RM: PRINCÍPIOS FÍSICOS QUAL É A MÁGICA? PTC2892 Princípios da Formação e Processamento de Imagens Médicas. Ressonância Magnética

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Transcrição:

Plano da aula de hoje PTC2892 Princípios da Formação e Processamento de Imagens Médicas Ressonância Magnética Prof. S Furuie Princípios físicos de Ressonância Magnética Formação de imagens em Ressonância Magnética As aulas estão no site: * http://moodle.stoa.usp.br Adaptado dos slides do PTC 5892 M Rebelo, S Furuie MODALIDADE Consulta: Visual, auditivo, tato, movimento... Radiologia: Convencional Digital Tomográfica Revisando alguns pontos FORMAS DE ENERGIA Luz Som Mecânica,... Ondas e.m. PARÂMETROS FÍSICOS I0, I,, INFORMAÇÕES História da saúde Sintomas Anatomia Dinâmica Dimensões Volumes Ultra-sonografia: Modo A Modo B Modo TM Doppler 3 - D Medicina Nuclear: Convencional SPECT PET Ressonância Magnética Nuclear: Tomográficas Funcionais Ondas mecânicas Ondas e.m. Ondas e.m. I, z vs, v, fo I, Campos magnéticos Momentos magnéticos, T1, T2, Anatomia Dimensões Massa Movimento Função Velocidade Fluxo,... Função Metabolismo Dimensões Volumes Anatomia Anatomia Alterações na estrutura dos tecidos Dinâmica Função O quê, por quê, como? RM: PRINCÍPIOS FÍSICOS QUAL É A MÁGICA? Microscopia: Óptica Eletrônica Luz visível Elétrons Luz síncrotron I Coef. transmissão elet. Coef. reflexão elet. Histológicas Estruturas celulares Superfície Histórico Resumindo... 1946 1952 1950 1970 1972 1975 1980 1991 Fenômeno de Ressonância - Bloch & Purcell Prêmio Nobel Física - Bloch & Purcell NMR em espectroscopia p Tomografia Computadorizada Fourier Imaging - Ernst Utilização Clínica Prêmio Nobel - Ernst 1) Campo magn. estático forte => precessão dos spins: w 2) Aplicando energia RF => Entra em ressonância e muda config. dos spins 3) Desligando RF Libera sinal RF 4) Decodificar energia por posição (gradientes de campo magn) Intensidade do elemento da imagem Densidade de prótons Magnetização Longitudinal - T1 Magnetização Transversal - T2 Fluxo B 0

Freqüência de Larmor Codificando posição em frequência A freqüência de precessão, chamada de freqüência de Larmor é dada por: w0 B0 razão giromagnética (prótons de H: 42.6 MHz/Tesla) Transformada de Fourier-FID A Transformada de Fourier (TF) do FID captado pela bobina é um gráfico de amplitude do sinal recebido em função de sua frequência (posição) DETALHANDO... Spin nuclear Núcleos contêm prótons e nêutrons possuem um movimento intrínseco de rotação => momento angular de spin nuclear ou spin Momento magnético nuclear prótons contêm carga elétrica pode-se considerar que a carga elétrica do próton é distribuída e rotaciona ao longo do eixo central, resultado do seu momento angular. geração de um momento magnético de dipolo mp, normal ao plano de circulação das cargas.

Momento magnético nuclear Núcleos - momento magnético B distribuição de carga em movimento de rotação produzindo um campo magnético S N B o arranjo é análogo a um imã S N m p o próton visto como um dipolo magnético Em muitos núcleos os prótons e nêutrons estão emparelhados de tal forma que seus spins e momentos magnéticos se cancelam Se o núcleo possui um número ímpar de prótons + nêutrons => exibe spin e momento magnético A teoria desenvolvida nesta apresentação será feita para o núcleo do átomo de hidrogênio (um único próton) : elemento mais abundante no corpo e gera o sinal de NMR mais forte entre os núcleos Núcleos na ausência de campo magnético Propriedades do núcleo sob ação de um campo magnético Aplicando-se um campo magnético externo Bo, o próton vai se comportar como uma pequena bússola e tenderá a se alinhar ao campo. B B Na ausência de campo magnético externo, os momentos magnéticos nucleares têm direção aleatória S N Aplicação do campo magnético estático B0 N S Resultado esperado? Resultado esperado? B 0 B 0 Particulas elementares não apresentam um comportamento tão simples!

