Mercados voltam a se preocupar com aumento de juros nos EUA A semana foi de queda para as principais bolsas mundiais. Os investidores reagiram negativamente ao anúncio de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira. A autoridade monetária manteve sua politica de juros e também seu programa de compra de bônus. Embora a decisão tenha ficado dentro do esperado, a ausência de sinalização sobre possíveis novas medidas de estímulo econômico acabaram frustrando parte do mercado. Já na sexta-feira, dois novos fatores contribuíram para a postura mais defensiva dos investidores. Logo cedo, os agentes de mercado reagiram a um novo teste nuclear na Coreia do Norte e, ao longo da manhã, as atenções se voltaram para os Estados Unidos, onde o presidente do Federal Reserve de Boston, Eric Rosengren, mencionou que um aperto gradual dos juros nos EUA "deve ser apropriado". Segundo ele, esperar demais para elevar os juros pode gerar desaceleração "mais pronunciada" da economia do país. Logo após as declarações, o dólar se fortaleceu frente às principais divisas globais e os índices acionários passaram a cair de forma mais consistente. Índices Último Semana Setembro Ano Ibovespa 58.000-2,71% 0,17% 33,79% Dow Jones 18.085-2,20% -1,71% 3,79% S&P 2.128-2,39% -1,99% 4,10% Nasdaq 5.126-2,36% -1,67% 2,37% China 3.079 0,38% -0,22% -13,01% Hong Kong 24.100 3,58% 4,89% 9,97% Japão 16.966 0,24% 0,46% -10,86% Londres 6.777-1,71% -0,07% 8,56% Paris 4.491-1,12% 1,20% -3,14% Alemanha 10.573-1,03% -0,18% -1,58% Espanha 9.026 1,31% 3,54% -5,43% Fonte: Broadcast Mercado doméstico: Expectativas pelo ajuste fiscal A bolsa brasileira teve desempenho negativo no acumulado da semana, pressionada por fatores externos. No cenário doméstico, o foco dos investidores segue o mesmo: expectativa em torno das negociações relacionadas à aprovação das medidas fiscais, tema que vamos discorrer abaixo. (...continua na próxima página...) Ibovespa Diário Maiores Altas Na Semana Maiores Baixas Na Semana 09/set -3,71% KROT3 6,55% CSNA3-11,03% 08/set 0,17% ESTC3 6,06% BRAP4-9,60% 06/set 0,95% EMBR3 4,38% CYRE3-9,54% 05/set 2,70% FIBR3 3,42% JBSS3-7,71% 02/set 2,37% USIM5 1,32% VALE3-7,62% Fonte: Broadcast
Temos ressaltado nos últimos meses a importância do processo de ajuste fiscal para a retomada do crescimento econômico brasileiro e como um importante direcionador para os mercados locais. Neste contexto, a aprovação do Projeto de Lei do limite de gastos e o andamento da reforma da Previdência podem ainda abrir espaço para uma redução dos prêmios de risco. No entanto, em nossa visão, os mercados vão de forma gradual incorporar outros desafios fiscais nesse cenário. Tentar avaliar o impacto econômico incremental do ajuste fiscal é mais complicado do que se pode imaginar. Por exemplo, em um cenário em que os agentes de mercado percam de vista uma recuperação sustentável para os resultados fiscais, todos os ganhos em termos de prêmios de mercado e de melhoria de sentimento econômico ao longo dos últimos seis meses poderiam rapidamente desaparecer. Em tal situação, a inflação voltaria a subir, não deixando espaço para cortes de juros, mesmo com a atividade econômica seguindo em declínio. Sob este cenário, é fácil de prever a relação dívida/pib chegando a 90% e o déficit primário se aproximando de 4% no início de 2019. Esta posição seria complicada para qualquer equipe econômica reverter, mesmo com apoio dos governistas e medidas mais duras. Em outras palavras, não há planos B, C ou D e o ajuste fiscal deve ser encaminhado o mais breve possível. Por ora, o ajuste fiscal significa a adoção de duas medidas na visão dos investidores: o Projeto de Lei que limita os gastos públicos e a reforma