GRUPO DE PESQUISA EDUCAÇÃO E CIBERCULTURA LEITURA DE OBRA. SANDRO DE OLIVERA dez. 2012

Documentos relacionados
A EMERGÊNCIA DE UM GRUPO DE TRABALHO EM FILOSOFIA DA TECNOLOGIA E DA TÉCNICA 1

FILOSOFIA DA TECNOLOGIA: um convite 3ª edição

Desbravando a tecnologia

O CONCEITO DE TÉCNICA EM ORTEGA Y GASSET, MARTIN HEIDEGGER E ÁLVARO VIEIRA PINTO

Didática Aplicada ao Ensino de Ciências e Biologia

Objeto de estudo da Psicologia. Comportamentos Atitudes Opiniões/Perceções Conhecimentos Emoções Valores Significados

CORRENTES E CORRENTEZAS. O LUGAR DE HEIDEGGER NO ÂMBITO DA FILOSOFIA DA TECNOLOGIA

Roteiro 16. Livre-arbítrio. FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita Programa Filosofia e Ciência Espíritas

UFMG Universidade Federal de Minas Gerais FaE Faculdade de Educação OFERTA DE DISCIPLINAS OPTATIVAS 2013/1º DAE CÓDIGO DISCIPLINA TURNO PROFESSOR(A)

Unidade 2: História da Filosofia. Filosofia Serviço Social Igor Assaf Mendes

Tempo Histórico na Teoria de Reinhart Koselleck

PLANO DE ENSINO ( X ) OBRIGATÓRIA ( ) OPTATIVA. DEPARTAMENTO: Departamento de Filosofia e Métodos. Semestre Letivo: ( X ) Primeiro ( ) Segundo

As raízes filosóficas das teorias educacionais: as implicações nas distintas perspectivas pedagógicas

PRODUÇÃO NO CIBERESPAÇO: UMA QUESTÃO DIALÓGICA

Walter Benjamin: uma análise filosófica do cinema

1ª Série. 2MUT041 CANTO CORAL I Montagem e Apresentação de Repertório coral de estilos e gêneros variados.

II. Metodologia: 2.1. Desenvolvimento das seções. a) Explanação inicial do conteúdo pelo professor

A Dança das Nações em CT&I

AGRUPAMENTDE ESCOLAS DE CARVALHOS. Planificação Filo sofia 10º ano. Iniciação à atividade filosófica O que é a filosofia?

Plano de Ensino. EMENTA (parte permanente) PROGRAMA (parte variável)

SÍNTESE PROJETO PEDAGÓGICO

BIOGRAFIA SANDRO ROBERTO VALENTINI

Introdução aos Estudos Geográficos

Disciplina: Novas Lógicas e Literacias Emergentes no Contexto da Educação em Rede:

FILOSOFIA. DISCIPLINA: História da Filosofia Antiga

A pesquisa articulando a graduação e a pós-graduação: a centralidade da pesquisa no processo de formação do sujeito

Reflexões sobre o caráter ambíguo e controverso da tecnologia

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO REITORIA. Avenida Rio Branco, 50 Santa Lúcia Vitória ES

Pensamento do século XIX

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO DOM TIAGO RYAN

Paradigmas filosóficos e conhecimento da educação:

O DIÁLOGO ENTRE LITERATURA E FILOSOFIA NA FICÇÃO BRASILEIRA DO SÉCULO XX

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESTRUTURA CURRICULAR CURSO: PSICOLOGIA HORÁRIA 1 SEMESTRE 2 SEMESTRE 3 SEMESTRE

As concepções do Ser humano na filosofia contemporânea

Universidade Federal de São Carlos

Hermenêutica e humanização:

Organização do Trabalho Científico PPGCC

4253 CULTURA AFRO-BRASILEIRA V U C. Sociais quarta-feira MARKETING ELEITORAL V U C. Sociais segunda-feira 11

Filosofia da história

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE COLÉGIO DE APLICAÇÃO

Prof. Msc. Carlos Alberto Frias Junior. UFMA Universidade Federal do Maranhão

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ PORTARIA Nº40, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2018

EMENTÁRIO MATRIZ CURRICULAR 2014 PRIMEIRO SEMESTRE

SANTA CATARINA E A PROPOSTA CURRICULAR: em pauta os projetos educacionais populares

AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2015/2016 FILOSOFIA 10º ANO PLANIFICAÇÃO ANUAL

1ª Série. 2MUT041 CANTO CORAL I Montagem e Apresentação de Repertório coral de estilos e gêneros variados.

