No pós-copa, esporte descobre aeroporto como mídia

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1 B O L E T I M OFERECIMENTO TERÇA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2015 NÚMERO DO DIA US$ 35 mi por ano é o que o Esporte Interativo paga pelos direitos de TV da Liga dos Campeões EDIÇÃO 340 No pós-copa, esporte descobre aeroporto como mídia POR DUDA LOPES Em grandes cidades do mundo, é comum a referência esportiva nos principais aeroportos, como os enormes anúncios da Emirates com o PSG, no Charles de Gaulle, em Paris, ou como a chamativa loja do Barcelona, no El Prat, na Catalunha. Agora, após as reformas para a Copa do Mundo de 2014, o esporte brasileiro começa a se apropriar desse espaço. Neste mês, o Esporte Interativo foi mais um exemplo de ampla apropriação dos aeroportos. Para divulgar a transmissão da Liga dos Campeões da Uefa, a emissora tem usado as propriedades desses espaços para algumas ações. Na mais notável delas, foi colocada a música oficial do torneio nos fingers do aeroporto Santos Dummont, no Rio de Janeiro. Aeroportos de São Paulo, Recife e Fortaleza também receberam publicidade do Esporte Interativo. Outra entidade do esporte que usou recentemente um aeroporto para divulgar sua marca foi o Atlético Mineiro, com o BH Airport, o Confins. O clube fechou com o local para colocar publicidades em fingers. Bem-Vindo à cidade do Galo, dizem os anúncios, que contam com a participação de diversos jogadores da equipe. Para ser objeto de desejo do mercado publicitário e esportivo, os aeroportos contam com a alta movimentação. A percepção de valor é justamente a possibilidade de exposição da marca num local que conta com um grande fluxo de pessoas, todos os dias da semana, diz o diretor comercial da BH Airport, René Baumann. Durante a Copa, Grêmio e Internacional disputaram espaço no aeroporto. As instalações oferecem, além dos fingers, estandes de exibição, paines digitais, áreas promocionais, estação de energia para celulares, entre outras. Temos feito planejamento para transformar o aeroporto em um amplo espaço de convivência, não apenas para os passageiros que transitam pelo terminal todos os dias, mas também para as pessoas que moram em cidades do entorno, conta Baumann. 1

2 Uefa errou ao trocar exposição por futuro incerto no Brasil POR PRISCILA BERTOZZI Repórter repórter da Máquina do Esporte Há pouco menos de um ano, a Uefa selava seu acordo mais audacioso para o mercado brasileiro e dava os direitos de transmissão da Liga dos Campeões da Europa ao Esporte Interativo, canal que tem baixa penetração na TV fechada no Brasil. Nesta terça-feira, quando a 60ª temporada terá início, poucos são os fãs de futebol europeu no país que terão a sorte de acompanhar os jogos de abertura do torneio. Em tempos de popularização de clubes como Barcelona e Real Madrid entre fãs da nova geração do esporte, a opção da entidade dirigida por Michel Platini representa um retrocesso no que tange ao mercado, restringindo o acesso ao seu principal produto em uma praça que está em franca expansão. Rica, a Uefa não poderia ter se deixado seduzir apenas pelos US$ 140 milhões pagos pelo canal do Grupo Turner pelas próximas três temporadas. Deveria, e financeiramente poderia fazê-lo, ter privilegiado o planejamento estratégico da dupla Globosat/ESPN, que também concorriam pelos direitos do torneio. É louvável o empenho do Esporte Interativo em tentar mostrar uma reformulação interna nesse período para receber a competição. Mas as mudanças, ao que tudo indica, ficaram só no discurso. Faltam nomes de peso nas transmissões, falta uma marca consolidada e, principalmente, falta o apoio das duas operadoras que dominam o mercado de TV paga no Brasil. Sem elas, com a Liga dos Campeões disponível a uma ínfima fatia de telespectadores, o contrato foi um tiro no pé. Para a Uefa. Temporada da Liga dos Campeões começa escondida na TV fechada POR PRISCILA BERTOZZI Dez meses após a negociação que levou os direitos de transmissão da Liga dos Campeões da Europa para o Esporte Interativo, o torneio europeu de maior destaque internacional terá início nesta terça-feira fora das principais vitrines da TV fechada no Brasil. Comprado pelo Grupo Turner na expectativa de entrar nas duas operadoras a cabo mais populares do país, o canal segue fora da grade de Net e Sky - que controlam cerca de 70% do mercado - no dia que marca a estreia da 60ª temporada da competição. O Esporte Interativo faz parte do pacote a cabo de 16 operadoras espalhadas pelo país, sob a nomenclatura El Maxx, lançada em junho para adequação ao contrato com a Uefa, válido apenas para TV fechada em território brasileiro. Globo e Band exibem o evento na TV aberta. No último fim de semana, o Esporte Interativo negou que irá sublicenciar a competição para os concorrentes, prática que tem se tornado comum entre as emissoras esportivas. Esclarecemos que esses rumores não têm qualquer fundamento: a Liga dos Campeões não será exibida em nenhum outro canal de esportes no Brasil, escreveu Fábio Medeiros, diretor de conteúdo do veículo, em sua conta oficial no Facebook. Ao site Trivela, ele refutou ainda a ideia de transmissão em outros canais do Grupo Turner, como Space ou TNT.