da Previdência. A proposta para o limite de gastos é um dos dispositivos mais efetivos para colocar o Executivo e o Congresso na mesma direção no longo prazo. Tal proposta canaliza os esforços para a introdução e aprovação de diversas medidas que fariam um crescimento real nulo (o crescimento dos gastos seria atrelado à inflação) um alvo viável. Entre essas medidas necessárias, a reforma da Previdência se destaca claramente, dado que gastos previdenciários representam metade dos gastos do governo. Ou seja, não há ajuste fiscal sem estes dois pontos. Se não há alternativa oportuna a um ajuste fiscal, e como isso está necessariamente ligado às propostas do limite de gastos e a reforma da Previdência, os prêmios de risco têm espaço significativo para melhoria caso estas medidas sejam aprovadas sem grandes diluições ao longo dos próximos meses. Dado o elevado impacto, é verdade que os mercados já atribuíram uma alta probabilidade de sucesso nesta fase I do ajuste fiscal. No entanto, o ajuste fiscal ainda terá um longo caminho a percorrer, e algumas preocupações ainda devem vir à tona. Do lado da despesa, qualquer reforma da Previdência não será suficiente para conduzir o crescimento das despesas para zero. Na verdade, os gastos com pensões ainda devem crescer acima de 2% ao ano pelos próximos 10 anos, mesmo se uma reforma abrangente for implementada. Isto significa que outros gastos do governo terão de ser reduzidos em cerca de 20% durante a próxima década para atender a lei que limita os gastos, o que implicaria em uma reorganização profunda do papel do Estado no Brasil. Na verdade, mesmo considerando que o limite de gastos seja alcançado (crescimento real zero nos gastos), o aumento de impostos dificilmente será evitado, em médio prazo. Caso o PIB cresça a uma média de 3% ao ano na próxima década, os gastos como percentual do PIB devem cair 0,5 p.p. ao ano. Calculamos que o superávit primário necessário para estabilizar o percentual da dívida em relação ao PIB em alguns anos é de cerca de 2,5%. Assim, se confiarmos apenas no lado da despesa nesta conta, chegaríamos a um endividamento estável ao longo de mais de 10 anos, na esperança de não termos outros contratempos ao longo do caminho. Na verdade, as receitas fiscais provavelmente vão superar o crescimento do PIB durante os próximos anos, mesmo na ausência de aumentos de impostos. Estimamos que, entre 2013 e 2016, as receitas do governo caíram cerca de 1,5% do PIB devido à piora nas condições econômicas. Tendo em vista que esta recuperação potencial não será suficiente para preencher a lacuna, os aumentos de impostos provavelmente devem se tornar uma característica. Além da reversão de isenções/subsídios fiscais, a CPMF é a candidata mais provável, e que poderia levantar mais de 1% do PIB. Dito isto, aumentos de impostos não
parecem ser um grande problema este ano ou no próximo. Além de prejudicar qualquer recuperação embrionária da atividade econômica, faria a tarefa do Banco Central de trazer a inflação para baixo ainda mais difícil, atrasando cortes na taxa Selic. Concluímos ressaltando que os desafios estarão longe de terminar depois da "fase I" do ajuste. Outros significativos cortes de gastos ainda terão de ser implementados, subsídios para alguns setores devem ser revistos e aumentos de impostos serão difíceis de evitar, em médio prazo. É difícil imaginar que essas questões sejam abordadas de uma só vez durante o próximo ano. Depois da reação positiva esperada para a aprovação do Projeto de Lei que limita os gastos, os mercados devem gradualmente incorporar esses desafios. Tal ambiente deverá se tornar mais difícil para que as taxas de juros alcancem um único dígito nos próximos anos.
