Globo vê risco para TV aberta com entrada de EI na fechada

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Transcrição:

B O L E T I M OFERECIMENTO QUINTA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2016 NÚMERO DO DIA R$ 363,8 mi foi a receita do Cruzeiro em 2015, maior arrecadação entre os clubes de futebol do Brasil EDIÇÃO 495 Globo vê risco para TV aberta com entrada de EI na fechada POR ERICH BETING A entrada do Esporte Interativo na disputa pelos direitos de transmissão da TV paga do Brasileirão pode ter impacto na TV aberta. A avaliação é feita pela Globo, que verá, a partir de 2019, chegar ao fim uma exclusividade de mais de 20 anos na transmissão do torneio nacional na TV fechada. É isso o que diz em entrevista exclusiva à Máquina do Esporte Pedro Garcia, diretor da Globo Esportes, braço da emissora responsável pela compra de direitos de transmissão no esporte. Veja a seguir a entrevista com Garcia: Máquina do Esporte: Por que a Globo decidiu antecipar a renovação do contrato de TV paga com os clubes? Foi uma reação à entrada do Esporte Interativo? Pedro Garcia: Estamos discutindo e avançando em um amplo processo de negociação com os clubes bem antes do Esporte Interativo iniciar a conversa com os clubes, tanto que já tínhamos alguns acordos renovados até 2020. Antes de falar sobre este processo, que tem uma dinâmica própria, é importante destacar que não começamos este movimento recentemente: temos uma história de relacionamento com o futebol há muitos anos e que envolve não só o torcedor apaixonado como outros parceiros importantes, como clubes, operadoras de TV e anunciantes. Não é necessário nenhum fato externo para mantermos conversas com os clubes. Esta é uma negociação viva, permanente, em que interagimos constantemente com todos os envolvidos. ME: Há algum impacto dessa negociação na TV paga para a TV aberta e o pay-per-view? PG: O objetivo é criar condições para que todas as partes tenham os melhores acordos. Há naturalmente um esforço para avançar a negociação para as outras janelas (TV aberta e PPV) com independência comercial. O fato é que o Grupo Globo e os clubes brasileiros desenvolveram um complexo e vitorioso modelo de distribuição de jogos nas diversas plataformas, referência mesmo se comparado a mercados internacionais (a entrevista continua na próxima página). 1

Levamos jogos de alta relevância gratuitamente aos torcedores via TV aberta, sem prejuízo da plena oferta de jogos via TV fechada e pay-per-view. Ganha o torcedor, ganham os clubes, com consistência e crescimento expressivo ano a ano desde 2002. É importante lembrar que o Campeonato Brasileiro de futebol da série A tem um número finito de jogos: são 10 por rodadas e 380 no total da temporada, divididos pelas três janelas de transmissão: TV aberta, fechada e PPV. Qualquer alteração no número ou nas condições de exibição dos jogos em uma janela afeta as demais. O nosso objetivo é trabalhar de maneira coordenada e complementar de modo a remunerar os clubes de forma sustentável e crescente, premiando também a grande massa de torcedores brasileiros com plena cobertura da competição. ME: Qual a relação entre a Globosat e os clubes? Ela se restringe à transmissão de jogos? PG: Mantemos um relacionamento excelente, até porque os clubes perceberam que o nosso modelo de negociação é sério e técnico, que tem compromisso com a evolução permanente do esporte. Esse processo tem sido gratificante pela troca de ideias e, acima de tudo, desenvolvimento de uma agenda de longo prazo com os diversos clubes. ME: Como a emissora está se preparando para 2019? Há possibilidade de dividir os direitos? PG: Creio ser ainda um pouco cedo para responder sobre 2019. Este é o ano dos Jogos Olímpicos e todo o nosso esforço tem sido o de planejar uma série de ações para tentar oferecer uma cobertura compatível à grandeza do evento. No que diz respeito apenas à TV paga, alocaremos mais de mil profissionais nesta cobertura e abriremos 16 canais de TV mais 40 canais na Internet, num total de 56 sinais. Mas é bom relembrar que temos um histórico consistente de compartilhamento de direitos. O SporTV está sempre aberto a conversas que visam o melhor para o torcedor, desde que haja espaço e condições objetivas para isso. ME: A negociação individual é melhor ou pior para a emissora? PG: Somos pragmáticos; acreditamos na força das propostas que visam a sustentabilidade do negócio a todos, e, principalmente, na autonomia dos clubes para escolher uma negociação que melhor atende seus interesses. ME: De que forma o novo modelo de divisão da cota de TV impacta no negócio do futebol? PG: Todos os clubes se beneficiarão. O novo modelo traz uma proposta de distribuição ainda mais proporcional ao dividir uma verba significativa entre os clubes por critérios objetivos de equilíbrio (40% do total fixo), exposição (30%) e premiação (30% ), além de preservar e seguir impulsionando o modelo de comercialização de jogos em sistema PPV em modelo de divisão de receita junto aos Clubes. ME: Estamos começando a caminhar para uma era em que o modelo de divisão de direitos de TV serão de jogos exclusivos e não eventos exclusivos? PG: O modelo será construído a partir da confluência de forças, das circunstâncias, do evento em questão e dos interesses legítimos de cada uma das partes. Este modelo poderá permanecer assim por um tempo ou mudar de acordo com a movimentação das partes. O importante é obter o melhor resultado para o futebol brasileiro. Por fim, gostaria de destacar, como aspectos positivos, a riqueza da discussão com os clubes e a possibilidade de endereçar um novo modelo de distribuição das verbas. Fechamos acordos de até seis anos (2019 a 24) e, tanto para os clubes quanto para um grupo de mídia, acordos de longo prazo trazem benefícios de estabilidade e viabilidade de investimento. 2

