REDE SOCIAL DE SERPA DIAGNÓSTICO SOCIAL OUTUBRO 2007 Metodologia 1



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Metodologia 1

O presente Documento visa actualizar as informações contidas no Diagnóstico Social de Setembro de 2005 (a 1ª versão data de Março de 2004) e constitui-se como a sua segunda actualização. Para proceder à actualização deste Documento, a Câmara Municipal de Serpa recorreu a um estágio profissional, no sentido do levantamento dos dados e redacção do relatório. Tendo em vista a concretização dum Diagnóstico participado, não se recorreu apenas às instituições para levantamento da informação, mas também àquelas que integram o Núcleo Executivo para revisão da informação contemplada por capítulo; tendo no entanto o Documento sido revisto na sua integra pela C.M. Serpa. Método de trabalho adoptado para a elaboração do presente Documento: - Identificação, por parte Gabinete de Acção Social da C.M.Serpa, dos aspectos passíveis de actualização e das respectivas fontes para contacto (Abril 2006) - Envio de ofícios às instituições para recolha de informação, com pontos enumerados do Documento anterior, para melhor identificação da informação pretendida (a partir de Maio 2006) - Realização de contactos telefónicos para esclarecimento de dúvidas e reforço do pedido de informações (Maio 2006 a Março de 2007) - Recolhida a informação (ainda durante o mês de Abril/07, sendo de realçar que algumas instituições não actualizaram a totalidade das informações solicitadas), procedeu-se à actualização e revisão do Diagnóstico, com base nas informações disponibilizadas - Nos meses de Julho e Agosto/07 o Gabinete de Acção Social e o Núcleo Executivo reviram o Documento (em reunião de Núcleo Executivo datada de 12 de Julho/07, foram distribuídos aos participantes os respectivos capítulos para revisão e eventual actualização de informações e em reunião de Núcleo de 23 de Agosto/07 foi efectuada a revisão final do Documento) - Em Outubro/07 foi apresentado e aprovado o Documento em CLAS (após envio prévio às instituições em formato digital). As informações consideradas passíveis de actualização foram as referentes aos dados estatísticos relativos às instituições locais e aos seus serviços / utentes. As informações contidas nos Censos 2001 e noutros documentos do Instituto Nacional de Estatística (INE), bem como as informações decorrentes dos Painéis Temáticos organizados em 2003 (aprofundamento das causas dos problemas e respectivas propostas de solução), não sofreram quaisquer alterações, uma vez que esta situação implicaria uma revisão mais aprofundada do Documento, o que se pretende que seja efectuado aquando da elaboração do novo PDS. 2

De realçar que o atraso por parte dalgumas das instituições no envio das informações solicitadas (e nalguns casos a não actualização dos dados) acaba por lesar a actualidade que se pretende contida nas informações. Foram retiradas algumas informações referentes a anos transactos, por se afastar do objectivo do presente documento, mantendo-se, apenas, nalguns casos, a informação considerada mais pertinente para efeitos de comparação com os dados actuais. No capitulo Imigrantes e Minorias Étnicas foi efectuada uma revisão mais exaustiva; tendo contribuido para isso o Projecto InfoImigrante, constituído no âmbito do Projecto (Des)Envolver- PROGRIDE, com o Estudo A População Imigrante no Concelho de Serpa Estudo Particular das Comunidades de Leste e do Brasil (2006). No que concerne à estrutura gráfica do Documento, esta sofreu alterações, designadamente, ao nível da capa, cabeçalho e rodapé, tipo e tamanho de letra, estrutura e estética de quadros e gráficos. O Documento continua, no entanto, a integrar 13 capítulos, bem como os respectivos Anexos. A informação constante dos anexos foi igualmente actualizada de acordo com os dados fornecidos pelas instituições. Manteve-se, contudo, alguma da informação contida na anterior versão: a relativa ao Associativismo, derivada da aplicação do inquérito por questionário aos dirigentes do movimento associativo concelhio; as fichas de caracterização das IPSS, cuja informação foi obtida através de inquérito por questionário, delineado no Módulo Formativo Do Diagnóstico à Intervenção Social 1, e ainda, a informação contida nos Censos 2001 e a decorrente dos Painéis Temáticos (como anteriormente referido). Como referido nos Documentos anteriores, a leitura do Diagnóstico Social deverá ser efectuada de modo a valorizar e cruzar a informação contida em cada um dos Capítulos, tendo sempre presente que se trata de um documento aberto e sujeito a actualizações recorrentes. Este documento revela-se um instrumento de trabalho não só na perspectiva de Rede de Acção, em que é valorizado o conjunto das parcerias e das suas intervenções / informações, mas também para as próprias entidades que, por um lado, poderão promover as suas acções / actividades em consonância com o diagnóstico de necessidades, e por outro são capacitadas com um conhecimento mais aprofundado da realidade através da caracterização apresentada. É também por este motivo que se torna pertinente e necessária a actualização regular do Diagnóstico Social. 1 Considera-se que o processo de levantamento de informação se iniciou com duas acções de formação promovidas, no âmbito da Rede Social, em 2002 (Do Diagnóstico à Intervenção Social e Desenvolvimento / Desenvolvimento Local) que capacitaram tecnicamente os Corpos Técnicos das Instituições envolvidas e permitiram a definição dos indicadores a explorar na elaboração dos inquéritos por questionário Diagnóstico Social, Setembro de 2005. 3

Caracterização Genérica do Concelho 4

1. Caracterização Física e Administrativa O Concelho de Serpa situa-se no Baixo Alentejo, Distrito de Beja e é limitado a Oeste pelo Rio Guadiana, (rio que faz a separação entre os Concelhos de Vidigueira, Beja e Mértola), a Norte pelo Concelho de Moura, a Sul pelo Concelho de Mértola e a Este pela Fronteira com Espanha. O Centro da Cidade de Serpa encontra-se à Latitude de 37.º 56 44 e à Longitude 7º 35 47. O clima é mediterrânico com tendência para o semi-árido, com Verões secos e quentes, de temperaturas médias de 25º e máximas a ultrapassar os 40º (essencialmente nos meses de Julho e Agosto). Os Invernos caracterizam-se por temperaturas médias de 8º e mínimas que chegam a ser negativas. As amplitudes térmicas são elevadas chegando a ser superiores aos 17ºC. A precipitação é fraca (não ultrapassa, em média, os 400 mm) e concentrada nos meses de Novembro a Janeiro. O período de geadas atinge os 3 a 4 meses ocorrendo geralmente até à primeira quinzena de Fevereiro. Por seu turno, o período de seca pode atingir os 5 meses, sendo que a insolação é elevada e pode atingir valores médios anuais entre 3000 a 3100 horas. A área total do Concelho é de 1 106 Km 2, distribuídos por 7 Freguesias: Quadro 1 Área das Freguesias Área / Freguesia Fonte: Censos 2001 INE Vila Nova de S. Bento 244.1 Km 2 Brinches 93.4 Km 2 Pias 164.9 Km 2 Salvador (Sede de Concelho) 287.8 Km 2 Santa Maria (sede de Concelho) 154.9 Km 2 Vale de Vargo 57.9 Km 2 Vila Verde de Ficalho 103.8 Km 2 Quadro 2 N.º de Eleitores Recenseados por Freguesia Recenseamentos N.º Ano/ Mês Referência Salvador 3 358 2006/ Setembro Santa Maria 1 938 2006/ Setembro Brinches 1 030 2006/ Setembro Vila Verde de Ficalho 1 361 2006/ Setembro Vila Nova de S. Bento 3 117 2006/ Setembro Pias 2 611 2006/Setembro Vale de Vargo 1 008 2006/ Setembro TOTAL 14 423 Fonte: Juntas de Freguesia, Setembro 2006 5

À excepção das Freguesias de Vale de Vargo, de Salvador e de Pias, as restantes Freguesias do Concelho sofreram um decréscimo no nº de eleitores recenseados de Fevereiro de 2005 (Diagnóstico Social Setembro 2005) para Setembro de 2006, sendo o decréscimo a nível do concelho de 0,4%. Em termos absolutos a Freguesia com maior decréscimo foi Vila Verde de Ficalho, com menos 30 eleitores. Por outro lado a Freguesia de Salvador foi a que registou maior acréscimo do número de eleitores, mais 11 eleitores do que no ano anterior. Acessibilidades, Transportes e Comunicações A Cidade de Serpa encontra-se a 140 km do Porto Marítimo de Sines e a 30 km da Base Aérea n.º2 de Beja. A 180 km ficam os aeroportos de Faro e Sevilha (Espanha) e a 219 km Lisboa. A rede viária do Concelho caracteriza-se por um feixe de vias centradas em Serpa, ligando esta Cidade a todas as suas sedes de Freguesia. Destaca-se deste conjunto um eixo que atravessa centralmente o concelho na direcção Este Oeste, a EN260, suporte físico do IP8. A rede viária forma também uma circular interior ao Concelho, ligando entre si os principais aglomerados. Os transportes colectivos de passageiros reduzem-se ao modo rodoviário, uma vez que o transporte ferroviário através do Ramal de Moura (Beja/Serpa/Moura) se encontra desactivado. Quadro 3 Infra-Estruturas Básicas Electricidade 96,83 % Água 95,50 % Esgotos 94,56 % Recolha de Resíduos Sólidos 87,87 % Fonte: Câmara Municipal de Serpa, 2003 6

Quadro 4 Freguesias, Lugares e Isolados do Concelho Brinches Pias Vale de Vargo FREGUESIAS Vila Verde de Ficalho Vila Nova de S. Bento Salvador Santa Maria Orada A-do-Pinto LUGARES Santa Iria, Vale do Poço, Vales Mortos MONTES DE MAIOR DIMENSÃO ISOLADOS Horta da Aldeia, Horta dos Castelhanos, Monte da Água de Alte, Monte da Água do Altinho, Monte da Caramujeira, Monte da Figueirinha, Monte Galinhas, Monte Fonte de Frade, Monte Horta Nova, Monte da Serrinha, Monte de Pinheiro, Monte dos Alpendres. Monte da Figueira, Monte Parreira, Monte Palmeira, Monte Canivetes, Monte Courelas, Monte Magalejas, Monte da Légua, Monte Panasco, Monte Velha, Monte Guedelha, Monte da Capela. Monte Mota Monte Sr.ª das Pazes, Monte Crespo, Monte Guerreiro, Monte figueira, Monte Novo do Crespo, Monte Penteada, Monte Fontainhas, Penalva, Monte Eucaliptos, Monte Sobralinho, Monte Pousadas, Vale Canitos, monte Amendoeiras, Monte Baixo, Pé da Serra. Monte Facho, Monte dos Calvários, Monte Corte de Lima, Monte Atalaia, Vale Velho, Vale Casca, Vale Bufo, Corte Limas, Touril do Côrvo, Monte Valadas, Monte Novo do Lote, Monte Chaminé. Monte do Peixoto, Monte da Lage, João de Matos, Vale Romeiro, Vendinha, Herdade do Topo, Vale Galinhas, Vale Pocilgas, Monte Palmeira, Jardais,. Cabeceiras dos Beiçudos, Coça Lobos, Monte da Lobata, Monte do Farrobo, S. Brás, Monte Promessa, Herdade da Cascalheira, Monte Novo, Monte Medeiros. Fonte: Câmara Municipal de Serpa Divisão de Acção Social e Educação; Março de 2006 MONTES ABRANGIDOS PELA REDE DE TRANSPORTES ESCOLARES Monte do Rosal, Monte da Charneca Mina da Orada, Monte do Alvarrão, Monte da Ínsua, Monte das Freiras, Monte Corte Poço, Monte de Casqueiros, monte do Pisanito, Monte do Sardinha. Monte das Almojafas, Monte de Belmeque, Monte Vale Pereiros, Monte dos Netos Monte da Abóbada, Monte do Peral, Vale Covo, Monte do Araújo, Monte da Mata, Monte dos Sapos, Sítio da Forca, Monte da Osagra, Monte Vale Traves, Monte dos Pocarios, Monte Novo do Crespo, Herdade do Crespo, Monte da Penteada, Monte da Cunca, Monte Vale Canito, Monte dos Alecrinais, Vale Milhanitos, Vale Gueichas, Monte da Amendoeiras, Monte dos Cantinhos, Monte Afonso, Posto dos Sopos. Monte Vale do Poreiro, Monte Vale Pousadas, Monte Cova Lobosa, Monte Cova Carapetal, Vale Longo, Monte Tasneiras, Monte Vale Cadeirinhas, Fonte do Letreiro, Monte Vale da Casca, Monte do Altinho. Monte Pego da Silva, Monte 3 M, Monte Leva Tempo, Monte Vale Figueiras, Monte das Albardinhas, Monte da Boa Vista, Cabeceiras de Vale Queimado, Monte João de Moura, Vale Antoninho, Monte do Barranco, Monte Vale Linhares, Monte da Perdigoa, Monte do Topo, Monte do Lobo, Monte Benvenidos, Monte Cailogo, Monte Barranco da Neta, Monte Entre Águas. 7

2. Património Histórico, Cultural e Natural do Concelho 2.1. Património Histórico O território abrangido pelo Concelho apresenta vários testemunhos da presença do Homem desde os tempos mais remotos: Paleolítico, Calcolítico, Idade do Bronze, Idade do Ferro, Época Romana e Época Islâmica. A fertilidade dos barros, a água do Guadiana (que permite práticas agro-silvo-pastoris e piscatórias) e a presença de minérios estiveram na origem deste povoamento. Apesar das origens pré-históricas (com um povoamento da idade do ferro junto ao Castelo) e da sua importância enquanto povoamento romano e árabe, o tecido urbano de Serpa começou a definir-se lentamente a partir do final do século XIII, com base no recinto de muralhas mandado construir por D. Dinis. O interesse turístico deste Concelho advém do seu Património Arquitectónico e Natural, sendo de realçar, na Cidade, as Muralhas e Ruínas do Castelo, os Monumentos e Imóveis Classificados, assim como um vasto conjunto de elementos arquitectónicos de interesse popular erudito e enquadrados no seu Centro Histórico (protegido pelo Plano de Reabilitação Urbana do Centro Histórico de Serpa PRUCHS). 2.1.1. Monumentos de Valor Histórico e Artístico Muralhas de Serpa Construídas no Reinado de D. Dinis, aquando da reconstrução do Castelo. Embora parcialmente destruído, o pano de muralhas que envolve o Núcleo Histórico de Serpa é ainda de grande imponência. A altura média destas muralhas é de 9 metros, encimados por um pano de taipa que forma as ameias. Estas, tem cerca de 2 metros de grossura e estão apoiadas em altas torres. Existiram três portas nas muralhas: as Portas de Beja, as Portas de Moura e as Portas de Sevilha; voltadas, respectivamente, a noroeste, a nordeste e a sul. Actualmente, as muralhas voltadas a poente têm várias aberturas (provavelmente feitas séculos depois, por exigência do crescente aumento da cidade) que ligam a Rua dos Cavalos, a Rua do Prior e a Rua de Nossa Senhora com o Largo da Corredora e com a Rua dos Lagares. Protecção Jurídica: Monumento Nacional (Decreto n.º39521 de 30 de Janeiro de 1954) 8

Núcleo Intra-Muralhas de Serpa Homologado Imóvel de Interesse Público por despacho de 29 de Maio de 2003 (aguarda publicação em Diário da República). Castelo de Serpa Construído sobre o local de antigas fortificações, foi uma imponente fortaleza mandada construir em 1295 por ordem de D. Dinis. Tem uma forma quadrangular, com um largo terreiro onde se abre o poço. É cercado por uma cintura de muralhas ameadas com várias torres e a mais imponente, a torre de menagem, está praticamente destruída devido ao ataque espanhol do séc. XVIII, quando o Duque Ossuna se viu obrigado a abandonar Serpa. No seu interior, no espaço onde estava instalada a antiga prisão, funciona actualmente o Museu Arqueológico com colecções desde o Paleolítico até à época moderna. Torre do Relógio (Serpa) Foi construída aproveitando uma das velhas torres do Castelo, em frente à Igreja de Santa Maria. Cerca de 1440 foi-lhe colocado um suporte destinado a receber o relógio, suporte este que parece ter sido construído por Mestre Pascoal. Esta torre tem a particularidade de ser interiormente cilíndrica, subindo-se para o relógio por uma escadaria de madeira de 52 degraus. O apoio é feito em tijolo e não está em esquadria com a torre. O tecto é de abóbada nervada e tem ao centro um escudo com quatro flores-de-lis e, ao meio deste, uma abertura com cerca de 10 cm de diâmetro. Igreja de S. Francisco (Serpa) Esta Igreja é utilizada pela Santa Casa da Misericórdia de Serpa, para as valências de apoio ao idoso, e foi mandada construir cerca de 1502 por D. Manuel I (cerca de meio KM fora da Cidade, na estrada para Vale de Vargo). De estilo gótico, decorada com elementos manuelinos, está hoje profundamente adulterada. Possui uma galilé ou nartex com abóbada nervada e botaréus cilíndricos reatados por carochéus cónicos e o seu portal é ogivado e, no encontro das nervuras, do lado esquerdo, vê-se a esfera armilar. Na entrada do convento existe um pequeno claustro, onde terá existido uma ble colunata de mármore branco, substituída por paredes de alvenaria. Tem uma só cave coroada por uma abóbada de volta redonda e na Capela Mor existem uns painéis laterais de azulejos policronos. A Casa do Capítulo ou Capela dos Terceiros está revestida de azulejos a azul e branco, representando vários passos da vida de S. Francisco. Protecção Jurídica: Monumento Nacional Património do Estado (Decreto de 16 de Junho de 1910) 9

Igreja de Santa Maria (Serpa) É das Igrejas mais antigas da Cidade e a primeira em importância, situando-se ao pé do Castelo. A entrada faz-se por um pórtico ladeado de dois botareis. O interior compõe-se de três naves separadas por arcos ogivais, apoiadas em colunas geminadas coroadas por capitéis românicos A capela mor foi a casa tumular da família Mello. Esta Igreja parece remontar ao tempo de D. Dinis; no entanto, pela observação das suas altas paredes de alvenaria, que sobre os arcos fazem boa parte da altura da nave central, parece poder concluir-se que a actual igreja foi feita sobre os destroços de uma outra edificação (talvez uma mesquita árabe) com aproveitamento das duas ordens de colunas que agora estão sobrecarregadas por uma parede suplementar. Protecção Jurídica: Monumento Nacional Valor Patrimonial: Imóvel de Interesse Público (Decreto n.º29/84 de 25 de Junho) Igreja de Nossa Senhora da Saúde (Serpa) Fica a mais de meio Km da nascente da Cidade, ao fundo da rua principal do cemitério (criado em meados do Séc. XIX). Terá existido, nesse lugar, uma pequena ermida de invocação de Santo André, que seria uma gafaria. A construção da igreja ter-se-á devido ao facto da ermida se encontrar abandonada. A data da sua construção é incerta; sabendo-se, no entanto, que em 1619 já existia. A Igreja apresenta uma fachada equilibrada, coroada por um campanário simples e é ladeada por duas torres que, com outras duas na fachada traseira, enquadram toda a edificação. Ao centro, existe um pórtico com duas colunas jónicas e um frontão clássico. No interior tem uma só nave, muito ampla, com 13,60 de comprimento da entrada ao escadatório, 17,15 da porta ao altar-mor e 7,70 de largura. O tecto da abóbada é de berço e é notável pelas suas dimensões. As paredes estão, até à altura da abóbada, revestidas de azulejos policromos, do Séc. XVII. De cada lado há um altar, sendo o da direita dedicado a Santo André. O altar-mor, declaradamente barroco e com talha muito valiosa (escola barroca eborense), pode ser datado de 1690-95. O retábulo, de exaltação mariana, é considerado uma peça de arte de elevado valor artístico. Actualmente, esta igreja serve de depósito de apoio ao cemitério. 10

Igreja de Salvador (Serpa) Situada fora da muralha, embora dentro do perímetro do Centro Histórico, é uma das igrejas mais antigas de Serpa (encontram-se referenciadas datas do começo do Séc. XV no Arquivo Municipal, sendo também apontada nos desenhos de Duarte Darmas, 1520). Tem, no seu interior uma única nave com abóbada de berço. Além da capela-mor, com um sacrário guardado por dois querubins, existem mais seis capelas com ricas talhas. A capela-mor tem nas paredes laterais dois painéis de azulejo azul e branco do Séc. XVIII e, sobre eles, dois quadros a óleo de autores desconhecidos. Calvário (Serpa) É uma pequena capela circular situada na Rua do Calvário, que fazia parte do Largo de Salvador. Esta capela é conhecida por Calvário das Pedras Negras, devido ao facto de as paredes exteriores apresentarem muitas pedras salientes pintadas de preto. É também conhecida por Nossa Senhora do Pé da Cruz. Não se sabe a data da sua construção mas é anterior à da construção das casas que a rodeiam, sabendo-se que já existia em 1480. Convento e Igreja de S. Paulo (Serpa) Este monumento foi adaptado a Hospital, sendo que a igreja funciona como câmara mortuária, em situações excepcionais. A construção deste convento, segundo documentação do Arquivo Municipal, parece ter-se iniciado por volta de 1690. As obras de adaptação adulteraram o interesse histórico do edifício, nomeadamente com a introdução de janelas de alumínio. A igreja abre a sua porta ao lado da entrada principal do convento e tem no interior uma só nave encimada por uma abóbada de berço. Nas paredes laterais há seis altares, sendo os maiores os do transepto. Nos lados, existem painéis de azulejo azul e branco, de 1750. na capela-mor também existem dois painéis de azulejos azuis e brancos, um de cada lado. Santuário (Serpa) Situa-se nas confluências da Rua Barbacã e da Rua Cadeia Velha. Tem uma única nave de abóbada de berço e está decorada com pintura recente. As imagens das diferentes capelas laterais são antigas e de bom nível artístico. As sete imagens existentes são todas de Jesus, à excepção da de Nossa Senhora das Dores. 11

Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe (Serpa) Situada no Alto de S. Gens, foi construída em devoção a Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira do Concelho de Serpa. É a devoção mais antiga de Serpa e supõe-se que o seu culto advenha do Séc. XIV, de estilo gótico-mudejar. Com poucos metros de área e apenas iluminada pela luz da porta, tem um pequeno altar onde está a imagem da Santa (com cerca de 30 cm). Ao lado fica a sacristia, ainda mais pequena, onde existe um ex-voto de 40 cm de altura por 30 de largo. Igreja de Santa Luzia (Pias) Situada num vale, a 2,5 Km da povoação de Pias, não se sabe a data nem a origem da sua construção, embora pareça remontar aos fins dos Sécs. XV / XVI. Tem um estilo góticomudejar e poderá ter sido mandada construir por D. Nuno Álvares Pereira, por altura da saída dos frades carmelitas de Moura (1387). Esta igreja tinha 4 altares: o altar-mor de talha dourada, no qual estavam Jesus, Nossa Senhora da Assunção e Santa Luzia; o altar das Santas Almas (com S. Miguel e Santo André e ao fundo uma pintura de Nossa Senhora do Carmo), o altar de S. Luís, com S. Francisco e Santa Bárbara e o altar do Calvário com um grande Cristo crucificado. As paredes foram caiadas tendo-se perdido os frescos existentes. A igreja é de uma só nave, com uma pequena sacristia. Existiu um cruzeiro no adro, com base de alvenaria, tendo sido demolido. Na face exterior da igreja, existiu um nicho que poderá ser servido para as cerimónias campestres. Junto ao edifício existiu também um cemitério. O acesso ao campanário era feito por uma escada amovível, que se encostava ao cunhal oposto ao do sino e onde ainda existem uns degraus que permitiriam alcançar o telhado. Este acesso passou a ser efectuado por uma escada de alvenaria, existente no exterior da capela-mor. Protecção Jurídica: Imóvel de Interesse Público (Decreto n.º45 327 de 25 de Outubro de 1963). Palácio do Marquês de Ficalho (Serpa) A sua construção remonta a meados do Séc. XVII. O Palácio foi construído encostado à muralha, do lado poente, ao lado da Porta Norte, que poderá ter sido aberta para servir a construção e, mais tarde, para acesso fácil a este solar (propriedade da família Mello). Este edifício, no exterior, é de grande sobriedade mas no seu interior sobressai a riqueza dos seus azulejos e a imponência das suas abóbadas, além da grande escadaria que bifurca em dois lanços. 12

Aqueduto e Nora (Serpa) Esta construção que liga ao Palácio dos Condes de Ficalho assenta em toda a extensão da muralha até ao canto que dá para sul e onde começa a Rua dos Lagares, sendo considerada o exlibris monumental de Serpa. Os seus dezanove elegantes arcos, apoiados na muralha, sustêm o canal que leva ao Palácio a água da nora existente no referido canto da muralha. O aqueduto e a nora foram, provavelmente, construídos na mesma altura do Palácio, em meados do Séc. XVII para o seu abastecimento de água. Barragem do Muro dos Mouros (Barranco da Morgadinha acesso pela EN260) estrutura referenciada por A Viana referindo-se já ao elevado grau de destruição que a obra apresentava, principalmente nos dois extremos Actualmente o comprimento da Barragem é de 1,30m, a altura máxima de 3,0m e a espessura de 1,5m no que respeita à tipologia, apresenta uma planta acentuada curvilínea com a face convexa voltada a jusante, sendo o muro desse lado suportado por pelo menos 12 pequenos contrafortes com 0,5m de espessura média e afastamento de 6,0m. Quanto à técnica construtiva, o muro é constituído por um núcleo de blocos argamassados (opus incertum), sendo revestido de ambos os lados por um paramento constituído por fiadas de blocos arrumados, em geral de grandes dimensões, por vezes com pequenos fragmentos de tijoleira intercalados esta obra teria fundamentalmente uma finalidade hidroagrícola relacionada com uma provável vila situada a cerca de 400m a montante da barragem, onde se observou muito material à superfície. (Aproveitamentos hidráulicos romanos a sul do Tejo, MPAT; Secretaria do Estado do Ambiente e dos Recursos Naturais, Agosto de 1987). Imóvel de Interesse Público (1989) (Decreto-Lei n.º26-a/92 de 1 de Junho) Património Monumental em vias de classificação Mosteirinho Serpa Ermida de Santa Iria Santa Iria Torre do Relógio Serpa Palácios Condes de Ficalho Serpa 13

2.2. Património Cultural 2.2.1. Festas, Feira e Outros Eventos FESTAS Serpa - Festa em Honra de Nossa Senhora de Guadalupe Tem a duração de 5 dias e inicia-se na sexta-feira da Paixão e termina na terça-feira seguinte (Feriado Municipal); sendo considerada a Festa do Concelho. A Festa reveste-se de antiquíssimos rituais e compreende manifestações de importante carácter etnográfico. Um dos seus pontos altos é o Cortejo Histórico-Etnográfico, no Domingo de Páscoa, em que centenas de figurantes, a pé e em carros alegóricos, recriam a evolução histórica do Concelho e mostram os usos e costumes locais. - Festa de Nossa Senhora dos Remédios Realiza-se no 1.º fim-de-semana de Fevereiro. Consiste numa procissão e romaria na área da Ermida da Senhora dos Remédios. - Festa de S. Brás Realiza-se no último fim-de-semana de Maio, com romaria circunscrita à área de S. Brás. - Festa de S. Pedro Realiza-se no dia 29 de Junho. É a festa dos pastores de Serpa, com romaria, procissão e festas populares com marchas. - Festa de Santa Ana Realiza-se nos dias 28 e 29 de Julho. Romaria circunscrita à área de Sant Ana. Vila Nova de S. Bento - Festa das Santas Cruzes Realizam-se no 1.º fim-de-semana de Maio. Assinalam a Primavera e o iniciar de um novo ciclo. São consideradas as festas da Vila. - Festa de S. Sebastião Realizam-se no Domingo mais próximo do dia 20 de Janeiro. Pias - Festa de S. Luís e Santíssimo Sacramento Realiza-se no último fim-de-semana de Agosto. - Festa de S. João Realiza-se a 24 de Junho. Fazem-se os Jordões e os Mastros e canta-se ao S. João. 14

Brinches - Festa de Nossa Senhora da Consolação ou Jubileu de Nossa senhora Tem a duração de 3 dias e realiza-se nos 15 dias seguintes à Páscoa. - Procissão das Velas Realiza-se de 4 em 4 anos no final de Maio. Vila Verde de Ficalho - Festa de Nossa Senhora das Pazes Realiza-se no 1.º fim-de-semana após a Páscoa, com romaria junto à ermida. É a festa da terra. - Festa de Santo António Decorre no fim-de-semana mais próximo de 12 de Junho. - Festa de Santa Maria Decorre a 15 de Agosto em honra de Santa Maria. Vale de Vargo - Festa de S. Sebastião Realiza-se no fim-de-semana mais próximo de 20 de Janeiro. - Festa da Ascensão do Senhor Realiza-se no fim-de-semana seguinte à quinta-feira de Ascensão. Vale Mortos - Festa de Santa Maria Realiza-se a 15 de Agosto, com romaria. Santa Iria - Festa de Santa Iria Realiza-se no fim-de-semana mais próximo de 20 de Outubro. Mina Orada - Festa da Mina Realiza-se no fim-de-semana a seguir à Páscoa. Romaria. A-do-Pinto - Festa de Nossa Senhora de Fátima Realiza-se no fim-de-semana mais próximo de 13 de Maio. 15

FEIRAS - Serpa: Feira Anual 3.º fim-de-semana de Agosto; Feira Tradicional e Feira do Desenvolvimento e Tradição fim-de-semana mais próximo de 24 de Agosto, com duração de 4 dias; Feira do Queijo do Alentejo Fevereiro/ Março. - Vila Nova de S. Bento: Feira Anual 1.º fim-de-semana de Setembro. - Pias: Feira Anual e Feira do Vinho último fim-de-semana de Junho, coma duração de 3 dias. - Vale de Vargo: Feira do Azeite 2.º fim-de-semana de Março. - Vale do Poço (Salvador): Feira Agro Pecuária Transfronteiriça de Vale do Poço. - Serpa: Mercado Cultural, Junho 2 OUTROS EVENTOS Conferências de Serpa Março; Serpa Comemorações do 25 de Abril Abril; Concelho de Serpa Fórum Idoso Maio; Serpa Encontro de Culturas Junho; Serpa Semana Europeia da Mobilidade Setembro; Serpa DOC skingdom Junho; Serpa Noites de Rua Cheia Julho e Agosto; Concelho de Serpa 2 Este evento é organizado no âmbito do Encontro de Culturas e tem como objectivo o comércio de produtos oriundo das localidades nacionais e estrangeiros convidados anualmente. 16

Noites na Nora Julho e Agosto; Serpa Semanas Culturais Junho e Julho; Concelho de Serpa Dia Mundial da Criança Junho; Concelho de Serpa Feira do Desporto Maio; Pias Festival de Teatro Infantil Fevereiro, Mês Pequenino Fevereiro; Serpa Jornadas Europeias do Património Setembro; Serpa Artes Palco Outubro; Vila Nova de S. Bento 2.2.2. Património Gastronómico O Concelho é também célebre pelas suas especialidades gastronómicas e produtos regionais (dos quais se salienta o pão, o queijo de ovelha, a carne de borrego, os enchidos de porco, o azeite e o vinho). A área de produção do Queijo de Serpa (um dos mais famosos queijos de ovelha portugueses) tem origem no Concelho, mas é hoje bastante mais alargada, podendo este ser produzido em quase todo o Baixo Alentejo. É de mencionar também o requeijão (produto subsidiário do fabrico do Queijo), utilizado nas célebres queijadas de Serpa e servido enquanto sobremesa com adição de mel. A Caça à perdiz, ao coelho, à lebre, ao javali e aos tordos faz de Serpa um ponto de interesse nos roteiros cinegéticos portugueses. 2.3. Património Natural O ambiente e o património natural do Concelho estão ainda preservados, essencialmente pela fraca implementação da grande indústria. Há a realçar, no entanto, a diminuição progressiva do coberto arbóreo e a erosão dos solos. A qualidade das águas doces superficiais armazenadas em albufeiras é boa, conhecendo-se muito pouco da qualidade das águas subterrâneas. Relativamente a este Património, salienta-se o Parque Natural do Vale do Guadiana e a ambiência impar dos povoados limpos e brancos do Concelho. Decreto Regulamentar n.º28/95, de 18 de Novembro. 17

Apesar de não se tratar de uma realidade significativa, comparativamente com outros concelhos e regiões, é de assinalar a devastação, provocada pelos incêndios, que pode comprometer este património. É portanto necessário apostar na prevenção destas adversidades que gradualmente vão danificando o ambiente natural. Quadro 5 Incêndios Florestais e Bombeiros Data Referência: 2003 Serpa Ocorrências de Incêndios Florestais Total Área ardida Povoamentos florestais Matos Corporações de bombeiros Bombeiros Nº ha Nº 6 17 11 6 1 55 Fonte: Anuário Estatístico da Região Alentejo, 2003, INE 3. Análise Demográfica Gráfico 1 Evolução da População por Freguesia 1864 / 2001 3 10000 9000 8000 Vila Nova S. Bento N.º de Individuos 7000 6000 5000 4000 3000 2000 Brinches Pias Salvador Santa Maria Vale de Vargo 1000 0 Vila Verde de Ficalho 1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 Anos Fonte: INE Censos 2001 3 Ver anexo Caracterização Genérica do Concelho: Evolução da População por Freguesia 1864 / 2001 18

É visível no Concelho um progressivo decréscimo populacional, com início nos anos 60, com os fluxos migratórios para outros países. Nas décadas posteriores assumem grande importância os movimentos migratórios internos. É de realçar que os valores populacionais máximos se registaram na década de 50 e na década de 30, com especial relevo na Freguesia de Vila Nova S. Bento. Com a perda da população residente (essencialmente da população activa) e com a redução da taxa de fecundidade, esta Região tornou-se a mais envelhecida do País e das mais envelhecidas da Europa. Gráfico 2 População Residente 4 / População Presente 5 2001 6 50 00 N.º de Individuos 4 500 40 00 3 500 30 00 2 500 20 00 1500 10 00 500 0 População Residente População Presente Brinches Salvador Santa Maria Pias Vila Verde de Ficalho Vila Nova S.Bento Vale de Vargo Fonte: INE Censos 2001 A densidade populacional do Concelho é de 15,1 habitantes / Km 2 ; sendo que 39% da população residente está concentrada nas freguesias de Salvador e de Santa Maria. V. N. S. Bento e Pias são as freguesias rurais com mais população, respectivamente 20% e 18% do total do Concelho. A freguesia com menor densidade populacional é a de Vale de Vargo. 4 Indivíduos que, independentemente de no momento censitário zero horas do dia 12 de Março de 2001 estarem presentes ou ausentes numa determinada unidade de alojamento, aí habitavam a maior parte do ano com a família, ou detinham a totalidade ou a maior parte dos seus haveres INE Censos 2001 5 Indivíduos que no momento censitário zero horas do dia 12 de Março de 2001 se encontravam numa unidade de alojamento, mesmo que aí não residam, ou que, mesmo que não estando presentes, lá chegaram até às 12 horas desse dia INE Censos 2001 6 Ver Anexo Caracterização Genérica do Concelho: População Residente/População Presente 2001 19

Quadro 6 População Residente segundo os Grupos Etários População Residente 2001 Total Grupos Etários / Anos de Idade 0-4 5-9 10-15- 20-25- 30-35- 40-45- 50-55- 60-65- 70-75- 80-85- = - 1 18 14 19 24 29 34 39 44 49 54 59 64 69 74 79 84 89 ou ano anos >90 716 780 820 1024 1049 973 1109 1139 1124 995 882 897 1144 1284 1112 851 478 242 104 152 13819 16723 Fonte: INE Censos 2001 O Índice de Dependência Total atinge os 62%, revelando o envelhecimento populacional do Concelho, quer na base quer no topo da pirâmide, com fraca representatividade da população em idade activa. Gráfico 3 População Residente em 1991 e 2001, segundo os Grupos Etários 7 10000 9000 8000 N.º de Individuos 7000 6000 5000 4000 3000 Ano de 1991 Ano de 2001 2000 1000 0 0-14 15-24 25-64 65 ou mais Faixas Etárias Fonte: INE Censos 2001 De 1991 para 2001 houve um decréscimo populacional de 6,6%. Os decréscimos verificaram-se nas faixas etárias 0-14 anos (23%); 15-24 anos (17%); 25-64 anos (5%); à excepção da população idosa, que teve um acréscimo de 11%. 7 Ver Anexo Caracterização Genérica do Concelho: População Residente Segundo os Grupos Etários 20

Gráfico 4 População Residente por Anos de Nascimento 8 1400 1200 1000 800 N.º de Individuos 600 400 200 0 1967-1971 1962-1966 1957-1961 1952-1956 1947-1951 1942-1946 Anos 1937-1941 1932-1936 1927-1931 1922-1926 1917-1921 1912-1916 De 1911 ou antes Fonte: INE Censos 2001 Constata-se, em termos de anos de nascimento: - entre 1932-36 verificou-se o maior número de nascimentos no Concelho (1316 nascimentos) - o grupo de anos com menos nascimentos foi o de 1917-21 (525 nascimentos) - entre 1997-2001 apenas se verificaram 604 nascimentos 8 Ver Anexo Caracterização Genérica do Concelho: População Residente por Grupos de Anos de Nascimento 21

Gráfico 5 População Residente segundo o Estado Civil e Género 9 N.º de Individuos 10000 8000 6000 4000 2000 0 Estado Civil/Género Solteiro/HM Casado/HM com Registo Casado/HM sem registo Viúvo/HM Separado/HM Divorciado/HM Fonte: INE Censos 2001 Quanto ao estado civil e género, 55% da população residente é casada (92% com registo); 9% é viúva (78% mulheres); 1% é divorciada (92% homens) e 0,6% é separada (52% homens). Gráfico 6 Famílias Clássicas segundo a Dimensão (Nª de Pessoas) 10 N.º de Familias 2000 1500 1000 500 0 Tipo de Familias Co m 1 Co m 2 Co m 3 Co m 4 Co m 5 Co m 6 Co m 7 com 8 Co m 9 Com 10 ou mais Fonte: INE Censos 2001 Das 6077 famílias clássicas do Concelho, a maior parte (30%) tem no seu seio 2 elementos, logo seguidas pelas famílias com 3 elementos (22%). 9 Ver Anexo Caracterização Genérica do Concelho: População Residente Segundo o Estado Civil e Género 10 Ver Anexo Caracterização Genérica do Concelho: Famílias Clássicas, Segundo o Tipo de Família 22

Gráfico 7 Famílias Clássicas segundo o Tipo de Família 11 N.º de Familias 2500 2000 1500 1000 500 Ca s al de "direito " s em filho s Ca s al de "direito " co m filho s Ca s al de "facto " s em filho s Ca s l de "facto " co m filho s P a i co m filho s Mãe co m filho s Avó s co m ne to s Avó co m neto s Avô co m neto s 0 Fonte: INE Censos 2001 Tipo de Familias Co m 2 núcle o s Co m 3 o u + núcleo s A maior parte das famílias são constituídas por 1 núcleo familiar (4561 famílias 75%), logo seguidas pelas famílias sem filhos (1494 34%). Quadro 7 Outros Indicadores Demográficos Indicadores Demográficos Valores Nados Vivos HM 131 Nados Vivos H 66 Óbitos HM 262 Óbitos H 143 Taxa de Natalidade Taxa de Mortalidade Taxa de Nupcialidade Taxa de Divórcio Excedente de Vidas Índice de Envelhecimento 8,1 (permilagem) 16,2 (permilagem) 3,4 (permilagem) 1,8 (permilagem) -8,1 (permilagem) 172,0 (percentagem) Data Referência: 2004 Fonte: INE Recenseamento Geral da População e Habitação, 2004 11 Ver Anexo Caracterização Genérica do Concelho: Famílias Clássicas, Segundo o Tipo de Família 23

O índice de envelhecimento deste Concelho é superior ao do País e, de forma pouco significativa, ao da Região Alentejo: 172 idosos por cada 100 jovens, comparativamente aos 108 de Portugal e aos 170 da Região Alentejo. Apenas no que respeita ao Baixo Alentejo (177 idosos por cada 100 jovens) o concelho de Serpa apresenta dados ligeiramente inferiores. Relativamente a 2001 (176 idosos por cada 100 jovens) houve um decréscimo de apenas 4 idosos. 4. Associativismo 4.1. Caracterização do Movimento Associativo Concelhio No sentido da caracterização do movimento associativo concelhio, foram aplicados inquéritos por questionário a 56 associações locais 12. Das associações consideradas responderam 28 (50%), com a seguinte distribuição 13 : Associações de Jovens 6; Grupos de Teatro 3; Associações Culturais e Recreativas 13; Associações Desportivas 6. As questões aprofundadas neste relatório prendem-se com a sede / espaço destas associações 14, os seus equipamentos, as datas de fundação, as suas áreas de actividade e as parecerias instituídas, o número de sócios e o seu grau de participação nas actividades da associação, as actividades desenvolvidas e a sua planificação, assim como o grau de envolvimento dos membros constituintes, os apoios recebidos e a proveniência destes apoios. Se procedermos à leitura global dos elementos de que dispomos, no que concerne à totalidade das associações que responderam a estes inquéritos, constatamos que: - 21 % das associações estão sedeadas em V.N.S.Bento, 18% em Serpa, 18% em Pias, 14% em Vale de Vargo, 14% em V.V.Ficalho, 7% em A-do-Pinto e 4%, equitativamente, em Brinches e Vales Mortos. - 29% das associações foram fundadas entre 2000 e 2005, 21% entre 1975 e 1995 e 21% entre 1935 e 1955. - A área de actividade predominante é a da Cultura, com 60%, seguida da do Desporto, com 18%, e a do Recreio/Lazer, com 18%. 12 Gabinete de Acção Social C.M.Serrpa: Estágio Profissonal Abril/Dezembro 2005 13 Ver anexo Caracterização Genérica do Concelho: Caracterização do Movimento Associativo Concelhio 14 Não são consideradas associações doutro carácter, nomeadamente associações de pais, associações empresariais ou outras 24

- 54% das parcerias instituídas têm um carácter concelhio, 4% um carácter distrital/nacional e 4% são parcerias instituídas a nível internacional. - 67% dos espaços destas associações são cedidos (na sua quase totalidade pela Câmara Municipal e pelas Juntas de Freguesia). Apenas 18% dos espaços pertencem às associações inquiridas, sendo que 11% não têm espaços ou sedes próprias e apenas 4% referiram usufruir de espaços arrendados. - Os equipamentos são, em 75% dos casos, equipamentos próprios e resumem-se, na sua grande maioria, a equipamentos informáticos e mobiliário; sendo que apenas 25% das associações têm viatura. Relativamente a estes equipamentos, 71% consideram-nos suficientes e 39% consideram-nos adequados. - 39% das associações têm até 50 associados, 14% entre 51 e 101, 11% entre 102-152 associados e 36% acima dos 152 associados. - 43% das associações consideram o grau de participação dos seus associados reduzido, 36% referem que este é médio e outra 21% referem ser médio +. - 71% destas associações têm Plano de Actividades delineado, sendo que 18% planeiam as suas actividades trimestralmente/semestralmente e apenas 14% realizam o planeamento mensalmente. - 50% destas associações desenvolveram, em 2004, entre 10-15 actividades, 29% desenvolveram mais de 15 actividades e 21% desenvolveram menos de 5 actividades. - 89% das associações concretizaram a totalidade das actividades previstas para 2004 e 7% não concretizaram as acções previstas. Destas, 79% por insuficiência de recursos financeiros, 11% por insuficiência/inexistência de transportes, e 25% por motivos organizacionais. 4% das associações concretizaram actividades que não tinham sido planeadas. - 28% das associações têm como fonte de recursos financeiros receitas das actividades que produzem, 26% referem ter apoios de duas fontes principais, Câmara Municipal de Serpa e juntas de Freguesia. - Para 21% destas associações as únicas receitas são as quotizações dos sócios, 15% são apoiados com donativos de empresas e 8% com Programas de Financiamento do Estado. - 40% das associações relataram que a periodicidade das reuniões de Direcção é mensal. 25% referiram que o fazem semanalmente, 21% só quando existe necessidade e 14% quinzenalmente. 25

