densidade óptica está ilustrada na Figura 1. O grupo anti-lpl positivo (anti- LPL+) foi detectado em 25 dos sessenta e seis pacientes com LES (37,8 %)

Documentos relacionados
Tabela 16 - Freqüência do polimorfismo 4G/5G na região promotora do gene do PAI -1 entre os pacientes com DAP e indivíduos do grupo-controle

LUCIANA FEITOSA MUNIZ

Artigo Original. Valor de p. Variável n = 36 n = 80

AVALIAÇÃO DO PERFIL INFLAMATÓRIO EM PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO E SÍNDROME METABÓLICA.

Ausência de anticorpos antilipoproteína lipase na doença de Behçet

sdldl como potencial biomarcador no diagnóstico e estratificação do risco cardiovascular em diabéticos

20 A dosagem do HDL-colesterol apresenta uma distribuição simétrica com média de 46,5 mg/d1, desvio padrão de 17,9 mg/di e coeficiente de variação de

GLICOSE - JEJUM Material: Soro Método..: Colorimétrico Enzimático - Auto Analisador RESULTADO:

Impacto clínico da tripla positividade dos anticorpos antifosfolípides na síndrome antifosfolípide trombótica

Framingham score for cardiovascular diseases among civil servantes,sao Paulo, 1998.[Portuguese]

Sumário ANEXO I COMUNICADO HERMES PARDINI

Dislipidemia em pacientes com dermatomiosite. juvenil

IMPLICAÇÕES DA CLASSE DE ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E OBESIDADE ABDOMINAL NO RISCO E GRAVIDADE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL EM PORTUGAL

CAPITULO I INTRODUÇÃO

PERFIL LIPÍDICO E FATORES BIOLÓGICOS E AMBIENTAIS

LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO (LES) UMA REVISÃO 1

ALEKSANDER SNIOKA PROKOPOWITSCH. Avaliação não-invasiva das propriedades da. parede arterial em pacientes portadoras de. lúpus eritematoso sistêmico

SOCIEDADE RELATÓRIO PARA MICOFENOLATO DE MOFETILA E MICOFENOLATO DE SÓDIO PARA TRATAMENTO DA NEFRITE LÚPICA

ACHADOS TOMOGRÁFICOS DE DOENÇA NASOSSINUSAL EM CRIANÇAS E EM ADOLESCENTES COM FIBROSE CÍSTICA

Antilipoproteína lipase (LPL): um novo componente no complexo processo aterosclerótico do lúpus eritematoso sistêmico?

PRÁTICA: ANÁLISES CLÍNICAS - COLESTEROL TOTAL E COLESTEROL HDL PARTE A - DOSAGEM BIOQUÍMICA DE COLESTEROL TOTAL (CT)

DISLIPIDEMIAS PROF. RENATA TORRES ABIB BERTACCO FACULDADE DE NUTRIÇÃO - UFPEL

Resultados. Grupo SK/aids

Sumário ANEXO I COMUNICADO HERMES PARDINI

ESTUDO DO PERFIL LIPÍDICO DE INDIVÍDUOS DO MUNICÍPIO DE MIRANDOPOLIS/SP

Após a administração da dose de 2000 mg/kg do MTZ-Ms em ratas, não ocorreu morte

Cordeiro A, Santos MJ, Febra C, Cordeiro P, Godinho F, Cotrim C, Canas da Silva J ENVOLVIMENTO VALVULAR CARDÍACO EM DOENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO

Documentação necessária para abertura de processos para medicamentos do Componente Especializado Lupus Eritematoso

SEVEN-YEAR-OLD INDIAN GIRL WITH FEVER AND CERVICAL LYMPHADENITIS THE PEDIATRICS INFECTIOUS DISEASE JOURNAL Vol. 20, No. 4, April, 2001.