Retrospectiva Econômica Pesquisa Focus O consenso de inflação de 2017 começa a recuar. O aumento das expectativas de inflação para o fim de 2017 não se repetiu na pesquisa Focus dessa semana, com o consenso recuando 0,2 p.p. para 5,12%. Entretanto, pressões de curto prazo no IPCA (especialmente em itens de alimentação) continuam a inibir a queda das projeções de curto prazo. Portanto, o consenso para o IPCA em 2016 continuou sem alteração, em 7,34%. Queda nas expectativas de Selic para 2017. O comunicado pós-encontro do Copom não teve impacto nas expectativas de afrouxamento monetário desse ano. Economistas ainda continuam a prever o primeiro corte de Selic em novembro (0,5 p.p.), que levariam Selic para 13,75% no fim do ano. Entretanto, as expectativas de Selic para fim de 2017 caíram 0,25 p.p. para 11%, revertendo o aumento da semana passada, de iguais 0,25 p.p. Queda maior no PIB de 2016 contra recuperação mais forte em 2017. Após uma surpresa negativa menor nos números de PIB do 2T16 (-0,6% no comparativo trimestral, contra consenso de -0,5%), as previsões para o ano de 2016 recuaram 0,4 p.p. para -3,20%. Entretanto, para o médio prazo, a melhoria contínua nos indicadores de sentimento ainda está levando as expectativas de crescimento de 2017 para cima. Economistas agora esperam uma retomada no crescimento de 1,30% (ante 1,23% da semana passada). Nossa Visão: Apesar do comunicado pós-encontro do Copom não alimentar as expectativas de um corte da taxa Selic na reunião de outubro, o consenso de mercado ainda acredita que as taxas não devam ser cortadas antes de novembro. Com a proximidade das eleições municipais, é difícil acreditar que as medidas fiscais (principal condição destacada pelo BC para o início do ciclo de afrouxamento monetário) apresentarão progresso concreto nas próximas semanas para permitir o primeiro corte de Selic em outubro. Indicadores Pesquisa Focus Projeção 2016 Projeção 2017 Anterior Atual Anterior Atual IPCA (%) 7,34 7,34 5,14 5,12 IGP-M (%) 8,17 8,23 5,57 5,57 Câmbio (R$/US$) 3,29 3,26 3,45 3,45 Selic (%) 13,75 13,75 11,25 11,00 PIB (%) -3,16-3,20 1,23 1,30 Produção Industrial (%) -5,98-6,03 0,50 0,50 Déficit em Conta Corrente (US$ bilhões) -15,00-15,00-23,00-21,92 Superávit Comercial (US$ bilhões) 50,00 50,00 49,81 49,80 IED (US$ bilhões) 65,00 65,00 65,00 65,00 Fonte: Banco Central
Ata do Copom Condicionalidade vs. Temporalidade... Ao longo de todo o documento, a ata do Copom não determinou nenhum horizonte específico para o início do aguardado ciclo de afrouxamento monetário. De fato, a equipe adotou uma nova postura condicional, deixando de lado a questão temporal, uma mudança que, de alguma forma, já era implícita em seus últimos pronunciamentos. De acordo com o Copom: O Comitê discutiu ainda as implicações de explicitar condicionalidades econômicas sobre a evolução da política monetária, em contraste com a comunicação vigente, cujo caráter poderia ser entendido como temporal. O Comitê concluiu que, para dadas condições monetárias, condicionar a evolução futura da política monetária a fatores relevantes para a inflação transmite melhor a racionalidade econômica que guia as decisões do Comitê. Isso contribui para aumentar a transparência e melhorar a comunicação do Copom. Para deixar clara a sua posição, o comitê reiterou que o afrouxamento monetário dependerá de algumas condições que aumentem a confiança quanto à convergência da inflação para a meta (4,5%) em 2017, dentre elas: (i) pressão limitada nos preços dos alimentos; (ii) outros indicadores mostrando ritmo adequado de desinflação; e (iii) as incertezas sobre novas reduções nos ajustes fiscais propostos. Todavia, o Copom enfatizou que: Não há fator que seja determinante por si só para as decisões de política monetária. Em outras palavras, nenhum dos fatores constitui condição necessária ou suficiente para uma flexibilização das condições monetárias. Nossa visão: A ata não mudou nossa percepção de que um corte na Selic em outubro é cada vez mais improvável. De fato, a possibilidade de melhora significativa nas condições inflacionárias até meados de outubro (quando o comitê se reúne novamente) foi reduzida. Se, por um lado, a inflação dos alimentos deu sinais de moderação recentemente, por outro lado, outras categorias importantes (como a de serviços) ainda precisam mostrar progresso. Mais importante, o calendário político ficará comprimido entre as eleições municipais, sendo que ainda não existem evidências de que haverá uma priorização no processo de votação sobre o limite de gastos da União na Câmara, algo que poderia reduzir as incertezas relacionadas ao front fiscal (sem mencionar que as reformas na previdência parecem cada vez mais adiadas para após as eleições). Mantemos nossa projeção de um primeiro corte na Selic (0,50 p.p.) acontecendo na reunião do Copom de 30 de novembro.
