Venda de Cosméticos pela Internet Patricia Mamede Campos Advogada da área Contratual Andrea Yuko Kikuchi Mori Advogada da área Cível
Beleza e Saude A categoria Beleza e Saúde tem tido grande destaque e crescimento no mercado brasileiro, principalmente dentro da modalidade eletrônica de comércio, conhecida como e-commerce. Com os olhos voltados à nossa legislação e também pela experiência adquirida nas consultas respondidas aos nossos clientes, discorreremos sobre as principais dúvidas relacionadas ao assunto.
Há diferença entre o consumidor comum e o consumidor pela internet no âmbito do Direito do Consumidor O que deve ser observado quando o comerciante ou fabricante de cosméticos decide vender seus produtos pela Internet Apesar de a legislação consumerista possuir lacunas em algumas situações no ambiente virtual, não há diferença entre os dois consumidores (físico ou o virtual) perante a Lei do Consumidor. O principal ponto a ser observado é que a modalidade de venda pela Internet é considerada remota, ou seja, fora do estabelecimento, sendo aplicado o direito de arrependimento previsto no Código de Defesa do Consumidor, artigo 49, que determina que o consumidor possui o prazo de 7 dias para que reclame e devolva o bem adquirido, independente de justificativa, com as custas de envio totalmente pagas pelo vendedor.
Quais são as exigências emitidas pela ANVISA no âmbito do e-commerce para o segmento de Beleza e Saúde 1. regularizar a situação junto a esses órgãos 2. expedir autorização de funcionamento A Agência Nacional de Vigilância Sanitária dispõe, em suas Resoluções, sobre solicitação remota para venda de medicamentos e cosméticos. De acordo com a RDC 16/2014 as empresas devem acatar determinadas exigências: 3. registro de responsabilidade técnica 4. manual de boas práticas de distribuição e armazenagem dentre muitas outras, disponíveis para acesso online
Quais informações deverão ser disponibilizadas sobre os produtos no e-commerce de cosméticos Além disso, é importante conter o histórico da empresa fabricante ou distribuidora com todos os dados para contato, pois é de suma importância saber a quem procurar em caso de dúvidas, inclusive antes da compra. O site deve possuir o máximo de informações sobre os produtos oferecidos, de forma clara e objetiva, contendo inclusive:. posologia. indicações e contraindicações,. riscos de alergia (se for o caso). dados da embalagem (peso e tamanho). entre outros É necessário salientar que o site é a principal via de comunicação entre a empresa e seus consumidores, por isso é fundamental que ele esteja sempre atualizado.
Qual a importância da segurança de informações no e-commerce possibilidades de trocas de produtos e como fazê-las devolução de produtos cosméticos em caso de insatisfação no resultado variadas formas de pagamento (principais bancos e bandeiras de cartão de crédito) O vendedor precisa oferecer ao consumidor uma plataforma de navegação com ambiente seguro, de simples e de fácil acesso, além de inúmeras possibilidades advindas dessa relação comercial. Veja os exemplos: ofertas promoções ëé~êåüáåö KKK É imprescindível mostrar ao cliente que ele está seguro ao realizar sua compra e que seus direitos como consumidor estão garantidos
Ao iniciar o procedimento de e-commerce, quais seriam as precauções necessárias por parte do empresário para que o atendimento ao cliente seja efetivo Pode o vendedor, mesmo tendo apenas comercializado o produto para um profissional pela Internet, ser responsabilizado por eventual dano causado ao cliente No sistema de e-commerce é primordial que haja qualidade nas informações desde o início da compra até a entrega do produto ao consumidor. O investimento em anúncios, marketing, propagandas e ofertas atraem o público alvo, e a necessidade de um estoque bem administrado que garanta eficiência na entrega torna-se o objetivo principal do empreendedor dessa modalidade. É importante sempre oferecer aquilo que pode ser cumprido. Depende de cada caso. Diversos aspectos devem ser observados, como a aplicação do produto, o perfil do consumidor, o dano causado e se houve dano em decorrência da reação com outros produtos. Cada caso deve ser analisado individualmente e é muito importante, caso haja ingresso de ação contra o comerciante ou o fabricante, que este procure um escritório especializado no ramo de cosméticos. Há diversos argumentos e teses a serem utilizadas que podem excluir parcial ou totalmente a responsabilidade do fabricante ou comerciante de produtos cosméticos.
Quando o produto é de uso estritamente profissional, quais cuidados tomar Como essa restrição de venda poderia ser feita Existem produtos que devem ser aplicados apenas por profissionais, em especial os capilares, tendo em vista que demandam maior atenção e prática quando da aplicação. Para tanto, a fim de evitar problemas de mau uso do produto o pelo público em geral, seria interessante restringir a venda para evitar a responsabilização do comerciante ou fabricante do produto. Através de uma forma que vincule a venda e compra dos produtos de uso exclusivo de profissionais a uma inserção de número de CPNJ válido, restringindo as vendas às pessoas físicas. Isso traria uma segurança maior ao comerciante ou fabricante de produtos em caso de danos causados aos cabelos, irritação, queda de cabelo etc.
O que isso traz de benefícios para o vendedor Especialmente, maior segurança na hora da venda de seus produtos, com a certeza de que o público em geral não terá acesso a produtos que demandam aplicação profissional. Isso reduz imensamente o risco de ingresso de ações de indenização por conta de reações químicas e alérgicas com os produtos vendidos, já que os profissionais sabem identificar melhor as substâncias que cada produto contém e como eles irão reagir com cada tipo de cabelo e com eventual substância já presente no cabelo do consumidor que se utilizará do produto.
Prevencao Com o crescimento do comércio eletrônico, é perfeitamente natural que existam questionamentos no que diz respeito às relações de consumo, o que demanda bastante atenção dos nossos clientes. Através de uma consultoria jurídica é possível fazer a análise de: Prevenção de riscos inerentes ao e-commerce Legislação Aplicável Impedimentos legais que norteiam essa modalidade de comércio
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