5. Equipamentos Culturais e Desportivos Quadro 8 Recintos Desportivos Data referência: Setembro 2006 SERPA PIAS V.N.S.BENTO Pavilhão de Desportos Carlos Pinhão Parque Desportivo EBI Escola Secundária de Serpa Piscina Descoberta Piscina Coberta Parque Desportivo EBI EBI Campo de Futebol Relvado Campo de Futebol Sintético Pavilhão Court Ténis Patinódromo Pequeno Campo de Jogos Pavilhão Coberto (30x15m), Ginásio e Parque de Jogos Campo de Futebol Relvado Polidesportivo Court Ténis Pavilhão Coberto (30x15m) e Ginásio Pequeno Campo de Jogos Campo de futebol Relvado Campo de Futebol Pelado Polidesportivo Court de Ténis Pequeno Campo de jogos VALE DE VARGO Parque Desportivo Campo de Futebol Polidesportivo A-DO-PINTO Campo de Futebol BRINCHES Campo de Futebol V.V. FICALHO Campo de Futebol Polidesportivo Court Ténis Fonte: Câmara Municipal de Serpa, Setembro 2006 Quadro 9 Bibliotecas Data Referência: Setembro 2006 SERPA Biblioteca Abade Correia da Serra e Museu Histórico Municipal VILA VERDE DE FICALHO Biblioteca Museu de Vila Verde de Ficalho PIAS Biblioteca Pública do Teatro Experimental de Pias BRINCHES Biblioteca António Estevéns Baptista Fonte: Câmara Municipal de Serpa, Setembro 2006 Quadro 10 Museus Data Referência: Setembro 2006 SERPA Museu Etnográfico Museu Arqueológico Museu do Relógio VILA VERDE DE FICALHO Museu Arqueológico VILA NOVA DE S. BENTO Museu Etnográfico PIAS Museu do Vinho (em preparação) Fonte: Câmara Municipal de Serpa, Setembro 2006 Quadro 11 Salas de Espectáculo Data Referência: Setembro 2006 SERPA Cine Teatro Municipal de Serpa 388 lugares PIAS Cine Teatro D. Maria em remodelação VILA NOVA DE S. BENTO Cine Teatro Maria Lamas 282 lugares BRINCHES Sala de Espectáculos (em fase de projecto) Fonte: Câmara Municipal de Serpa, Setembro 2006 26

Quadro 12 Outros Equipamentos Colectivos Data Referência: Setembro 2006 SERPA Pavilhão de Feiras e Exposições; Salão de Bombeiros; Casa do Povo; Auditório da Escola Profissional de Desenvolvimento Rural; Sociedade Luso Serpense; Sociedade Filarmónica de Serpa; Espaço da Nora; Papelaria Vemos, Ouvimos e Lemos PIAS Salão Polivalente; Casa da antiga UCP; Casa do Povo VALE DE VARGO Centro Cultural; Salão Polivalente; 2 Colectividades com biblioteca e Salão de jogos; 1 Colectividade com sala de jogos BRINCHES Salão Polivalente; 1 Colectividade; Casa do Povo VILA VERDE DE FICALHO Salão Polivalente, 3 Colectividades com sala de jogos e 1 com biblioteca VILA NOVA DE S. BENTO Centro Cultural; 2 Colectividades; Salão Polivalente A- DO PINTO Centro Social; Centro de Convívio; Centro de Atendimento Municipal SANTA IRIA Centro Cultural VALES MORTOS Centro Cultural Fonte: Câmara Municipal de Serpa, Setembro 2006 5.1. Associações de Carácter Cultural Sedeadas no Concelho 15 Quadro 13 Grupos de Teatro, grupos Musicais e Grupos Corais Data Referência: Setembro 2006 SERPA Grupo de Teatro de Serpa BAAL 17 Companhia de Teatro na Educação do Baixo Alentejo Grupo Musical Brainstorm Grupo Musical Retrospectiva Banda Filarmónica de Serpa Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa Grupo Coral Os Ceifeiros de Serpa Grupo musical Trigo Roxo Os Alentejanos PIAS Teatro Experimental de Pias Grupo de Música Popular Canto Moço Grupo Coral Os Camponeses de Pias Grupo de Música Popular Ecos do Enxoé VILA NOVA DE S. BENTO Associação de Iniciativas Culturais Vil Artes Grupo Coral e Etnográfico de Vila Nova de S. Bento Rancho de Cantadores de Vila Nova de S. bento Grupo Coral A-do-Pinto Grupo Musical Negative Creep Grupo Coral Feminino Madrigais Grupo Musical Nemeless VALE DE VARGO Grupo Musical Alencante Rancho Coral Os Camponeses de Vale de Vargo Rancho Coral Feminino As Papoilas do Enxoé VILA VERDE DE FICALHO Os Chocalheiros Grupo Coral Os Arraianos Grupo Musical N1H5 Grupo Serões do Alentejo BRINCHES Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Brinches Banda Filarmónica de Brinches Fonte: Câmara Municipal de Serpa, Setembro 2006 15 Ver anexo Caracterização Genérica do Concelho: Instituições que Integram o Conselho Municipal do Movimento Associativo 27

6. Caracterização Económica O tecido económico do Concelho de Serpa sofreu uma alteração bastante significativa na sua estrutura sectorial, marcada, nas últimas décadas, pelo predomínio da actividade agrícola (quer no que se refere à produção, quer no que se refere a algumas actividades de comercialização e de transformação). A quebra da importância do sector primário, contrasta com o aumento dos sectores secundário e terciário (este último o mais representativo). Esta situação deve-se a um crescimento das actividades mais directamente relacionadas com o consumo, designadamente o comércio, bem como os serviços de apoio à população (a destacar as áreas da educação, idosos, saúde e administração pública). Quadro 14 Empresas em Actividade e com Sede no Concelho de Serpa, por Sectores de Actividade Data Referência: 2002 Sector Primário 469 Sector Secundário 313 Sector Terciário 877 TOTAL 1659 Fonte: Anuário Estatístico da Região do Alentejo, 2003, INE De acordo com o Anuário Estatístico da Região Alentejo 2003, existiam em 2002, um total de 1659 empresas em actividade e com sede no Concelho. Destas, 469 (28,2%) são ligadas ao sector primário; 313 (18,9%) ao secundário (essencialmente indústria transformadora e construção) e 877 (52,9%) ao terciário (fundamentalmente comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis e de bens de uso pessoal e doméstico). Importa salientar que o emprego em actividades relacionadas com o turismo (alojamento e restauração) tem vindo a registar uma importância crescente no Concelho. Relativamente ao poder de compra concelhio e segundo o Estudo Sobre o Poder de Compra Concelhio (INE, 2004), são atingidos os seguintes valores Per Capita 16 : - Baixo Alentejo: 68,09 - Beja: 94,71 - Serpa: 58,18 16 O indicador do poder de compra per capita é um número índice que compara o poder de compra regularmente manifesto nos diferentes concelhos ou regiões, em termos per capita, com o poder de compra médio do País, a que foi atribuído o valor 100. 28

Conforme os dados expostos, o Concelho de Serpa, no que concerne ao poder de compra per capita, apresenta valores abaixo dos valores de Beja e do Baixo Alentejo (Região com indicador de poder de compra inferior aos valores nacionais). Relativamente a 2000, o poder de compra da população subiu ligeiramente (2000: 55,75). Outro indicador pertinente, apresentado neste estudo, é a percentagem do poder de compra, obtido a partir do índice de poder de compra per capita, que permite aferir o peso do poder de compra de cada concelho (ou região) no total do Pais que toma o valor 100%. Neste seguimento, o Baixo Alentejo apresenta 0,86% de poder de compra no total do País, Beja 0,32% e Serpa 0,09%, valores também eles bastante reduzidos, como é possível constatar. 6.1. Breve Caracterização dos três Sectores de Actividade 6.11. Sector Primário Foi, nas últimas décadas, pilar fundamental da economia local, tendo registado nos últimos anos (devido a condicionantes internas e externas) uma redução assinalável da sua actividade, expressa na diminuição das áreas utilizadas, bem como na redução de algumas actividades posicionadas a montante e a jusante. Neste sector, as principais culturas são o olival, o trigo mole, o triticale, a cevada e o girassol. Nas actividades pecuárias o efectivo reprodutor é dominado por ovelhas, seguindo-se as aves e as vacas de carne (INE- Anuário Estatístico da Região Alentejo, 2000). Quadro 15 Sistemas de Produção Agrícola Serpa Explorações Parcelas SAU 17 Nº % total Nº % total ha % total Área Média (ha) Sist. Culturas Arvenses 160 9 600 6 5 789 7 36,2 Sist. Culturas Permanentes 566 33 1 538 14 3 378 4 6,0 Sist. Agícola Misto 464 27 3 772 35 16 488 19 35,5 Sist. Agrosilvopastoril 354 20 3 684 35 49 191 54 139,0 Sist. Silvopastoril 187 11 1 032 10 14 196 16 75,9 Total 1 731 100 10 626 100 89 042 100 51,4 Fonte: Plano Estratégico de Desenvolvimento Agro Rural dos Concelhos de Moura, Serpa e Barrancos Set. 2001 17 Superfície Agrícola Utilizada 29

Quadro 16 Indicadores de Estrutura das Explorações Agrícolas Concelho de Serpa Superfície Agrícola Utilizada na Área Total 96,7% Área Média Superfície Agrícola Utilizada / Exploração 30,3 ha Superfície Agrícola Utilizada em Explorações <5 ha 3,6 ha Superfície Agrícola Utilizada em Explorações> 100 ha 62,6 ha Área Irrigável na superfície agrícola Utilizada 0,6% Superfície Agrícola Utilizada / Tractor 77,3 ha Superfície Agrícola Utilizada / Ceifeira 501,5 ha Unidade Trabalho Agrícola 18 Familiar / Unidade Trabalho Agrícola Total 53,0% Unidade Trabalho Agrícola Assalariado Permanente/Unidade Trabalho Agrícola Total 31,7% Superfície Agrícola Utilizada / Unidade Trabalho Agrícola 36,0 ha Fonte: Plano Estratégico de Desenvolvimento Agro Rural dos Concelhos de Moura, Serpa e Barrancos Set. 2001 Quadro 17 Explorações, segundo a Dimensão da SAU Intensidade de utilização da SAU, Concelho de Serpa Culturas Temporárias 104,2% Prados, Forragens e Pastagens 102,8% Superfície Agrícola Utilizada / Exploração Fonte: Anuário Estatístico da Região do Alentejo, 2000, INE 45,23 ha Quadro 18 Mão-de-Obra Agrícola na Exploração Permanente Sazonal Familiar Não Familiar Serpa H M C/ 55 ou mais anos = a tempo H M C/ 55 ou mais anos = a tempo inteiro 19 = a tempo inteiro H M inteiro H M 2074 1309 1113 711 1186 400 71 110 21 428 486 Fonte: Anuário Estatístico da Região do Alentejo, 2000, INE Verifica-se uma diferença significativa, quanto à mão-de-obra agrícola, entre o género masculino e o género feminino, sendo que o primeiro excede em grande número o segundo. Essa diferença é igualmente visível ao nível das explorações familiares comparativamente às não familiares. 18 Equivalente ao trabalho de 1 pessoa, a tempo inteiro, realizado num ano, medido em horas (1UTA = 275 dias de trabalho a 8 horas / dia) 19 Consideram-se como tempo inteiro 240 dias ou 1920 horas por ano 30

Quadro 19 Produção de Azeite no Concelho Data Referência: 2004 Azeite Azeite obtido Lagares em Azeitona obtido por Por grau de acidez Serpa Laboração Oleificada quintal de azeitona Total Até 0,8 0,9 a 2,0 >2,0 Nº t Hl/100 kg hl 6 12 193 0,16 20 027 17 676 2 123 228 Fonte: Anuário Estatístico da Região Alentejo, 2004, INE Quadro 20 Lagares Reconhecidos até 11.04.2006 no Concelho de Serpa Campanha 2005/06 Nº Lagar Freguesia do Lagar Nome do Explorador 9675 Santa Maria Andreas Kurt Bernhard 9678 Santa Maria Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Serpa 9610 Salvador Spaza Sociedade Produtora de Azeites do Alentejo 406 Vale de Vargo Machado e Barradas, Lda. 307 Vila Verde de Ficalho José Manuel Almeida Monge 9634 Vila Verde de Ficalho Sociedade de Produção e Comercialização de Azeites Ficalho, Lda. 380 Vila Nova de S. Bento Louro Rodrigues Agro Industriais, Lda. 9465 Brinches Cooperativa Agrícola de Brinches, Crl Fonte: Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Dezembro 2005 Dada a importância do olival no concelho, o azeite constitui uma das principais produções, daí a existência dos vários lagares acima referidos. Segundo os dados mais recentes obtidos (2004) o total de azeite produzido foi de 20 027 hl, valor ligeiramente inferior ao ano 2003 (22 742) 20, provavelmente devido a factores climatéricos (escassez de pluviosidade). 20 Fonte: Anuário Estatístico da Região Alentejo, 2004, INE 31

6.1.2. Sector Secundário O tecido estrutural de Serpa caracteriza-se, em termos estruturais e de evolução, por um conjunto de indicadores que revelam a sua fragilidade, seja em termos sectoriais, seja no âmbito regional em que se insere. A indústria e a construção detêm 18,9% das empresas no Concelho, sendo que da indústria transformadora se destacam as indústrias alimentares, de bebidas e do tabaco, detendo cerca de 48,8% do total das indústrias sedeadas; seguidas da indústria metalúrgica de base e de produtos metálicos (25,6%) 21. O volume de negócios, na indústria transformadora, ascendeu aos 12.002 euros em 2002 e aos 12.753 em 2003 22. A C.M. Serpa tem apostado na criação de Zonas de Actividades Económicas e Zonas Industriais, enquanto contributo ao desenvolvimento local; sendo de destacar a atribuição de lotes a preço simbólico (0,30 m2) para criação de pequenas e médias empresas. A Cidade de Serpa possui uma Zona Industrial 23, submetida à execução dum Plano Pormenor, (aprovado em 1996), e sujeita a um regulamento específico; vocacionada para a instalação de pequenas e médias empresas não poluentes, privilegiando aquelas que criem mais postos de trabalho e menores impactos negativos tenham ao nível ambiental. Com uma área total de 244.977 m 2, dividiu-se em duas fases de implementação: a primeira com 24 lotes e a segunda com 23 lotes (esta última fase está ainda a decorrer). A área destinada à indústria é de 100.270 m 2 e os espaços verdes ocupam uma área total de 112.030 m 2. A dimensão dos lotes oscila entre os 900 e 5000 m 2, destinando-se os de maior dimensão à implantação de armazéns ou oficinas. Nesta zona estão estabelecidas 18 empresas. Junto aos Bombeiros Voluntários, em Serpa, existe também uma Zona de Armazéns, com os 13 lotes existentes atribuídos (1200 m 2 cada). Na Freguesia de Vila Nova de S. Bento existe uma Zona de Actividades Económicas (ZAE s) com o propósito de instalação de pequenas e médias empresas. A ZAE de Vila Nova de S. Bento 24 tem uma área total de 62.125 m 2 (com Plano de Pormenor elaborado de acordo com o DL nº 69/90, o Decreto Lei nº 211/92 e o Decreto Lei nº 155/97) e possui 36 lotes (entre os 650 m 2 e os 2100 m 2 ). Tem, até ao momento, 14 empresas instaladas. A Freguesia de Pias possui um Loteamento ZAE em fase de implementação, com uma área total de 32,175 m 2, constituída por 25 lotes (entre os 423,16 m 2 e os 6.112,68 m 2 ). 25 21 Fonte: Anuário Estatístico da Região Alentejo, 2003, INE 22 Fonte: Anuário Estatístico da Região Alentejo, 2004, INE 23 Ver anexo Caracterização Genérica do Concelho: Empresas Instaladas na zona Industrial de Serpa 24 Ver anexo Caracterização Genérica do Concelho: ZAE de Vila Nova de S. Bento Empresas Instaladas 25 Fonte: Câmara Municipal de Serpa, Setembro 2006 32

6.1.3. Sector Terciário O comércio e serviços 26 representam 52,9% das empresas com sede no Concelho de Serpa, 45,2% do emprego e perto de 73,8 do volume de negócios 27. O comércio por grosso e a retalho e outros representa o principal sub-sector, contribuindo com 57,8% das empresas 27, 77% do emprego e 90,6 do volume de negócios do sector 27. Neste Concelho, apenas as empresas relacionadas com o alojamento e restauração e similares apresentam um volume de negócios por activo superior à média dessas empresas no Alentejo. Os valores mais elevados no volume de negócios por activo são obtidos pelas empresas relacionadas com as actividades financeiras e pelo comércio por grosso e a retalho e outros 28. 6.2. Outra Informação Estatística Quadro 21 Movimento dos estabelecimentos de intermediação monetária por concelho Data Referência: 2003 Bancos, Caixas Económicas e Caixas de Crédito Agrícola Mútuo Depósitos de clientes Crédito concedido 2003 Total (milhares de euros) Juros de depósitos (milhares de euros) Total (milhares de euros) A clientes Para Total habitação (milhares de (milhares de euros) euros) Juros e custos equiparados Juros e proveitos equiparados Serpa 109.220 1.550 90.651 90.651 41.930 1.551 5.383 Fonte: Anuário Estatístico da Região do Alentejo, 2004, INE Relativamente ao Crédito concedido, o seu total teve um acréscimo de 23,7%, de 2002 para 2003, o que reflecte o endividamento das famílias. 26 A Câmara Municipal de Serpa (com 347 postos de trabalho criados), os Agrupamentos Escolares e o Hospital S. Paulo são as maiores entidades empregadoras do sector. As Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) são também entidades empregadoras com um peso substancial no Sector terciário. 27 Fonte: Anuário Estatístico da Região Alentejo, 2003, INE 27 Informação do emprego e volume de negócios sem alteração, dados não enviados por parte das empresas 33

Quadro 22 Número de Agências Bancárias e Actividade da Rede de Caixas Automáticas por Concelho Data Referência: 2004 Unidades: m milhares / m.e. milhares de euros Agências Caixas Operações Das quais: Compras através de terminais de 2004 bancárias 28 automáticas Total Levantamentos Pagamento pagamento Consultas Nacionais Internacionais de serviços automático nº Nº m m m m.e. m m.e. m m m.e Serpa 11 10 584 157 290 18.657 4 475 26 185 6.343 Fonte: Anuário Estatístico da Região do Alentejo, 2004, INE Quadro 23 Comércio Internacional Declarado, por Concelho da Sede dos Operadores Data Referência: 2004 Comércio Intracomunitário Comércio Extracomunitário 2004 Expedições Chegadas Exportações Importações milhares de euros milhares de euros milhares de euros milhares de euros Serpa ------- 5.395 ------ 3 Fonte: Anuário Estatístico da Região do Alentejo, 2004, INE Quadro 24 Empresas com Sede na Região, segundo a CAE-Ver. 2, em 31.12.2002 29 Total Concelho (nº) Serpa A+B C D E F G H I J K L a Q 1.659 468 1 121-192 507 217 38 27 39 49 Fonte: Anuário Estatístico da Região do Alentejo, 2003, INE Relativamente ao ano 2001 registou-se um decréscimo de 2% no número de empresas com sede na Região. De referir que o comércio por grosso e a retalho e outros detém a maioria (30,6%) das empresas, seguido da categoria referente à agricultura, produção animal, caça, silvicultura e pesca (28,2%). 28 Fonte: Anuário Estatístico da Região do Alentejo, 2002, INE 28 A - AGRICULTURA, PRODUÇÃO ANIMAL, CAÇA E SILVICULTURA; B - PESCA; C - INDÚSTRIAS EXTRACTIVAS; D - INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS; E - PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ELECTRICIDADE, DE GÁS E DE ÁGUA; F - CONSTRUÇÃO; G - COMÉRCIO POR GROSSO E A RETALHO; REPARAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMÓVEIS, MOTOCICLOS E DE BENS DE USO PESSOAL E DOMÉSTICO; H - ALOJAMENTO E RESTURAÇÃO; I - TRANSPORTES, ARMAZENAGEM E COMUNICAÇÕES; J - ACTIVIDADES FINANCEIRAS; K - ACTIVIDADES IMOBILIÁRIAS, ALUGUERES E SERVIÇOS PRESTADOS ÀS EMPRESAS; L - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, DEFESA E SEGURANÇA SOCIAL OBRIGATÓRIA; M - EDUCAÇÃO; N - SAÚDE E ACÇÃO SOCIAL; O - OUTRAS ACTIVIDADES DE SERVIÇOS COLECTIVOS, SOCIAIS E PESSOAIS; P - FAMÍLIAS COM EMPREGADOS DOMÉSTICOS; Q- ORGANISMOS INTERNACIONAIS E OUTRAS INSTITUIÇÕES EXTRA- TERRITORIAIS 34

