Previdência Complementar Aberta



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Transcrição:

Estudo Setorial Revista Suma Economica ISSN 0100-8595 - Edição Especial 76 - Março de 2014 Previdência Complementar Aberta Céu de Brigadeiro em um cenário econômico de incertezas

Saiba como identificar e aproveitar oportunidades, controlar custos, diminuir riscos e avaliar os rumos da empresa. Um orçamento operacional e de vendas bem feito precisa envolver todo o pessoal-chave de sua empresa: finanças, RH, logística, marketing, vendas, produção e pessoal de apoio. Orçamento operacional e de vendas Baixe um leitor de QR code em seu celular, aproxime o telefone do código e aproveite as promoções no site: www.suma.com.br www.criavisual.com.br Saiba como maximizar os lucros fazendo o trade-off entre preços e quantidade de vendas, como preparar a matriz de preços de sua empresa para atingir o melhor resultado financeiro. Aprenda melhorar o mix de seus produtos e fazer a estratégia de preços. O planejamento do orçamentário é um diferencial que determina muitas vezes o sucesso ou fracasso de uma empresa. Aprenda a calcular todos os aspectos essenciais de seu negócio, tais como a receita à vista, o cálculo das despesas proporcionais a venda, o prazo de recebimento, a projeção futura de resultados e outros.

Previdência Complementar editorial Setor ignora incertezas na economia e continua crescendo As oscilações na economia, que trazem desconforto para boa parte dos investidores brasileiros, não atingiram o setor de previdência complementar aberta. Segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi). Em 2013, esse segmento absorveu mais de R$ 73,7 bilhões em novas receitas, o que representa uma extraordinária média diária de aproximadamente R$ 202 milhões. Hipoteticamente, isso significa que, no ano passado, cerca de R$ 8,4 milhões foram investidos em um plano de previdência complementar aberta a cada hora de cada dia, incluindo os finais de semana e feriados. Um marca extraordinária para um setor que, no Brasil, vem registrando números impressionantes há pelo menos uma década, com taxas de crescimento invariavelmente maiores que a grande maioria dos demais segmentos da economia local. Não por acaso, bastaram apenas cinco anos para que a arrecadação apurada nesse mercado triplicasse de tamanho, saltando de R$ 32 bilhões em 2008 para mais de R$ 70 bilhões em 2012. Especialistas asseguram que, se não houver um grande desastre que cause um desvio de rota, é bem provável que essa tendência seja mantida por mais algum tempo. Neste estudo setorial, Suma Economica lista os pilares que vêm sustentando esse notável avanço da previdência complementar aberta no Brasil e, por conseguinte, aumenta o clima de otimismo que predomina entre as lideranças desse segmento. Não há segredo para o sucesso do setor. Bastou reunir alguns ingredientes mais convencionais, como a melhor distribuição de renda e o aumento do número de trabalhadores empregados para a receita ficar ao gosto dos fregueses. O crescimento da classe média, a reboque da rápida ascensão social de milhões de famílias antes praticamente excluídas do consumo, serve como o adequado tempero para esse prato. Os investimentos feitos pelas entidades do setor e empresas que operam no ramo de previdência privada complementar contribuíram para esse cenário positivo, pois ocasionaram uma maior conscientização da sociedade sobre a importância de se poupar e, assim, assegurar um futuro mais tranqüilo. Não se pode esquecer, claro, o temor que a sociedade tem quanto à capacidade da Previdência Social de cobrir todas as necessidades da população, na terceira idade. Esse receio aumento na medida em que ganha vulto as discussões sobre a longevidade dos brasileiros. As pessoas que residem neste País vivem cada vez mais e demandam melhor qualidade de vida. Para tanto, é preciso investir em uma poupança que possa assegurar a tranquilidade a partir da aposentadoria. Assegurar o atendimento a essa demanda é o papel que cabe à previdência complementar aberta, que se prepara visando a executá-lo da melhor forma possível, aprimorando a qualidade do atendimento prestado ao investidor, desenvolvendo novos produtos e serviços e promovendo campanhas de esclarecimento da sociedade sobre a opção de produto que convém a cada pessoa. Esse cuidado deve ser ainda maior no caso daquelas camadas da sociedade, oriundas da ascendente classes C e D, que somente agora, depois de realizarem alguns antigos sonhos de consumo e contratarem um plano de saúde, começam a pensar na garantia de um futuro melhor, o que pode ser obtido com um plano de previdência complementar. Esse público deve acelerar a tendência de crescimento do número de pessoas que contratam um plano. Segundo a FenaPrevi, em 1999, o número de contratos vigentes não passava de 3,5 milhões. No final do ano passado, estavam ativos pouco menos de 13,5 milhões de contratos. Boa Leitura! Estudo Setorial 3

