Valores de Referência Gerontologia
Exame Físico PA e FC Peso e altura (IMC) CLASSE DE OBESIDADE IMC (kg/m 2 ) Baixo Peso < 18,5 Normal 18,5 24,9 Sobrepeso 25,0 29,9 IMC kg/m 2 CLASSIFICAÇÃO <22 MAGREZA 22-27 EUTROFIA Obesidade I 30,0 34,9 Obesidade II 35,0 39,9 Obesidade mórbida III > 40 Porto, 2005 >27 EXCESSO DE PESO Lipschitz, 1994
RELAÇÃO CINTURA/QUADRIL Relação Cintura Quadril RCQ = C(cm) Q (cm) É utilizado para identificar o tipo de distribuição de gordura.
Critérios para identificação do risco a saúde pelo RCQ R I S C O SEXO IDADE BAIXO MODERADO ALTO MUITO ALTO Homens 20 29 < 0,83 0,83 0,88 0,89 0,94 > 0,94 30 39 < 0,84 0,84 0,91 0,92 0,96 > 0,96 40 49 < 0,88 0,88 0,95 0,96 1,00 > 1,00 50 59 < 0,90 0,90 0,96 0,97 1,02 > 1,02 60 69 < 0,91 0,91 0,98 0,99 1,03 > 1,03 Mulheres 20 29 < 0,71 0,71 0,77 0,78 0,82 > 0,82 30 39 < 0,72 0,72 0,78 0,79 0,84 > 0,84 40 49 < 0,73 0,73 0,79 0,80 0,87 > 0,87 50 59 < 0,74 0,74 0,81 0,82 0,88 > 0,88 60 69 < 0,76 0,76 0,83 0,84 0,90 > 0,90 Adaptado de Bray & Gray (1988)
Avaliação Postural: - Vista anterior: - Vista posterior: - Vista Lateral: Medida da perda de estatura: > 2cm ou perda de altura relatada > 4cm evidência de fratura vertebral Siminoski, et al 2005
Avaliação sensorial - Propriocepção - Sensibilidade cutânea (Monofilamentos de nylon de Semmes-Weinstein)
Teste de Força muscular Método 1 RM ( definida como a maior carga que pode ser levantada não mais que uma vez de maneira correta). - Antes do teste, 1 série de 10 repetições, com carga mínima para aquecimento muscular e familiarização com o equipamento. - Carga progressivamente aumentada, intervalos de 90-120 segundos de descanso até atingir a carga equivalente a 1-RM. - Carga inicial pode ser estabelecida em 10% a 20% da massa corporal - 1 RM deve ser atingida em no máximo 5 tentativas para cada movimento. Gross et al., 1998
Dinamômetro preensão manual I- 20 a 24 anos II 25 a 29 anos III 30 a 34 anos IV 35 a 39 anos V 40 a 44 anos VI 45 a 49 anos VII- 50 a 54 anos VIII 55 a 59 anos Caporrino et al, 1998
Valores médios da força de preensão palmar para a adultos jovens (idade 31,35 ±7,36) Valores médios da força de preensão palmar para a adultos de meiaidade (idade 54,40±5,94) Valores médios da força de preensão palmar para a idosos (idade 75,36 ± 6,72) Moura, 2008. Dissertação de Mestrado. Estudo da Força de Preensão Palmar em Diferentes Faixas Etárias do Desenvolvimento Humano
Força de Preensão Palmar (mão dominante) Idade 50-59 60-69 70-79 Média ± DP 27,8 ± 5,2 26,8 ± 5,3 25,6 ± 5,4 Raji et al. Cognitive status, muscle strength and subsequent disability in older Mexican Americans. J Am Geriatr Soc 2005; 53(9): 1462-8
Avaliação da Marcha Velocidade máxima da marcha (6 metros) 1,5m 3,0 m 1,5m
Velocidade normal da marcha Stacy Fritz, Michelle Lusardi. White paper: Walking Speed: the Sixth Vital Sign. Journal of GeriatricPhysical Therapy 2009, 32(2):46-49. Abaixo de 0,06m/s - seriamente anormais 0,6 a 1,0 m/s - mediamente anormais 1,0 a 1,4 m/s - normais
Dependência funcional e grave incapacidade para andar <0,42m/s Maior risco de quedas, hospitalização e morte <0,7m/s Velocidade da Marcha >0,8m/s Parece estar associada com envelhecimento bem-sucedido Studenski, et al, 2011 >1,0m/s Menor risco de eventos adversos e melhor sobrevida
Teste de levantar e sentar Teste muito utilizado na prática clínica Fácil, custo barato Avalia vários componentes envolvidos no controle postural dinâmico Idosos com dificuldade em levantar/sentar e estabilizar o tronco na posição ortostática apresentam mais risco de quedas Campbell et al., 1989; Nevitt et al., 1989; Cheng et al., 2001
Teste de levantar e sentar 5 vezes Referência: - 61 a 69 anos: desempenho ruim > 11,4seg - 70 a 79 anos: desempenho ruim > 12,6 seg - 80 a 89 anos: desempenho ruim > 14.8 Bohannon RW. Reference values for the five-repetition sit-to-stand test: a descriptive metaanalysis of data from elders. PerceptMot Skills. 2006;103:215-222. Referência: - Ponto de corte = 15 seg - Superior a 15 segundos = fracassou no teste Buatois S, Miljkovic D, Manckoundia P, et al. Five-Times-Sit-to-Stand test is a predictor of recurrent falls in healthy community-living subjects aged 65 and older. J Am Geriatr Soc. 2008;56:1575 1577.
