Na aula anterior restou claro que o principal escopo da tutela coletiva é ampliar o acesso à justiça.

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Transcrição:

Turma e Ano: Flex B (2014) Matéria / Aula: Tutela coletiva / Aula 02 ( em: 24/07/14 ) Professor: Samuel Côrtes Contato >> Samuel@wcortesadvogados.com Monitor: Joanes CONTEÚDO DA AULA: Escopos e princípios da tutela coletiva. Ações pseudocoletivas e pseudoindividuais. ATENÇAO: É de suma importância ter em mente e saber como diferenciar direitos> DIFUSOS/COLETIVOS e INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. Um macete para saber se um direito individual pode ser tutelado de forma coletiva (individual homogêneo): >> É VERIFICAR SE PODEMOS FORMAR UM LITISCONSORTE FACULTATIVO. Se a constatação for positiva, é indicação que podemos tutelar de forma coletiva (individual homogêneo); Há, também, a situação do Art. 285-A do CPC. Se o caso se encaixar neste dispositivo é perfeitamente possível a tutela de forma coletiva (individual homogêneo). Art. 285-A. Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já houver sido proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação e proferida sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente prolatada. 1º Se o autor apelar, é facultado ao juiz decidir, no prazo de 5 (cinco) dias, não manter a sentença e determinar o prosseguimento da ação. 2º Caso seja mantida a sentença, será ordenada a citação do réu para responder ao recurso. Na aula anterior restou claro que o principal escopo da tutela coletiva é ampliar o acesso à justiça. ESCOPOS 1º > AMPLIAR O ACESSO À JUSTIÇA Significa: trazer a função jurisdicional mais próxima da sociedade. 2º > MAIOR ECONOMIA E CELERIDADE PROCESSUAL

3º> MAIOR EFETIVAÇÃO DO DIREITO MATERIAL VIOLADO NO CASO CONCRETO. 4º > MAIOR PARIDADE DE ARMAS. Significa dizer: defesa e réu em pé de igualdade. 5º> MAIOR EFETIVIDADE DA SEGURANÇA JURIDICA. Aqui, a segurança jurídica está relacionada à tese jurídica que irá se formar. Ou seja, diz respeito ao aspecto global(coletivo). Não está relacionada à condições individuais. OBS> Em ações que buscam tutelar direitos individuas homogêneos, na 1ª fase da processo, o objetivo é firmar tese(coletiva) de modo que em uma 2ª fase (liquidação), o individuo possa buscar o seu direito individualmente.. PRINCIPIOS DO PROCESSO COLETIVO OBS>> SEMPRE TER EM MENTE OS ESCOPOS. Todos os principio do CPC-individual são aplicados. Porém, de forma POTENCIALIZADA, levando em consideração os escopos. PRINCIPIOS PECULIARES PRIMAZIA DA TUTELA COLETIVA SOBRE A TUTELA INDIVIDUAL (diretamente relacionado aos escopos) Obs>> STJ > demanda individual x demanda coletiva Para o STJ, HOJE, o Juiz verificando a hipótese deve, de oficio, suspender as demandas individuais. Parte da doutrina entende que devido a primazia deveria haver prioridade entre processos coletivos x individuais, tramitando em um mesmo juízo. Todavia, diante da falta de regras, prevalece não haver prioridade de tramitação. PRINCIPIO DO ATIVISMO JUDICIAL (ampliação do principio inquisitivo) Previsão no art. 7º da lei 7347/85, veja: Art. 7º Se, no exercício de suas funções, os juízes e tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam ensejar a propositura da ação civil, remeterão peças ao Ministério Público para as providências cabíveis. Importante correlacionar com o artigo 221 do ECA (lei 8.069/90) e artigo 90 do estatuto do idoso (lei 10741/03). Veja: Art. 221. Se, no exercício de suas funções, os juízos e tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam ensejar a propositura de ação civil, remeterão peças ao Ministério Público para as providências cabíveis. Art. 90. Os agentes públicos em geral, os juízes e tribunais, no exercício de suas funções, quando tiverem conhecimento de fatos que possam configurar crime de ação

