamização educativa.» A equipa de autoavaliação é constituída por elementos da Educação Pré-Escolar, do 1.º, 2.º e 3.º ciclos, dos Assistentes Operacionais, dos Encarregados de Educação, dos Alunos e da Direção do Agrupamento. Esta comissão, após se ter inteirado do trabalho que algumas instituições têm vindo a desenvolver na área da monitorização do Sistema Educativo, estabeleceu uma parceria com

Página12 uma instituição que aplica e / ou experimenta a metodologia considerada mais adequada ao Agrupamento. A Universidade do Minho, através do Prof. Dr. Virgínio Sá, foi a instituição selecionada para realizar a assessoria ao processo de autoavaliação do agrupamento. De seguida, foi ponderada a escolha para estudo / análise no primeiro ano letivo, de uma das quatro dimensões descritivas (domínios) da complexidade das instituições escolares [contexto, recursos, funcionamento e resultados]. Assim, e após apreciação das quatro dimensões descritivas da escola anteriormente referidas, optou-se por, no primeiro ano letivo, efetuar a análise dos Resultados escolares dos alunos, ou seja, o conjunto de produtos de ação educativa, traduzidos na qualidade dos resultados académicos e não académicos dos alunos e no desenvolvimento social e individual promovido pela própria escola. 8. PONTOS FORTES E FRACOS A caracterização contextual da comunidade Escolar na vertente económico-social, demográfica e cultural feita nos capítulos anteriores, bem como da instituição de ensino, permite-nos sintetizar alguns dos pontos fracos e fortes passíveis de serem objeto de trabalho do Agrupamento e em cooperação com outros organismos, num sistema adequado de parcerias. Das situações referidas, salientam-se: 8.1. Pontos fortes Estabilidade do corpo docente. Desenvolvimento/implementação de processos de autoavaliação, por parte da escola, para melhorar os seus desempenhos. Reflexão e análise dos resultados escolares com impacto positivo dos mesmos na melhoria do sucesso escolar. Dinamismo das lideranças intermédias e de topo, com expressão na abertura a projetos inovadores. Dinamização do espaço da Biblioteca Escolar. Criação de um conjunto significativo de parcerias com diversas entidades. Eficácia dos meios de comunicação e divulgação, desenvolvidos pela escola, com a comunidade educativa. Boa gestão dos espaços e dos recursos humanos da escola, por parte da direção. 8.2. Pontos Fracos Articulação entre as várias áreas curriculares. Resultados escolares. Sistema informático eficaz e funcional de entrada e saída da escola. Contribuição dos alunos para a conservação, higiene e segurança das instalações. Valores de cidadania generalizados nos alunos. Participação dos pais e encarregados de educação na vida escolar. Face à problemática identificada será nossa pretensão abrir portas para a mudança e desenvolvimento de ações em clara articulação com os pais e encarregados de educação e/ou outras instituições de apoio, sempre que as situações careçam de um estudo mais pormenorizado e específico.

Página13 Acreditamos, portanto, que a forma de minimizar e até ultrapassar alguns dos pontos fracos identificados passará por continuarmos a apostar na Cultura, na Educação pelos Valores e na promoção de uma mudança de mentalidades e atitudes, bem como numa oferta educativa capaz de ultrapassar a situação diagnosticada. 9. DOMÍNIOS PRIORITÁRIOS DE INTERVENÇÃO O sucesso educativo assenta no desenvolvimento de um conjunto de competências científicas/académicas, humanistas, ambientais, artísticas, desportivas e de desenvolvimento pessoal. Por isso, este Agrupamento define como domínios prioritários: Intensificar a qualidade das aprendizagens promovendo o SUCESSO EDUCATIVO. Melhorar a escola como espaço de EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA. Intensificar a RELAÇÃO COM A COMUNIDADE. Intensificar a qualidade das aprendizagens promovendo o SUCESSO EDUCATIVO. OBJETIVOS POR DOMÍNIO Assegurar a qualidade do processo ensino aprendizagem: Promover uma cultura de rigor, responsabilidade e excelência entre os diferentes agentes educativos. Criar um clima com regras, propiciador de relações interpessoais e facilitador do processo de ensino aprendizagem. Promover a formação e a atualização científica e pedagógica permanente de todos os agentes educativos do Agrupamento. Assegurar a avaliação interna da escola enquanto instrumento de formação e de autorregulação do seu desenvolvimento, tendo em vista a promoção de uma cultura de excelência. Promover a inovação e a melhoria dos serviços prestados pelo Agrupamento, tendo em vista a satisfação das necessidades do público alvo. MEDIDAS DE CONCRETIZAÇÃO Criação de condições motivadoras de aprendizagens, despertando a curiosidade intelectual, o espírito crítico e a autonomia. Implementação de estratégias e ações de apoio de forma a melhorar os resultados escolares nas áreas/disciplinas com menor taxa de aproveitamento. Valorização de uma cultura de exigência, rigor e responsabilidade. Promoção da aquisição de informação, de conhecimento e da capacidade da sua integração e mobilização em contextos diversificados. Melhoramento nos resultados da avaliação externa. Monitorização da articulação curricular vertical e horizontal. Criação de oferta educativa diferenciada de acordo com o perfil dos alunos. Identificação e implementação de modalidades de diversificação curricular. Desenvolvimento de estratégias/atividades que impliquem o aluno na sua autoaprendizagem (aprender a aprender); Desenvolvimento de uma literacia científica. Responsabilização dos pais/encarregados de educação no percurso escolar dos seus