Quadro 25 População Residente Economicamente Activa e Empregada, segundo o Ramo de Actividade e Taxas de Actividade, em 1991 e 2001 Indicador Serpa População Economicamente Activa HM 7.099 População Economicamente Activa H 4.164 População Economicamente Activa e Empregada HM 5.930 População Economicamente Activa e Empregada H 3.747 População Economicamente Activa e Empregada, CAE 0 1.348 População Economicamente Activa e Empregada, CAE 1 a 4 1.227 População Economicamente Activa e Empregada, CAE 5 a 9 3.355 População Economicamente Activa e Empregada, CAE 5 a 9 relac. c/ Actividade Econ. 1.546 Taxa de Actividade HM, 1991 39% Taxa de Actividade H, 1991 53,1% Taxa de Actividade M, 1991 25,4% Taxa de Actividade HM, 2001 42,5% Taxa de Actividade H, 2001 50,3% Taxa de Actividade M, 2001 34,7% Fonte: INE Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001 É importante salientar que, de 1991 para 2001, a taxa de actividade masculina decresceu 2,8% enquanto que a feminina aumentou para 9,3%. A taxa de actividade total aumentou nestes 10 anos 3,5%. Para este acréscimo terá contribuído o aumento da taxa de actividade feminina. Quadro 26 População Residente por Condição Perante a Actividade Económica, Género e Grupos Etários Com Actividade Económica Sem Actividade Económica 15 60 anos + de 60 anos 15 60 anos + de 60 anos HM H HM H HM H HM H 6.702 3.872 397 292 2.731 1.016 4.577 1.933 Fonte: Censos, 2001 De acordo com os dados apresentados, é visível que 42% da população do Concelho tem actividade económica (59% são do género masculino); desta 5,5% tem mais de 60 anos. 35

Quadro 27 População Residente com Actividade Económica, Empregada Segundo a Situação na Profissão e Desempregada em Sentido Lato População Empregada Segundo a Situação na Profissão População Desempregada Total Geral Total Empregador Trabalhador Conta Própria Trabalhador Familiar não Remunerado Trabalhador Conta Outrém Militar Total SMO carreira Membro activo da cooperativa Outra situação Total Procura 1º Emprego Procura Novo Emprego 7.099 5.930 640 700 39 4.473 14 7 3 75 1.169 157 1.012 Fonte: Censos, 2001 Quadro 28 Famílias Clássicas Segundo a Condição Perante a Actividade Económica e o Género do Representante de Família TOTAL Com Actividade Económica Sem Actividade Económica Empregados Desempregados Estudantes Domésticos Reformados Incapacitados Permanentes para o Trabalho Outros HM H HM H HM H HM H HM H HM H HM H 10.801 2.823 2.548 255 192 4 1 31 2 2.651 1.754 165 103 148 124 Fonte: Censos, 2001 É visível uma grande disparidade entre homens e mulheres, nomeadamente ao nível do total de empregados com actividade económica, existindo uma maioria bastante significativa do género masculino (90,3%). 36

Quadro 29 Famílias Clássicas Segundo o Número de Pessoas com Actividade Económica e Pessoas a Cargo TOTAL Nenhuma Pessoa com Actividade Económica 1 Pessoa com Actividade Económica Total Nenhuma 1 2 3 4 ou Total Nenhuma 1 2 3 4 ou Pessoa a Pessoa Pessoas Pessoas mais Pessoa a Pessoa Pessoas Pessoas mais Cargo a a a Pessoas Cargo a a a Pessoas Cargo Cargo Cargo a Cargo Cargo Cargo a Cargo Cargo 3.636 2.207 1.955 200 38 7 7 1.429 695 335 248 121 30 2 Pessoas com Actividade Económica 3 ou Mais Pessoas com Actividade Económica Total Nenhuma 1 2 3 4 ou Total Nenhuma 1 2 3 4 ou Pessoa a Pessoa Pessoas Pessoas mais Pessoa a Pessoa Pessoas Pessoas mais Cargo a a a Pessoas Cargo a a a Pessoas Cargo Cargo Cargo a Cargo Cargo Cargo a Cargo Cargo 2.441 1.827 388 632 605 170 32 614 167 241 139 52 15 6.077 Fonte: Censos, 2001 A totalidade dos membros de 26% das famílias não tem actividade económica (apesar de, na sua maioria, não terem nenhum individuo a cargo); sendo que 30% das mesmas têm 2 membros com actividade económica (a maior parte com uma pessoa a cargo); 23,5% têm 1 membro com actividade económica (a maior parte com nenhuma pessoa a cargo) e 10% têm 3 ou mais elementos com actividade económica (a maior parte com um individuo a cargo). 37

6.3. Turismo Quadro 30 Alojamentos Turísticos Classificados pela Direcção Geral de Turismo Data Referência: Setembro 2006 Empresa Localidade Categoria Nº Quartos Estalagem S. Gens Serpa Estalagem 16 + 2 suites Albergaria Bética Pias Albergaria 14 Zens Village Serpa Estalagem 8 Casa de Serpa Serpa Turismo Rural (casa de campo) 6 Residencial Beatriz Serpa Pensão Residencial 2ª 10 Casa da Muralha Serpa TER Turismo Rural 5 + 2 suites Herdade do Topo Serpa Monte do Topo TER Agro Turismo 4 Monte de Vale Perditos Vila Nova S. Bento TER Agro Turismo 4 Monte da Portela Nova Serpa Moradia Turística 2ª 1 + 2 suites El Rincón Serpa TER Turismo Habitação 7 Fonte: Câmara Municipal de Serpa, Setembro 2006 O Zens Village possui actualmente mais 1 quarto e a Casa da Muralha mais 2 suites o que perfaz um total de mais 3 quartos, relativamente a 2005. Surgiu mais um equipamento turístico, El Rincón (Turismo de Habitação), o que se traduz num acréscimo de mais 7 quartos. Relativamente a 2005, existem actualmente mais 10 camas e a 2003 mais 23. Quadro 31 Outros Alojamentos Data Referência: Setembro 2006 Empresa Localidade Categoria Nº Quartos Residencial Serpinia Serpa Residencial 31 Horta da Larga Herdade da Bemposta Alojamento Particular 3 O Casarão Serpa Alojamento Particular 30 Casa da Serra Vila Verde de Ficalho Alojamento Particular 3 Parque de Campismo Municipal Serpa Parque de Campismo 110 Tendas, 30 Caravanas, 500 pessoas Casa Hóspedes Virgínia Serpa Casa de Hóspedes 6 Residencial Pulo do Lobo Serpa Residencial 2ª 8 Fonte: Câmara Municipal de Serpa, Setembro 2006 Relativamente a 2005 houve um acréscimo do número de quartos, tendo contribuído para o aumento dos mesmos o Casarão (com mais 23 quartos) e a construção de mais dois alojamentos. 38

Gráfico 8 Estatísticas de Visitantes no Posto de Turismo de Serpa 30 12000 N.º de Individuos 10000 8000 6000 4000 2000 0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Anos Visitantes Portugueses Visitantes Estrangeiros De 1997 a 2006, 1998 foi o ano com maior número de visitantes no Posto de Turismo de Serpa; destes 66% eram de nacionalidade portuguesa (é de registar que em todos os anos representados, os turistas portugueses afluíram em maior número ao Posto de Turismo). O decréscimo de visitantes verificou-se de 1998 para 2000, sendo que 2001 voltou a aumentar (ano em que se registaram mais visitantes de nacionalidade estrangeira). 58% da totalidade dos visitantes do Posto de Turismo de Serpa, ente 1997 e 2006, são de nacionalidade Portuguesa. 30 Ver Anexo: Caracterização Genérica do Concelho: Estatísticas dos visitantes ao Posto de Turismo de Serpa 39

6.4. Instrumentos / Serviços Locais de Apoio à Criação de Actividades Económicas Programa LEADER + MEG, Rota do Guadiana Este Programa efectuou no concelho de Serpa, nos anos 2002/2006, um investimento total de 1.606.627,24 euros, no âmbito de 27 Projectos de investimento. Na sub-medida 1.1 Infraestruturas foram apoiados 3 Projectos, com um investimento total de 220.412,23 euros, nas áreas de criação de infraestruturas de uso colectivo, ordenamento do território e recuperação do património. Quadro 32 Distribuição dos Projectos LEADER por Freguesia / Montante de Investimento Freguesia Projectos Aprovados Investimento / Euros Santa Maria (Serpa) 1 41.400,22 Salvador (Serpa) 1 140.556,75 Vale de Vargo 1 38.455,26 Total 3 220.412,23 Fonte: Rota do Guadiana ADI, Outubro 2006 Na sub-medida 1.2 Apoio a Actividades Produtivas foram enquadrados 16 Projectos, com um investimento total de 1.118.364,06 euros. Estes projectos foram implementados no sector Primário (transformação agro-alimentar: 7 Projectos) e no Sector Terciário (cultura, serviços à comunidade e animação turística: 9 Projectos). Quadro 33 Distribuição dos Projectos LEADER por Freguesia / Montante de Investimento Freguesia Projectos Aprovados Investimento / Euros Santa Maria (Serpa) 7 601.424,89 Salvador (Serpa) 6 332.311,17 Brinches 1 22.493,00 Vale de Vargo 2 162.135,00 Total 16 1.118.364,06 Fonte: Rota do Guadiana ADI, Outubro 2006 Na sub-medida 1.3 Outras acções Materiais foram aprovados 3 Projectos, com um total de investimento de 52.399,15 euros. Dois Projectos relacionam-se com a dinamização de actividades culturais e o outro diz respeito a tratamento de resíduos das agro-indústrias. 40

Quadro 34 Distribuição dos Projectos LEADER por Freguesia / Montante de Investimento Freguesia Projectos Aprovados Investimento / Euros Santa Maria (Serpa) 1 45.767,40 Vila Nova S. Bento 1 3.589,75 Vale de Vargo 1 3.042,00 Total 3 52.399,15 Fonte: Rota do Guadiana ADI, Outubro 2006 Na Medida 2 Acções Imateriais foram aprovados 5 Projectos, com um total de investimento de 215.451,80 euros, nas áreas de promoção de produtos e serviços locais. Quadro 35 Distribuição dos Projectos LEADER por Freguesia / Montante de Investimento Freguesia Projectos Aprovados Investimento / Euros Santa Maria (Serpa) 2 164.507,12 Vila Verde de Ficalho 1 13.396,00 Pias 1 29.585,00 Vale de Vargo 1 7.963,68 Total 5 215.451,80 Fonte: Rota do Guadiana ADI, Outubro 2006 Quadro 36 Perfil do Promotor Tipologia do Promotor Género Nº de Projectos Junta de Freguesia 5 Escola Profissional 2 Cooperativa 2 Empresa 4 Stª Casa Misericórdia / Creche 2 Associação Privada 6 Empresário em Nome Individual Masculino 4 Empresário em Nome Individual Feminino 2 Total 27 Fonte: Rota do Guadiana ADI, Outubro 2006 41

Centro de Emprego de Moura Programas Disponíveis: - Criação de Emprego e Empresas: - Programa de Estímulo à Oferta de Emprego (Iniciativas Locais de Emprego; Criação do Próprio Emprego e Apoios à Contratação) - Programa Iniciativas Locais de Emprego de Apoio à Família - Promoção de Iniciativas de Apoio ao Artesanato - Reabilitação Profissional (para deficientes): - Readaptação ao Trabalho; Integração em Mercado Normal de Trabalho; Instalação por Conta Própria; Prémio de Mérito - FAIA: Fundo de Apoio ao Investimento no Alentejo Os apoios mais solicitados pelos promotores para criação de empresas, situam-se ao nível do comércio; da transformação de produtos alimentares: panificação e bolos e da restauração e cafés. Associação de Agricultores do Concelho de Serpa A Associação de Agricultores do Concelho de Serpa tem como principais actividades: - Prestação de Serviços aos associados (elaboração de candidaturas); - Candidaturas no Âmbito do Reforma da PAC (Politica Agrícola Comum), nomeadamente candidaturas ao Regime de Pagamento único (Superfície, animais e azeite); - Candidaturas às medidas agro-ambientais; - Candidaturas à electrificação rural; - SNIRB (Sistema Nacional de Identificação e Registo de Bovinos); - SNIRA (Registo de Exploração/Estabelecimento); - Apoio Técnico na Protecção Integrada do Olival; 42

- Apoio Jurídico; - Divulgação de toda a informação relativa à legislação nacional e comunitária na área da agricultura e pecuária; - Análises de solos; - Cursos de formação no âmbito da agricultura; nomeadamente, cursos de empresário agrícola, olivicultura (podas de olival), operador de máquinas agrícolas, entre outros. - Apoio aos agricultores no Âmbito da gestão agrícola; - Promoção de acções e operações que visem o crescimento da produtividade e rentabilidade da agricultura e também a capacitação do agricultor, com o objectivo deste adquirir conhecimentos de forma a rentabilizar a sua exploração agrícola. Esta associação, com cerca de 429 associados despoletou, também, a criação duma outra associação de carácter florestal. Câmara Municipal de Serpa A Câmara Municipal de Serpa, nomeadamente através do seu Gabinete de Desenvolvimento e Apoio Social (GDES), vem promovendo um conjunto de iniciativas em prol da dinamização das actividades económicas, tais como: - Realização de feiras temáticas: Feira do Queijo e feira de Agropecuária, Transfronteiriça de Vale do Poço; - Feiras de Desenvolvimento e Tradição; as quais, complementadas com outros eventos contribuem de forma activa para a exposição das nossas riquezas, capacidades e produtos, dando um impulso à actividade económica e projectando a marca do concelho para alem das fronteiras do mesmo. - Processos de Geminação e Acordos de Cooperação com Municípios de outros Países, os quais para além das vertentes sociais e culturais, potenciarão a vertente turística e por consequência promoverão o património, em todas as suas valências. Este desiderato culminará a médio e a longo prazo com um acréscimo da procura da nossa oferta. O que levará a um maior desenvolvimento económico. - Gestão e acompanhamento das Zonas Industriais, como o atendimento personalizado, para prestação de informação e aconselhamento, a candidatos e a agentes económicos. 43

- Preparação de candidaturas como o PETER, FAME, ou PRATA, que visam promover específicos sectores económicos das micro e pequenas empresas, estimulando o auto-emprego, viabilizando e sustentando pequenos negócios e estimulando o aparecimento de novas profissões. - Participação em programas de ordenamento, planeamento e desenvolvimento regional, como o PROT, com implicações evidentes na actividade económica, as quais sentirão o seu reflexo num futuro próximo. 6.5. POTENCIALIDADES / ESTRANGULAMENTOS 31 O Concelho integra uma das seis Regiões consideradas as mais desfavorecidas do País, o Alentejo. O Programa de Recuperação de Áreas e Sectores Deprimidos (PRASD) 32, identifica o potencial turístico do Alqueva como um bom veículo para a reconversão desta realidade; situação que, por si só, desvirtua os objectivos iniciais deste investimento, que tinham por meta o desenvolvimento do sector primário da Região a agricultura, base da economia local e um sector em crise. No âmbito deste Programa, a agricultura biológica e os produtos de marca do Alentejo são também considerados iniciativas a apoiar mediante a concessão de apoios públicos 33. A Base Aérea de Beja é também identificada como um potencial à captação de investimentos estrangeiros e logo ao desenvolvimento da Região O Concelho reúne os seguintes pontos fortes, no que concerne às suas actividades económicas: - Indústria agro-alimentar de qualidade (produção de queijo; enchidos; azeite; mel; vinho, etc.); - Pecuária extensiva; - Pecuária raças autóctones; - Potencial turístico (turismo potenciado pelo contexto cinegético; pelos produtos locais; pelo dinamismo cultural concelhio e pelos recursos ambientais). 31 Identificados no Painel Actividades Económicas, 31 Outubro/03 (Rede Social): Câmara Municipal de Serpa (Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento); Centro de Emprego de Moura; Associação de Agricultores do Concelho de Serpa; Rota do Guadiana - Associação de Desenvolvimento Integrado 32 O Programa prevê que os Concelhos abrangidos gozem de medidas de discriminação positiva previstas na Lei: benefícios fiscais, financeiros e outros, mas responsabiliza a iniciativa privada pela geração deste desenvolvimento, não passando a intervenção pelo aumento da despesa pública ou das responsabilidades de intervenção do Estado. Prevê-se a constituição dum Fundo de Capital de Risco no valor de 60 milhões de euros, para estas Regiões. 33 Daniel Bessa (responsável pela elaboração do Programa) refere a importância da integração da população imigrante estrangeira a este nível 44

Por outro lado, consideram-se, no tecido económico local, os seguintes pontos fracos: - Mentalidade empresarial local: perfil pouco dinâmico; espírito pouco empreendedor e pouco inovador; - Tendência quase que exagerada para a criação do próprio emprego na área do comércio, nomeadamente cafés, em detrimento de outros projectos; - Mão-de-obra pouco qualificada; - Insuficiente espírito associativista / cooperativista, que culmina, muitas vezes, na dificuldade de escoamento dos produtos; - Insuficiente divulgação / política de marketing por parte dos promotores; - Mentalidade de Economia Subterrânea, com o hábito inerente da fuga à declaração dos reais rendimentos auferidos; - Decadência acentuada do montado de sobro e azinho (estado de calamidade); - Insuficiente electrificação das zonas rurais (essencialmente Serra de Serpa e a Neta); - Falta de água. Relativamente às condicionantes externas ao desenvolvimento das actividades económicas locais, considera-se: - Necessidade de criação de mais e melhores vias de circulação e acessibilidades (nomeadamente: IP8; aeroporto de Beja; Ramal Ferroviário Beja - Moura); - Inexistência de políticas governamentais integradas / concertadas no que aos diferentes sectores de actividade concerne, assim como às diferentes áreas (emprego, formação, política social, etc); - Nova reforma da Política Agrícola Comum (PAC). 45

7. Segurança Gráfico 9 Tipologia de Conflitos (Processos Crime) Janeiro a Setembro 2006 34 N.º de Crimes 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Serpa VNSBento Brinches Pias VVFicalho Contra Pessoas Contra o Património Contra Vida em Sociedade Contra o Estado Previstos Legislação Avulsa Tipo de Crimes Fonte: GNR Outubro 2006 Gráfico 10 Tipologia de Conflitos (Detenções de Suspeitos) Janeiro a Setembro 2006 35 N.º de Crimes 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 Álcool Falta Habilitação Conduzir Caça e Pesca Outros Crimes Mandatos Captura Serpa VNSBento Brinches Pias VVFicalho Tipo de Crimes 34 Ver Anexo Caracterização Genérica do Concelho: Quadro Tipologia de Conflitos (Processos Crime) 35 Ver Anexo Caracterização Genérica do Concelho: Quadro Tipologia de Conflitos (Detenções de Suspeitos) 46

Fonte: GNR Outubro 2006 Comparativamente ao ano 2005 (Jan-Abr) Diagnóstico Social, Setembro 2005 o número de Detenções de Suspeitos, segundo a Tipologia do Conflito, decresceu 51,4%, com excepção das detenções devido a outros crimes, em que se verificaram mais 4 detenções. No que respeita aos Processos-Crime houve um aumento geral do número de Processos relativamente ao período de Janeiro a Abril de 2005 (40,3%). Em termos a absolutos os crimes Previstos em Legislação Avulsa registaram maior aumento (53). Quadro 37 Intervenção no Âmbito dos Processos Penais Indivíduos em Acompanhamento Data Referência: 01-01-2006 a 31-08-2006 Total de indivíduos em Acompanhamento Masculino Género Feminino 8 7 1 Fonte: IRS Setembro, 2006 Encontram-se em acompanhamento pelo IRS um total de 8 indivíduos, sendo 87,5% do género masculino. Quadro 38 Intervenção no Âmbito dos Processos Penais Problemática e Pena Aplicada Data Referência: 01-01-2006 a 31-08-2006 Problemática Nº de situações Pena aplicada Condução em estado de embriaguez 1 Condução sem habilitação legal 1 Substituição de multa por trabalho a favor da comunidade Substituição de multa por trabalho a favor da comunidade Ameaça, ofensa à integridade física e violação de domicilio 1 Substituição de multa por trabalho a favor da comunidade Ofensa à integridade física simples 2 Prestação de trabalho a favor da comunidade Tráfico de estupefacientes de menor gravidade 1 Suspensão de execução da pena de prisão com regime de prova Roubo 1 Suspensão de execução da pena de prisão com regime de prova Dano e ofensa à integridade física, 1 Suspensão de execução da pena com 47

resistência e coacção sobre funcionário, injúria agravada regime de prova e prestação de trabalho a favor da comunidade Fonte: IRS Setembro, 2006 50% dos crimes estão relacionados com a ofensa à integridade física. Alguns crimes estão relacionados com a prática da condução em condições ilegais, sendo também de assinalar o tráfico de estupefacientes e o roubo. Relativamente a 2004 (Diagnóstico Social, Setembro 2005), o número de processos penais diminuiu de 11 para 8 (-27,3%). Quadro 39 Intervenção no Âmbito de Processos Tutelares Cíveis Data Referência: 01-01-2006 a 31-08-2006 Solicitação Nº Relatórios Sociais para a acção de regulação do exercício do poder paternal Relatórios Sociais para acção de alteração do exercício do poder paternal Relatórios Sociais para acção de inibição e limitações do exercício do poder paternal 6 7 2 Acompanhamento de menor (regime de visitas) 1 Fonte: IRS Setembro, 2006 Total 16 No que concerne às solicitações efectuadas no âmbito dos processos tutelares cíveis, a maioria reporta-se aos relatórios sociais para acção de alteração do exercício do poder paternal (43,8%); seguidos de muito perto pelos relatórios sociais para acção de regulação do exercício do poder paternal (37,5%). Relativamente à Intervenção no Âmbito da Justiça Juvenil/Processos Tutelares Educativos não foi recebido, neste período, qualquer pedido do Tribunal de Serpa, respeitante a jovens entre os 12 e os 16 anos indiciados do cometimento de factos ilícitos. 48