pública contra idoso ou ensejar a propositura de ação para sua defesa, devem encaminhar as peças pertinentes ao Ministério Público, para as providências cabíveis. PRINCIPIO DA AMPLA DIVULGAÇÃO (previsto no art. 94 do CDC (lei 8.078/90)) veja: Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital no órgão oficial, a fim de que os interessados possam intervir no processo como litisconsortes, sem prejuízo de ampla divulgação pelos meios de comunicação social por parte dos órgãos de defesa do consumidor. Para p STJ a ausência de observância da ampla divulgação é mera irregularidade. DICA >> O direito de intervenção de terceiro se limita às ações que tutelam direitos individuais homogêneos (e essa intervenção é uma assistência litisconsorcial). Daí a importância de saber identificar no caso concreto que tipo de tutela a ação está pleiteando. PRINCIPIO DA CONTINUIDADE DA DEMANDA COLETIVA (Art. 5, III da lei 7347/85) veja: Art. 5 o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: I - o Ministério Público; II - a Defensoria Pública; III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; V - a associação que, concomitantemente: a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. 1º O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará obrigatoriamente como fiscal da lei. 2º Fica facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas nos termos deste artigo habilitar-se como litisconsortes de qualquer das partes. 3º Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa. 4. O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido.

5. Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta lei. 6 Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências legais, mediante cominações, que terá eficácia de título executivo extrajudicial. A doutrina diz que o MP é obrigado a prosseguir, em caso, é claro, de desistência infundada. OBS>>> veja o que diz o artigo 9º da lei 4717/65 ( ação popular) Art. 9º Se o autor desistir da ação ou der motiva à absolvição da instância, serão publicados editais nos prazos e condições previstos no art. 7º, inciso II, ficando assegurado a qualquer cidadão, bem como ao representante do Ministério Público, dentro do prazo de 90 (noventa) dias da última publicação feita, promover o prosseguimento da ação. Ou seja, na ação popular, o sujeito ativo em regra é o cidadão. Todavia, caso desista da ação o MP pode assumir a titularidade. E se o MP desistir/abandonar é possível? Sim. O que não pode é renunciar. E como vai se dar esse controle por parte do estado-juiz? ( são três orientações) 1ª > posição minoritária< diante da omissão do MP ou dos demais legitimados, aplica-se o art. 267 do cpc. Veja: Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005) I - quando o juiz indeferir a petição inicial; Il - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; III - quando, por não promover os atos e diligências que Ihe competir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada; Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual; Vll - pela convenção de arbitragem; (Redação dada pela Lei nº 9.307, de 23.9.1996)

Vlll - quando o autor desistir da ação; IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal; X - quando ocorrer confusão entre autor e réu; XI - nos demais casos prescritos neste Código. 1 o O juiz ordenará, nos casos dos ns. II e Ill, o arquivamento dos autos, declarando a extinção do processo, se a parte, intimada pessoalmente, não suprir a falta em 48 (quarenta e oito) horas. 2 o No caso do parágrafo anterior, quanto ao n o II, as partes pagarão proporcionalmente as custas e, quanto ao n o III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e honorários de advogado (art. 28). 3 o O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não proferida a sentença de mérito, da matéria constante dos ns. IV, V e Vl; todavia, o réu que a não alegar, na primeira oportunidade em que Ihe caiba falar nos autos, responderá pelas custas de retardamento. 4 o Depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação. 2ª > majoritária < Art. 28 do CPP, remeto ao procurador geral. Veja: Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender. 3ª > aplica-se o art. 9º da lei 7347/85 < feito pelo conselho do MP. Veja: Art. 9º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as diligências, se convencer da inexistência de fundamento para a propositura da ação civil, promoverá o arquivamento dos autos do inquérito civil ou das peças informativas, fazendo-o fundamentadamente. 1º Os autos do inquérito civil ou das peças de informação arquivadas serão remetidos, sob pena de se incorrer em falta grave, no prazo de 3 (três) dias, ao Conselho Superior do Ministério Público. 2º Até que, em sessão do Conselho Superior do Ministério Público, seja homologada ou rejeitada a promoção de arquivamento, poderão as associações legitimadas apresentar razões escritas ou documentos, que serão juntados aos autos do inquérito ou anexados às peças de informação. 3º A promoção de arquivamento será submetida a exame e deliberação do Conselho Superior do Ministério Público, conforme dispuser o seu Regimento.

