QUESTÕES DE CONSUMO E CULTURA DE MODA

Documentos relacionados
FONTES DE P ESQUI SA COMO ESTUDAMOS E ESCREVEMOS A HI STÓRI A DA MODA

CULTURA DE MODA. Objetivo. Tópicos. Analizar os conceitos de Cultura, acompanhado a mudança do seu significado.

MODA E MUSEU. Objetivo. Tópicos

HI STÓRI A DA MODA. A Moda seria um projeto extremamente bem sucedido fomentado e fomentador da padronização do oscilante hábito de consumo humano.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE ARTES VISUAIS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CULTURA VISUAL MESTRADO PLANO DE ENSINO DISCIPLINA: EMENTA

Código: BAC 775 BAC 821

O caso do vestido e a biografia cultural das roupas

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE ARTES VISUAIS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CULTURA VISUAL MESTRADO PLANO DE ENSINO DISCIPLINA: EMENTA

CULTURA MATERI AL, A I MAGEM E O DI SCURSO DE MODA

Universidade Federal Fluminense Instituto de História Profª. Renata Meirelles Disciplina: Historiografia

Estudar e pesquisar roupas e tecidos no Brasil

Roupas e tecidos notas sobre moda e cultura material

FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS 81 PRIMEIRO CICLO DA ÁREA DE CIÊNCIAS SOCIAIS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Programa de Pós Graduação em Economia Especialização em Economia da Cultura

Apresentação do programa da disciplina. O que é a história ou o que foi a história? História e historicidade: começos gregos. Aula expositiva.

% #0$ >&"'/ &%C$99%& - $> F%&(99$> (/('9 #8# D,+ $= %E=C-$ 5"#7$ "" 9$8 #0$ 0 $8 "B & 7$6, 8# D=+)! $ 9$8 B & 7$6 8# D=, $=

Carga Horária das Disciplinas e Atividades Acadêmicas

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

CURSO ANO LETIVO PERIODO/ANO Licenciatura Plena em História REGIME DISCIPLINA CARGA HORÁRIA História Contemporânea

ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO AO DIREITO DA MODA PROPRIEDADE INTELECTUAL DA MODA DIREITO AUTORAL NA MODA TRADE DRESS...

PROGRAMA CURSO MAK132 ARTE MODERNA E CONTEMPORÂNEA NO ACERVO DO MAC-USP

7. Referências Bibliográficas

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

Tabela 25 Matriz Curricular do Curso de História - Licenciatura

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

HH 057 Ementa: Pensar os séculos XX e XXI (1914/2005)

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

APRESENTAÇÃO. Sugestões e críticas serão bem aceitas para o fortalecimento do nosso trabalho. Serviço de Biblioteca e Informação Científica (SBIC)

CULTURA MATERIAL: escolhas metodológicas para o estudo de saias estampadas do século XIX

PROGRAMA DE DISCIPLINA Sociedade, Cultura e Desenvolvimento Regional

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Conteúdo programático: 1-Discutindo conceitos de cultura e de práticas culturais. 2-Sociedade, civilização e costumes: entre a História Cultural e a S

DISCIPLINA: Idéias, intelectuais, textos e contextos. PROF: João Marcelo E. Maia EMENTA:

Tópicos Especiais em Museologia I 60 4

Disciplina: Educação Patrimonial I. Curso: Bacharelado. Profa. Márcia Janete Espig. Cronograma 2013/2: Calourada promovida pela Reitoria.

Revolução ou evolução?

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D O R E C Ô N C A V O D A

IV LEIS DE INCENTIVO E FINANCIAMENTO À CULTURA

Há cinquenta anos, as revoltas urbanas do que ficou conhecido como Maio de 1968 sacudiram a França e, no mundo todo, uma chama de esperança se

Autorizado pela Portaria MEC nº 433 de , DOU de

1. Conhecer o quadro sociopolítico e ideológico do conceito de Património e sua evolução;

PROGRAMA DA DISCIPLINA: II - EMENTA: Conhecer os desafios enfrentados pelo profissional no que se refere às atividades práticas da Arquivologia.