Hemograma, plaquetas, creatinina, uréia. creatinina, uréia. Lúpus induzido por drogas, gestantes, lactantes e crianças devem ser tratados por médicos

AVALIAÇÃO DA DENSIDADE MINERAL ÓSSEA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 1

ÍNDICE. Resumo Agradecimentos Índice Geral Índice de Tabelas Índice de Anexos CAPÍTULO I 1 1. INTRODUÇÃO 1

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. CHIKUNGUNYA Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

EXAMES LABORATORIAIS PROF. DR. CARLOS CEZAR I. S. OVALLE

Sumário ANEXO I COMUNICADO HERMES PARDINI

Material: Sangue c/edta Método..: Citometria/Automatizado e estudo morfológico em esfregaço corado

ARTIGO ORIGINAL RESUMO INTRODUÇÃO. James Fesmire, BS 1, Marianne Wolfson-Reichlin, MS 1, and Morris Reichlin, MD 1,2

Relevância Clínica da Síndrome Metabólica nos Indivíduos Não Obesos

HEMOGRAMA COMPLETO Material: Sangue Total Método : Automação: ABX MICROS 60 REFERÊNCIAS

Intervenção nutricional em indivíduos com sobrepeso e obesidade

BAIRRO NOVA VIDA LUANDA. Observaram-se raros eritrócitos em alvo.

Perfil FAN e AUTO-ANTICORPOS. Qualidade e precisão para diagnóstico e acompanhamento clínico.

Sumário ANEXO I COMUNICADO HERMES PARDINI

Dislipidemia e Aterosclerose no Lúpus Eritematoso Sistêmico

Formulário de acesso a dados do Registo Nacional de Doentes Reumáticos da SPR

RELAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS SÉRICOS DE COLESTEROL-LDL E O NÚMERO DE MONÓCITOS EM TRABALHADORES DE EMPRESAS PRIVADAS

ANEMIAS HEMOLÍTICAS AUTO-IMUNES

ABSTRACT RESUMO. Rev Bras Reumatol, 2009;49(1):39-47

Relações entre fase cefálica da digestão e reatividade microvascular de indivíduos saudáveis

ÁCIDO ÚRICO DIHIDROTESTOSTERONA ANTICORPOS ANTI-MICROSSOMAL/TPO ANTICORPO ANTI-TIREOGLOBULINA

HEMOGRAMA COMPLETO. PLAQUETAS : /mm /mm3 PROTEÍNA C REATIVA. Método: Citoquímico/Isovolumétrico Material: Sangue Edta

Serviço e Disciplina de Clínica Médica. Sessão Clínica 05/11/2018. Orientador: Prof. Luis Clóvis Bittencourt. Prof. Edilbert Pellegrini

INVESTIGAÇÃO SOROEPIDEMIOLÓGICA SOBRE A LARVA MIGRANS VISCERAL POR TOXOCARA CANIS EM USUÁRIOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE GOIÂNIA GO

Tabela 01. Caracterização da amostra total conforme os grupos controle e Doença de Crohn. Teresina-PI, GRUPOS. Masculino 54,5% 54,5%

Heterologous antibodies to evaluate the kinetics of the humoral immune response in dogs experimentally infected with Toxoplasma gondii RH strain

Método: RESISTIVIDADE - IMPEDÂNCIA - MICROSCOPIA

Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues

Registro Brasileiros Cardiovasculares. REgistro do pacientes de Alto risco Cardiovascular na prática clínica

Perfil lipídico na adolescência: Efeito das exposições pré-natais e neonatais

Espondilite Anquilosante

PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS NA FASE PRÉ-TRANSPLANTE

Caso Clínico. Flora Cruz de Almeida PET Medicina UFC Fortaleza, 28 de agosto de 2013.

CASO CLÍNICO III IV WIAH - MAIO 2009

Marcos Roberto Andrade Costa Barros

por apresentarem contração paradoxal do AP no primeiro atendimento fisioterapêutico; duas gestantes, por parto prematuro; duas, pela ocorrência

Parâmetros de Validação dos Testes Sorológicos

Profº André Montillo

LÚPUS: PROCEDIMENTOS LABORATORIAIS NO DIAGNÓSTICO DA DOENÇA

Lúpus eritematoso sistêmico com acometimento neurológico grave: Relato de Caso

Atividade, Gravidade e Prognóstico de pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico antes, durante e após prima internação

MODY: QUANDO SUSPEITAR? COMO INVESTIGAR? YARA MEDEIROS CONGRESSO CATARINENSE DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA 2015

Lipoproteína(a) na síndrome antifosfolípide primária

Palavras-Chave Imprint metabolico, obesidade, perfil fenotipico.