IPCA (Agosto) Qualitativamente desapontante. A inflação oficial, medida pelo IPCA, foi de 0,44% em agosto (vs. 0,52% em julho), resultado em linha com a projeção de mercado, mas abaixo do que esperávamos (0,46%). Em base anual, a inflação avançou 0,23 p.p., atingindo 8,97%. Inflação dos alimentos caiu ainda mais. A inflação dos alimentos continuou dando sinais de reversão significativos em agosto, caindo para 0,30% (vs. 1,32% em julho). O número foi, de alguma forma, melhor que esperávamos (0,75%), ocorrendo essencialmente em função dos preços do feijão (-5,6%), que haviam decolado no último mês de junho (41,8%). Contudo, em base anual, a inflação dos alimentos continua subindo, atingindo agora 13,92% (vs. 13,56% em julho), o principal direcionador para o avanço do IPCA. As Olimpíadas pressionaram o serviços, mas isso não é tudo. A elevação dos preços dos hotéis (11,6%), em virtude dos Jogos Olímpicos, foi um dos principais fatores para a elevação da inflação de serviços (já excluindo-se o efeito das voláteis passagens aéreas), que no mês de agosto veio em 0,63% (vs. 0,45% em julho). Todavia, se desconsiderarmos essa influência, vemos que a inflação de serviços também não melhorou, apesar da deterioração continua no mercado de trabalho. Inflação voltando a se disseminar. Após algum alívio nos meses de maio e junho, a inflação voltou a surgir entre os mais diversos itens consultados. O índice de difusão para os itens não-alimentares (isto é, quantos preços foram elevados) cresceu novamente em agosto, atingindo 69,7%, vindo de 60,5% em julho. Nossa visão: Embora o IPCA tenha vindo amplamente em linha com as expectativas, os aspectos qualitativos do indicador desapontaram mais uma vez. Isto porque a reversão da inflação dos alimentos era apenas uma questão de tempo: se não em agosto, aconteceria possivelmente em setembro ou outubro. No entanto, outros itens importantes, como a inflação de serviços (já excluindo-se os efeitos citados ao longo do texto) e o índice de difusão, sugerem que o ritmo da desinflação será mais lento que o antecipado. Não devemos nos esquecer, também, que a forte apreciação do real nos últimos seis meses já deveria ter contribuído para a queda nos preços, o que não é inteiramente verdade até o momento. No geral, o IPCA de agosto reforçou nossa percepção de que a Selic não deve ser cortada na reunião do Copom em outubro. Para setembro, nossos estimativas preliminares apontam para IPCA de 0,36%. IPCA 13% 11% 9% Variação sobre o mesmo mês do ano anterior (%) Variação sobre o mês anterior (%) 2,0% 1,5% 7% 5% 1,0% 3% 0,5% 1% -1% 0,0% ago-14 dez-14 abr-15 ago-15 dez-15 abr-16 ago-16 Fonte: IBGE
Agenda Econômica Brasil Data Horário Indicador Referência Relevância Consenso Anterior Resultado 9-set 09:00 IBGE - IPCA (A/A) Ago 8,97% 8,74% 8,97% 9-set 09:00 IBGE - IPCA (M/M) Ago 0,44% 0,52% 0,44% 12-set 08:00 1ª Prévia do IGP-M Set -- 0,00% -- 12-set 08:25 Pesquisa Focus -- -- -- -- 12-set 15:00 Balança comercial semanal 11-set -- $489M -- 13-set 05:00 FIPE - IPC Semanal 7-set -- -0,03% -- 13-set 09:00 Vendas no varejo (A/A) Jul -- -8,4% -- 13-set 09:00 Vendas no varejo (A/A) Jul -- -5,3% -- 13-set 09:00 Vendas no varejo (M/M) Jul -- 0,1% -- 14-set -- IBC-Br (A/A) Jul -- -3,14% -- 14-set -- IBC-Br (M/M) Jul -- 0,23% -- 15-set 08:00 FGV - IGP-10 (M/A) Set -- -0,27% -- 16-set 08:00 FGV - IPC-S 15-set -- 0,34% -- 16-set -- CNI - Confiança da Indústria Set -- 51,5 -- 08 até 10 set -- Dívida Pública Federal Jul -- 2959B -- 12 até 19 set -- Coleta de impostos Ago -- 107416M -- Fonte: Bloomberg China Data Horário Indicador Referência Relevância Consenso Anterior Resultado 8-set 22:30 IPC (A/A) Ago 1,7% 1,8% 1,3% 8-set 22:30 IPP (A/A) Ago -0,9% -1,7% -0,8% 12-set 23:00 