P&G mostra tentáculos que envolvem marketing esportivo POR DUDA LOPES Diretor de Novos Negócios da Máquina do Esporte Nada como a presença de uma das maiores companhias do mundo em um grande evento esportivo para mostrar ao mercado brasileiro o quanto um patrocínio pode ir além da exposição da marca. A P&G esmiuçou seu próprio plano para o Rio e explicitou como usará as disputas para potencializar suas vendas. A empresa mostrou que, no tradicional mix de marketing, a promoção é apenas uma parte do plano olímpico. Por sinal, os quatro Ps serão explorados pela companhia, indo muito além do que é comum em patrocínios esportivos no Brasil. A P&G Brasil usará o evento para fazer ações de relacionamento direta com varejistas, dedicando um espaço exclusivamente a parceiros de distribuição. Da melhoria do merchandising ao contato que pode salvar um negócio, a marca cuida de um dos seus principais pilares. Nas prateleiras, haverá novos produtos com referência direta ao evento. E, com o esquema pague dois, leve três, também alinhado aos Jogos, até a precificação será alcançada no planejamento com o esporte. Evidentemente, das ações de ponto de venda às ativações com os atletas, a promoção estará constantemente presente. No caso da P&G, isso ficará mais claro ainda com a grande campanha Obrigado, Mãe. Para quem trabalha com marketing esportivo é fundamental entender que o esporte pode oferecer uma série de oportunidades para que o patrocinador aumente diretamente suas vendas. Exposição e posicionamento da marca, claro, fazem parte do negócio. Mas está aí um exemplo que o patrocínio pode ir muito além. Sem o astro Bolt, Mano a Mano apresenta novos patrocinadores POR REDAÇÃO A disputa Mano a Mano, que nos últimos anos levou Usain Bolt ao Rio de Janeiro, ganhará uma nova edição neste ano. E, desta vez, a estrela não será o jamaicano. Medalha de ouro no Mundial de Doha, o americano Justin Gatlin será o principal destaque do evento organizado pelas agências X3M e Dream Factory. Sem Bolt, o Mano a Mano ficou também sem o apoio da Nissan. A marca japonesa, que mantém aporte aos Jogos Olímpicos, usava o evento para ativar a parceria com o atleta jamaicano. A empresa tem um contrato global com o velocista. Outra companhia que ficou órfã do astro olímpico foi a Gatorade, que também aproveitou o evento do último ano para ativar o patrocínio a Bolt no Brasil. A marca, porém, segue no eventoo. Para a edição deste ano, Sesi, Gatorade e Embratel entraram como patrocinadores. A companhia de telecomunicação substituiu o aporte da TIM, realizado em 2015. Além das mudanças nos patrocinadores, a organização do evento alterou o local onde ele será realizado. Após dois anos na praia de Copacabana e uma no Jockey Club, o Mano a Mano será feito na Quinta da Boa Vista, com uma pista montada sobre as águas. O evento acontecerá nos dias 4 e 5 de junho, a pouco mais de dois meses para os Jogos Olímpicos na capital fluminense. 4

Palmeiras se acerta com Crefisa e finalmente assina contrato POR DUDA LOPES Palmeiras e Crefisa finalmente entraram em acordo. O principal patrocinador do clube não arcava com as mensalidades do aporte havia três meses, mas, nesta quarta-feira, as partes fizeram as pazes. O contrato, por outro lado, ainda não foi assinado, o que deverá acontecer nos próximos dias. Após anunciar a renovação de contrato no início do ano, Crefisa e Palmeiras se desentenderam em algumas questões. O problema se tornou público após o clube fazer um anúncio na camisa com o programa Avanti, de sócio-torcedor. A empresa, que também detém a FAM, assinou um acordo de exclusividade de exposição no uniforme alviverde. Segundo a Máquina do Esporte apurou, foram várias cláusulas no contrato, fechado em janeiro, que foram rediscutidas. Uma delas foi vazada pela imprensa: o valor a ser cobrado pelo clube em caso de rescisão de contrato. O acordo entre as duas partes é válido até dezembro. Agora, a Crefisa conseguiu reduzir a multa a ser paga caso deixe o clube. Desde o início da discussão, a Crefisa suspendeu o repasse ao Palmeiras. As contas de março, abril e maio ainda não caíram no cofre palmeirense. A soma chega a quase R$ 20 mi, o que envolve valores do patrocínio e vencimentos referentes ao jogador Lucas Barrios, mantido pela parceira. Para sanar o problema, mais uma vez o Palmeiras recorreu ao seu presidente. Paulo Nobre fez novos empréstimos ao clube, aumentando a dívida do time com o dirigente. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o fato irritou alguns membros do Conselho de Orientação Fiscal da equipe. Nobre já emprestou mais de R$ 150 milhões para o clube. Oficialmente, nenhuma das partes se posicionaram sobre o caso. São Paulo promove Panamá em jogo da Libertadores O São Paulo usou o jogo contra o Toluca, pelas oitavas de final da Libertadores, para promover o Panamá. O clube usou a frase Só no Panamá no peito da camisa. A campanha é parte da parceria da Copa Airlines, patrocinadora do time desde 2015, com a Autoridade de Turismo do Panamá. Iniciada em 2015 e encampada pela Copa Airlines, a campanha é direcionada à América Latina e busca realçar os encantos do país, como o Canal do Panamá e a possibilidade de conhecer dois oceanos (Atlântico e Pacífico). A parceria entre São Paulo e Copa Airlines teve início em abril do ano passado. A empresa estampa a camisa do clube durante a Libertadores. 5