Dr(a) : UNIMED COSTA DO SOL Nº do Pedido : Convênio : UNIMED INTERCAMBIO NACIONAL Unidade : PCOLETA2 -

COLESTEROL LDL LDL COLESTEROL

Dislipidemia é a alteração da concentração de lipoproteínas e/ou lipídios

Insuficiência Renal Aguda no Lúpus Eritematoso Sistêmico. Edna Solange Assis João Paulo Coelho Simone Chinwa Lo

5.1. Prevalência de anticorpos anti-hhv-8 em doadores de

Glomerulonefrites Secundárias

ESTUDO: Emerson Sampaio Prof a Mestra Henriqueta Galvanin G. de Almeida

Síndrome Metabólica no adulto jovem. Origina-se no nascimento ou na infância?

LABORATÓRIO BOM JESUS

RELAÇÃO ENTRE O NÚMERO DE MONÓCITOS E OS VALORES DE COLESTEROL-HDL

NUTRIÇÃO EM DOENÇAS CRÔNICAS: Lúpus Eritematoso Sistêmico

Orientadora: Prof. Drª. Co-Orientador: Prof. Dr. Colaboradores: Msc. Msc.

AR Ribeiro *, JF Carvalho ** Abstract

Perfil para transtornos musculares Perfil para enfermidades ósseas Perfil funcional tireodiano

doenças coronárias Factores de Risco

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

Sergio Luiz Alves de Queiroz. Laudo. Sangue

ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NO TRATAMENTO DE LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO

HEMOGRAMA JOELMO CORREA RODRIGUES HAILTON BOING JR.

PERFIL E ESTRATIFICAÇÃO DE USUÁRIOS HIPERTENSOS DA UNIDADE DE SAUDE DA FAMÍLIA

IMUNONUTRIÇÃO NO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO

KÁTIA TOMIE KOZU. Doença periodontal e dislipidemia na dermatomiosite juvenil

Comprometimento da habilidade verbal no lúpus eritematoso sistêmico juvenil

Tese (doutorado) Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista, 2009.

Metodologia Científica I Roumayne Andrade

Artigo LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO GRAVE: RELATO DE CASO SEVERE ERITEMATOSO SYSTEMIC LUPUS: CASE REPORT

Transcrição:

A distribuição dos anticorpos anti-ll do subtipo IgG de acordo com a densidade óptica está ilustrada na Figura 1. O grupo anti-ll positivo (anti- LL+) foi detectado em 25 dos sessenta e seis pacientes com LES (37,8 %) selecionados para esse estudo. Nenhuma diferença significativa foi encontrada entre os grupos anti-ll+ e negativo (anti-ll-) em relação a idade média (36,9 ± 11,4 vs. 32,9 ± 9,0 anos, p=0,12), sexo feminino (88% vs. 85,4%, p=1,0), raça branca (76% vs. 73,2%, p=1,0) e índice de massa corpórea (22.5 ± 3.3 vs. 23.7 ± 2,8 kg/m 2, p=0,11) no momento da inclusão (Tabela 1). De forma semelhante, os grupos foram idênticos concernente à duração média da doença (110,4 ± 85,4 vs. 105,0 ± 70,3 meses, p=0,98), dose média diária de prednisona (11,2 ± 15,7 vs. 11,5 ± 15,0 mg/d, p=0,86) e a frequência do uso de esteróides (56% vs. 58,5%, p=1,0) ou o uso de difosfato de cloroquina (60% vs. 76,5%, p=0,26) (Tabela 1). A freqüência das características clínicas foram similares em ambos os grupos estudados com relação ao envolvimento do sistema nervoso central, da pele, das articulações, dos rins, do sistema hematológico, bem como quanto à presença de serosite e vasculite (p>0,05). or outro lado, anticorpos anti-dsdna foram detectados em mais do que um terço no grupo anti-ll+ (36%) e em apenas 4,9% no grupo anti-ll- (p=0,0017). Da mesma forma, anticorpos anti-cardiolipina do subtipo IgG foram também mais freqüentemente observados no primeiro grupo (36% vs. 12,2%, p=0,03). Em contraste, a frequência dos outros autoanticorpos, anti-rn (44% vs. 43,9%, p=1,0), anti-sm (20% vs. 22%, p=1,0), anti-ro/ssa (36% vs. 26,8%, 13