Mecânica quântica Próton => partícula elementar Obedece às regras de Física Quântica Sob a ação de B 0, a direção de I não vai ser paralela ao campo aplicado A componente z de I é dada por: m I m I é o número quântico magnético estados de energia possíveis: 2 I +1 I:número quântico de spin Próton: I=1/2 estados possíveis +- 1/2 Spin up e spin down Alinhamentos do próton Níveis de Energia B0 anti-paralelos E B 0 paralelos E2 E1 Diagrama de Zeeman Sistemas físicos tendem a ocupar estado de menor energia. Seria esperado que todos os prótons se alinhassem paralelamente ao campo Se T= zero absoluto isso ocorreria Diferença de população entre os estados A diferença de energia entre os dois estados é muito pequena: a energia térmica em temperaturas mais elevadas faz com que os dois estados estejam quase igualmente ocupados O número de prótons que ocupa o estado de menor energia é ligeiramente maior 1 nspin ( _ up, ) 2 exp( ) 1 kts n( spin_ down, ) 2 À temperatura corporal e nas faixas de campo utilizadas em MRI o excesso de prótons paralelos é de 0.3 a 5 por milhão Freqüência de Larmor Visão macroscópica da aplicação do campo magnético M 0 A freqüência de precessão, chamada de freqüência de Larmor é dada por: w0 B0 razão giromagnética (prótons de H: 42.6 MHz/Tesla)

Magnetização efetiva A amostra vai estar magnetizada na presença de Bo, com um valor Mo, conhecido como magnetização efetiva Mo é a fonte de sinal em todos os experimentos de ressonância magnética direção é a mesma de Bo constante no tempo Sabemos portanto que a frequência de precessão IDENTIFICA o átomo. Como tornar este fenômeno útil para medir quantidade de matéria? PROVOCAR RESSONÂNCIA E MEDIR QUANTIDADE DE ÁTOMOS QUE ENTRAM EM RESSONÂNCIA! Deteção do sinal Campo magnético externo gera magnetização efetiva Para captar um sinal oscilação É necessário provocar uma perturbação no vetor de magnetização de tal forma a torná-lo mensurável Modificar a configuração do sistema Deteção do sinal Provocar a transição dos prótons entre os estados energéticos Condição de ressonância tem que ser atingida Ressonância: absorção e posterior emissão de energia do sistema A diferença de energia entre os estados paralelo e anti-paralelo está na faixa de radio-freqüência O efeito do campo de radio-freqüência O efeito do campo de radio-freqüência Irradiação dos prótons por um sinal de RF com fótons de energia igual à diferença entre os estados provoca a transição de um certo número de prótons para o estado anti-paralelo A volta ao estado paralelo é acompanhada da emissão de energia equivalente à diferença entre os dois níveis. Bo paralela anti-paralela anti-paralela.. Bo paralela

O efeito do campo de radio-freqüência Aplicação do pulso de RF com freqüência igual à freqüência dos prótons faz com que estes precessionem em fase, produzindo um sinal magnético coerente que pode ser medido Modelo macroscópico Por convenção, o componente B 1 da radiação de radio-frequência é aplicado na direção X perpendicular ao campo estático B 0 B 0 M B 0 campo externo (~ 1.5 T) B 1 campo magnético fraco (~50 mt) B 1 Modelo macroscópico O campo magnético B 1 provocará uma rotação de Mo na direção de B 1 B 1 << B 0 w 1 << w 0 O vetor magnetização iniciará um movimento complexo, do tipo espiral Referencial giratório Em um referencial girando com freqüência igual à freqüência de Larmor, o movimento do vetor magnetização é mais simples: B 0 B 1 Movimento da magnetização Movimento da magnetização O movimento de rotação de Mo ao redor de B1 tem freqüência angular: B 1 1 2 pulso de 90 o pulso de 180 o Se o pulso de RF for aplicado por um tempo t, Mo vai sofrer uma rotação de: B1 Bo x z y t B t 1 1