Página14 educandos. Intensificação dos hábitos de leitura e técnicas e hábitos de estudo; Criação de uma dinâmica de trabalho colaborativo entre pessoal docente, não docente e discente com os Serviços de Psicologia e o departamento de Educação Especial. Organização de espaços de trabalho suscetíveis de rentabilizar o equipamento existente e potenciar a sua utilização, visando um trabalho colaborativo/cooperativo. Distribuição do serviço aos docentes com base em critérios pedagógicos. Melhorar a escola como espaço de EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA OBJETIVOS POR DOMÍNIO Desenvolver uma cultura positiva na construção de uma cidadania democrática e de valores no Agrupamento: Fomentar uma convivência enriquecedora e hábitos de vida saudáveis entre os elementos da comunidade educativa Contribuir para a formação integral do aluno, salientando a importância do ser humano e do exercício da cidadania. Fomentar o intercâmbio de culturas e saberes. MEDIDAS DE CONCRETIZAÇÃO Implementação de acontecimentos científicos, culturais e desportivos, envolvendo toda a comunidade educativa. Promoção do envolvimento e responsabilização de projetos próprios. Fomentação e desenvolvimento de atitudes responsáveis quanto à sexualidade, a hábitos alimentares e à consciência ambiental. Identificação de comportamentos de risco para a saúde, reconhecimento dos benefícios dos comportamentos adequados e desenvolvimento de comportamentos de prevenção. Responsabilização dos alunos pela gestão dos espaços da escola. Desenvolvimento de atitudes de autoestima, respeito mútuo e regras de convivência que contribuam para a educação dos alunos como cidadãos tolerantes, justos, autónomos, organizados e civicamente responsáveis. Criação, no aluno, de atitudes e hábitos positivos de relação e cooperação, favorecendo a sua maturidade cívica e

Página15 sócio-afetiva. Desenvolvimento de atitudes positivas face ao saber e da capacidade de apreciar a cultura escolar. Implementação de encontros para troca de experiências entre alunos de diferentes anos curriculares. Intensificação da utilização das novas tecnologias. Desenvolvimento do respeito pela diversificação social e cultural. Intensificar a RELAÇÃO COM A COMUNIDADE OBJETIVOS POR DOMÍNIO Envolver Pais/Encarregados de Educação e comunidade na construção de uma ação educativa de qualidade do Agrupamento: Fomentar a participação ativa da família e das instituições do meio local na vida da escola. Otimizar os canais de comunicação internos e externos. Diversificar a oferta formativa, tendo em conta a realidade local e regional, de modo a promover a formação para o exercício de uma profissão. MEDIDAS DE CONCRETIZAÇÃO Desenvolvimento de uma cooperação entre a escola, a família e o meio diversificando a sua forma de participação. Criação de uma dinâmica indutora de colaboração dos pais/encarregados de educação, assente na partilha de saberes/conhecimentos. Sensibilização dos intervenientes da comunidade para o Projeto Educativo do Agrupamento e sua exequibilidade, através da divulgação do plano de atividades e dos Projetos orientadores do agrupamento. Desenvolvimento do respeito pela diversidade social e cultural. Participação da escola em articulação com os SPO no processo de informação e orientação educacional/profissional em colaboração com as famílias. Promoção de atividades científicas, culturais e desportivas que incentivem a comunidade a vir à escola. Promoção da participação dos encarregados de educação, como membros de pleno direito, nas atividades/órgãos do agrupamento.