Timed Up and Go (TUG) Avaliação rápida das habilidades básicas de mobilidade Mancini e Horak, 2010; Noohu ey al., 2014; Sibley et al., 2014 A transferência e o giro transformam o TUG em uma medida complexa = necessidade de recursos cognitivos Noohu et al., 2014
TIMED UP & GO Tempo de realização da tarefa: - Adultos saudáveis= 10. Grande risco de quedas, mobilidade diminuída > 20 - Idosos = risco de quedas 13,30 - TUG cognitivo: risco de quedas 15 - TUG motor: risco de quedas 14,30 PODSIALO & RICHARDSON, 1991 Alexandre et al, 2012: - TUG 12,47 seg: preditor de quedas na população brasileira - 73,7% sensibilidade e 65,8% de especificidade
Pontuações médias do TUG Idade e sexo Sem bengala (seg) Com bengala (seg) 65-69 Masculino Feminino 70-74 Masculino Feminino 75-79 Masculino Feminino 9,93 ± 1,40 10,15 ± 2,91 10,48 ± 1,85 10,37 ± 2,23 10,48 ± 1,59 10,98 ± 2,68 11,57 ± 1,31 14,19 ± 4,67 12,23 ± 1,88 14,27 ± 5,22 11,82 ±5,22 15,29 ± 5,08 Cendoroglo MS. Diagnósticos em Geriatria.
Teste de Alongamento Funcional Teste simples Monitorar problemas de equilíbrio Observa os limites da estabilidade na direção anterior Idade Homens(cm) Mulheres(cm) 20-40 anos 42,42±4,83 37,08±5,58 41-69 anos 37,85±5,58 35,05±5,58 70-87 anos 33,53±4,06 26,67±8,89 Deslocamentos menores de 15 cm = fragilidade do idosos e risco de quedas
Avaliação da Síndrome da Fragilidade Fenótipo da fragilidade: - Perda de peso não intencional ( 4,5 kg ou 5% do peso corporal no ano anterior) - Exaustão avaliada por auto-relato de fadiga, indicado por 2 questões da Center for Epidemiological Studies Depression (CES-D) - Diminuição da força de preensão palmar (JAMAR) na mão dominante - Baixo nível de atividade física medido pelo dispêndio semanal de energia em kilocalorias (Minnesota Leisure Time Activities Questionnaire) - Lentidão, medida pela velocidade da marcha indicada em segundos (distância de 4,6 m) Fried et al, 2001
Sarcopenia Suspeita de sarcopenia: sim ( ) não ( ) Sarcopenia: termo sugerido por Dr. Irwin Rosenberg, em 1989 para definir a perda de massa muscular relacionada a idade Nas últimas décadas, sarcopenia passou a ser definida como perda de massa muscular e da força muscular (National Institute on Aging) European Working Group on Sarcopenia in Older People - EWGSPO
Sarcopenia European Working Group on Sarcopenia in Older People Estágio Cruz-Jentoft et al, 2010 Pré-sarcopenia Massa muscular Sarcopenia Massa muscular Força muscular Desempenho físico Sarcopenia grave Massa muscular Força muscular ou Desempenho físico Definir sarcopenia apenas como perda da massa muscular é muito pouco para se ter um bom valor clínico, uma vez que a perda da função muscular não depende apenas da massa muscular.