3 Evolução desenvolvimento, transformismo-fixismo e questões contemporâneas

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Carga Horária Total: 105 hs (Práticas como Componentes Curriculares= 20 hs)

Programa Analítico de Disciplina HIS120 História Antiga

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de São Paulo. Curso 01MRE09 - Bacharelado em Música - Habilitação em Regência. Ênfase

TÍTULO: A PRESENÇA DO PENSAMENTO POSITIVISTA NA HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA E A SEUS IMPACTOS NA CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA NACIONAL

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA. Disciplina: Sociologia Política

Disciplina: EPISTEMOLOGIA DAS CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DA DISCIPLINA:

DEPTO. CIÊNCIAS ECONÔMICAS - CIE

OBJETIVOS O objetivo do curso é apresentar e problematizar os seguintes temas:

PROGRAMA DA DISCIPLINA:

Ou Primeira Revolução Industrial Ou Revolução Industrial Inglesa.

Código: C. H. Semanal: 02 C. H. Anual: 55 C. H. Teórica: 45 C. H. Prática: 10

Programa de Ensino. Disciplina: Espaços Museais e Arquitetura de Museus Código: Período: Turno: 18:50-20:20hs 20:30-22:00hs. Ementa da Disciplina

Aula 2_museologia como disciplina e como fenômeno cultural

A invenção e a institucionalização do moderno paradigma de História nos séculos XIX e XX

PLANO DE ENSINO. Sociologia Urbana, atores sociais e internacionalização das cidades

Brinquedo de miriti e a representação idealizada do corpo: questões para o currículo

Disciplina: História Contemporânea I. Créditos: 04. Carga Horária: Ementa

Tópicos em Antropologia: ANTROPOLOGIA DO GÊNERO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA (DAE) PLANO DE CURSO Tópicos Especiais II - PAP 521

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

A recepção televisiva em pesquisas historiográficas: apontamentos teóricos-metodológicos

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS DEPARTAMENTO DE ORGANIZAÇÃO E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO DISCIPLINAS DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO

PROGRAMA DA CIÊNCIA POLÍTICA II

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, CONTABILIDADE E ATUÁRIA DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

EMENTA Problemas de teoria e método em Sociologia da Cultura e História Social da Arte. Produção artística, cultural e intelectual.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

A memória das roupas The memory of clothes

Minicurso livre: Aspectos Filosóficos da Sociologia Clássica: Durkheim, Weber e a filosofia de Kant:

ABRIL 2012 MONOGRAFIAS

difusão cdie bibliográfica Publicações julho 2018 centro de documentação e informação em educação

Universidade Católica Instituto de Estudos Políticos HISTÓRIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS. João Marques de Almeida

4253 CULTURA AFRO-BRASILEIRA V U C. Sociais quarta-feira MARKETING ELEITORAL V U C. Sociais segunda-feira 11

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE 042 CENTRO DE COMUNICAÇÃO E LETRAS PLANO DE ENSINO CÓD. DISC. DISCIPLINA ETAPA CH SEM CH TOTAL SEM/ANO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SÓCIO-ECONÔMICAS E HUMANAS DE ANÁPOLIS

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS EM ECONOMIA POLÍTICA

Ficha de Unidade Curricular

IPV.ESTG Volume de Trabalho Total (horas): 106 Total Horas de Contacto: 51 T TP P OT Competências

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Centro de Filosofia e Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em História

CURSO DE HISTÓRIA UNEB/CAMPUS VI (Caetité-BA) EMENTÁRIO

Universidade de Brasília Departamento de Filosofia Filosofia Contemporânea Prof. Priscila Rufinoni

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

PLANO DE ENSINO OBJETIVOS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

PLANO DE ENSINO. Flávia de Mattos Motta

Saias de crioula: a roupa como cultura material.