Caracterização Resumo das Freguesias 49

1. Caracterização Resumo das Freguesias O Concelho tem uma área de 1106,5 Km 2 distribuída por 7 Freguesias: Salvador e Santa Maria (Freguesias Urbanas) e Brinches, Pias, Vale de Vargo, Vila Nova de S. Bento e Vila Verde de Ficalho (Freguesias Rurais). Quadro 40 Área, População e Freguesias Área Total (Km 2 ) População Residente Freguesias (nº) Área Média das Freguesias (Km 2 ) Densidade Populacional 1991 (Hab./Km 2 ) Densidade Populacional 2001 (Hab./Km 2 ) Variação População 1991-2001 (%) 1991 2001 Portugal 92141,5 9867147 10356117 4241 21,7 107,0 112,4 5,0 Baixo Alentejo 8544,6 143020 135105 83 102,9 16,73 15,81-5,5 Concelho Serpa 1106,5 17915 16723 7 158,1 16,2 15,1-6,7 Fonte: Anuário Estatístico da Região Alentejo, 2000, INE Censos 2001 XIV Recenseamento Geral da População; IV Recenseamento Geral da Habitação, INE A área média das Freguesias ao nível nacional é de 21,7 Km 2, valor muito inferior à média concelhia de 158,1 Km 2. A Densidade Populacional de Portugal passou de 107 Hab./Km 2 em 1991 para 112,4 Hab./Km 2 em 2001. O Baixo Alentejo e o Concelho de Serpa sofreram a evolução contrária. Este último passou de 16,2 Hab./Km 2 em 1991 para 15,1 Hab./Km 2 em 2001. Quadro 41 Área por Freguesia / Km 2 Freguesias Área (Km 2 ) Brinches 93,4 Pias 164,9 Salvador (Serpa) 287,8 Santa Maria (Serpa) 154,9 Vale de Vargo 57,9 Vila Nova S. Bento 244,1 Vila Verde de Ficalho 103,8 Fonte: C. M. Serpa De registar a Freguesia Rural de V.N.S.Bento, com 244,1 Km2. Quadro 42 Lugares e Localidades integradas nas Freguesias: Lugares e Localidades Orada A-do-Pinto Cabeceiras Vale Queimado Vales Mortos Vale do Poço Santa Iria Freguesias Pias Vila Nova S. Bento Santa Maria (Serpa) Salvador (Serpa) 50

Fonte: C. M. Serpa 1.1. Freguesia de Vila Verde de Ficalho Gráfico 11 População Residente / População Presente (2001) 36 N.º de Individuos 730 720 710 700 690 680 H M População Residente População Presente Fonte: INE, Censos 2001 Nesta Freguesia residem 1446 indivíduos (8.6% da população total Concelhia), sendo que 726 são homens e 720 são mulheres. Quadro 43 População Residente por Faixas Etárias e Sexo População Residente HM 0-14 anos População Residente H 0-14 anos População Residente M 0-14 anos 167 87 80 Fonte: INE, Censos 2001 População Residente HM 15-24 anos População Residente H 15-24 anos População Residente M 15-24 anos 184 99 85 População Residente HM 25-64 anos População Residente H 25-64 anos População Residente M 25-64 anos 733 385 348 População Residente HM 65 ou + anos População Residente H 65 ou + anos População Residente M 65 ou + anos TOTAL 362 1446 155 726 207 720 A população idosa constitui 25% da população total, sendo que a maioria das pessoas com 65 ou mais anos é do sexo masculino. A população activa constitui 63,4% da população total da Freguesia. 36 Ver quadro Nº 15 em anexo População Residente/População Presente em 2001 51

Quadro 44 População Residente por Nível de Ensino População Total 1446 % Pop. Residente HM nenhum nível ensino 278 19 Pop. Residente H nenhum nível ensino 121 Pop. Residente M nenhum nível ensino 157 Pop. Residente HM 1º Ciclo 628 43 Pop. Residente H 1º Ciclo 320 Pop. Residente M 1º Ciclo 308 Pop. Residente HM 2º Ciclo 208 14 Pop. Residente H 2º Ciclo 111 Pop. Residente M 2º Ciclo 97 Pop. Residente HM 3º Ciclo 120 8 Pop. Residente H 3º Ciclo 71 Pop. Residente M 3º Ciclo 49 Pop. Residente HM Ensino Secundário 126 9 Pop. Residente H Ensino Secundário 78 Pop. Residente M Ensino Secundário 48 Pop. Residente HM Ensino Médio 3 0,2 Pop. Residente H Ensino Médio 2 Pop. Residente M Ensino Médio 1 Pop. Residente HM Ensino Superior 83 6 Pop. Residente H Ensino Superior 23 Pop. Residente M Ensino Superior 60 Pop. Residente HM a frequentar o Ensino 248 17 Pop. Residente H a frequentar o Ensino 118 Pop. Residente M a frequentar o Ensino 130 Fonte: INE, Censos 2001 A maior parte da população residente tem apenas o 1º Ciclo (43%), sendo de realçar o elevado número de população sem qualquer nível de ensino (19%). Apenas uma pequena parte dos residentes (6,2%) possui ensino médio ou superior. Acresce ainda que Vila Verde de Ficalho é a Freguesia que tem maior número de alunos a frequentar o 1º Ciclo encontrando-se 17% da população a frequentar um estabelecimento de ensino. V. V. Quadro 45 Evolução da População 1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 de Ficalho 573 648 1023 1036 1500 1821 2276 2525 3127 2541 2072 1859 1716 1446 Fonte: INE, 2001 Nesta Freguesia verificou-se um crescimento populacional constante desde 1864 até à década de 50. Após esta data iniciou-se um período de decréscimo acentuado que é visível até aos dias de hoje. 52

Quadro 46 População Residente, População Presente, Famílias, Núcleos Familiares, Alojamentos e Edifícios População Residente Famílias Núcleos Familiares Alojamentos População Presente Residentes Alojamentos Familiares Colectivos Edifícios HM H M HM H M Clássicas Residentes Instituídas Total Clássicos Outros Baixo Alentejo 135105 66651 68454 133685 65847 67838 50032 78 40263 80373 80098 275 236 70987 Concelho 16723 8272 8451 16162 7978 8184 6077 8 4997 9758 9733 25 17 9071 V.V.Ficalho 1446 726 720 1401 704 697 540 1 441 877 877-2 834 Fonte: CENSOS 2001, XIV Recenseamento Geral da População; IV Recenseamento Geral da Habitação, INE Quadro 47 Eleitores 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 1511 1501 1476 1434 1422 1421 1413 1406 1365 1391 1 361 Fonte: Junta de Freguesia, Setembro 2006 A Freguesia de Vila Verde de Ficalho tem vindo a perder eleitores até 2004, registando-se, no entanto, um ligeiro aumento no ano de 2005. 53

Quadro 48 Outros indicadores demográficos Densidade Populacional 91 16.5 Hab./Km 2 Densidade Populacional 2001 13.9 Hab./Km 2 Variação Populacional 91/2001 (%) - 15.7% % Jovens 12% % Idosos 25% Índice de Envelhecimento 216 Índice de Dependência de Idosos 39 Índice de Dependência de Jovens 18 Índice de Dependência Total 58 Fonte: INE, Censos 2001 Em 1991 residiam nesta Freguesia 16.5 Hab./Km 2 e em 2001 13.9 Hab./Km 2 o que traduz uma variação populacional de -15.7%. Esta Freguesia, conjuntamente com a de Brinches, é a que detém menor percentagem de jovens (12%), valor que a nível concelhio varia entre os 12 e os 16%. O Índice de Envelhecimento é de 216 (nº de idosos, com 65 e mais anos por cada 100 indivíduos jovens, ou seja, por cada indivíduo com idade até aos 14 anos existem 2,16 idosos). O Índice de Dependência de Idosos é de 39 (nº de idosos por cada 100 indivíduos em idade activa). O Índice de Dependência de Jovens é de 18 (nº e indivíduos com idade igual ou inferior a 14 anos por cada 100 indivíduos em idade activa), valor mais baixo do Concelho. O Índice de Dependência Total mostra que existem 58 indivíduos com menos de 15 anos ou com mais de 64 por cada 100 em idade activa. RECURSOS EDUCAÇÃO E ENSINO Escola Básica 1, 2 de Vila Verde de Ficalho; Jardim-de-infância. SAÚDE Extensão do Centro de Saúde e uma Farmácia. ÁREA SOCIAL Centro Social S. Jorge e Sr.ª das Pazes. EQUIPAMENTOS CULTURAIS, DESPORTIVOS, RECREATIVOS E DE LAZER Biblioteca Museu; Museu Arqueológico; Salão Polivalente; Campo de Futebol; Polidesportivo e 3 Colectividades (todas elas com Sala de Jogos e uma com Biblioteca). 54

Quadro 49 Necessidades / Potencialidades da Freguesia 37 Estrangulamentos Necessidades Propostas de Solução População idosa isolada (isolamento essencialmente social) Consumo abusivo de álcool por parte da população jovem (essencialmente bebidas brancas) Necessidades ao nível da recuperação de algum do património habitacional (tectos, paredes, casas de banho) Criação de um Lar de 3ª Idade 38 Prevenção primária nas escolas e junto da família (efectuada em moldes inovadores); maior penalização dos estabelecimentos comerciais por venda de bebidas alcoólicas a menores e maior segurança e controlo por parte das autoridades competentes Câmara Municipal de Serpa 39 Outros Programas de Financiamento: RECRIA, REHABITA, RECRIPH Projecto Desenvolver Programa de Conforto Habitacional para Idosos (PCHI) Potencialidades da Freguesia: Turismo Rural e de Habitação potenciados pela qualidade de vida, pelo bom espaço cinegético e pelas boas acessibilidades existentes (proximidade de Espanha). 37 Comissão Social de Freguesia de Vila Verde de Ficalho, 5 Novembro 2003, com priorização de problemas efectuada no Painel Caracterização Resumo das Freguesias, de 13 de Novembro de 2003 38 Candidatado ao PARES aguarda decisão de aprovação. 39 Projecto de Regulamento Municipal de Apoio à Reabilitação da Habitação no Concelho de Serpa Agosto 2006. 55

1.2. Freguesia de Vila Nova de S. Bento Gráfico 12 População Residente / População Presente/ 2001 40 1750 N.º de Individuos 1700 1650 1600 1550 População Residente População Presente 1500 H M Fonte: INE, Censos 2001 Nesta Freguesia residem 3430 indivíduos (20,5% da população concelhia): 1691 homens e 1739 mulheres. Quadro 50 População Residente por Faixas Etárias e Sexo TOTAL População Residente HM 0-14 anos 446 População Residente HM 15-24 anos 417 População Residente HM 25-64 anos 1632 População Residente HM 65 ou + anos 935 3430 População Residente H 0-14 anos 225 População Residente H 15-24 anos 199 População Residente H 25-64 anos 856 População Residente H 65 ou + anos 411 1691 População Residente M 0-14 anos 221 População Residente M 15-24 anos 218 População Residente M 25-64 anos 776 População Residente M 65 ou + anos 524 1739 Fonte: INE, Censos 2001 A população idosa constitui 27% da população total da Freguesia, sendo que a maioria das pessoas com mais de 64 anos é do género feminino. A população activa constitui 59,7% da população total. 40 Ver quadro Nº 16 em anexo População Residente/População Presente em 2001 56

Quadro 51 População Residente por Nível de Ensino População Total 3 430 % Pop. Residente HM nenhum nível ensino 953 28 Pop. Residente H nenhum nível ensino 409 Pop. Residente M nenhum nível ensino 544 Pop. Residente HM 1º Ciclo 1198 35 Pop. Residente H 1º Ciclo 625 Pop. Residente M 1º Ciclo 573 Pop. Residente HM 2º Ciclo 503 15 Pop. Residente H 2º Ciclo 280 Pop. Residente M 2º Ciclo 223 Pop. Residente HM 3º Ciclo 313 9 Pop. Residente H 3º Ciclo 182 Pop. Residente M 3º Ciclo 131 Pop. Residente HM Ensino Secundário 325 9 Pop. Residente H Ensino Secundário 145 Pop. Residente M Ensino Secundário 180 Pop. Residente HM Ensino Médio 15 0,4 Pop. Residente H Ensino Médio 8 Pop. Residente M Ensino Médio 7 Pop. Residente HM Ensino Superior 123 4 Pop. Residente H Ensino Superior 42 Pop. Residente M Ensino Superior 81 Pop. Residente HM a frequentar o Ensino 585 17 Pop. Residente H a frequentar o Ensino 263 Pop. Residente M a frequentar o Ensino 322 Fonte: INE, Censos 2001 A maioria da população residente possui apenas o 1º Ciclo de escolaridade (35%), sendo de realçar o elevado número de pessoas (28%) que não tem qualquer nível de ensino. Esta Freguesia é a que possui maior taxa de analfabetismo do Concelho. Apenas uma pequena parte dos residentes na Freguesia possui ensino médio ou superior (4,4%). Acresce ainda que 17% da população se encontra a frequentar um estabelecimento de ensino. Quadro 52 Evolução da População 1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 V. N. S. Bento 2771 2839 3417 3390 4192 5522 7181 8038 8842 7678 5406 4615 3799 3430 Fonte: INE, 2001 Esta Freguesia verificou um aumento populacional constante desde 1864 até à década de 50, registando-se a partir daí um decréscimo acentuado que se mantém até aos dias de hoje. 57

Quadro 53 População Residente, População Presente, Famílias, Núcleos Familiares, Alojamentos e Edifícios População Residente População Presente Famílias Núcleos Familiares Residentes Alojamentos Familiares Alojamentos Colectivos Edifícios HM H M HM H M Clássicas Residentes Instituídas Total Clássicos Outros Baixo Alent ejo 135105 66651 68454 133685 65847 67838 50032 78 40263 80373 80098 275 236 70987 Concelho 16723 8272 8451 16162 7978 8184 6077 8 4997 9758 9733 25 17 9071 Vila Nova S. Bento 3430 1691 1739 3276 1595 1681 1208 2 1029 2019 2 016 3 2 1 946 Fonte: CENSOS 2001, XIV Recenseamento Geral da População; IV Recenseamento Geral da Habitação, INE Quadro 54 Eleitores 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 3 680 3 618 3 477 3 424 3 382 3 297 3 288 3212 3162 3181 3117 Fonte: Junta de Freguesia, Setembro 2006 A Freguesia de Vila Nova de S. Bento tem vindo a perder eleitores até 2004, registando-se um ligeiro aumento no ano de 2005. 58

Quadro 55 Outros indicadores demográficos Densidade Populacional1991 15.6 Hab./Km 2 Densidade Populacional 2001 14 Hab./Km 2 Variação Populacional 1991/2001 (%) - 9.7% % Jovens 13% % Idosos 27% Índice de Envelhecimento 209 Índice de Dependência de Idosos 46 Índice de Dependência de Jovens 22 Índice de Dependência Total 67 Fonte: INE, Censos 2001 A Densidade Populacional passou de 15.6 Hab./Km 2 em 1999 para 14 Hab./Km 2 em 2001 traduzindo-se numa variação populacional de -9,7%. O Índice de Envelhecimento é de 209 idosos (por cada indivíduo com idade até aos 14 anos existem 2,09 idosos). O Índice de Dependência de Idosos é de 46 idosos (nº de idosos por cada 100 indivíduos em idade activa) e o Índice de Dependência de Jovens é de 22 (nº de jovens com menos de 15 anos por cada 100 indivíduos em idade activa). Juntos perfazem o Índice de Dependência Total de 67 indivíduos dependentes (com menos de 15 anos ou mais de 64) por cada 100 indivíduos em idade activa. RECURSOS EDUCAÇÃO E ENSINO Em Vila Nova de S. Bento existe uma Escola Básica 2, 3, o 1º Ciclo e o Jardim-de-Infância. A-do-Pinto possui um Centro de Educação Itinerante (CEP) e o 1º Ciclo. SAÚDE Extensão do Centro de Saúde de Vila Nova de S. Bento e Extensão do Centro de Saúde de A- do-pinto, um consultório particular de Clínica Geral, dois Dentistas particulares, um Centro de Colheita, uma Farmácia e um Instituto Óptico. ÁREA SOCIAL Lar de São Bento, Centro de Convívio, Centro de Convívio da 3ª Idade, Aldeia Nova Associação de Desenvolvimento Social, Centro Social e Centro de Convívio de A-do-Pinto. 59

EQUIPAMENTOS CULTURAIS, DESPORTIVOS, RECREATIVOS E DE LAZER Museu Etnográfico, Centro Cultural, Campo de Futebol Relvado, Campo de Futebol Pelado, Polidesportivo, Court de Ténis, Campo de Jogos (EBI), Cine-Teatro Maria Lamas (282 lugares), duas Colectividades, Salão Polivalente e Campo de Futebol de A-do-Pinto. Quadro 56 Necessidades / Potencialidades 41 Estrangulamentos Necessidades Elevada taxa de desemprego (de longa duração: atinge mais as mulheres - e 1º emprego) População toxicodependente (essencialmente com idades compreendidas entre os 25-35 anos) Existência de 22 pedidos para Habitação em 2003 Propostas de Solução Maior Investimento por parte do Estado para Fixação da Indústria (nomeadamente com a implementação de Programas / Regimes de Incentivo específicos para a Região) - Prevenção primária nas escolas e junto da família - Desenvolvimento de acções específicas para a população toxicodependente desempregada - Gabinete do Património Cultural Construído 42 - Outros Programas de Financiamento: RECRIA, REHABITA, RECRIPH - Plano Pormenor dos Brejos Potencialidades da Freguesia Hotelaria e Restauração/Turismo Rural e de Habitação potenciados pela Qualidade de Vida, pelo bom espaço cinegético e pelas boas acessibilidades existentes. 41 Comissão Social de Freguesia de Vila Nova S. Bento, 9 Setembro 2003. 42 Projecto de Regulamento Municipal de Apoio à Reabilitação da Habitação no Concelho de Serpa Agosto 2006. 60

1.3. Freguesia de Brinches Gráfico 13 População Residente / População Presente/ 2001 43 1750 N.º de Individuos 1700 1650 1600 1550 População Residente População Presente 1500 H M Fonte: INE, Censos 2001 Nesta Freguesia residem 1175 indivíduos (7% da população concelhia), sendo 584 do sexo masculino e 591 do sexo feminino. Quadro 57 População Residente por Faixas Etárias e Sexo População Residente HM 0-140 14 anos População Residente H 0-14 79 anos População Residente M 0-14 61 anos Fonte: INE, Censos 2001 População Residente HM 15-24 anos População Residente H 15-24 anos População Residente M 15-24 anos 121 63 58 População Residente HM 25-64 anos População Residente H 25-64 anos População Residente M 25-64 anos 580 294 286 População Residente HM 65 ou + anos População Residente H 65 ou + anos População Residente M 65 ou + anos TOTAL 334 1175 148 584 186 591 A população idosa nesta Freguesia constitui 28,4% da população total residente, sendo que a maioria das pessoas com mais de 64 anos são do sexo feminino. A população activa constitui 60% da população. 43 Ver quadro Nº 17 em anexo População Residente/População Presente em 2001 61

Quadro 58 População Residente por Nível de Ensino População Total 1175 % Pop. Residente HM nenhum nível ensino 308 26 Pop. Residente H nenhum nível ensino 126 Pop. Residente M nenhum nível ensino 182 Pop. Residente HM 1º Ciclo 479 41 Pop. Residente H 1º Ciclo 261 Pop. Residente M 1º Ciclo 218 Pop. Residente HM 2º Ciclo 166 14 Pop. Residente H 2º Ciclo 89 Pop. Residente M 2º Ciclo 77 Pop. Residente HM 3º Ciclo 119 10 Pop. Residente H 3º Ciclo 63 Pop. Residente M 3º Ciclo 56 Pop. Residente HM Ensino Secundário 74 6 Pop. Residente H Ensino Secundário 32 Pop. Residente M Ensino Secundário 42 Pop. Residente HM Ensino Médio 3 0,2 Pop. Residente H Ensino Médio 2 Pop. Residente M Ensino Médio 1 Pop. Residente HM Ensino Superior 26 2 Pop. Residente H Ensino Superior 11 Pop. Residente M Ensino Superior 15 Pop. Residente HM a frequentar o Ensino 181 15 Pop. Residente H a frequentar o Ensino 87 Pop. Residente M a frequentar o Ensino 94 Fonte: INE, Censos 2001 A grande parte da população residente tem habilitações literárias equivalentes ao 1º Ciclo, sendo que a percentagem de indivíduos sem qualquer nível de ensino é muito elevada (26%). É de realçar a fraca percentagem de indivíduos possuidores de ensino Médio ou Superior (2,2%). A frequentar um estabelecimento de ensino encontram-se 15% da população total da Freguesia. Quadro 59 Evolução da População 1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 Brinches 1640 1825 2039 1959 2111 2197 2548 3081 3238 2881 1911 1775 1427 1175 Fonte: INE, 2001 A Freguesia de Brinches teve o maior número de habitantes na década de 50 sendo que a partir dessa altura se começou a verificar um decréscimo populacional. 62

Quadro 60 População Residente, População Presente, Famílias, Núcleos Familiares, Alojamentos e Edifícios População Residente População Presente Famílias Núcleos Familiares Residentes Alojamentos Familiares Alojamentos Colectivos Edifícios M HM H M HM H Clássicas Residentes Instituídas Total Clássicos Outros Baixo Alentejo 135105 66651 68454 133685 65847 67838 50032 78 40263 80373 80098 275 236 70987 Concelho 16723 8272 8451 16162 7978 8184 6077 8 4997 9758 9733 25 17 9071 Brinches 1175 584 591 1121 566 555 481 1 374 876 875 1 2 818 Fonte: CENSOS 2001, XIV Recenseamento Geral da População; IV Recenseamento Geral da Habitação, INE Quadro 61 Eleitores 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 1260 1249 1204 1117 1149 1120 1114 1090 1155 1048 1030 Fonte: Junta de Freguesia, Setembro 2006 Também a Freguesia de Brinches tem vindo a perder eleitores, à excepção do ano de 2004 onde se registou um ligeiro aumento. 63