O Liberalismo Clássico. Benedito Silva Neto Teorias e experiência comparadas de desenvolvimento PPPG DPP

Lista de disciplinas, professores e horários do PPGEL para o segundo semestre de 2015

Georg Wilhelm Friedrich HEGEL ( )


O nascimento da Sociologia. Sociologia Profa. Ms. Maria Thereza Rímoli

AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2017/2018 FILOSOFIA 10º ANO PLANIFICAÇÃO ANUAL

nha Resenha vro de livro

O Estado da Arte das medidas de crescimento Ricardo Andrade Brandão

LINHAS DE PESQUISA OBJETO PROJETO CONTEÚDO

Bases Epistemológicas do Movimento Humano, Cultura e Educação

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ MAURÍCIO FERNANDO BOZATSKI

A Teoria Crítica e as Teorias Críticas

CURRÍCULO PLENO 1.ª SÉRIE CÓDIGO DISCIPLINAS TEOR PRAT CHA PRÉ-REQUISITO ANTROPOLOGIA CULTURAL E DESENVOLVIMENTO HUMANO

Pela causa Pública. André Barata.

A Emergência da Teoria Crítica da Tecnologia de Adrew Feenberg. Para uma Concepção Democrática da Tecnologia

Pensar de modo autônomo e A filosofia, a curiosidade e o Capítulo 1: Decifra-me ou te devoro

Flexibilização curricular no Chile VERÓNICA SALGADO. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. CHILE

4. ESTRUTURA CURRICULAR CURRÍCULO PLENO. Tabela 15: curso de Licenciatura em Artes Visuais

AS LUZES DA CIVILIZAÇÃO: ROUSSEAU E VOLTAIRE, DA LINGUAGEM FICCIONAL À INTERPRETAÇÃO DO MUNDO HISTÓRICO *

SUMÁRIO. Introdução Uma Geografia Nova? Um Projeto Ambicioso Um Risco Necessário Primeira Parte A CRÍTICA DA GEOGRAFIA

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE. Aulas 2, 3, 4 e 5 Avaliação 1 Joyce Shimura

ADM Administração para Engenharia. Prof. Henrique

A FORMAÇÃO EM SAÚDE SOB A ÓTICA DO PARADIGMA VITALISTA: VIA DE ENTRADA EM UM MUNDO NOVO. Maria Inês Nogueira

colégio santo américo prosa

ROMANTISMO E IDEALISMO (Século XIX)

História da Matemática: uma prática social de investigação em construção. (Antônio Miguel, Maria Ângela Miorim, Educação em revista, 2002).

História e Filosofia da Ciência ERNST MAYR

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Programa de Pós-graduação em Agroecossistemas (Doutorado e Mestrado Acadêmico)

Segundo Encontro Educação e Desigualdades Raciais no Brasil

CIBERDEMOCRACIA: POSSIBILIDADE OU UTOPIA?

IMPORTÂNCIA DE PORTUGAL NA HISTÓRIA DA CONTABILIDADE DO BRASIL A HISTÓRIA DA CONTABILIDADE É AQUELA DE SUA CULTURA

O pensamento sociológico no séc. XIX. Sociologia Profa. Ms. Maria Thereza Rímoli

Universidade Federal de São Paulo Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em Educação SÚMULA CURRICULAR

Terceira circular XI ENCONTRO DE FILOSOFIA E HISTÓRIA DA CIÊNCIA DO CONE SUL

Resenha de Cecília de Sousa Neves 1

Pedagogia. 1º Semestre. Filosofia e Educação ED0003/ 60h

A Sociologia da Ciência. Os imperativos institucionais da Ciência R. K. Merton

1.1 Os temas e as questões de pesquisa. Introdução

1ª Fase PROVA OBJETIVA FILOSOFIA DO DIREITO

FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS 81 PRIMEIRO CICLO DA ÁREA DE CIÊNCIAS SOCIAIS

O CONSTRUTIVISMO NA SALA DE AULA PROFA. DRA. PATRICIA COLAVITTI BRAGA DISTASSI - DB CONSULTORIA EDUCACIONAL

Desafios que se colocam ao Ensino Universitário no século XXI uma reflexão a partir de várias vozes.