Página16 10. DOCUMENTOS ORIENTADORES DA POLÍTICA EDUCATIVA Para além da legislação geral, compete à Escola definir a sua política educativa, elaborando e dando a conhecer a toda a comunidade educativa os seguintes documentos: A) Projeto Curricular de Escola É um documento que visa adequar as estratégias de desenvolvimento do currículo nacional ao contexto da escola. O Projeto Curricular de Escola, da responsabilidade do Conselho Pedagógico, integra as propostas metodológicas de cada departamento, tendo em atenção a componente relativa às formações transdisciplinares e às novas Áreas Curriculares Não Disciplinares previstas no âmbito da Reorganização Curricular, o desenho curricular dos Curso de Educação e Formação e dos Percursos Curriculares Alternativos. Integra, também, o desenho curricular, os critérios gerais de avaliação que constituem referenciais comuns para toda a escola, os instrumentos de avaliação, critérios para a formação das turmas, critérios para a organização do serviço docente e atividades de enriquecimento curricular. B) Projeto Curricular de Turma Elaborado por cada Conselho de Turma, este documento visa adequar ao contexto de cada turma, e das características dos seus alunos, as estratégias de concretização e desenvolvimento do currículo nacional e do Projeto Curricular de Escola. C) Plano de Atividades da Escola Pretendem-se atividades criativas e inovadoras que motivem os alunos e potenciem o espírito crítico e a capacidade de investigação, complementadas com outras de natureza lúdica e recreativa. Todas elas devem contribuir para atingir as metas definidas. Integra as seguintes atividades de enriquecimento do currículo: a) espaços de estudo e pesquisa; b) visitas de estudo; c) exposições; d) jornal; e) clubes e projetos; f) concertos pedagógicos; g) rádio escola; h) atividades TIC i) apoio psicopedagógico, social e de orientação vocacional; j) desporto escolar e outras atividades desportivas. D) Regulamento Interno O Regulamento Interno é constituído pelo conjunto de normas que determinam o regime de funcionamento da escola e dos seus vários serviços, e que regulam as relações entre todos os membros da comunidade educativa. É aprovado pelo Conselho Geral, sob proposta da Direção depois do parecer do Conselho Pedagógico.

Página17 11. AVALIAÇÃO A avaliação é um fator inerente ao próprio Projeto Educativo. Serve de controlo, de guia e de orientação devendo realizar-se anualmente. A avaliação é uma componente importante de todas as formas de concretização do Projeto Educativo e deve orientar-se pelos seguintes critérios: Eficiência; Eficácia; Coerência; Oportunidade. No que concerne a este Projeto Educativo, com uma estratégia e objetivos traçados para três anos, deve ser avaliado tendo em vista, por um lado, a sua coerência como modelo regulador da ação e, por outro, os efeitos que vai obtendo no funcionamento dos diversos órgãos, serviços e atividades. Nesta avaliação deve estar envolvida toda a comunidade educativa e, mais especificamente, a Secção do Conselho Pedagógico para Acompanhamento do Projeto Educativo, que elaborará um relatório de onde serão retiradas conclusões e recomendações para um progressivo enriquecimento do projeto e da ação. O Conselho Geral do Agrupamento de Escolas, no âmbito das suas competências, procederá também ao acompanhamento e à avaliação do Projeto Educativo tendo por base o Relatório elaborado pela comissão do Conselho Pedagógico. DISPOSIÇÕES FINAIS Pretende-se com o presente Projeto Educativo envolver todos os órgãos pedagógicos e administrativos, pessoal docente, não docente, encarregados de educação e alunos, numa articulação harmoniosa com os vários documentos que orientam a ação educativa do Agrupamento, nomeadamente Regulamento Interno, Projeto Educativo, Projeto Curricular de Escola e Projetos Curriculares de Turma. O Projeto deverá ser divulgado na primeira reunião de cada Departamento Curricular e Conselhos de Docentes e operacionalizado pelos vários órgãos a fim de que as atividades a planificar, para o ano letivo em curso, concorram para a consecução dos objetivos do Projeto. Nesse sentido, cada atividade proposta deve ter um ou mais objetivos específicos em consonância com os objetivos e finalidades do Projeto para que as atividades propostas possam proporcionar a operacionalização transversal das competências a adquirir pelos alunos no final do 1º, 2º e 3ºciclos. Em consequência da avaliação do Projeto e em consonância com os resultados obtidos (Relatório anual) poderá este documento ser alvo de revisão.

Página18 Datas de referência Aprovação da proposta no Conselho Pedagógico reunido em 18 de janeiro de 2012. Aprovado pelo Conselho Geral em 20 de março de 2012.