1. Justificativa e concepção geral

Designação da Disciplina: Representações Sociais do Corpo Humano. Domínio Específico ( ) Domínio Conexo ( x )

NOME DA DISCIPLINA: FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E SÓCIO-HISTÓRICOS

Universidade Federal de São Carlos

Transcrição:

QUESTÕES DE CONSUMO E CULTURA DE MODA Objetivo Mostrar como o consumo e a Cultura de Moda estão associados, sendo, hoje, complemento um do outro. Tópicos 1 Entre a Cultura e o Consumo

1 Entre a Cultura e o Consumo Por muito tempo, a idéia de consumo ficou associada ao ato de comprar. Assim, consumir estava muito mais próximo do universo feminino do que do masculino, porque no imaginário moderno do século XIX (Revolução Industrial), ao homem burguês caberia trabalhar para que a mulher pudesse exercer o poder familiar através da compra e exibição de bens (de moda) em sociedade. Ainda hoje, essa noção popularizada de consumir não está muito distante daquela do século XIX e, basicamente, ainda entendemos que enquanto consumidores somos essencialmente compradores. Aliás, de poucos anos para cá, passamos a ser tratados como consumidores, e vimos crescer e sofisticar se as classificações para determinados tipos de comportamento ligado ao consumo. Somos classificados, por exemplo, por classe social (consumidor da classe A, B, C, etc.), ou por estilo de vida (consumidor antenado, moderno, contemporâneo). Há ainda muitas outras formas pelas quais somos estereotipados, seja vulgarmente, seja em estudos econômicos e de marketing. Até mesmo novas disciplinas surgiram para tentar dar conta deste universo imenso e disforme do consumo. Em Direito, vimos o amadurecimento do Direito do Consumidor ; em marketing, vieram estudos sobre o Comportamento do Consumidor. O maior avanço nesta área, porém, tem sido a recente inclusão de fatores culturais na compreensão do comportamento humano ligado ao consumo. Ou seja, além de considerarmos índices econômicos e sociais, estamos considerando também aspectos mais subjetivos que influenciam nossas relações com as coisas que produzimos, compramos e usamos. Em nossas experiências pessoais, é fácil identificarmos situações que escapariam aos índices de consumo e que afetam a forma como consumimos produtos. Você já deve ter usado, por exemplo, alguma peça de roupa que pertenceu à sua avó ou à sua mãe, ou até mesmo a algum amigo querido. O consumo não termina no ato da compra nem se resume a ele. Consumimos coisas que não compramos, modificamos aquelas compradas quando queremos dar uma cara mais pessoal a elas, transformamos objetos funcionais em objetos decorativos ou conferimos a eles outras funções (lembra se do Bombril e suas mil e uma utilidades?). Isto é, há uma infinidade de aspectos mais sensíveis e menos prontamente mensuráveis que estão presentes nas relações de consumo. A consideração de que aspectos culturais são essenciais para a compreensão de consumo, comportamento, moda e estilo de vida não aconteceu de uma hora para outra, assim como não foi facilmente aceito por disciplinas acadêmicas arraigadas em seu passado cartesiano positivista, em que cada coisa deveria ficar em seu lugar. Para estudarmos esses aspectos culturais, precisamos considerar uma gama de assuntos que são tradicionalmente tratados por áreas como História, Antropologia, Sociologia e Política, Artes, etc. Por muito tempo, contudo, cada uma dessas áreas habituou se a estudar aspectos mais ou menos puros que pertencessem a seus domínios. Assim, a História tratou de acontecimentos históricos como guerras, reinados e revoluções; a Antropologia concentrou se nos modos de viver do homem; e as Artes debruçaram se sobre as técnicas, as obras primas e os grandes mestres. É claro que, dito desse modo, parece que cada uma dessas disciplinas lidou apenas com aspectos formais de suas áreas e que não houve influência de uma sobre a outra, o que não é absolutamente verdade.

Acontece, no entanto, que essas áreas ficaram isoladas para que pudessem se dedicar à construção de conhecimento, compilando informações e dados e criando saber. Como a cultura depende da interdisciplinaridade para ser percebida enquanto tal, estudos culturais ficaram relegados à marginalidade ou aos cronistas e críticos sociais que não eram tidos como homens de saber. Antes de prosseguirmos com as questões de consumo, vamos ver melhor o que entendemos por cultura e qual sua importância na era moderna. Será o assunto da nossa próxima aula. 2 Saiba Mais Nos séculos XVII e XVIII vimos a constante transformação de uma manufatura que fez crescer a escala de produção e consumo de moda na Europa e nas Américas. Foi necessário nesse período aperfeiçoar o maquinário que tornava possível a criação cada vez mais luxuosa da moda. Novas máquinas de fiar, teares e processos de tingimento foram desenvolvidos. A primeira maquina de fiar que teve grande difusão industrial foi a de HARGREAVES, construída entre 1764 1767 e chamada de Jenny. Um único operário passou a operar vários fusos. Começou com 8 fusos, passou para 16, depois para 80 e muito mais Como conseqüência: diminuiu o preço do tecido; tirou da mulher a exclusividade de lidar com a fiação. 3 Bibliografia ANDRADE, Rita. A Roupa como documento histórico uma nova abordagem em estudos sobre Moda in Espaço Crítico (www.modabrasil.com.br), abril de 2001. APPADURAI, Arjun (ed.). The Social Life of Things. Commodities in cultural perspective. Cambridge University Press, 1986. ATTFIELD, Judy. Wild Things. The material culture of everyday life. Berg, 2000.