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4 Palmeiras segue rivais e amplia parcerias para beneficiar sócios POR ADALBERTO LEISTER FILHO O Palmeiras seguiu a onda de vários outros clubes e fechou com mais sete empresas para aprimorar seu clube de vantagens aos sócios Avanti, o programa de sócio-torcedor do clube. O Avanti é um elo entre clube e torcedor, com um retribuindo o esforço do outro. Além de privilégios em jogos do Palmeiras, o sócio-torcedor também pode aproveitar as parcerias que fazemos e economizar, afirmou o gerente de marketing do programa Avanti, Francisco Gallucci. Entre os novos parceiros estão o Hooters (bar temático), Buck Auto Escola, Bendita Hora (restaurante e pizzaria), Benihana (culinária japonesa), Costão do Santinho (ressort, golfe e spa), Fatto a Mano Pastifício (gastronomia italiana) e Hotel Feller. Ao todo, o clube conta com mais de 20 parceiros. A ideia é fazer com que o programa ofereça mais vantagens que a compra comum, ampliando as vendas para os parceiros e os benefícios para os associados. O Clube de Vantagens Avanti existe há mais de dois anos. Desde então, os associados já economizaram cerca de R$ 400 mil em descontos com as parcerias oferecidas pelo programa de relacionamento, que permite aos associados acumularem pontos de diversas formas. Em troca, podem resgatá-los em premiações e experiências exclusivas. Os pontos são adquiridos de várias maneiras: pagando a mensalidade em dia, comprando ingressos, frequentando os jogos do Palmeiras e comprando produtos da loja virtual Mundo Palmeiras e da Academia Store. Sem contrato, clubes do Sul usam marca de banco O banco Banrisul esteve presente na camisa de sete clubes gaúchos na última semana. Além de Grêmio e Internacional, a empresa esteve no uniforme de Juventude, Brasil, Caxias, Ypiranga e Lajeadense, nas Séries C e D do Brasileiro. No entanto, diferentemente da dupla famosa de Porto Alegre, as equipes entraram em campo com marca no peito, mas nenhum contrato assinado. Pelo menos por enquanto. Segundo a Máquina do Esporte apurou, os cinco clubes estão em fase de negociação com o banco para fazer um contrato em conjunto. A ideia é que o Banrisul faça um aporte às cinco equipes até o fim deste ano. Sem contrato, a situação fica tão inusitada que, procurado pela reportagem, o próprio banco afirmou que não tem informação sobre o assunto. Nos sites oficiais de cada clube, há fotos das partidas com a marca do Banrisul no uniforme, mas nenhuma menção ao fato. Recentemente, o Banrisul fechou um contrato de quatro anos para a dupla Grêmio e Internacional. Ambos ganharão um pouco menos de R$ 13 milhões ao ano. Com a renovação da parceria, que já dura mais de uma década, os clubes ganharam alguns direitos extras, como a possibilidade de vender uma nova propriedade no uniforme. 4

5 Rio quer evitar 40% dos deslocamentos durante Jogos POR ADALBERTO LEISTER FILHO Para evitar congestionamentos durante as Olimpíadas, a prefeitura do Rio de Janeiro pretende reduzir em 40% os deslocamentos dos moradores pela cidade. Nos Jogos Paralímpicos, a meta é a redução de 10% no trânsito. O anúncio foi feito pelo secretário executivo de coordenação de governo, Pedro Paulo Carvalho Teixeira, em reunião com empresários e autoridades do comitê dos Jogos no hotel Copacabana Palace: A mobilidade é sempre o maior desafio operacional de todas as Olimpíadas. Imagina deslocar os 120 chefes de Estado confirmados, delegações, 10 mil atletas e demais pessoas que vão participar da cerimônia de abertura, explicou Teixeira. Os cariocas têm diversas opções, agora com o BRT [ônibus que se desloca em corredor expresso] e metrô ampliados. Fazemos esse apelo, então, para que a população use o transporte público nos dias de evento e tome esse desafio da mobilidade como desafio delas próprias também, acrescentou o secretário, lembrando as obras da linha 4 do metrô, que ligará Ipanema à Barra da Tijuca, em fase final de construção e considerado um dos principais legados dos Jogos. Além de vias exclusivas para o transporte da chamada família olímpica, as últimas edições dos Jogos fizeram uso de estratégias diferenciadas para o transporte de público e imprensa durante a competição. Em Atenas-2004, uma boa opção foi a utilização dos bondes elétricos em conjunto com o metrô. O embarque era livre para os credenciados. Na China, os organizadores apostaram no fechamento de algumas das principais vias de transporte dos credenciados e num eficiente e pontual sistema de ônibus. Na Olimpíada de Londres-2012, o xodó dos torcedores foi o trem- -bala, que ligava o Parque Olímpico (zona leste) à estação St. Pancras (centro) em 7 minutos. Ibope diz que 73% da cidade aprova o evento Segundo pesquisa realizada pelo Ibope na semana passada, 73% dos cariocas aprovam a realização dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. Segundo o secretário executivo de coordenação de governo, Pedro Paulo Carvalho Teixeira, esse número representa o reconhecimento da importância do evento para a cidade. É a percepção de que a Olimpíada não se concentra apenas nos Jogos, mas significa também transformações. Também é a percepção de que a Olimpíada é diferente da Copa do Mundo. As obras estão no prazo, dentro do custo. Não temos problemas de superfaturamento nem qualquer tipo de atraso na construção, afirmou. 5