Ativos Fixos Exceto Rurais Acumulado no Ano (A/A) Ago 7,9% 8,1% -- 12-set 23:00 Produção Industrial (A/A) Ago 6,2% 6,0% -- 12-set 23:00 Produção Industrial Acumulada no Ano (A/A) Ago 6,0% 6,0% -- 12-set 23:00 Vendas no varejo (A/A) Ago 10,2% 10,2% -- 07 até 12 set -- Investimento Estrangeiro Direto em Yuan (A/A) Ago 4,5% -1,6% -- 09 até 15 set -- Financiamento Agregado (em Yuan) Ago 914,4B 487,9B -- 09 até 15 set -- Novos empréstimos (em Yuan) Ago 750,0B 463,6B -- 09 até 15 set -- Oferta monetária M2 (A/A) Ago 10,5% 10,2% -- Fonte: Bloomberg Zona do Euro Data Horário Indicador Referência Relevância Consenso Anterior Resultado 13-set 06:00 Pesquisa ZEW (Expectativas) Set -- 4,6 -- 13-set 06:00 Variação de Empregos (A/A) 2T16 -- 1,4% -- 13-set 06:00 Variação de Empregos (T/T) 2T16 -- 0,3% -- 14-set 06:00 Produção Industrial Sazonalizada (M/M) Jul -- 0,6% -- 14-set 06:00 Produção Industrial WDA (A/A) Jul -- 0,4% -- 15-set 06:00 Balança Comercial Sazonalizada Jul -- 23,4B -- 15-set 06:00 IPC (A/A) Ago -- 0,2% -- 15-set 06:00 IPC (M/M) Ago -- -0,6% -- Fonte: Bloomberg Relevância: ALTA MÉDIA BAIXA
EUA Data Horário Indicador Referência Relevância Consenso Anterior Resultado 9-set 11:00 Estoques no atacado (M/M) Jul 0,1% 0,0% 0,00% 13-set 07:00 NFIB - Otimismo nos Pequenos Negócios Ago 94,8 94,6 -- 13-set 15:00 Orçamento mensal Ago -$96,5B -- -- 14-set 09:30 Índice de preços de importação (A/A) Ago -- -3,7% -- 14-set 09:30 Índice de preços de importação (M/M) Ago -0,1% 0,1% -- 15-set 09:30 Fed da Filadélfia - Panorama dos Negócios Set 2,0 2,0 -- 15-set 09:30 Fed de Nova York - Atividade Manufatureira Regional Set -1,00-4,21 -- 15-set 09:30 IPP (A/A) Ago 0,1% -0,2% -- 15-set 09:30 IPP (M/M) Ago 0,1% -0,4% -- 15-set 09:30 IPP exceto alimentos e energia (M/M) Ago 0,1% -0,3% -- 15-set 09:30 IPP exceto alimentos e energia (M/M) Ago 1,0% 0,7% -- 15-set 09:30 Novos pedidos de seguro-desemprego 10-set -- 259K -- 15-set 09:30 Saldo em conta corrente 2T16 -$119,4B -$124,7B -- 15-set 09:30 Seguro-desemprego 3-set -- 2144K -- 15-set 09:30 Vendas no Varejo (M/M) Ago 0,0% 0,0% -- 15-set 09:30 Vendas no Varejo exceto automóveis (M/M) Ago 0,3% -0,3% -- 15-set 09:30 Vendas no Varejo exceto automóveis e gás (M/M) Ago 0,3% -0,1% -- 15-set 10:15 Produção Industrial (M/M) Ago -0,2% 0,7% -- 15-set 10:15 Utilização da Capacidade Instalada na Indústria Ago 75,7% 75,9% -- 15-set 11:00 Estoques de empresas Jul 0,1% 0,2% -- 16-set 09:30 IPC (A/A) Ago 1,0% 0,8% -- 16-set 09:30 IPC (M/M) Ago 0,1% 0,0% -- 16-set 09:30 IPC exceto alimento e energia (A/A) Ago 2,3% 2,2% -- 16-set 09:30 IPC exceto alimentos e energia (M/M) Ago 0,2% 0,1% -- 16-set 11:00 Universidade de Michigan - Confiança do Consumidor Set 91,0 89,8 -- 16-set 17:00 TIC - Fluxo de compra e venda de ativos a longo prazo Jul -- -$3,6B -- Fonte: Bloomberg Relevância: ALTA MÉDIA BAIXA Fique de olho Indo às compras? Na próxima semana diversos países divulgarão seus dados referentes às vendas no varejo, como é o caso do Brasil, China e Estados Unidos. O dado é um importante indicador, já que é um componente de peso para o cálculo do PIB, por exemplo. À todo vapor? Outro importante indicador de vigor econômico é relativo à atividade industrial. Portanto, a divulgação dos dados da produção industrial nos Estados Unidos, China e Zona do Euro deve movimentar os mercados durante a semana também. Condicional, não temporal... Seguindo as últimas indicações do Banco Central, de que o início da queda nos juros depende mais de condições econômicas, todos os indicadores relativos aos fronts inflacionário e fiscal devem atrair o foco do investidor doméstico. Na próxima semana, estão previstos os dados relativos à coleta de impostos e a dívida pública federal.
