PESQUISA: "CLIMA DO BUSINESS SAÚDE" com ganhadores do Prêmio Top Hospitalar 2002



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Transcrição:

MÉDIA GERAL CRESCIMENTO CRESCIMENTO ESTÁVEL 29 QUEDA 6 TOTAL 84 SIMONSEN ASSOCIADOS PESQUISA: "CLIMA DO BUSINESS SAÚDE" com ganhadores do Prêmio Top Hospitalar 2002 GRAU DE CONFIANÇA NO CRESCIMENTO DO E DAS EM 2003 QTDE. PART. (%) ACUM. (%) 58,3% 34,5% 7,1% 100,0% CRESCIMENTO QUEDA 13,2% -10,8% 6 10,0% -5,0% 18 3 Potencial de Crescimento de Mercado Capacidade de Produzir com Baixos Custos Inflação sob Controle Remuneração do Capital 38 Tamanho da Economia 35 Disponibilidade de Energia 14 Respostas múltiplas. Base: 84 entrevistas realizadas de 6 a 9 de dezembro de 2002 QTDE. PART. (%) ACUM. (%) 58,3% 65 77,4% 77,4% 92,9% 17 20,2% 97,6% 100,0% 2 2,4% 100,0% - 84 100,0% - TAXA MÉDIA DE CRESCIMENTO DO E DAS EM 2003 MÉDIA QTDE. MODA QTDE. MÉDIA QTDE. MODA 10,5% 84 10,0% 18 20,0% 84 20,0% MÉDIA POR EXPECTATIVA MÉDIA QTDE. MODA QTDE. FATORES QUE ESTIMULAM OS INVESTIMENTOS NA ÁREA DE SAÚDE FATORES Impostos Descontrole dos Gastos Públicos Instabilidade Política Corrupção Custo Brasil Custo do Capital Legislação / Regulamentação Respostas múltiplas. 56 52 50 43 43 36 67,5% 62,7% 60,2% 59,0% 51,8% 51,8% 43,4% Base: 84 entrevistas realizadas de 6 a 9 de dezembro de 2002 QTDE. 15 MÉDIA QTDE. MODA QTDE. 21,0% -12,5% QTDE. 58 (%) 69,9% 51 61,4% FATORES QUE DESESTIMULAM OS INVESTIMENTOS NA ÁREA DE SAÚDE 59,0% 45,8% 42,2% 16,9% FATORES QTDE. (%) Visite nosso Web-Site: www.simonsen.com.br 65 20,0% 15 2-2

PESQUISA "CLIMA DO BUSINESS SAÚDE" Pesquisa "Clima do Business Saúde", realizada em dezembro de 2002 pela SIMONSEN ASSOCIADOS entre as empresas ganhadoras do Top Hospitalar 2002. Maria Ângela Conrado Texto do Discurso de Maria Ângela Conrado, Diretora da SIMONSEN ASSOCIADOS, ao fazer a apresentação dos resultados da pesquisa "Clima do Business Saúde" ao público presente no Olympia, na noite de 12 de dezembro de 2002, em São Paulo. "A SIMONSEN ASSOCIADOS, empresa especializada em marketing estratégico e empresarial, responsável pelo acompanhamento do Prêmio TOP Hospitalar em 2002, decidiu realizar uma pesquisa de clima empresarial no Business Saúde com as 118 empresas ganhadoras participantes, das quais foi possível entrevistar 71% (84 ganhadoras). Essa decisão foi calcada considerando a elevada apreensão, que caracterizou o ano de 2002, tendo como cenário de fundo as eleições e provável mudança da filosofia governamental. O resultado foi surpreendente: a grande maioria das empresas, 77%, afirmaram que deverão crescer em 2003 e essa expansão será de, em média, 20% sobre o ano de 2002. Esse otimismo é um pouco refreado, quando se fala do business saúde como um todo. Mas mesmo assim, o resultado é extremamente estimulante:

58% dos entrevistados acreditam que o mercado também deverá crescer, porém, a uma taxa média de 10% sobre 2002. Isso significa que as aves de mau agouro estão fora do alcance do nosso vôo. As expectativas são extremamente positivas, mostrando que as empresas tem mais é que trabalhar para superar seus concorrentes, posicionando-se em seus mercados via atendimento e serviço a seus clientes. Os entrevistados acreditam que o mercado brasileiro de saúde deve ser analisado de duas formas distintas. Em primeiro lugar, o mercado de saúde privada está muito bem estruturado, contando com excelentes instalações, equipamentos e profissionais. Neste segmento, o estabelecimento de uma política econômica estável, não sujeita a especulação e variação cambial, é o suficiente para subsidiar um grande crescimento de mercado neste setor. Em segundo lugar, o mercado brasileiro de saúde pública encontra-se extremamente carente em relação à infra-estrutura. Apesar de nos últimos 3 anos, ter ocorrido uma melhoria significativa no panorama da saúde pública brasileira, ainda há uma enorme distância a ser percorrida para a implantação de um sistema eficiente e de qualidade no Brasil. É neste aspecto que os executivos entrevistados depositam muito de sua confiança no crescimento de mercado, na imagem do presidente eleito, Lula, uma vez que o Partido dos Trabalhadores defende e sempre defendeu o estabelecimento de uma forte política social, visando a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros. Com a implantação de uma política de melhoria do sistema de saúde pública, através de altos investimentos na qualificação dos profissionais envolvidos e, principalmente, no fornecimento de uma estrutura de qualidade, inevitavelmente haverá o reaquecimento deste mercado, fazendo com que alcance um grande crescimento no ano de 2003.

A parcela dos executivos que apontaram que o mercado de saúde deva se manter estável (35%), entendem que o Brasil estará passando por um momento de transição em 2003, período o qual ainda não será possível a implantação de uma política social para a área de saúde. Estes executivos acreditam que, o real crescimento deva ocorrer em 2004, período em que o governo se encontrará estabelecido e apto para realizar as mudanças necessárias. Segundo os entrevistados, os fatores que mais estimulam os investimentos na área de saúde são o potencial de crescimento de mercado, a capacidade de produzir com baixos custos e a inflação sob controle. Dentre os fatores que mais desestimulam os investimentos, estão a carga tributária, descontrole dos gastos públicos, instabilidade política e a corrupção. É necessário que haja uma revisão da carga tributária atribuída aos fabricantes de equipamentos e medicamentos para a saúde no Brasil. Segundo os entrevistados, os impostos incidentes sobre suas respectivas empresas são extremamente altos e fazem com que os produtos importados atuem de modo competitivo e, em alguns casos, com um custo menor do que os nacionais. É necessário estabelecer uma política de preservação da indústria nacional, através da redução da carga tributária. Outro aspecto a ser destacado, é a necessidade de uma inflação sob controle e, principalmente, uma política econômica estável, uma vez que muito dos componentes utilizados na fabricação destes produtos são importados e sujeitos à variação cambial. É bom destacarmos que os fatores que inibem o crescimento deste mercado estão nas mãos do governo e nós, empresários, não temos como controlá-los. O que podemos fazer é trabalhar junto com as instituições que nos representam e não partir para o muro das lamentações. Na verdade, o

empresário brasileiro é corajoso e competente para aproveitar as oportunidades que o business saúde poderá proporcionar para as empresas. Portanto, o negócio é trabalhar com orientação estratégica e com objetivos bem definidos rumo ao sucesso. Obrigado e uma boa noite".