Quadro 62 Outros indicadores demográficos Densidade Populacional 91 15.3 Hab./Km 2 Densidade Populacional 2001 12.5 Hab./Km 2 Variação Populacional 91/2001 (%) - 17.6% % Jovens 12% % Idosos 28% Índice de Envelhecimento 238 Índice de Dependência de Idosos 48 Índice de Dependência de Jovens 20 Índice de Dependência Total 68 Fonte: INE, Censos 2001 Brinches tem uma densidade populacional de 12.5 Hab./Km 2 no ano de 2001 o que se traduz numa variação populacional de -17,6 % relativamente a 1991 (15.3% Hab./Km2). Esta Freguesia é a que apresenta a menor densidade populacional do Concelho (valor que varia entre os 12.5 e os 18.5 Hab./Km 2 ) e o decréscimo populacional mais acentuado. Acresce o facto de ser a Freguesia com menor percentagem de jovens (12%) e a maior percentagem de população idosa (28%). Consequentemente, apresenta um elevado Índice de Envelhecimento (238 indivíduos com idade superior a 64 anos por cada 100 jovens). Esta Freguesia tem um Índice de Dependência de Jovens de 20 (nº de indivíduos com menos de 15 anos por cada 100 indivíduos em idade activa) e um Índice de Dependência de Idosos de 68 (nº de indivíduos com idade superior a 64 anos por cada 100 indivíduos em idade activa), o mais elevado do Concelho. Estes dados contribuem para o Índice de Dependência Total de 68 (nº de indivíduos dependentes por cada 100 em idade activa), novamente o índice mais elevado do Concelho, que varia entre os 56 registados em Salvador e os 68. RECURSOS EDUCAÇÃO E ENSINO Jardim-de-infância e 1º Ciclo SAÚDE Extensão do Centro de Saúde e uma Farmácia ÁREA SOCIAL Centro Social e Paroquial de Brinches 64

EQUIPAMENTOS CULTURAIS, DESPORTIVOS, RECREATIVOS E DE LAZER Biblioteca, Salão Polivalente, Sociedade 1º de Junho, Casa do Povo (em obras), Campo de Futebol e pequena Sala de Espectáculos (em projecto). Quadro 63 Necessidades / Potencialidades 44 Estrangulamentos Necessidades Propostas de Solução Elevada taxa de desemprego (essencialmente de longa duração) Baixas qualificações / habilitações da população Más acessibilidades 45 Incentivos por parte do Estado para a criação de iniciativas industriais nesta Região Formação / Qualificação Melhoria dos acessos Potencialidades da Freguesia: Zona de Actividades Económicas (em projecto); Indústria: Produtos Regionais e Panificação, nomeadamente enchidos, óleo e bolos regionais; Projecto Aldeias da Água ; Barragem com ligação a Alqueva. 44 Comissão Social de Freguesia de Brinches e Núcleo da CLA do RMG, 8 Setembro 2003 45 Está a decorrer e celebração de um acordo entre a Associação Nacional de Municípios e o Governo no sentido da passagem destes troços a estradas municipais, com o respectivo desbloqueamento de verbas 65

1.4. Freguesia de Pias Gráfico14 População Residente / População Presente/ 2001 46 1560 N.º de Individuos 1540 1520 1500 1480 1460 1440 População Residente População Presente 1420 H M Fonte: INE, Censos 2001 A população total residente atinge os 3036 indivíduos (18% da população total concelhia), sendo 1497 homens e 1539 mulheres. Quadro 64 População Residente por Faixas Etárias e Sexo TOTAL População Residente HM 0-14 anos População Residente H 0-14 anos População Residente M 0-14 anos 397 178 219 Fonte: INE, Censos 2001 População Residente HM 15-24 anos População Residente H 15-24 anos População Residente M 15-24 anos 338 191 147 População Residente HM 25-64 anos População Residente H 25-64 anos População Residente M 25-64 anos 1519 770 749 População Residente HM 65 ou + anos População Residente H 65 ou + anos População Residente M 65 ou + anos 782 3036 358 1497 424 1539 Nesta Freguesia a população idosa constitui 25,8% do total da população, sendo que a maioria das pessoas com idades acima dos 64 anos é do sexo feminino. A população activa constitui 61% da população total da Freguesia. 46 Ver quadro Nº 18 em anexo População Residente/População Presente em 2001 66

Quadro 65 População Residente por Nível de Ensino População Total 3036 % Pop. Residente HM nenhum nível ensino 760 25 Pop. Residente H nenhum nível ensino 297 Pop. Residente M nenhum nível ensino 463 Pop. Residente HM 1º Ciclo 1136 37 Pop. Residente H 1º Ciclo 599 Pop. Residente M 1º Ciclo 537 Pop. Residente HM 2º Ciclo 426 14 Pop. Residente H 2º Ciclo 222 Pop. Residente M 2º Ciclo 204 Pop. Residente HM 3º Ciclo 314 10 Pop. Residente H 3º Ciclo 187 Pop. Residente M 3º Ciclo 127 Pop. Residente HM Ensino Secundário 273 9 Pop. Residente H Ensino Secundário 141 Pop. Residente M Ensino Secundário 132 Pop. Residente HM Ensino Médio 3 0,1 Pop. Residente H Ensino Médio 2 Pop. Residente M Ensino Médio 1 Pop. Residente HM Ensino Superior 124 4 Pop. Residente H Ensino Superior 49 Pop. Residente M Ensino Superior 75 Pop. Residente HM a frequentar o Ensino 484 16 Pop. Residente H a frequentar o Ensino 226 Pop. Residente M a frequentar o Ensino 258 Fonte: INE, 2001 Tal como acontece nas outras Freguesias, a maior parte da população tem apenas o 1º Ciclo de escolaridade (37%), sendo de realçar a elevada percentagem de indivíduos (25%) que não possui qualquer nível de ensino. O ensino Médio/Superior foi concluído apenas por 4,1% da população de Pias, encontrando-se ainda 16% da população total a frequentar algum estabelecimento de ensino. Quadro 66 Evolução da População 1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 Pias 2372 2727 3039 3475 4004 4273 5182 6262 6095 6408 4795 4074 3328 3036 Fonte: INE, 2001 A população da Freguesia de Pias aumentou significativamente até à década de 40, data a partir da qual começou a registar um decréscimo constante. 67

Quadro 67 População Residente, População Presente, Famílias, Núcleos Familiares, Alojamentos e Edifícios População Residente População Presente Famílias Núcleos Alojamentos Familiar es Resident es Familiares Alojamentos Colectivos Edifíc ios Baixo Alentejo HM H M 135105 66651 68454 HM H M Clássic as Reside ntes Instituí das Total Clássico s Out ros 133685 65847 67838 50032 78 40263 80373 80098 275 236 70987 Concelho 16723 8272 8451 16162 7978 8184 6077 8 4997 9758 9733 25 17 9071 Pias 3036 1497 1539 2981 1461 1520 1124 2 921 1845 1845-4 1842 Fonte: CENSOS 2001, XIV Recenseamento Geral da População; IV Recenseamento Geral da Habitação, INE Quadro 68 Eleitores 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2959 2960 2867 2739 2766 2671 2677 2665 2630 2608 2611 Fonte: Junta de Freguesia, Setembro 2006 Tem-se verificado a perda de eleitores nesta Freguesia a partir do ano 2002, registando-se no entanto um ligeiro aumento no presente ano. Quadro 69 Outros indicadores demográficos Densidade Populacional 91 20.1 Hab./Km 2 Densidade Populacional 2001 18.4 Hab./Km 2 Variação Populacional 91/2001-8,7% % Jovens 12% % Idosos 26% Índice de Envelhecimento 216 Índice de Dependência de Idosos 39 Índice de Dependência de Jovens 18 Índice de Dependência Total 58 Fonte: INE, Censos 2001 Em 1991 residiam nesta Freguesia 20.1 Hab./Km 2 passando para 18.4 Hab./Km 2 em 2001, o que revela uma Variação Populacional de 8,7%. O Índice de Envelhecimento é de 197; o Índice de Dependência de Idosos é de 197; o Índice de Dependência de Jovens de 21 e o Índice de Dependência Total é de 63. 68

RECURSOS EDUCAÇÃO E ENSINO EBJI que abrange o Jardim-de-Infância e o 1º, 2º e 3º Ciclos. SAÚDE Extensão do Centro de Saúde; um consultório privado de Clínica Geral; um Centro de Enfermagem que contém Medicina Dentária, Clínica Geral, Cardiologia, Psicologia Clínica, Terapia da Fala, Dietética, Acupunctura/Mesoterapia, Enfermagem, Homeopatia, Reabilitação Física, Oftalmologia e Optometria; um Centro de Colheita; uma Farmácia e uma Óptica. ÁREA SOCIAL Fundação Viscondes de Messangil EQUIPAMENTOS CULTURAIS, DESPORTIVOS, RECREATIVOS E DE LAZER Biblioteca Pública do Teatro Experimental de Pias, Museu do Vinho (em preparação), Salão Polivalente, Casões da antiga UCP, Casa do Povo, Campo de Futebol Relvado, Campo de Futebol Pelado, Polidesportivo, Court de Ténis, Ginásio e Campo de Jogos (EBJI), Cine-Teatro D. Maria e duas Colectividades com Salas de Jogos. Quadro 70 Necessidades / Potencialidades 47 Necessidades Estrangulamentos Elevada taxa de desemprego Elevada taxa de consumo de álcool (essencialmente por parte da população jovem) Propostas de Solução - Incentivos por parte do Estado para a criação de iniciativas industriais nesta Região - Zona de Actividades Económicas Prevenção primária nas escolas e junto da família (efectuada em moldes inovadores); maior penalização dos estabelecimentos comerciais por venda de bebidas alcoólicas a menores e maior segurança e controlo por parte das autoridades competentes Potencialidades da Freguesia Expansão da Zona de Actividades Económicas, Construção das Piscinas, Implementação da cultura de regadio, Barragem com ligação a Alqueva, Projecto Aldeia da Água. 47 Comissão Social de Freguesia de Pias, 15 Setembro 2003 69

1.5. Freguesias de Salvador e Santa Maria RECURSOS EDUCAÇÃO E ENSINO Serpa: Jardim-de-infância, 1º Ciclo com Pólo 1, Pólo 2 e Pólo 3, EB 2, 3 Abade Correia da Serra, Escola Secundária, e Escola Profissional de Desenvolvimento Rural. Santa Iria: Centro de Educação Pré-Escolar e 1º Ciclo. Vales Mortos: Centro de Educação Pré-Escolar e 1º Ciclo. SAÚDE Centro de Saúde de Serpa e extensão de Santa Iria e Vales Mortos, Hospital S. Paulo, quatro Consultórios Particulares de Dentistas, um Oftalmologista, um Consultório Particular de Clínica Geral, uma Clínica Privada de Naturopatia/Homeopatia, uma Clínica Privada com diversas valências, um Centro de Colheita, um Centro de Radiologia, duas Farmácias e três Ópticas. ÁREA SOCIAL Centro de Convívio de Salvador, Centro de Convívio de Santa Maria, Creche Jardim-deinfância Nossa Senhora da Conceição, Caritas Paroquial de Serpa e Santa Casa da Misericórdia de Serpa. EQUIPAMENTOS CULTURAIS, DESPORTIVOS, RECREATIVOS E DE LAZER Pavilhão de Desportos Carlos Pinhão; Parque Desportivo que inclui Campo de Futebol Relvado, Campo de Futebol Sintético, Pavilhão, Court de Ténis e Patinódromo); Campo de Jogos da EB 2, 3; Pavilhão Coberto, Ginásio e Parque de Jogos da Escola Secundária; Piscina Descoberta; Piscina Coberta; Biblioteca Abade Correia da Serra, Museu Histórico Municipal; Museu Etnográfico; Museu Arqueológico; Museu do Relógio; Cine-Teatro Municipal de Serpa (388 lugares); Espaço da Nora; Pavilhão de Feiras e Exposições; Salão dos Bombeiros; Casa do Povo; Auditório da Escola Profissional de Desenvolvimento Rural; Sociedade Luso União Serpense; Edifício da Sociedade Filarmónica de Serpa; Espaço Vemos, Ouvimos e Lemos; Centro Cultural de Vales Mortos e Centro Cultural de Santa Iria. 70

Quadro 71 Necessidades / Potencialidades 48 Estrangulamentos / Necessidades Património e habitação degradados Conflitos inerentes à marginalidade da etnia cigana População sobre-subsidiada / política assistencialista com consequente desmotivação para a integração profissional Propostas de Solução Gabinete do Património Cultural Construído 49 Outros Programas de Financiamento: RECRIA, REHABITA, RECRIPH No âmbito da Rede Social, possibilidade de elaboração de Planos Integrados no trabalho com as minorias étnicas, nomeadamente com a etnia cigana Interesse na inserção profissional, por parte de instituições de carácter particular, de desempregados subsidiados Instalações desadequadas no que concerne às instituições de apoio à infância e à 3ª idade Criação de uma nova Creche e de um Novo Lar 50 Insuficiente vigilância / segurança pública por parte das autoridades competentes Potencialidades Barragem com ligação a Alqueva. 48 Comissão Social de Freguesia de Serpa, 19 de Setembro de 2003 49 Projecto de Regulamento Municipal de Apoio à Reabilitação da Habitação no Concelho de Serpa Agosto de 2006 50 Os terrenos e os Projectos foram já cedidos pela Câmara Municipal 71

1.5.1. Freguesia de Salvador Gráfico 15 População Residente / População Presente/ 2001 51 2250 N.º de Individuos 2200 2150 2100 2050 2000 1950 H M População Residente População Presente Fonte: INE, 2001 A população residente nesta Freguesia atinge os 4379 indivíduos (26% da população total concelhia), sendo 2157 homens e 2222 mulheres. Quadro 72 População Residente por Faixas Etárias e Sexo População Residente HM 0-14 anos População Residente H 0-14 anos População Residente M 0-14 anos Fonte: INE, 2001 680 350 330 População Residente HM 15-24 anos População Residente H 15-24 anos População Residente M 15-24 anos 571 295 276 População Residente HM 25-64 anos População Residente H 25-64 anos População Residente M 25-64 anos 2229 1122 1107 População Residente HM 65 ou + anos População Residente H 65 ou + anos População Residente M 65 ou + anos TOTAL 899 4379 390 2157 509 2222 A população idosa constitui 20,5% da população total da Freguesia, sendo que a maioria das pessoas com mais de 64 anos é do sexo masculino. A população em idade activa representa 64% da população total. 51 Ver anexo Nº 19 População Residente/População Presente em 2001 72

Quadro 73 População Residente por Nível de Ensino População Total 4379 % Pop. Residente HM nenhum nível ensino 797 18 Pop. Residente H nenhum nível ensino 339 Pop. Residente M nenhum nível ensino 458 Pop. Residente HM 1º Ciclo 1487 34 Pop. Residente H 1º Ciclo 767 Pop. Residente M 1º Ciclo 720 Pop. Residente HM 2º Ciclo 454 10 Pop. Residente H 2º Ciclo 246 Pop. Residente M 2º Ciclo 208 Pop. Residente HM 3º Ciclo 471 11 Pop. Residente H 3º Ciclo 256 Pop. Residente M 3º Ciclo 215 Pop. Residente HM Ensino Secundário 727 17 Pop. Residente H Ensino Secundário 372 Pop. Residente M Ensino Secundário 355 Pop. Residente HM Ensino Médio 24 0,5 Pop. Residente H Ensino Médio 12 Pop. Residente M Ensino Médio 12 Pop. Residente HM Ensino Superior 419 10 Pop. Residente H Ensino Superior 165 Pop. Residente M Ensino Superior 254 Pop. Residente HM a frequentar o Ensino 945 22 Pop. Residente H a frequentar o Ensino 460 Pop. Residente M a frequentar o Ensino 485 Fonte: INE, 2001 A maioria dos residentes desta Freguesia tem apenas o 1º Ciclo de escolaridade, sendo de realçar, apesar de ser a Freguesia com menos população analfabeta, a percentagem de indivíduos que não tem qualquer nível de ensino (18%). Salvador destaca-se também, por ser a Freguesia com maior nº de pessoas com ensino Médio/Superior (10,5%), e por ser a que tem mais indivíduos a frequentar um estabelecimento de ensino. Quadro 74 Evolução da População 1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 Salvador 3259 3308 3615 3399 3868 3234 5276 6397 6545 6364 4398 3993 3963 4379 Fonte: INE, 2001 É a única Freguesia do Concelho em que se observou um crescimento populacional na última década, essencialmente fruto da transferência de habitantes de Santa Maria. 73

Quadro 75 População Residente, População Presente, Famílias, Núcleos Familiares, Alojamentos e Edifícios População Residente População Presente Famílias Núcleos Familiares Residentes Alojamentos Familiares Alojamentos Colectivos Edifícios HM H M HM H M Clássicas Residentes Instituídas Total Clássicos Outros Baixo Alentejo 135105 66651 68454 133685 65847 67838 50032 78 40263 80373 80098 275 236 70987 Concelho 16723 8272 8451 16162 7978 8184 6077 8 4997 9758 9733 25 17 9071 Salvador 4379 2157 2222 4167 2058 2109 1514 2 1276 2258 2255 3 5 1900 Fonte: CENSOS 2001, XIV Recenseamento Geral da População; IV Recenseamento Geral da Habitação, INE Quadro 76 Eleitores 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 3 716 3 747 3 534 3 502 3 460 3 350 3 349 3323 3293 3347 3358 Fonte: Junta de Freguesia, Setembro 2006 Na sequência do atrás enunciado, de referir que esta Freguesia tem vindo a ganhar eleitores a partir do ano de 2004. 74

Quadro 77 Outros indicadores demográficos Densidade Populacional 91 13.8 Hab./Km 2 Densidade Populacional 2001 15.2 Hab./Km 2 Variação Populacional 91/2001 10,4% % Jovens 16% % Idosos 21% Índice de Envelhecimento 132 Índice de Dependência de Idosos 32 Índice de Dependência de Jovens 24 Índice de Dependência Total 56 Fonte: INE, Censos 2001 A Densidade Populacional em 1991 era de 13.8 Hab./Km 2 e em 2001 de 15.2 Hab./Km, 2 o que corresponde a uma Variação Populacional de 10,4% (esta é a única Freguesia que regista uma Variação Populacional positiva, o que pode estar relacionado com a expansão habitacional verificada e prevista em PDM. Avança-se ainda a possibilidade de ter havido uma transferência populacional da Freguesia de Santa Maria (que decresceu 10,6%) para a de Salvador). Detém a menor % de população idosa a nível concelhio (21%) e o menor Índice de Envelhecimento (132 idosos por cada 100 jovens com menos de 15 anos). O Índice de Dependência de Idosos é também o mais baixo, havendo 32 idosos por cada 100 indivíduos em idade activa. Salvador é também a Freguesia com menor Índice de Dependência Total (56 indivíduos com menos de 15 anos ou com mais de 64 anos por cada 100 indivíduos em idade activa). 75

1.5.2. Freguesia de Santa Maria Gráfico 16 População Residente / População Presente/ 2001 52 1140 N.º de Individuos 1120 1100 1080 1060 1040 1020 H M População Residente População Presente Fonte: INE, 2001 A população residente na Freguesia atinge os 2184 indivíduos (13% da população total do concelho): 1061 homens e 1123 mulheres. Quadro 78 População Residente por Faixas Etárias e Sexo População Residente HM 0-14 345 anos População Residente 168 H 0-14 anos População Residente 177 M 0-14 anos Fonte: INE, 2001 População Residente HM 15-24 anos População Residente H 15-24 anos População Residente M 15-24 anos 298 160 138 População Residente HM 25-64 anos População Residente H 25-64 anos População Residente M 25-64 anos 1060 536 524 População Residente HM 65 ou + anos População Residente H 65 ou + anos População Residente M 65 ou + anos TOTAL 481 2184 197 1061 284 1123 Nesta Freguesia a população idosa constitui 22% da população total, sendo que a maioria das pessoas com 65 ou mais anos é do sexo feminino. A população activa constitui 61% da população total. 52 Ver quadro Nº 20 em anexo População Residente/População Presente em 2001 76

Quadro 79 População Residente por Nível de Ensino População Total Pop. Residente HM nenhum nível ensino 595 27 Pop. Residente H nenhum nível ensino 263 Pop. Residente M nenhum nível ensino 332 Pop. Residente HM 1º Ciclo 770 35 Pop. Residente H 1º Ciclo 381 Pop. Residente M 1º Ciclo 389 Pop. Residente HM 2º Ciclo 213 10 Pop. Residente H 2º Ciclo 125 Pop. Residente M 2º Ciclo 88 Pop. Residente HM 3º Ciclo 204 9 Pop. Residente H 3º Ciclo 109 Pop. Residente M 3º Ciclo 95 Pop. Residente HM Ensino Secundário 280 13 Pop. Residente H Ensino Secundário 132 Pop. Residente M Ensino Secundário 148 Pop. Residente HM Ensino Médio 1 0,05 Pop. Residente H Ensino Médio 0 Pop. Residente M Ensino Médio 1 Pop. Residente HM Ensino Superior 121 6 Pop. Residente H Ensino Superior 51 Pop. Residente M Ensino Superior 70 Pop. Residente HM a frequentar o Ensino 338 15 Pop. Residente H a frequentar o Ensino 150 Pop. Residente M a frequentar o Ensino 188 Fonte: INE, 2001 A maioria da população residente possui apenas o 1º Ciclo (35%), registando-se 27% de pessoas sem qualquer nível de ensino. Apenas 6% da população completou o ensino Médio/Superior. Esta Freguesia é a que tem menor percentagem de pessoas a estudar, sendo que apenas 15% da população se encontra a frequentar um estabelecimento de ensino. 2184 % Quadro 80 Evolução da População 1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 Santa Maria 2946 3163 2876 3138 3775 3664 5421 4812 5107 4603 3685 3080 2444 2184 Fonte: INE, 2001 Esta Freguesia atingiu o seu auge populacional na década de 50 tendo vindo a registar um decréscimo constante a partir dessa data. 77

Quadro 81 População Residente, População Presente, Famílias, Núcleos Familiares, Alojamentos e Edifícios População Residente População Presente Famílias Núcleos Familiares Residentes Alojamentos Familiares Alojamentos Colectivos Edifícios HM H M HM H M Clássicas Residentes Instituídas Total Clássicos Outros Baixo Alent ejo 135105 66651 68454 133685 65847 67838 50032 78 40263 80373 80098 275 236 70987 Concelho 16723 8272 8451 16162 7978 8184 6077 8 4997 9758 9733 25 17 9071 Santa Maria 2184 1061 1123 2169 1055 1114 789-629 1237 1 220 17 2 1 095 Fonte: CENSOS 2001, XIV Recenseamento Geral da População; IV Recenseamento Geral da Habitação, INE Quadro 82 Eleitores 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2431 2412 2236 2195 2173 2098 2079 2034 1975 1954 1938 Fonte: Junta de Freguesia, Setembro 2006 A Freguesia de Santa Maria registou, desde 1996, um decréscimo constante no número de eleitores. 78