Carteiras Recomendadas A queda observada no Ibovespa na sexta-feira (-3,7%) acabou puxando o índice para baixo no acumulado desta semana de quatro pregões no Brasil (-2,7%). Este movimento foi praticamente replicado nas carteiras recomendadas, que recuaram 2,3% (Arrojada), 3,6% (Dividendos) e 2,4% (Top 10). semana set/16 2016 Ibovespa -2,7% 0,2% 33,8% Ibx-50-2,7% 0,2% 32,1% Arrojada -2,3% 0,2% 27,7% Dividendos -3,6% -1,5% 33,9% Top 10-2,4% -0,1% 27,4% Top 10 Ativos Preço Preço-Alvo Upside Participação EV/EBITDA P/L Div. Yield Performance (R$) (%) Ibovespa Carteira 16E 17E 16E 17E 16E 17E set/16 semanal diária BBAS3 22,84 29,00 27,0% 2,8% 10,0% - - 9,3 6,4 3,2% 4,7% -1,6% -3,7% -5,3% PETR4 13,51 15,00 11,0% 5,3% 10,0% 6,3 5,6 8,5 5,7 0,0% 0,0% 5,1% -0,4% -5,0% VIVT4 47,07 54,00 14,7% 2,4% 10,0% 5,9 5,6 19,6 15,9 5,1% 6,3% -3,3% -5,3% -5,1% HYPE3 27,05 35,50 31,2% 1,0% 10,0% 10,5 9,5 26,5 17,1 0,9% 1,5% 3,6% -0,8% -3,2% BVMF3 16,93 24,00 41,8% 3,3% 10,0% 18,9 16,6 14,4 13,3 3,5% 5,6% -5,5% -5,8% -4,6% VVAR11 6,08 8,50 39,8% 0,0% 10,0% 22,1 10,5 neg neg - - -1,9% -1,9% -1,5% BRFS3 54,78 60,00 9,5% 4,3% 10,0% 12,2 9,1 30,3 14,4 1,3% 2,8% 1,7% 0,1% -2,2% TRPL4 65,87 89,00 35,1% 0,0% 10,0% 33,5 10,3-1,9 2,0% 1,1% -2,0% -3,1% -3,3% CESP6 13,36 17,80 33,2% 0,2% 10,0% 7,2 6,2 neg - - 1,7% -1,0% -2,1% -1,9% IGTA3 29,70 35,00 17,8% 0,0% 10,0% 13,6 12,7 34,7 23,3 0,5% 1,1% 3,5% -1,0% -1,8% Potencial da Carteira 26,1% 13,0 8,6 14,3 9,8 1,7% 2,5% -0,1% -2,4% -3,4% Fonte: Bradesco Corretora e Ágora Corretora Arrojada Ativos Preço Preço-Alvo Upside Participação EV/EBITDA P/L Div. Yield Performance (R$) (%) Ibovespa Carteira 16E 17E 16E 17E 16E 17E set/16 semanal diária PETR4 13,51 15,00 11,0% 5,3% 22,3% 6,3 5,6 8,5 5,7 0,0% 0,0% 5,1% -0,4% -5,0% CESP6 13,36 17,80 33,2% 0,2% 18,6% 7,2 6,2 neg - - 1,7% -1,0% -2,1% -1,9% HYPE3 27,05 35,50 31,2% 1,0% 20,6% 10,5 9,5 26,5 17,1 0,9% 1,5% 3,6% -0,8% -3,2% BVMF3 16,93 24,00 41,8% 3,3% 17,1% 18,9 16,6 14,4 13,3 3,5% 5,6% -5,5% -5,8% -4,6% TRPL4 65,87 89,00 35,1% 0,0% 21,4% 33,5 10,3-1,9 2,0% 1,1% -2,0% -3,1% -3,3% Potencial da Carteira 27,3% 13,9 8,2 7,9 6,2 1,2% 1,8% 0,2% -2,3% -3,6% Fonte: Bradesco Corretora e Ágora Corretora Dividendos Ativos Preço Preço-Alvo Upside Participação EV/EBITDA P/L Div. Yield Performance (R$) (%) Ibovespa Carteira 16E 17E 16E 17E 16E 17E set/16 semanal diária ABEV3 19,75 20,00 1,3% 8,0% 21,13% 13,0 11,6 21,1 18,7 4,6% 5,2% 2,9% -0,5% -1,3% VIVT4 47,07 54,00 14,7% 2,4% 20,00% 5,9 5,6 19,6 15,9 5,1% 6,3% -3,3% -5,3% -5,1% ABCB4 14,11 16,00 13,4% 0,0% 20,61% - - 6,3 6,0 8,0% 8,4% -1,7% -3,4% -1,5% BVMF3 16,93 24,00 41,8% 3,3% 18,96% 18,9 16,6 14,4 13,3 3,5% 5,6% -5,5% -5,8% -4,6% TIET11 16,70 17,70 6,0% 0,0% 19,29% 7,5 6,5 14,4 11,4 6,9% 3,5% 0,0% -3,2% -2,1% Potencial da Carteira 15% 9,0 8,0 15,2 13,1 5,6% 5,8% -1,5% -3,6% -2,9% Fonte: Bradesco Corretora e Ágora Corretora