A História da Psicologia Social

A Modernidade e o Liberalismo Clássico. Profs. Benedito Silva Neto e Ivann Carlos Lago Teorias e experiências comparadas de desenvolvimento PPPG DPP

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Relatório Perfil Curricular

Falseamento da realidade. Karl Marx IDEOLOGIA. Visão de mundo. Gramsci. Aparelhos ideológicos. Louis Althusser

A HISTÓRIA É UM PROBLEMA ÉTICO

CESAR, Constança Marcondes. Filosofia da cultura Grega. São Paulo: Idéias Letras, 2008, TÍTULO Sidnei Francisco do Nascimento [a]

RESENHA. LOWE, E. J. A Survey of Metaphysics. Oxford: Oxford University Press, 2002, 416 pp.

GESTÃO EM SAÚDE. Teorias da Administração. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira

Estética. O belo e o feio

A crítica analítico-lingüística de E. Tugendhat à noção de comportamento consigo mesmo de Heidegger

SOCIOLOGIA. Texto Elaborado por Rafael Barossi

Transcrição:

GRUPO DE PESQUISA EDUCAÇÃO E CIBERCULTURA LEITURA DE OBRA SANDRO DE OLIVERA dez. 2012

FILOSOFIA DA TECNOLOGIA: UM CONVITE REFERÊNCIAS: CUPANI, Alberto. Filosofia da tecnologia: um convite. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2011.

ALBERTO CUPANI Doutor em Filosofia pela Universidade Nacional de Córdoba, Argentina, em 1974. Estágios de Pós-doutorado no Canadá (McGill University; 1989), Alemanha (Universidade de Frankfurt, 1989) e França (Un. de Paris 7, 1994-95). Professor titular do Departamento de Filosofia da UFSC desde 1987; área de pesquisa: Filosofia da Ciência.

ALBERTO CUPANI

ESTRUTURA DA OBRA Cap. 1: Tecnologia: uma realidade complexa Cap. 2: Estudos clássicos Cap. 3: A visão do historiador Cap. 4: Filosofia analítica da tecnologia Cap. 5: Filosofia fenomenológica da tecnologia Cap. 6: Tecnologia e poder Cap. 7: Natureza do conhecimento tecnológico Cap. 8: O impacto da tecnologia nas culturas Cap. 9: A questão do determinismo tecnológico

FILOSOFIA DA TECNOLOGIA É antiga enquanto reflexão filosófica e nova enquanto disciplina - surgiu na 2ª metade do séc XX; Encerra questões (éticas, estéticas, epistemológicas) que devem ser estudadas pela Filosofia e pelas outras áreas do conhecimento; No Brasil ainda não desperta muito interesse dos estudantes (particularmente da Filosofia); O livro convida o estudante a conhecer a FT.

CAPÍTULO 1 TECNOLOGIA: UMA REALIDADE COMPLEXA

TECNOLOGIA: UMA REALIDADE COMPLEXA O que é tecnologia? Complexidade e diversidade das definições propostas pelos filósofos (p.15); Definições de Mitcham (1994), Heidegger (1997), Bunge (1985), Borgmann (1984), Ellul (1964), Feenberg (2002), entre outros (p.15-16);

TECNOLOGIA: UMA REALIDADE COMPLEXA Quatro dimensões (manifestações) da tecnologia (Mitcham, 1994): objetos, modo de conhecimento, forma de atividade, volição (p.16). Âmbito acadêmico: a FT aparece nos congressos de filosofia a partir da década de 1950 (p.28).

CAPÍTULO 2 ESTUDOS CLÁSSICOS

ESTUDOS CLÁSSICOS José Ortega y Gasset: Meditación de la técnica (1939); técnica: *...+ a reforma que o homem impõe à natureza em vista da satisfação das suas necessidades. (p.32); Martin Heidegger: A questão da técnica (1953); a técnica (moderna) é ao mesmo tempo desabrigar (desocultar) e desafiar a Natureza (p.42).

ESTUDOS CLÁSSICOS Arnold Gehlen: A alma da época técnica (1957); técnica: as capacidades e meios pelos quais o homem põe a Natureza ao seu serviço *...+ para controlá-la e explorá-la (p.48); Gilbert Simondon: Sobre o modo de existência dos objetos técnicos (1958); os objetos técnicos fazem parte do mundo em que o ser humano cresce e se forma *...+. (p.67).

CAPÍTULO 3 A VISÃO DO HISTORIADOR

A VISÃO DO HISTORIADOR Lewis Mumford: Technics and civilization (1934) e The myth of the machine (1967 e 1970); uma história do progressivo desenvolvimento tecnológico da espécie humana (p.73); o homem deve ser entendido como Homo Sapiens e não como Homo Faber (p.85).