p=0,58), anti-la/ssb (12% vs. 4,9%, p=0,35), e anti-cardiolipin do subtipo IgM (8% vs. 4,9%, p=0,63) foi comparável nos grupos anti-ll positivos e negativos. DO 2.0 1.5 1.0 0.5 0 ANTI-LL FIGURA 1: Distribuição da reatividade dos anticorpos anti-lipoproteína lipase (Anti-LL) dos sessenta e seis pacientes com lúpus eritematoso sistêmico. Cada ponto no gráfico simboliza um paciente e a linha tracejada representa a média do valor acrescida de três desviospadrões dos controles saudáveis para o ensaio desse anticorpo (cut-off=0,37) 14

Em relação ao perfil lipídico, os níveis de triglicérides foram significantemente mais elevados no grupo anti-ll positivo comparados aqueles do grupo anti-ll negativo (p=0,033), como demonstrado na Tabela 2. Apesar de aparentemente mais elevados, os níveis de VLDL-c no primeiro grupo não alcançaram significância estatística (p=0,06). Além disso, ambos os grupos apresentaram níveis similares de HDL-c, LDL-c e de colesterol total. TABELA 1: Dados demográficos e uso de medicações Anti-LL + Anti-LL ACHADOS DEMOGRÁFICOS Idade (anos) 36,9 + 11,4 32,9 + 9,0 0,12 Raça branca (%) 76 73,2 1,00 Sexo feminino (%) 88 85,4 1,00 IMC (Kg/m2) 22,5 + 3,3 23,7 + 2,8 0,11 DURAÇÃO DA DOENÇA (meses) 110,4 + 85,4 105,0 + 70,3 0,98 USO DE REDNISONA (%) 56 58,5 1,00 USO DE CLOROQUINA (%) 60 76,5 0,26 15

TABELA 2: erfil lipídico em pacientes com LES com e sem anticorpos anti-ll ARÂMETROS Anti-LL + Anti-LL Triglicérides (mg/dl) 112,4 + 50,2 89,9 + 54,5 0,033 Colesterol total (mg/dl) HDL-c (mg/dl) LDL-c (mg/dl) VLDL-c (mg/dl) 191,0 + 49,7 52,4 + 15,9 116,1 + 36,6 22,4 + 10,1 176,0 + 46,6 54,6 + 16,7 102,8 + 39,0 19,8 + 14,5 0,22 0,60 0,14 0,06 Os valores foram expressos em média + D. TABELA 3: Freqüência de auto-anticorpos e anti-ll AUTO- Anti-LL + Anti-LL ANTICOROS % % dsdna 36 4,9 0,002 Cardiolipina IgG 36 12,2 0,03 IgM 8 4,9 0,63 RN 44 43,9 1,0 Sm 20 22 1,0 Ro/SS-A 36 26,8 0,58 La/SS-B 12 4,9 0,35 16

A associação entre a presença de anticorpos anti-ll com inflamação e está demonstrada na Tabela 4. Uma elevada freqüência de marcadores inflamatórios aumentados tais como CR e VHS foi detectada no grupo anti- LL+ comparada ao grupo anti-ll- (p=0,023 e p=0,013, respectivamente). Além disso, pacientes lúpicos com anticorpos anti-ll positivos também tiveram níveis significantemente elevados de CR (p=0,036) e VHS (p=0,020). E ainda, os níveis de CH100 foram significantemente mais baixos no grupo anti-ll+ comparados aqueles do grupo anti-ll- (p=0,001), isso também foi verdadeiro em relação à freqüência de baixos valores de CH100 (p=0,015). or outro lado, a média do escore de SLEDAI e a percentagem de SLEDAI (maior do que 4) foram similares em ambos os grupos estudados (p=0,11 e p=0,59, respectivamente), como representado na Tabela 5. TABELA 4: arâmetros inflamatórios em pacientes com LES com e sem anticorpos anti-ll. ARÂMETROS Anti-LL + Anti-LL CR (µg/ml) 11,1 + 16,4 2,4 + 2,6 0,036 VHS (mm/1h) CR > 5µg/ml (%) VHS >25mm/1h (%) 33,4 + 29,8 44% 52% 16,5 + 11,8 17,1% 19,5% 0,020 0,023 0,013 Os valores foram expressos em media + D e percentagem; CR= roteína C- reativa, VHS= Velocidade de Hemossedimentação. 17