Previdência capitalização Complementar índice 03 EDITORIAL Setor ignora incertezas na economia e continua crescendo 05 PRODUTO Várias opções de produtos e benefícios 06 MERCADO Receita atinge a marca de R$ 73 bilhões 08 EMPRESAS Bradesco investe na qualidade para consolidar liderança 11 PORTABILIDADE Legislação flexível favorece investidor 12 CONSUMIDOR Foco na comunicação para crescer 14 LEGISLAÇÃO Projeto regulamenta VGBL Saúde A edição especial sobre Previdência Complementar faz parte da revista SUMA ECONOMICA, um suplemento da COP EDITORA LTDA. DIRETOR: Alexis Cavicchini - alexis@suma.com.br BANCO DE DADOS E PESQUISA ECONÔMICA: Fernando Lopes de Mello - redacao@suma.com.br COLABORAÇÃO: Jorge Clapp CENTRAL DE ATENDIMENTO AO CLIENTE: (0xx21) 2501-2001 www.sumaeconomica.com.br CIRCULAÇÃO: Otácilio Vieira Filho RIO DE JANEIRO: Rua Baronesa do Engenho Novo, 189 - Cep 20961-210 Engenho Novo - Rio de Janeiro - RJ. Tel.: (0xx21) 2501-2001 - Fax: (0xx21) 2501-2648 Estudo Setorial Revista Suma Economica Previdência Complementar Aberta Céu de Brigadeiro em um cenário econômico de incertezas ISSN 0100-8595 - Edição Especial 76 - Março de 2014 4 Projeto GrAfico e diagramação: CRIA Comunicação - www.criavisual.com.br DIRETORIA COMERCIAL: Salete Gondin - salete@sumaeconomica.com.br ATENDIMENTO: Caique Andrade - atendimento@suma.com.br Estudo Setorial TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 45.000 exemplares. Todas as análises e estatísticas são cuidadosamente preparadas pela equipe da SUMA ECONOMICA, de acordo com os últimos dados disponíveis no seu fechamento. Contudo, o uso destas informações para fins comerciais e de investimento é de exclusiva responsabilidade e risco dos seus usuários.