Projeções Econômicas Projeções Econômicas Ano 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016E 2017E Crescimento Real do PIB (%) -0,3 7,5 2,7 1,0 2,5 0,1-3,8-3,0 1,3 Taxa de câmbio - Final (R$/US$) 1,74 1,67 1,88 2,04 2,34 2,66 3,90 3,25 3,60 IPCA (% aa) 4,31 5,90 6,50 5,84 5,90 6,40 10,70 7,20 5,00 IGP-M (% aa) -1,72 11,30 5,10 7,82 5,50 3,70 10,50 8,70 5,00 Produção Industrial (%) -7,3 10,5 0,3-2,7 2,3-3,2-8,2-6,5 2,0 Meta SELIC - Final (%) 8,75 10,75 11,00 7,25 10,00 11,75 14,25 13,75 11,00 Juros reais - SELIC/IPCA (%) 5,4 3,7 4,8 2,5 2,4 4,2 2,1 6,3 7,0 Saldo comercial (US$ bilhões) 25,3 20,2 29,8 19,4 2,6-6,1 17,7 51,1 56,6 Saldo em conta corrente (US$ bilhões) -24,3-47,4-52,3-54,2-81,4-103,6-58,9-10,0 9,0 Superávit primário (% do PIB) 2,0 2,8 3,1 2,4 1,9-0,6-1,9-2,4-1,9 Dívida líquida total (% do PIB) 42,1 39,1 36,4 35,3 33,6 33,1 36,2 46,0 54,7 Fonte: Bradesco Corretora e Ágora Corretora
Este relatório foi preparado pelas equipes de análise de investimentos da Ágora Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. ( Ágora ) bem como da Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários ( Bradesco Corretora ), sociedades controladas pelo Banco Bradesco BBI S.A. ( BBI ). O presente relatório se destina ao uso exclusivo do destinatário, não podendo ser, no todo ou em parte, copiado, reproduzido ou distribuído a qualquer pessoa sem a expressa autorização da Ágora e da Bradesco Corretora. Este relatório é distribuído somente com o objetivo de prover informações e não representa uma oferta de compra e venda ou solicitação de compra e venda de qualquer instrumento financeiro. As informações contidas neste relatório são consideradas confiáveis na data de sua publicação. Entretanto, as informações aqui contidas não representam por parte da Ágora ou da Bradesco Corretora garantia de exatidão dos dados factuais utilizados. As opiniões, estimativas, projeções e premissas relevantes contidas neste relatório são baseadas em julgamento do(s) analista(s) de investimento envolvido(s) na sua elaboração ( analistas de investimento ) e são, portanto, sujeitas a modificações sem aviso prévio em decorrência de alterações nas condições de mercado. Declarações dos analistas de investimento envolvidos na elaboração deste relatório nos termos do art. 17 da Instrução CVM 483: O(s) analista(s) de investimento declara(m) que as opiniões contidas neste relatório refletem exclusivamente suas opiniões pessoais sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Ágora, à Bradesco Corretora, ao BBI e demais empresas do Grupo Bradesco. A remuneração do(s) analista(s) de investimento está, direta ou indiretamente, influenciada pelo resultado proveniente dos negócios e operações financeiras realizadas pela Ágora, Bradesco