SINAL CAPTADO PELA BOBINA O sinal de ressonância Após a aplicação de um pulso de 90 o, o vetor de magnetização localiza-se no plano x-y e precessa ao redor do eixo z A sua freqüência de precessão é a freqüência de Larmor Se uma bobina for colocada, a variação temporal do campo magnético gerado pela magnetização induzirá uma corrente alternada, com freqüência igual à freqüência de Larmor. Esse sinal detectado é conhecido como "free induction decay (FID)". O sinal de ressonância O sinal de ressonância O sinal de ressonância O sinal de ressonância

O sinal de ressonância Free refere-se ao fato de que o sinal é obtido sem a presença do campo magnético B1. "Induction" indica que a corrente foi produzida utilizando-se o princípio i de que um campo magnético variável dentro de uma bobina induz corrente elétrica "Decay" significa que o sinal decresce com o tempo em um processo conhecido como relaxação. Transformada de Fourier-FID O retorno ao equilíbrio A Transformada de Fourier (TF) do FID captado pela bobina é um gráfico de amplitude do sinal recebido em função de sua frequência A magnetização Mo perturbada em seu equilíbrio por um pulso de radio freqüência de 90 rotaciona no plano x-y, com todos os prótons precessando em fase. Ao fim da aplicação do pulso de RF, dois processos distintos ocorrem com os prótons individuais: voltarão ao estado de menor energia seu movimento de precessão será defasado O retorno ao equilíbrio Sabemos localizar átomos de H e a quantidade deles, mas como diferenciar um átomo de H ligado à gordura de um ligado ao músculo? CRIANDO CONTRASTE... Esses eventos provocam dois processos simultâneos - que acontecem separadamente: A componente Mxy do vetor Magnetização diminui muito rapidamente Sua componente Mz se recupera lentamente T 1 M Mz = 0 Mxy = M Mz = aumenta Mxy = diminui Mz = máximo Mxy = 0

T 1 - relaxação spin-rede ou relaxação longitudinal - I Em equilíbrio térmico existe um excesso de prótons precessionando na orientação paralela Após p a aplicação de um pulso de 90 o, um número de prótons aproximadamente igual à metade do excesso passa a precessionar na orientação anti-paralela A magnetização fica com componente longitudinal nula T 1 - relaxação spin-rede ou relaxação longitudinal Após o fim da aplicação da RF, o mesmo número de prótons deve voltar a precessionar na orientação paralela, a fim de restabelecer as condições iniciais: transição de um estado de maior energia para um estado de menor energia o sistema deve liberar energia equivalente à diferença entre os dois estados Esse excesso de energia é fornecido ao meio (rede) que rodeia o próton, principalmente sob a forma de agitação térmica. T 1 - relaxação spin-rede ou relaxação longitudinal T 2 - relaxação spin-spin ou relaxação transversal - I Magnetização Longitudinal 100 80 60 40 20 00 T 1 63% M z =M 0 (1-exp(-t/T 1 ) 500 1000 1500 Tempo (mseg) Imediatamente após a aplicação do pulso de 90 o, os prótons precessam em fase e a magnetização transversal é máxima Com o fim do pulso de RF, os prótons começam a experimentar campos magnéticos ligeiramente diferentes Alguns precessionam ligeiramente mais rápido (e outros mais devagar) do que a freqüência de Larmor T 2 - relaxação spin-spin ou relaxação transversal - II O conjunto de prótons começa a precessionar em fases diferentes e a magnetização transversal diminui Após um certo tempo, toda a coerência de fase é perdida e a magnetização efetiva no plano transversal é nula. T 2 - relaxação spin-spin ou relaxação transversal - III A pequena diferença no campo magnético estático em cada próton é ocasionada por dois fatores: a presença de inomogeneidades no campo magnético B 0 e os campos magnéticos gerados pelos outros prótons. A magnetização transversal decai exponencialmente em função em T 2 *