CAPÍTULO 4 FILOSOFIA ANALÍTICA DA TECNOLOGIA

FILOSOFIA ANALÍTICA DA TECNOLOGIA Mario Bunge; técnica: o controle ou a transformação da Natureza pelo homem utilizando conhecimentos pré-científicos (p.93); tecnologia: técnica de base científica surgida a partir do séc XVIII (p.93); tecnologia: condição para aceleração do progresso humano (p.95).

CAPÍTULO 5 FILOSOFIA FENOMENOLÓGICA DA TECNOLOGIA

FILOSOFIA FENOMENOLÓGICA DA TECNOLOGIA Três pensadores americanos: Don Ihde, Hubert Dreyfus e Albert Borgmann; Borgmann: a tecnologia é um modo de vida próprio da Modernidade; um modo do homem lidar com o mundo (um paradigma) (p.140); a experiência da tecnologia (enfoque fenomenológico) no mundo é algo que nos inclui e modifica (p.148).

CAPÍTULO 6 TECNOLOGIA E PODER

TECNOLOGIA E PODER Herbert Marcuse: O homem unidimensional (1964); Langdon Winner: Os artefatos têm políticas? (1986); as máquinas, as estruturas e sistemas tecnológicos encarnam formas específicas de poder e autoridade (p.153).

TECNOLOGIA E PODER Andrew Feenberg: Questioning technology (1999) e Transforming technology (2002); resistência ao poder encarnado pela tecnologia (p.159); exigência do envolvimento do público no projeto tecnológico (p.160).

CAPÍTULO 7 NATUREZA DO CONHECIMENTO TECNOLÓGICO

NATUREZA DO CONHECIMENTO TECNOLÓGICO A tecnologia é, além da costumeira associação com artefatos, um modo específico de conhecer (p.169); A tecnologia não é sinônimo de ciência aplicada e tampouco se reduz à técnicas sem valor cognitivo; ela constitui um corpo de conhecimento prático (p.183).

CAPÍTULO 8 O IMPACTO DA TECNOLOGIA NAS CULTURAS

O IMPACTO DA TECNOLOGIA NAS CULTURAS Vinculação entre ciência e tecnologia origina a denominada tecnociência (pesquisas que obedecem antes as oportunidades tecnológicas do que interesses teóricos (p.187); consequências identificadas: os meios importam mais que os fins; universalização das normas técnicas; valorização do artificial; mudança na percepção do tempo; conhecimento reduzido a informação etc. (p.187-194).

CAPÍTULO 9 A QUESTÃO DO DETERMINISMO TECNOLÓGICO

A QUESTÃO DO DETERMINISMO TECNOLÓGICO Jacques Ellul: A técnica e o desafio do século (1954); tese: a tecnologia constitui uma realidade autônoma (p.201); progresso tecnológico: centralidade da noção e valor da eficiência (p.204); Langdon Winner: Autonomous technology (1977); uma perda de domínio sobre a tecnologia conduz a um declínio da capacidade humana de conhecer, julgar ou controlar os meios tecnológicos (p.213): eis a autonomia da tecnologia.

A QUESTÃO DO DETERMINISMO TECNOLÓGICO Debate sobre determinismo (p.219); Cupani apresenta algumas posições e críticas acerca do determinismo tecnológico (p.220-223); não há sustentação para o determinismo, afirma Cupani; basta olhar para a história das tecnologias (p.223); análise do historiador Leo Max sobre como a noção de determinismo se formou nos EUA (p.223) e, como consequência, no mundo.

CONSIDERAÇÕES ELEMENTOS IMPORTANTES A QUEM SE DESTINA

ELEMENTOS IMPORTANTES Cupani realiza uma interessante síntese das principais ideias de alguns pensadores que tomaram a tecnologia como objeto de reflexão; Como toda obra de caráter introdutório e geral, as omissões são inevitáveis; isto se dá pelo critério de escolha e pelos gostos pessoais do autor; parece-me que o trabalho de Álvaro Vieira Pinto mereceria menção.

A QUEM SE DESTINA Todos aqueles interessados em conhecer e compreender as noções e conceitos gerais acerca da filosofia da tecnologia; Estudantes da filosofia da ciência, das tecnologias e pesquisadores de pós-graduação que investigam a relação entre tecnologia e sociedade.

OBRIGADO! E-mail: sandro.cwb@gmail.com