Quadro 83 Outros indicadores demográficos Densidade Populacional 91 15.7 Hab./Km 2 Densidade Populacional 2001 14 Hab./Km 2 Variação Populacional 91/2001-10,6% % Jovens 16% % Idosos 22% Índice de Envelhecimento 139 Índice de Dependência de Idosos 35 Índice de Dependência de Jovens 25 Índice de Dependência Total 61 Fonte: INE, Censos 2001 Esta Freguesia é, conjuntamente com a de Salvador a que detém maior percentagem de população jovem (16%). O Índice de Dependência de Jovens atinge também o valor mais elevado do Concelho: por cada 100 indivíduos em idade activa existem 25 jovens com menos de 15 anos. O Índice de Dependência total é de 61 (nº de indivíduos com idade inferior a 15 anos ou superior a 64 anos por cada 100 sujeitos em idade activa). 79

1.6. Freguesia de Vale de Vargo Gráfico 17 População Residente / População Presente/ 2001 53 N.º de Individuos 560 550 540 530 520 510 500 490 480 H M População Residente População Presente Fonte: INE, 2001 A população residente nesta Freguesia é de 1073 indivíduos (6% da população concelhia): 556 homens e 517 são mulheres. Quadro 84 População Residente por Faixas Etárias e Sexo População Residente HM 0-146 14 anos População Residente H 0-14 76 anos População Residente M 0-14 70 anos Fonte: INE, 2001 População Residente HM 15-24 anos População Residente H 15-24 anos População Residente M 15-24 anos 140 78 62 População Residente HM 25-64 anos População Residente H 25-64 anos População Residente M 25-64 anos 505 263 242 População Residente HM 65 ou + anos População Residente H 65 ou + anos População Residente M 65 ou + anos TOTAL 282 1073 139 556 143 517 A população idosa constitui 26% da população total da Freguesia, sendo a maioria das pessoas com mais de 64 anos do sexo feminino. A população em idade activa constitui 60% da população da Freguesia. 53 Ver quadro Nº21 em anexo População Residente/População Presente em 2001 80

Quadro 85 População Residente por Nível de Ensino População Total 1073 % Pop. Residente HM nenhum nível ensino 278 26 Pop. Residente H nenhum nível ensino 127 Pop. Residente M nenhum nível ensino 151 Pop. Residente HM 1º Ciclo 432 40 Pop. Residente H 1º Ciclo 245 Pop. Residente M 1º Ciclo 187 Pop. Residente HM 2º Ciclo 183 17 Pop. Residente H 2º Ciclo 96 Pop. Residente M 2º Ciclo 87 Pop. Residente HM 3º Ciclo 103 10 Pop. Residente H 3º Ciclo 56 Pop. Residente M 3º Ciclo 47 Pop. Residente HM Ensino Secundário 53 5 Pop. Residente H Ensino Secundário 24 Pop. Residente M Ensino Secundário 29 Pop. Residente HM Ensino Médio 0 0 Pop. Residente H Ensino Médio 0 Pop. Residente M Ensino Médio 0 Pop. Residente HM Ensino Superior 24 2 Pop. Residente H Ensino Superior 8 Pop. Residente M Ensino Superior 16 Pop. Residente HM a frequentar o Ensino 179 17 Pop. Residente H a frequentar o Ensino 84 Pop. Residente M a frequentar o Ensino 95 Fonte: INE, 2001 A maioria da população possui apenas o 1º Ciclo de escolaridade (40%), sendo de destacar a elevada taxa de analfabetismo que atinge os 26%. Esta Freguesia possui a percentagem mais baixa de indivíduos com ensino Médio/Superior no Concelho. Quadro 86 Evolução da População 1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 Vale de Vargo 738 844 890 960 1253 1318 1561 1850 2053 2001 1605 1388 1238 1073 Fonte: INE, 2001 A Freguesia teve uma evolução populacional semelhante à das restantes Freguesias do Concelho, registando-se um aumento da população até à década de 50, data em que se inicia um período de decréscimo populacional que se verifica até aos dias de hoje. 81

Quadro 87 População Residente, População Presente, Famílias, Núcleos Familiares, Alojamentos e Edifícios População Residente População Presente Famílias Núcleos Familiares Residentes Alojamentos Familiares Alojamentos Colectivos Edifícios HM H M HM H M Clássicas Residentes Instituídas Total Clássicos Outros Baixo Alentejo 135105 66651 68454 133685 65847 67838 50032 78 40263 80373 80098 275 236 70987 Concelho 16723 8272 8451 16162 7978 8184 6077 8 4997 9758 9733 25 17 9071 Vale de Vargo 1073 556 517 1047 539 508 421-327 646 645 1-636 Fonte: CENSOS 2001, XIV Recenseamento Geral da População; IV Recenseamento Geral da Habitação, INE Quadro 88 Eleitores 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 1 091 1 080 1 055 1 041 1 038 1 019 1 024 1013 1006 1003 1008 Fonte: Junta de Freguesia, Setembro 2006 A Freguesia de Vale de Vargo tem vindo a perder eleitores embora os dados ainda provisórios de 2006 apontem para um ligeiro aumento relativamente aos dois anos anteriores. 82

Quadro 89 Outros indicadores demográficos Densidade Populacional 91 21.4 Hab./Km 2 Densidade Populacional 2001 18.5 Hab./Km 2 Variação Populacional 91/2001-13.3 % % Jovens 14% % Idosos 26% Índice de Envelhecimento 193 Índice de Dependência de Idosos 44 Índice de Dependência de Jovens 23 Índice de Dependência Total 66 Fonte: INE, Censos 2001 Apesar de ter uma Variação Populacional de -13.3% de 1991 para 2001, Vale de Vargo é a Freguesia do Concelho com maior Densidade Populacional, valor que varia no Concelho entre os 12.5 e os 18.5 Hab./Km 2. O Índice de Envelhecimento é de 193 (nº de idosos por cada 100 jovens com idade inferior a 15 anos). O Índice de Dependência de Idosos é de 44 (pessoas com idade superior a 64 anos por cada 100 indivíduos em idade activa) e o Índice de Dependência de Jovens é de 23 (jovens com idade inferior a 15 anos por cada 100 pessoas em idade activa). Estes, em conjunto, perfazem o Índice de Dependência Total de 66 (indivíduos ou com menos de 15 anos ou com mais de 64 anos por cada 100 indivíduos em idade activa). RECURSOS EDUCAÇÃO E ENSINO Jardim-de-infância e 1º Ciclo. SAÚDE Extensão do Centro de Saúde e um Consultório Particular de Clínica Geral. ÁREA SOCIAL Flor do Enxoé Associação de Solidariedade Social de Vale de Vargo EQUIPAMENTOS CULTURAIS, DESPORTIVOS, RECREATIVOS E DE LAZER Campo de Futebol, Polidesportivo, Centro Cultural e Salão Polivalente. 83

Quadro 90 Necessidades / Potencialidades 54 Estrangulamentos / Necessidades Propostas de Solução Baixa Escolaridade e Baixas Qualificações da População Insuficiência de Terrenos para Construção Inexistência de Segurança Pública (inexistência de Posto de GNR) Ensino Recorrente 2º e 3º Ciclos Loteamentos para Construção Reforço de Policiamento na Freguesia Quadro 91 Principais Problemas do Concelho Consideram-se, para além dos problemas enunciados por cada uma das Freguesias e de acordo com as informações decorrentes do Painel Temático Caracterização Resumo das Freguesias, como necessidades / estrangulamentos mais marcantes do Concelho: - Desemprego - Envelhecimento Populacional - Baixa Escolaridade ou Ausência de Nível de Escolaridade da população Residente - Isolamento Social 54 Comissão Social de Freguesia de Vale de Vargo e CLA descentralizada do Núcleo do RMG, 17 Setembro 2003 84

Saúde 85

1. Saúde Pública Os Serviços de Saúde do Concelho são assegurados pelo Centro de Saúde de Serpa e pelo Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Hospital S. Paulo, Serpa. Estas duas estruturas complementam-se assegurando, nomeadamente, em conjunto o Serviço de Atendimento Permanente (SAP). A Saúde Pública com sede no Centro de Saúde de Serpa é da responsabilidade do Médico de Saúde Pública (M.S.P.), que é, simultaneamente, Autoridade de Saúde Concelhia (funcionalmente designado por Delegado de Saúde). A equipa de Saúde Pública do Concelho de Serpa é, actualmente, apenas constituída pelo Médico de Saúde Pública (M.S.P) Delegado de Saúde - e por um Técnico de Saúde Ambiental. A função de Delegado de Saúde faz aumentar as tarefas impostas por Lei obrigando, por vezes, a que actos próprios do Médico de Saúde Pública sejam preteridos a favor de outros da Autoridade de Saúde Concelhia. Em relação à dificuldade na constituição duma Equipa Técnica Operacional, a mesma prende-se essencialmente com constrangimentos na fixação dos Técnicos. No entanto, convém destacar que a Saúde Pública de Serpa dispõe do apoio pontual e, sempre que solicitado, da Unidade de Saúde Pública Distrital, com sede em Beja. Esta situação permite minorar as dificuldades na resposta às necessidades da população do Concelho, em termos de Saúde Pública. O Delegado de Saúde efectua o Serviço de Vigilância Sanitária, com grande enfoque na Vigilância da Saúde Ambiental, especialmente ao nível da Vigilância da Água de Abastecimento Público. Esta valência é considerada prioritária, tendo em conta as limitações em termos de Recursos Humanos; limitações estas que dificultam a vigilância desejada em todas as Valências consideradas em Saúde Pública (é de realçar que o Concelho de Serpa possui, em termos de saneamento básico, uma taxa de cobertura de mais de 95% - a cobertura dos montes isolados não é contemplada, tendo em conta que a legislação obriga à colocação de fossas sépticas). As principais doenças que afectam a população concelhia são as seguintes: - Doenças cardio-cerebro-vasculares - Diabetes - Doenças osteo-articulares e osteo-musculares 86

As doenças osteo-musculares e as doenças dos aparelhos respiratório, circulatório e digestivo têm também destaque ao nível das principais doenças do Concelho. Os acidentes (nomeadamente os acidentes domésticos e os acidentes de viação 55 ) continuam a causar também muitas vítimas (merece relevo a morbilidade infantil dos 1 aos 4 anos, fruto de acidentes; apesar da mortalidade infantil por outras causas ter tido tendência, nas últimas décadas, para o decréscimo). Principais Causas de Morte: - Doenças cardio-cerebro-vasculares - Tumores Malignos - Complicações Inerentes à Diabetes Relativamente ás principais causas de morte no Concelho, aparecem no topo da lista as doenças cerebro-cardio-vasculares e em segundo lugar os tumores malignos (reflexo duma estrutura etária envelhecida), à semelhança da restante Região Alentejo. O número de óbitos, reflexo de complicações inerentes à Diabetes (essencialmente a de Tipo II, comum no adulto e no idoso, como consequência dos maus hábitos alimentares e do sedentarismo) em íntima relação com as doenças cardiovasculares tem também vindo a aumentar. É de realçar que o número de mortes por sintomas, sinais e afecções mal definidas e outras causas não especificadas é também elevado. Ao nível da evolução do estado de saúde no Concelho de Serpa (à semelhança de qualquer Região do País), esta é também condicionada pelas desigualdades existentes entre os diferentes grupos sociais. De facto, a uma menor escolarização e a uma maior escassez de recursos económicos associam-se piores indicadores de saúde (a mortalidade infantil, por exemplo, é superior nos estratos sociais e económicos mais baixos). No que concerne ao consumo de substâncias tóxicas e alcoólicas, é de referir o aumento do consumo de álcool, que aparece associado ao elevado número de acidentes de viação. Aumentou também o consumo de tabaco e de drogas ilícitas (intimamente relacionadas com a prática de pequenos crimes). Realça-se o aumento do tabagismo junto das mulheres, com o acompanhamento do aumento das doenças inerentes (essencialmente doenças cardiovasculares e pulmonares). 55 Ver Anexo Saúde: Acidentes 87

A toxicodependência (drogas injectáveis), por sua vez, aparece intimamente relacionada com a SIDA (o nº de casos de SIDA no Concelho é, no entanto, desconhecido resumindo-se as notificações a 1 caso). O envelhecimento acentuado da população; os seus baixos níveis económicos; a carência de estruturas de apoio; as elevadas taxas de analfabetismo (que tornam difícil o acesso às campanhas informativas para a educação e promoção da saúde) e a pouca dinâmica empresarial exigem que se repense e inove o Sector da Saúde, no sentido do encontro de respostas adequadas às necessidades reais da população concelhia. Continua a persistir, também, a dificuldade duma caracterização sanitária fiável da população, o que se denota ao nível dos sintomas e afecções mal definidos que integram as principais causas de morte. Esta insuficiência está relacionada com a insuficiência de recursos humanos, o que se traduz na limitação dos meios de diagnóstico disponíveis. Existe uma boa articulação entre a Autoridade de Saúde e o Instituto de Segurança Social e a Câmara Municipal de Serpa. A articulação com as restantes entidades não é ainda a desejável. É preciso mobiliza-las para o trabalho em Rede, de forma a garantir uma boa articulação entre as instituições. São visíveis desorganizações, por exemplo, a nível dos sistemas de Saúde e da própria Segurança Social, essencialmente consequência da escassez de Recursos Humanos e Financeiros. 56 56 Informação cedida pelo Delegado de Saúde de Serpa, em entrevista a 6/10/2005 88

2. Centro de Saúde de Serpa O Centro de Saúde que serve o Concelho tem Sede em Serpa e extensões nas Localidades de A- do-pinto, Brinches, Vila Verde de Ficalho, Pias, Santa Iria, Vale de Vargo, Vales Mortos e Vila Nova S. Bento. As consultas verificam-se diariamente em todas as extensões, excepto em A-do- Pinto, Santa Iria e Vales Mortos, onde a periodicidade é de duas vezes por semana. 2.1. Recursos / Serviços Quadro 92 Recursos Humanos da Instituição Categoria Profissional Existentes Vagas Administrativo 18 0 Auxiliar 4 1 Enfermeiro 14 2 Médico 13 0 Motorista 1 0 Técnico de Saúde Ambiental 1 1 Total 51 4 Fonte: Centro Saúde de Serpa Agosto, 2006 Em 2005 foram preenchidas 5 vagas: 2 vagas na categoria de administrativo, 1 vaga na de auxiliar, enfermeiro e técnico de saúde ambiental. Foi apenas criada uma nova vaga para a categoria de auxiliar e técnico de saúde ambiental. Serviços / Especialidades As Consultas / Programas do Centro de Saúde de Serpa são: - Medicina Geral Familiar; Apoio Domiciliário Integrado; Consulta de 2ª Opinião; Consulta de Desenvolvimento Infantil (Pediatria); Consulta de Saúde de Adulto e Idoso; Consulta de Saúde Mental/Psiquiatria; Consultas ao Domicilio; Consulta de Tuberculose; Educação para a Saúde; Planeamento Familiar; Saúde Escolar; Saúde Infantil; Saúde Infanto-Juvenil; Saúde Materna 89

Estes Serviços são prestados em todas as Localidades do Concelho (A-do-Pinto; Brinches; Vila Verde de Ficalho; Pias; Santa Iria; Serpa; Vale de Vargo; Vales Mortos e Vila Nova S. Bento); à excepção do Apoio Domiciliário Integrado (circunscrito a Serpa e a Pias), das Consultas de 2ª Opinião, das Consultas de Desenvolvimento Infantil, das Consultas de Tuberculose e das Consultas de Saúde Mental/Psiquiatria (que apenas se efectuam na sede de Concelho, mas abrangem os utentes de todas as Freguesias). 2.2. Nº de Consultas Efectuadas pelo Centro de Saúde por Especialidade Quadro 93 Nº Consultas Efectuadas pelo Centro de Saúde por Especialidade Especialidade 2004 57 2005 2006 58 Desenvolvimento infantil (Pediatria) 49 56 29 Medicina Geral e Familiar 82 725 86 038 54 748 Planeamento Familiar 1 298 1 558 1 140 Saúde de Adultos e Idosos 49 018 50 857 32 161 Saúde Infanto-Juvenil 4 246 5 254 3 711 Saúde Materna 830 926 483 Tuberculose 25 5 2 Total 138 191 144 694 92 274 Fonte: Centro de Saúde de Serpa Agosto, 2006 De 2004 para 2005 houve um aumento do número das consultas efectuadas (4,5%), designadamente na especialidade de saúde infanto-juvenil (19,2%) e planeamento familiar (16,7%). Ao invés, as consultas de tuberculose diminuíram 80%. 57 Fonte: Diagnóstico Social, Setembro 2005 58 Dados provisórios (até Agosto) 90

2.3. População Inscrita por Sexo e Faixa Etária Quadro 94 Utentes do Centro de Saúde de Serpa/Distribuição por Género e Faixa Etária M % F % Total % Género Grupos Etários <1ano 51 45,1 62 54,9 113 0,64 1-4 anos 309 51,4 292 48,6 601 3,41 5-9 anos 412 52,8 368 47,2 780 4,42 10-14 anos 417 48,3 446 51,7 863 4,90 15-19 anos 455 49,2 469 50,8 924 5,24 20-24 anos 549 53,5 478 46,5 1 027 5,83 25-29 anos 575 51,6 539 48,4 1 114 6,32 30-34 anos 558 51,2 531 48,8 1 089 6,18 35-39 anos 646 52,7 580 47,3 1 226 6,95 40-44 anos 697 53,7 601 46,3 1 298 7,36 45-49 anos 630 51,6 592 48,4 1 222 6,93 50-54 anos 562 51,3 534 48,7 1 096 6,22 55-59 anos 486 51,5 458 48,5 944 5,35 60-64 anos 452 49,2 467 50,8 919 5,21 65-69 anos 492 45,1 599 54,9 1 091 6,19 70-74 anos 554 45,5 663 54,5 1 217 6,90 75 anos 830 39,4 1 275 60,6 2 105 11,94 TOTAL 8 675 49,2 8 954 50,8 17 629 100% Fonte: Centro de Saúde de Serpa Agosto, 2006 Através do quadro acima apresentado, verifica-se que a maioria dos utentes do Centro de Saúde de Serpa (11,9%) têm idades 75 anos, prevalecendo os do sexo feminino com mais 21,2% relativamente aos do sexo masculino. Contudo esta diferença esbate-se no que concerne ao total de utentes, sendo de apenas 1,6%. Quadro 95 Utentes do Centro de Saúde de Serpa / População Infantil, População em Idade Activa, População Idosa M % F % Total % População Infantil (<1-14 anos) 1 189 50,4 1 168 49,6 2 357 13,4 População Idade Activa (15-64 anos) 5 610 51,7 5 249 48,3 10 859 61,6 População Idosa (65-75 anos) 1 876 42,5 2 537 57,5 4 413 25,0 Total 8 675 49,2 8 954 50,8 17 629 100% Fonte: Centro de Saúde de Serpa Agosto, 2006 É visível que a maioria dos utentes se encontra em idade activa (61,6%); no entanto, este facto deve-se à abrangência dos intervalos etários, uma vez que os dados disponibilizados não permitem outra categorização em termos de população. Se tivermos em conta este aspecto, é perceptível a maior representatividade da população idosa. 91

2.4. Nº Utentes / Médico de Família Quadro 96 Distribuição de Utentes por Médico de Família Localidade Médico Nº Utentes Serpa Pias Equipa A Equipa B Equipa C Equipa D Equipa A Equipa B 1 537 1 592 1 798 1 650 1 366 1 515 Vale de Vargo Equipa A 1 047 Vila Nova S. Bento Equipa A Equipa B 1 352 1 825 Vila Verde de Ficalho Equipa A 1 516 Brinches Equipa A 1 089 Santa Iria, Vales Mortos, A-do-Pinto Equipa A 1 255 Fonte: Centro de Saúde de Serpa Agosto, 2006 Nenhuma das equipas médicas tem o número máximo de utentes previsto, designadamente 2500 utentes / médico de família. A média de utentes por médico é de 1 462. 2.5. Nº Utentes que Recorre anualmente ao Serviço de Atendimento Permanente (SAP) Quadro 97 Utentes / SAP Ano 2004 2005 2006 59 Nº Utentes 25 242 26 401 16 926 Fonte: Centro de Saúde de Serpa Agosto, 2006 Verifica-se uma adesão significativa ao SAP. De 2004 para 2005, o número de utentes aumentou 4,4%. 2.6.Principais Problemas de Saúde da População a que Assiste o Centro de Saúde - Doenças osteomusculares - Doenças cerebrovasculares - Diabetes - Problemas inerentes às alterações de mobilidade devidas à velhice, doenças agudas e crónicas incapacitantes - Doenças do foro psiquiátrico com enfoque na depressão 59 Dados provisórios (até Agosto) 92

2.7. Projectos Implementados Projectos de Promoção da Saúde: - Aldeia Sem Tabaco (Vila Verde de Ficalho) - Sexualidade (Serpa e Pias) - Higiene Oral (Escolas de todo o concelho) - Preparação para o Parto (Serpa) - Planeamento Familiar: Nascer Saudável é um Direito (Vale de Vargo) até 31/12/2005 - Adoçar a Vida Através do Exercício Físico (Pias) Outros Projectos: Apoio Domiciliário Integrado (Pias e Serpa) e Projecto de Cuidados Continuados (Serpa, Santa Iria e Vales Mortos servindo no entanto a restante população do Concelho em ambulatório). Estes Projectos foram implementados essencialmente com base em parcerias informais (Agrupamentos de Escolas), tendo sido o único Projecto protocolado o do Apoio Domiciliário Integrado (com a Câmara Municipal, as Juntas de Freguesia, a Segurança Social e as Instituições Particulares de Solidariedade Social). O Centro de Saúde promove também actividades anuais, em função do Plano de Actividades estabelecido pela Sub-Região de Saúde. 93

3. Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Hospital de S. Paulo O Hospital de S. Paulo localiza-se no Largo de São Paulo, dentro do núcleo histórico da cidade de Serpa. Não foi possível concretizar a data de fundação deste Hospital; no entanto, é possível referir que em 1505, data em que a Misericórdia de Serpa foi instituída, lhe foi anexado o Hospital. 60 Em 1675, o edifício principal do Hospital foi adaptado à actividade hospitalar e a Misericórdia passou a funcionar no convento de São Paulo, conforme refere José Maria da Graça Affreixo In Memorial Histórico Económico do Concelho de Serpa. Posteriormente, em 1975, o Hospital obteve a classificação de Hospital Concelhio, tendo sido nomeada uma Comissão Instaladora para o gerir. Em 1981, baseado no facto de não se enquadrar nas estruturas prestadoras de cuidados de saúde primários, o Hospital passou para a competência da Direcção Geral dos Hospitais, pela Portaria n.º3/81 de 3 de Janeiro. Em 1983, o Hospital Concelhio constituiu-se como Hospital Distrital, por Despacho do Gabinete dos Assuntos Sociais, datado de 17 de Fevereiro. Esta alteração de Estatutos deveu-se sobretudo à conveniência na definição da sua natureza jurídica, sendo em 1986 classificado de Hospital de Nível I, pelo Despacho n.º 10/86 de 5 de Maio. Foi o Despacho n.º 23/86 de 9 de Maio que veio definir as valências básicas de Medicina Interna, Cirurgia Geral e Anestesiologia; para além dos Meios Complementares de Diagnóstico e de Terapêutica, de Radiologia, Laboratório de Análises Clínicas e Medicina Física e Reabilitação. Ao abrigo do Decreto-Lei n.º 207/2004 de 19 de Agosto, foi criado o Centro Hospitalar do Baixo Alentejo, SA (CHBA, SA), com a natureza de sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, constituído pelo Hospital José Joaquim Fernandes e Hospital de S. Paulo, com sede na Rua Dr. António Fernando Covas Lima, em Beja. Com a publicação do Decreto-Lei n.º 93/2005, de 7 de Junho, os então Hospitais SA foram transformados em entidades públicas empresariais. Posteriormente, o Decreto-Lei n.º233/2005, de 29 de Dezembro, aprovou os Estatutos das entidades públicas empresariais, que passaram a ser designadas abreviadamente de Hospitais EPE. O Centro Hospitalar do Baixo Alentejo, EPE sucedeu, assim, nos direitos e obrigações ao Centro Hospitalar do Baixo Alentejo, SA. 60 Foi a Ordem Religiosa dos Paulistas que edificou e ocupou originariamente o imóvel onde hoje se encontra o Hospital de São Paulo 94

O Hospital de S. Paulo deixou de ser um Hospital SPA (Hospital do Sector Público Administrativo), não pelo processo de integração em si, mas pela natureza do estatuto jurídico das entidades resultantes da integração dos dois Hospitais. Integrado numa entidade pública empresarial, o Hospital de S. Paulo beneficia da natureza de pessoa colectiva de direito público de natureza empresarial, logo dotado de autonomia administrativa e financeira, em conjunto com o Hospital José Joaquim Fernandes Beja. Funcionando nas instalações da Santa Casa da Misericórdia de Serpa, nunca teve autonomia patrimonial, tendo perdido a sua autonomia administrativa e financeira pela integração no Centro Hospitalar. O Hospital de São Paulo abrange utentes dos Concelhos de Serpa, Moura, Barrancos e parte norte do Concelho de Mértola. Nas instalações do Hospital funciona também o Serviço de Atendimento Permanente SAP, 24 horas por dia, com duas camas no Serviço de Observação SO. Este Serviço é da responsabilidade do Centro de Saúde de Serpa, apoiado, em segunda linha, pelos Assistentes de Medicina Interna (em períodos e horários definidos) e outros recursos humanos indispensáveis ao pleno funcionamento do Serviço. 3.1. Recursos Humanos e Instalações Instalações O Hospital de São Paulo compreende um edifício principal e dois anexos. O Anexo I é um edifício adjacente ao edifício principal onde se encontra instalado o Serviço de Medicina Física e Reabilitação, a Central de Gases e o Arquivo Morto. O Anexo II é um terreno doado pela Câmara Municipal de Serpa, situado no Largo de São Paulo, em frente ao edifício principal e que neste momento serve para garagem da frota do Hospital, na sequência de obras de melhoria do piso e da construção de uma estrutura protectora. Recursos Humanos Relativamente aos recursos humanos, a informação disponibilizada pelo Hospital de S. Paulo, foi de que o número de trabalhadores se tem mantido estabilizado, variando de um modo progressivo e crescente a proporção dos elementos contratados em relação aos do Quadro de Pessoal. Deste modo mantém-se no presente Diagnóstico a informação do Diagnóstico Social anterior (Setembro 2005). 95

Quadro 98 Recursos Humanos da Instituição no Quadro de Pessoal (30/Junho/2005) Categoria Profissional Lugares Preenchidos Pessoal Dirigente 0 Director 0 Administração/Directores Administrador Delgado 0 Director Clínico 0 Enfermeiro director 0 Administrador 2 Médico 5 Farmácia 1 Pessoal Técnico Superior Laboratório 1 Serviço Social 1 Pla/Cont/Formação 0 Pessoal de Enfermagem 17 Análises Clínicas 3 Dietética 1 Farmácia 1 Técnicos Fisioterapia 4 Radiologia 3 Terapia Ocupacional 0 Pessoal de Informática 0 Coordenação e Chefia 2 Administrativo 18 Administrativo Tesoureiro 1 Pessoal Téc- Profissional 0 Pessoal Operário 1 Motoristas 2 Telefonistas 2 Enc. Sector 1 Aux. Acç. Médica 10 Pessoal Auxiliar Alimentação 6 Costureiro 0 Operador de Lavandaria 2 Aux. Ap. Vigilância 12 Capelão 0 TOTAL 96 Fonte: Hospital De S. Paulo Serpa Julho 2005 96

Quadro 99 Recursos Humanos da Instituição Não Afectos ao Quadro de Pessoal (30 Junho/2005) Carreira Nº Pessoal de Informática Pessoal Técnico Pessoal de Enfermagem Pessoal Administrativo Pessoal Auxiliar 1 2 3 1 9 Fonte: Hospital de S. Paulo Serpa Julho 2005 3.2. Áreas Assistenciais Internamento (20 Setembro 2006) A lotação oficial da Unidade de Internamento tem variado ao longo do tempo, em função dos diferentes estatutos jurídicos, dos recursos físicos e humanos disponíveis e, inclusive, da eficiência da gestão dos mesmos. Repartindo as camas pelas especialidades de Medicina Interna e Cirurgia Geral, é atingida uma lotação oficial de 60 camas. Na fase SA, o Hospital deixou de realizar Cirurgia Convencionada, ficando apenas com a Cirurgia de Ambulatório. Nesta fase dispunha de 6 Camas de Recobro e de 28 de Medicina Interna. Não reunindo o Bloco Operatório condições mínimas de segurança, deixou de praticar Cirurgia de Ambulatório em finais de 2005. Nessa fase, tinha a lotação de 22 camas que transitaram para a gestão como entidade pública empresarial, as quais são actualmente utilizadas pela Medicina Interna. A curto prazo, o Hospital de S. Paulo ficará dotado com a lotação oficial de 30 camas: 20 destinadas à Unidade de Convalescença (em criação) e 10 aos doentes agudos de Medicina Interna. Principais Motivos de Internamento Os principais motivos de internamento estão directamente relacionados com as características da população da área de influência do Hospital e são condicionados pelos serviços/especialidades existentes, nomeadamente pela especialidade de Medicina Interna. 97

Consultas Externas Especialidades (20 Setembro 2006) - Medicina Interna (Periodicidade: 3 x semana) - Diabetologia (Periodicidade: quinzenal) - Cirurgia Geral (Periodicidade: quinzenal) - Ortopedia (Periodicidade: quinzenal) - Dietética (Periodicidade: 1 x semana) - Medicina Física e Reabilitação (Periodicidade: 3 x semana) - Terapia da Fala (Periodicidade: diária) Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (20 Setembro 2006) - Serviço de Patologia Clínica - Serviço de Medicina Física e Reabilitação - Serviço de Imagiologia 3.3. Indicadores Assistenciais Os serviços do Hospital de S. Paulo abrangem a população dos Concelhos de Serpa, Moura, Barrancos e Mértola, num total de cerca de 43 949 habitantes. Quadro 100 População Assistida Dados completos de 2005 Número de Internamentos Número de Consultas Realizadas Número de Tratamentos na Fisioterapia Número de Exames Complementares 503 3 493 48 746 73 830 Total 126 572 Fonte: Hospital de S. Paulo Serpa Outubro 2006 De registar que, relativamente a 2005, decresceu o nº de Exames Complementares de Diagnóstico (-55%) e o nº de internamentos (-42%) e aumentou consideravelmente o nº da população assistida no Serviço de Fisioterapia (+ 47711 assistências). 98

3.4. Projectos Projectos Realizados Até final de 2005 foram concluídas as obras de melhoramento do Serviço de Internamento; realizado o levantamento de todas as situações de risco, no que se refere à Segurança das Instalações; elaborado o Plano de Emergência Interno e realizada a respectiva formação dos colaboradores. Em 2006 foi concluída a informatização do Serviço de Atendimento Permanente e Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica pelo Sistema Allert, assim como a sua articulação em rede com o Serviço de Urgência do CHBA, EPE HJJF Beja. Foram, também, substituídos os dois depósitos de água, por outros com maior capacidade e com condições técnicas mais seguras. Projectos em Curso - Continuam os trabalhos dos grupos afectos ao Processo de Acreditação pela Joint Comission International. - Está em fase de conclusão a elaboração do Plano de Emergência Externa, tendo presente a Triagem de Manchester, prevendo a articulação entre os dois Hospitais, o envolvimento da Protecção Civil, das Associações de Bombeiros e demais recursos da comunidade. - Está a decorrer um procedimento para a substituição do elevador, por outro com melhores condições de segurança. - Unidade de Convalescença desde o inicio do ano que as Autoridades Regionais de Saúde, Representantes da Coordenação Nacional e Cuidados Continuados e o Conselho de Administração de CHBA, EPE desenvolvem esforços para a criação duma Unidade de Convalescença (UC) no Hospital de S. Paulo Serpa. Passada a fase de Planeamento, está a decorrer a sua execução, englobando a adaptação e espaços do Piso de Internamento, a aquisição de equipamentos e a formação de pessoal, para uma resposta mais adequada e humanizada ao tipo de doentes previstos. Dado o perfil de entrada dos doentes (subagudos, idosos ou não, com potencial de reabilitação) a Unidade de Convalescença terá que dispor de apoio de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica, com reforço da componente de Medicina Física e Reabilitação 61. 61 Fonte: Hospital de S. Paulo Serpa 2006 99

4. Outras Estruturas/Serviços com Actividades na Área da Saúde 4.1. Serviço de Emergência Pré Hospitalar O Hospital José Joaquim Fernandes (Beja) dispôs de uma viatura de apoio a situações de Emergência Pré-Hospitalar, na área do trauma, num raio de 30 Km. Esta iniciativa foi sempre acompanhada da adequada formação, em suporte avançado de vida, aos profissionais que a asseguravam. No contexto do Centro Hospitalar do Baixo Alentejo foi dada continuidade a este serviço, assumindo esta Entidade as despesas inerentes, assim como a formação aos respectivos profissionais dos dois Hospitais. Em 2006 o distrito de Beja passou a estar incluído no Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), sob a responsabilidade do INEM Instituto Nacional de Emergência Médica. O Distrito ficou abrangido por um CODU Centro de Orientação de Doentes Urgentes, que funciona 24 horas por dia e faz a triagem de pedidos de socorro recebidos. A prestação de socorros no local de ocorrência, o transporte assistido das vítimas e a articulação entre Hospitais, Associações de Bombeiros e Policia de Segurança Pública são assim da responsabilidade do INEM. Para esse efeito, e na dependência da CODU, está localizada uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (do INEM), com equipa constituída por um médico e um enfermeiro, no CHBA/HJJF Beja. O INEM dá ainda resposta a situações de intoxicação através do Centro de Informação Antivenenos (CIAV) e de Socorro de Emergência a Recém-Nascidos e Bebés Prematuros, através do Sub-Sistema de Recém-Nascidos de Alto Risco 62. Outros Serviços na Área da Saúde por Localidade: Serpa 5 Dentistas 2 Oftalmologista 1 Clínica Geral 1 Electocardiogramas Vila Nova S. Bento 1 Clínica Geral 2 Dentistas Consultórios Particulares 62 Fonte: Hospital de S. Paulo Serpa Outubro 2006 100

Vale de Vargo 1 Clínica Geral Pias 3 Clínica Geral 1 Medicina Interna 1 Dentista Fonte: Juntas de Freguesia / Julho 2007 Clínicas Privadas Serpa 2 (Oftalmologia, Clínica Geral, Dietética, Psicologia, Terapia da Fala, Urologia, Cardiologia, Acupunctura). Fonte: Juntas de Freguesia / Julho 2007 Pias -Medicina Dentária Clínica Geral Cardiologia Radiologia Pediatria Psicologia Clínica Dietética Acunpunctura/Mesoterapia Enfermagem Homeopatia Reabilitação Física Psicologia Educacional Análises Clínicas Fonte: Proprietário Julho 2007 Centros de Enfermagem Centros de Colheita de Espécimes para Análises Laboratoriais Serpa 2 Vila Nova S. Bento 2 Pias 2 Fonte: Juntas de Freguesia Julho 2007 Serpa 2 Pias 1 Brinches 1 (inactiva) V.V.Ficalho 1 V.N.S. Bento 1 Fonte: Juntas de Freguesia Julho 2007 Farmácias 101

5. Toxicodependência e Alcoolismo/Doenças associadas A toxicodependência pode definir-se como: estado de dependência física e psíquica de certas substâncias tóxicas, que repetidamente tomadas, modificam a sensibilidade orgânica e as funções vegetativas 63. De acordo com esta definição, consideram-se neste Capítulo os consumidores de drogas ilícitas e de álcool (poder-se-iam, no entanto, considerar também os consumidores de tabaco, de café e de outras substâncias que também causam dependência e toxicidade no organismo). 5.1. Consumo de Drogas Ilícitas O consumo de Drogas ilícitas em Portugal começou a ter alguma visibilidade após o 25 de Abril, com a abertura do País para o exterior. Na Guerra Colonial, muitos soldados tiveram contacto com a Marijuana e a Cannabis, trazendo o hábito de consumo destas drogas para Portugal. Nos finais dos anos 70, a juventude fumava bastante Haxixe e, nos anos 80, começou a proliferar a Erva. Nesta altura, a Heroína e a Cocaína eram consumidas apenas por grupos muito restritos. A real percepção do fenómeno deu-se com a manifestação daquilo que era considerada a irreverência dos jovens : desrespeito pelos mais velhos; irresponsabilidade; tráfico descarado de haxixe, etc; sem sinais exteriores de degradação humana (apesar do aumento gradual do consumo). Nos finais dos anos 80, início dos anos 90, o crescimento económico português permitiu a introdução em massa da Heroína em Portugal. Os traficantes de Haxixe foram facilmente seduzidos para o tráfico de Heroína e iniciou-se, então, o processo de degradação humana, acompanhado pelo aumento da criminalidade e da violência (realidades inerentes à proliferação das drogas duras). O Mercado da Cocaína, apesar de actualmente continuar a ser mais pequeno e menos visível que o da Heroína, está também em crescimento desde a entrada de Portugal na Comunidade Europeia (acompanhando a livre circulação das pessoas). É, portanto, visível que o consumo e tráfico de drogas em Portugal apresenta, ao longo dos anos, mutações mais ou menos perceptíveis, nomeadamente ao nível do perfil dos consumidores, dos padrões de consumo, da diversidade de oferta de substâncias e, 10 Dicionário Universal da Língua Portuguesa Texto Editora 102

inclusivamente, da própria percepção social do fenómeno e da respectiva mudança de paradigma. Em 1999 surge a Estratégia Nacional de Luta Contra a Droga (ENLCD), aprovada pela Resolução de Conselhos de Ministros nº 46/99, de 22 de Abril. Os seis objectivos gerais da ENLCD continuam actuais e passam por contribuir para uma adequada e eficaz estratégia internacional e europeia face ao problema mundial da droga, nas vertentes da redução da procura e oferta: assegurar uma melhor informação da sociedade portuguesa sobre este fenómeno e sobre a sua evolução, numa perspectiva de prevenção; reduzir o consumo de drogas, especialmente entre os mais jovens; garantir os meios para o tratamento e reinserção social dos toxicodependentes; defender a saúde pública e a segurança das pessoas e bens; reprimir o tráfico ilícito de drogas e o branqueamento de capitais. Os princípios orientadores definidos em 1999, para o período 1999-2004, foram complementados com propostas de linhas de acção para 2005-2012, designadamente a centralidade no ser humano; a parceria com a sociedade civil; a proactividade e politicas de proximidade; a prevenção em meio escolar e familiar; o reconhecimento de que o tratamento resulta; a necessidade de planos de acção nacionais e sectoriais; de planos de respostas integrados; combate ao tráfico; eficácia da dissuasão; construção do conhecimento; criação de novas respostas a novas dependências e promoção da responsabilidade partilhada 64. O Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) foi criado em 29 de Novembro de 2002, pelo Decreto Lei nº 269-A/2002, e resulta da fusão do Serviço de Prevenção e Tratamento da Toxicodependência (SPTT) e do Instituto Português da Droga e da Toxicodependência (IPDT). O IDT desenvolve uma estratégia integrada de combate à droga e à toxicodependência, baseada na prevenção dos consumos, tratamento e redução de riscos e minimização de danos e reinserção social. No Plano Nacional Contra a Droga e as Toxicodependências (2005-2012), que se insere numa linha de continuidade da ENLCD, estão previstas reestruturações no âmbito do IDT. Seguem-se as principais: - Desconcentração e descentralização de competências nos níveis regional e local - Reordenamento jurídico (rever, clarificar, actualizar e unificar) - Definição dos níveis de co-responsabilidade dos actores locais e do tipo de gestão mais adequado às necessidades dum determinado território 64 Resolução do Conselho de Ministros nº 115/2006 103

-Definição de áreas de articulação que não têm sido ou não são especificamente da responsabilidade do IDT (álcool, tabaco, saúde mental, atendimento de jovens em risco ou em início de consumos) - Mobilização de todas as unidades especializadas do IDT para alargamento da sua intervenção no âmbito da redução de riscos e minimização de danos, de acordo com as necessidades locais e os recursos disponíveis - Promoção da articulação efectiva das unidades do IDT com as estruturas de proximidade, construindo respostas integradas em função das necessidades identificadas No âmbito dos CAT: - Mobilização de todas as unidades especializadas dos CAT para alargamento da sua intervenção no âmbito da redução de riscos e minimização de danos, de acordo com as necessidades locais e os recursos disponíveis - Promoção da articulação efectiva das unidades dos CAT com as estruturas de proximidade, construindo respostas integradas em função das necessidades identificadas 65 É difícil averiguar do número exacto de toxicodependentes e / ou alcoólicos residentes no Concelho de Serpa 66. No Centro de Saúde, os médicos e enfermeiros de família efectuam a sinalização de casos nos processos familiares, sendo que os mesmos são encaminhados, ou não, para os serviços especializados, sempre de acordo com a vontade dos utentes. Estes casos são de difícil diagnóstico / despiste devido à dificuldade de aceitação do problema, quer por parte do doente quer por parte da família. Constata-se que o consumo de drogas ilícitas (mais do que o do álcool) está intimamente relacionado com o fenómeno da exclusão social e problemáticas inerentes: baixa escolaridade, desemprego, doença / incapacidade, violência / criminalidade, dificuldade de acesso à prestação de cuidados, prostituição, endividamento, etc; pelo que quanto mais precocemente se inicia o consumo, mais precoce é o fenómeno da exclusão. Os números do consumo de drogas ilícitas em Portugal aumentaram. Em 2004 estiveram em tratamento 30 266 utentes na rede pública de tratamento da toxicodependência, representando um ligeiro acréscimo de 2% relativamente ao ano anterior (29596 utentes). Este aumento verificou-se ao nível de todas as Delegações Regionais (DR) excepto na DR Alentejo, tendo sido a DR Algarve a que registou um acréscimo mais elevado. À semelhança de anos anteriores, foram os distritos de Lisboa e do Porto, seguidos de Setúbal, Faro, Braga e Aveiro, que 65 Resolução do Conselho de Ministros nº 115/2006 66 Centro de Saúde, Outubro 03 104

registaram o maior número de utentes em tratamento no ano de 2004; tendo os Distritos de Faro, Beja, Setúbal e Bragança, registado as mais elevadas taxas de utentes em tratamento por número de habitantes. No que se refere aos utentes mencionados, a maioria (cerca de 63%) reporta a heroína como a principal droga, seguida daqueles que referiram a heroína e a cocaína (22%), a cannabis (5%) e a cocaína (3%). Relativamente ao género e escalão etário, cerca de 83% destes utentes eram do sexo masculino, sendo que, cerca de metade tinham idades compreendidas entre os 30-39 anos 67. Fonte: IDT, 2004 Segundo os dados do Instituto Nacional de Medicina Legal (INML), em 2004 ocorreram 156 óbitos relacionados com o consumo de drogas (cerca de 53% eram casos de suspeita de overdose). Nos últimos três anos verificou-se uma estabilização destes valores (152 mortes em 2003 e 156 em 2002). 67 Fonte: Relatório Anual A Situação do País em Matéria de Drogas e Toxicodependência, IDT, 2004 105