Magnetização Transversal 100 80 60 40 20 00 T 2 - relaxação spin-spin ou relaxação transversal - III M xy =M 0 (exp(-t/t 2* ) T 2 Mxy 37% M 0 2000 500 1000 1500 Tempo (mseg) T 2 - relaxação spin-spin ou relaxação transversal - IV O tempo que reflete a perda de coerência devido apenas à presença de outros prótons é conhecido como T 2, que depende do meio em que o próton está inserido e varia de acordo com o órgão e se o tecido é normal ou patológico. O FID reflete a diminuição da magnetização transversal, e é função de T 2 * O parâmetro de interesse na formação de imagens médicas é T 2, pois o que interessa observar é a diferença entre os tecidos. Formação de imagens em ressonância magnética Formação de imagens variações espaciais no campo magnético ( B G r ) i ( 0 i FORMAÇÃO DAS IMAGENS Formação de imagens em ressonância magnética Slice selection gradient -G SS Aplicação de gradientes de campo cada região vai oscilar com uma freqüência Aplicam-se gradientes lineares de campo. provocam pequenas perturbações em Bo aplicados por curtos períodos de tempo pulsos de gradiente Aplicados nas direções x,y e z

Slice selection gradient -G SS Readout gradient -G RO Phase encoding gradient -G PE Resultado em um slice Seqüências de pulso Sinais e imagens: FFT São técnicas de medidas através das quais uma imagem de ressonância é obtida. Contêm as instruções de hardware necessárias para a aquisição dos dados da forma desejada A intensidade resultante para cada elemento da imagem é determinada pelos parâmetros de medida selecionados pelo usuário e pelas variáveis dadas pela seqüência de pulsos. gradiente constante G x em x. Idem para w y e w z. s(t) está relacionado à transf. inversa de fourier 3D estimativa ponderada pelo T 2

Contraste CONTRASTE NAS IMAGENS (P.EX. ENTRE GORDURA E MÚSCULO) Se os parâmetros de aquisição forem ajustados para refletir a concentração de prótons em cada ponto, a imagem é chamada de imagem de densidade de prótons Esta imagem pode não variar muito entre os diferentes tecidos Imagem de baixo contraste Utilização dos parâmetros T 1 e T 2, cuja variação é grande entre os tecidos, pode melhorar o contraste Contraste -T 1 Contraste -T 1 T 1 pode ser evidenciado se o tempo de repetição da seqüência de pulsos (T R ) for menor do que o tempo necessário para a recuperação longitudinal da magnetização Magnetização Transversal 100 T 1 curto 80 TR 1 Intensidade do sinal T 1 curto T 1 longo Se dois tecidos com T 1 diferentes estiverem sendo amostrados em uma seqüência com T R pequeno, a amplitude do sinal com T 1 mais curto será maior, uma vez que uma quantidade maior de prótons já voltou à condição de equilíbrio T 1 longo 60 40 20 00 TR 1 TR 2 500 1500 1000 2000 Tempo (mseg) TR 2 Intensidade do sinal T 1 curto T 1 longo Contraste -T 2 Contraste -T 2 T 2 pode ser evidenciado se o tempo de eco (T E ) for aumentado Mxy Como a amplitude do pulso é função de T 2, o sinal proveniente do tecido com T 2 mais longo terá maior amplitude. T 2 longo T 2 curto t

Resumindo... Site interessante B 0 http://www.cis.rit.edu/htbooks/mri/ Intensidade do elemento da imagem Densidade de prótons Magnetização Longitudinal - T1 Magnetização Transversal - T2 Fluxo