Corretora e BBI. Declarações nos termos do art. 18 da Instrução CVM 483, referentes às empresas cobertas pelos analistas de investimento da Ágora e Bradesco Corretora: O Banco Bradesco S.A. tem participação acionária indireta, por meio de suas subsidiárias, acima de 5% nas empresas: Cielo S.A., Fleury S.A., IRB Brasil Re. A BRADESPAR S.A., cujo grupo controlador é composto pelos mesmos acionistas que controlam o Bradesco, tem participação acima de 5% na VALE S.A.. Ágora, Bradesco Corretora, Bradesco BBI e demais empresas do grupo Bradesco têm interesses financeiros e comerciais relevantes em relação ao emissor ou aos valores mobiliários objeto de análise. O Bradesco BBI está participando como instituição intermediária na Oferta Pública de Aquisição de Ações Ordinárias (OPA) da Alpargatas S.A.. Nos últimos 12 meses, o Bradesco BBI participou como coordenador nas ofertas públicas de distribuição de títulos e valores mobiliários das companhias: Comgás, Vale, Valid, Metalúrgica Gerdau, Rumo Logística e Energisa. Nos últimos 12 meses, a Ágora e/ou a Bradesco Corretora participaram, como instituições intermediárias, das ofertas públicas de títulos e valores mobiliários das companhias: AES Tietê, Comgás, Vale, EDP Energias do Brasil e Energisa. A Bradesco Corretora recebe remuneração por serviços prestados como formador de mercado de ações da Alpargatas (ALPA4), General Shopping (GSHP3) e Helbor (HBOR3).
ANÁLISE DE INVESTIMENTOS Diretor de Research Daniel Altman daltman@bradescosecurities.com Economista-chefe Dalton Gardimam dalton@bradescobbi.com.br Estrategista de Análise Varejo Jose Francisco Cataldo Ferreira +55 21 2529 0808 Cataldo@bradescobbi.com.br Analista de Investimentos Sênior Aloisio Villeth Lemos +55 21 2529 0807 aloisio.lemos@agorainvest.com.br Analista de Investimentos Ricardo Faria França +55 11 2178 4202 ricardo.franca@bradescobbi.com.br Marcus Sena, CFA +55 11 2178 4126 marcus.sena@bradescobbi.com.br Renato Cesar Chanes +55 11 2178 4063 renato.chanes@bradescobbi.com.br Analista Gráfico Maurício A. Camargo +55 11 2178 4213 mauricio.a.camargo@bradescobbi.com.br Assistentes de Análise Flávia Andrade Meireles +55 11 2178 4210 flavia.meireles@bradescobbi.com.br BRADESCO CORRETORA Área Comercial PRIME/VAREJO corretora@bradescobbi.com.br +55 11 2178-5710 Thiago Gabriel de Paula Carla Helena Bontempo Otero Carla Rachel Queiroz de Carvalho Mariana Dias da Silva Marina Neves Almeida Sarai Elizabeth Vega Molina Sonia Regina Gomes Moura Costa Mesa de Operações BM&F/VAREJO bmfvarejo@bradescobbi.com.br Mesa de Operações BM&F mercadofuturo@bradescobbi.com.br +55 11 3556-3350 Home Broker faq@bradescobbi.com.br +55 11 2178-5757 Mesa Alta Renda +55 11 3556-3000 Espaços Bradesco Corretora Acesse o site da Bradesco Corretora e encontre o atendimento mais próximo de você.