TABELA 5: arâmetros de atividade em pacientes com LES com e sem anticorpos anti-ll. ARÂMETROS Anti-LL + Anti-LL CH100 (U/mL) CH100 <150 U/mL (%) SLEDAI SLEDAI >4 (%) 164,4 + 95,2 32% 4,8 + 5,0 36% 42,5 + 75,6 7,3% 3,0 + 3,6 29,3% 0,001 0,015 0,11 0,59 Os valores foram expressos em media + D e percentagem; SLEDAI= systemic lupus erythematosus disease activity index, CH100= atividade hemolítica total do complemento. FIGURA 2: Correlação positiva entre os níveis de anticorpos anti-lipoproteína lipase (Anti-LL) e os valores de roteína C-reativa (CR) (r=0,557, p<0,001) 18

or outro lado, a comparação de 11 soros positivos e 55 negativos para anticorpos anti-dsdna revelou uma média similar de CR (8,91 ± 4,33 vs. 5,13 ± 1,39 µg/ml, p=0,56) e VHS (32,4 ± 8,60 vs. 21.07 ± 2,73 mm/1h, p=0,102), contrastando com uma diferença significante observada com SLEDAI (7,09 ± 1,63 vs. 3,02 ± 0,50, p=0,004) e CH100 (135,3 ± 33,3 vs. 228,5 ± 10,7 U/mL, p=0,008) (Tabela 6). TABELA 6: arâmetros inflamatórios e de atividade lúpica em pacientes com anti-dsdna+ e anti-dsdna- ANTI-dsDNA+ ANTI-dsDNA (n=11) (n=55) MARCADORES INFLAMATÓRIOS CR µg/ml 8.9 + 4.3 5.1 + 1.4 0.560 VHS mm/h 32.4 + 8.6 21.1 + 2.7 0.102 ATIVIDADE DE DOENÇA CH100 (U/mL) 135.3 + 33.3 228.5 + 10.7 0.008 SLEDAI escore 7.1 + 1.6 3.0 + 0.5 0.004 19

De forma a definir mais acuradamente a associação entre anticorpos anti-ll e os parâmetros laboratoriais descritos acima, uma análise de correlação foi realizada (Tabela 7). Os títulos de anti-ll de todos os pacientes com LES apresentaram uma correlação positiva significante com CR (r=0,55; p<0,001), VHS (r=0,55; p<0,001), SLEDAI (r=0,45; p<0,001), anti-dsdna (r=0,52; p<0,001) e anticardiolipina IgG (r=0,25; p=0,04). Além disso, uma correlação negativa significante foi demonstrada com CH100 (r=0,34; p=0,005). No entanto, a análise de regressão múltipla revelou uma associação significante de anti-ll apenas com CR (p=0,025) e anti-dsdna (p<0,001). TABELA 7: Análise de correlação dos anticorpos anti-ll ARÂMETROS R Idade 0,044 0,72 Duração da doença 0,012 0,92 Triglicérides 0,196 0,11 Colesterol total 0,118 0,34 HDL-c -0,192 0,12 LDL-c 0,181 0,14 VLDL-c 0,114 0,36 SLEDAI 0,453 0,001 CH100-0,342 0,005 Anti-dsDNA 0,521 0,001 Anticorpo anticardiolipina IgG 0,255 0,04 Anticorpo anticardiolipina IgM 0,052 0,67 CR 0,557 0,001 VHS 0,552 0,001 Teste de correlação de Spearman. 20