BOUCHER, François. Histoire du Costume. Paris: Flammarion, 1996. BURKE, Peter. A Escola dos Annales 1929 1989. A revolução francesa da historiografia. São Paulo: Unesp, 1997. CALEFATO, Patrizia. Fashion and Worldliness: Language and Imagery of the Clothed Body in Fashion Theory, Volume 1, Issue 1, 1997, p.69 90. CEVASCO, Maria Elisa. Dez Lições sobre Estudos Culturais. São Paulo: Boitempo, 2003. DURAND, José Carlos. Moda, luxo e economia. Editora Babel Cultural, 1988. Fashion Theory a revista da moda, corpo e cultura. GUARNIERI, Waldisa Rússio. Museu, Museologia, Museólogos e Formação in Revista de Museologia. São Paulo, Instituto de Museologia de São Paulo, 1989, v.1, n.1, pp.7 11. HALL, Stuart et alli. Culture, Media, Language. Londres: Hutchinson, 1980. HOBSBAWM, Eric & RANGER, Terence. A invenção das tradições. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. HOGGARTH, Richard. As utilizações da cultura. Trad. M.C. Cary. Lisboa: Presença, 1973. HORTA, Maria de Lourdes Parreiras (et al). Guia Básico de Educação Patrimonial. Brasília: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Museu Imperial, 1999. KELLNER, Douglas. Jean Baudrillard. From Marxism to Postmodernism and Beyond. Stanford: Stanford University Press, 1989. LAVER, James. A Roupa e a Moda. São Paulo: Cia das Letras, 1996. MAROTTA, Cláudia Otoni de Almeida. O que é História das Mentalidades (Coleção Primeiros Passos). São Paulo: Brasiliense, 1991. McCRACKEN, Grant. Culture and Consumption. Indiana University Press, 1990. MILLER, Daniel (ed.). Material Cultures. Why some things matter. Londres: University College London, 1998. PALMER, Alexandra. New Directions: Fashion History Studies and Research in North America and England in Fashion Theory. Berg: 1997, volume 1, issue 3, pp. 297 312. PASTOUREAU, Michel. O pano do diabo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1991. PROWN, Jules. Mind in matter: an introduction to material culture theory and method in PEARCE, Susan M. (ed.) Interpreting Objects and Collections. Londres: Routledge, 1994, p. 133 138. RIBEIRO, Berta G. Cultura Material: objetos e símbolos in Ciência em Museus. Volume 2, outubro/1990, pp.17 26. ROCHE, Daniel. História das Coisas Banais. Nascimento do consumo séc. XVII XIX. Trad. Ana Maria Scherer. Rio de Janeiro: Rocco, 2000. ROCHE, Daniel. The Culture of Clothing. Dress and Fashion in the Ancien Regime. Cambridge University Press, 1994 (1a ed. francesa 1989).

STALLYBRASS, Peter. O casaco de Marx. Roupas, memória, dor. Trad.Tomaz Tadeu da Silva. Belo Horizonte: Autêntica, 2000. STEELE, Valerie. A Museum of Fashion Is More Than a Clothes Bag in Fashion Theory. Berg: 1998, volume 2, issue 4, pp. 327 336. SUANO, Marlene. O Que é Museu. (Coleção Primeiros Passos). São Paulo: Brasiliense, 1986, p.35 49. TAYLOR, Lou. The Study of Dress History. Manchester University Press, 2002. WILLIAMS, Raymond. Cultura e Sociedade, 1780 1950. Trad. Leonidas H.B. Hegenberg. São Paulo: Nacional, 1969.