4º Deixando o Conselho Superior de homologar a promoção de arquivamento, designará, desde logo, outro órgão do Ministério Público para o ajuizamento da ação. PRINCIPIO DA NÃO TAXATIVIDADE DA DEMANDA ( previsto no Art. 83 do CDC.) veja: Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses protegidos por este código são admissíveis todas as espécies de ações capazes de propiciar sua adequada e efetiva tutela. Veja o que diz, também, o Art. 3º da lei 7347/85. Art. 3º A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer DICA>> Só é possível o controle de constitucionalidade em ação coletiva se esse controle se der de forma incidental/difusa. DICA >> É possível através de ACP a implementação de politica pública. DICA>> O parágrafo único do artigo 1º da lei 7347/85 (ACP) viola o inciso XXXV do artigo 5º da CF/88 e todos os escopos do processo coletivo. Veja: Parágrafo único. Não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários podem ser individualmente determinados. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001) PRINCIPIO DA OBRIGATORIEDADE MITIGADA/TEMPERADA A doutrina faz vinculação ao MP, mas não necessariamente judicial. Exemplo, o famoso, termo circunstanciado. de uma Todavia, não é o MP que pode firmar termo circunstanciado. PRINCIPIO DA DISPONIBILIDADE MITIGADA O deixar de fazer do MP passa pelo conselho (art. 9º da lei 7347/85). Art. 9º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as diligências, se convencer da inexistência de fundamento para a propositura da ação civil, promoverá o arquivamento dos autos do inquérito civil ou das peças informativas, fazendo-o fundamentadamente. 1º Os autos do inquérito civil ou das peças de informação arquivadas serão remetidos, sob pena de se incorrer em falta grave, no prazo de 3 (três) dias, ao Conselho Superior do Ministério Público.

2º Até que, em sessão do Conselho Superior do Ministério Público, seja homologada ou rejeitada a promoção de arquivamento, poderão as associações legitimadas apresentar razões escritas ou documentos, que serão juntados aos autos do inquérito ou anexados às peças de informação. 3º A promoção de arquivamento será submetida a exame e deliberação do Conselho Superior do Ministério Público, conforme dispuser o seu Regimento. 4º Deixando o Conselho Superior de homologar a promoção de arquivamento, designará, desde logo, outro órgão do Ministério Público para o ajuizamento da ação. PRINCIPIO DA ATIPICIDADE (FUNGIBILIDADE)DA TUTELA COLETIVA O DIREITO COLETIVO PODE SER TUTELADO ATRAVÉS DE QUALQUER PROCEDIMENTO. Este principio pode auxiliar a interpretar os conflitos relacionados com conexão, litispendência, continência e coisa julgada. PRINCIPIO DA PRIMAZIA PELA ANALISE DO MERITO PRINCIPIO DA ADEQUADA CERTIFICAÇÃO (SANEAMENTO) Aqui, o Juiz verifica se é uma ação coletiva. Diante desse principio, surge na doutrina a distinção de ações PSEUDOCOLETIVAS > aquelas que são propostas individualmente. Porém, a pretensão abrange direitos coletivos < e PSEUDOINDIVIDUAIS > são aquelas que pretendem tutelar direitos coletivos. Todavia, a pretensão diz respeito a direitos individuais. Fim. Lembro aos colegas a indicação do CURSO DE DIRETO PROCESSUAL CIVIL. PROCESSO COLETIVO >> VOLUME 4 <, do professor Didier. <. O tema desta aula encontra-se no capitulo III da referida obra. Ótimos estudos.