Sarcopenia Suspeita de sarcopenia: sim ( ) não ( ) - Circunferência da panturrilha: cm European Working Group on Sarcopenia in Older People - EWGSPO
Avaliação da Síndrome da Fragilidade O critério exaustão do fenótipo foi avaliado por meio da escala de depressão do Center for Epidemiological Studies (CES-D): - item 7 = Senti que tive que fazer esforço para fazer tarefas habituais - item 20 = Não consegui levar adiante minhas coisas Os idosos que obtem escore 2 ou 3 em qualquer uma das duas questões preenchem o critério de fragilidade para este item. Fried et al, 2001
A CES-D é composta por 20 itens escalares sobre humor, sintomas somáticos, interações com os outros e funcionamento motor. Senti que tive que fazer esforço para fazer tarefas habituais Não consegui levar adiante minhas coisas
Valores de corte para a força de preensão palmar (kg) para determinação da positividade deste critério diagnóstico da Síndrome da Fragilidade. FRIED et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. The Journals of Gerontology, 56A(3): M146 M156, 2001. Frágeis [com ajustamento por gênero e índice de massa corporal (IMC - peso/altura2)]: HOMENS MULHERES OMS, por Marucci & Barbosa, 2003 0 < IMC 23 PC 27,00kgf 0 < IMC 23 PC 16,33kgf 23 < IMC < 28 PC 28,67kgf 23 < IMC < 28 PC 16,67kgf 28 IMC < 30 PC 29,50kgf 28 IMC < 30 PC 17,33 kgf IMC 30 PC 28,67 kgf IMC 30 PC 16,67kgf Costa TB, Neri AL. Medidas de atividade física e fragilidade em idosos: dados do FIBRA Campinas, São Paulo,Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 27(8):1537-1550, ago, 2011
FRIED et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. The Journals of Gerontology, 56A(3): M146 M156, 2001. HOMENS MULHERES 0 < altura 168 PC 5,49 seg 0 < altura 155 PC 6,61 seg altura > 168 PC 5,54 seg altura >155 PC 5,92 seg Costa TB, Neri AL. Indicators of physical activity and frailty in the elderly: data from the FIBRA study in Campinas, São Paulo State, Brazil. Cad Saude Publica. 2011 Aug;27(8):1537-50. HOMENS MULHERES altura 169 cm Tempo 5 seg altura 153 cm Tempo 6 seg altura > 169 cm Tempo 6 seg altura > 153 cm Tempo 5 seg Santos, EGS. Perfil de fragilidade em idosos comunitários de Belo Horizonte: um estudo transversal. Dissertação, UFMG, 2008.
Medidas de atividade física: corresponderam à frequência semanal e à duração diária de exercício físico, esportes ativos e tarefas domésticas, com base em respostas aos itens do MLTPAQ. Costa TB, Neri AL. Medidas de atividade física e fragilidade em idosos: dados do FIBRA Campinas, São Paulo,Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 27(8):1537-1550, ago, 2011 Perfil de atividade humana (PAH) (composta por 94 itens)- Souza, A.C., Magalhães, L. C., Teixeira-Salmela, L. F., 2006. Adaptação transcultural e análise das propriedades psicométricas da versão brasileira do Perfil de Atividade Humana. Cad. Saúde Pública, 22, 109 118. Érika Gonçalves Silva Santos. Perfil de fragilidade em idosos comunitários de Belo Horizonte: um estudo transversal. Dissertação - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Universidade Federal de Minas Gerais, 2008. International Physical Activity Questionnaire Minnesota
Avaliação da Síndrome da Fragilidade Idosos com 3 dessas características seriam classificados como frágeis Idosos com 1 ou 2 características pré-frágeis Idosos que preencheram esses critérios foram mais suscetíveis a quedas, declínio funcional, hospitalização recorrente e morte em 3 anos. Na proposta de Fried et al, não incluíram itens para avaliação cognitiva
AVALIAÇÃO EQUILÍBRIO ESTRATÉGIAS SENSORIAIS: Avalia a oscilação do COP em diferentes condições de interação dos sistemas visual, vestibular e proprioceptivo. Apresenta os seguintes componentes: Superfície estável com olhos abertos: envolve aferências visuais, vestibulares e proprioceptivas Superfície estável com olhos fechados: envolve aferências vestibulares e proprioceptivas, Superfície instável com olhos abertos: envolve aferências visuais e vestibulares Superfície instável com olhos fechados: aferências vestibulares Maki et al 1994; Lord et al, 2003
Teste de equilíbrio Olhos abertos Olhos fechados - Teste de Romberg e Romberg sensibilizado (normal / anormal) Manter por 30 segundos Fixação ocular (ponto a 1,5 m da pessoa, na altura dos olhos)
Teste de equilíbrio - Ficar sobre uma perna Olhos abertos Olhos fechados Manter por 30 segundos Fixação ocular Incapaz de manter por pelo menos 5 segundos - 2 vezes mais chance de queda - Não funcional GUSTAFSON et al., 2000