Previdência Complementar Várias opções de produtos e benefícios produto A rápida modernização do mercado brasileiro permitiu, a partir da segunda metade da década de 1990, o desenvolvimento e a oferta de uma gama variada de planos de previdência complementar aberta. Assim, está sendo possível atender a diferentes públicos. Mesmo assim, as vendas continuam concentradas em dois tipos de produto: VGBL e PGBL, cuja principal diferença está na tributação. O investidor que opta pelo PGBL e ganha, por exemplo, R$ 50 mil em rendimentos tributáveis durante um ano, pode abater até R$ 6 mil no Imposto de Renda, se tiver investido esse valor em um plano de previdência privada ao longo do exercício. Dessa forma, o Imposto de Renda devido será calculado sobre R$ 44 mil. E o mais importante: o investidor somente pagará o imposto quando for efetivar o resgate. No caso do VGBL, a tributação acontece apenas sobre o ganho de capital. Assim, essa opção é a mais indicada para quem faz declaração simplificada; deseja diversificar seus investimentos; ou pretende aplicar mais de 12% de sua renda bruta em previdência. Ao escolher essa alternativa, o investidor não pode Veja o que pode ser contratado descontar o valor investido no momento da declaração do Imposto de Renda. No entanto, terá a vantagem de pagar tributos somente sobre o rendimento da aplicação não sobre o valor total, como acontece com o PGBL. Além disso, a cobrança de imposto se dá apenas no momento do resgate do plano. Para os especialistas, o VGBL é um tipo de plano mais indicado para profissionais liberais, ou pretende deixar os recursos para os descendentes ou cônjuges após a morte. INVENTÁRIOS Outra informação importante para o investidor é que esses planos não entram em inventários, não pagam Imposto Sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens e Direitos (ITCMD) e, por esse motivo, devem ser avaliados no planejamento financeiro para sucessão. Os planos de previdência complementar aberta podem ser contratados de forma individual ou coletiva (averbados ou instituídos). Segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep), é possível contratar, juntos ou separadamente, os seguintes tipos básicos de benefícios: RENDA POR SOBREVIVÊNCIA: renda a ser paga ao participante do plano que sobreviver ao prazo de diferimento contratado, geralmente denominada de aposentadoria. RENDA POR INVALIDEZ: renda a ser paga ao participante em decorrência de sua invalidez total e permanente ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano. PENSÃO POR MORTE: renda a ser paga ao(s) beneficiário(s) indicado(s) na proposta de inscrição em decorrência da morte do participante ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano. PECÚLIO POR MORTE: importância em dinheiro, pagável de uma só vez ao(s) beneficiário(s) indicado(s) na proposta de inscrição, em decorrência da morte do participante ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano. PECÚLIO POR INVALIDEZ: importância em dinheiro, pagável de uma só vez ao próprio participante, em decorrência de sua invalidez total e permanente ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano. Estudo Setorial 5

Previdência Complementar Receita atinge a marca de R$ 73 bilhões Imagine um segmento que arrecade R$ 8,4 milhões a cada hora do dia, incluindo finais de semana e feriados. Pois, essa é a marca que foi alcançada pelo mercado de previdência complementar aberta em 2013. Segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), de janeiro a dezembro do ano passado, esse segmento registrou mais de R$ 73,7 bilhões em novas receitas, alta de 4,56% em comparação a 2012. Dessa forma, foi mantida a tendência de crescimento bem acima do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o que se repete praticamente desde a edição do Plano Real, que está completando 20 anos. Não é por acaso. A estabilidade na moeda e a contenção das taxas inflacionárias, desde a aprovação daquele Plano, sempre foram grandes aliadas da previdência complementar, que engloba investimentos de longo prazo e prescinde de uma caminhada sem sobressaltos para poder cumprir o seu papel. Mais recentemente, novos e importantes aliados ajudaram a incrementar ainda mais o crescimento do setor. O aumento da renda da população, mais empregos e a ascensão social e, sobretudo, financeira das classes C e D formam a alavanca que o setor necessita para ocupar, no Brasil, o mesmo patamar alcançado há anos nos países desenvolvidos. Há muito espaço para ocupar. Mas, os números são bastante expressivos. De acordo com a FenaPrevi, o mercado de previdência complementar aberta fechou 2013 com uma carteira de investimentos de aproximadamente R$ 374,2 bilhões, salto de 10,54%, frente aos R$ 338,6 bilhões registrados no ano anterior. Destaque para a carteira de investimentos do VGBL, com alta de 15,77%, passando de R$ 209,4 bilhões para R$ 242,4 bilhões. Já a carteira do PGBL cresceu 7,38%, no período e registrou R$ 80,7 bilhões; enquanto a dos planos tradicionais registrou R$ 50,6 bilhões. Segundo o presidente da Federação, Osvaldo Nascimento, o desempenho do setor no acumulado do ano revela a importância da indústria e também a preocupação do brasileiro com a formação de poupança para o futuro. Nossa perspectiva para 2014 é positiva. Os planos de previdência são uma alternativa muito competitiva para investimentos de longo prazo, diz o executivo. CAPTAÇÃO No acumulado de 2013, a captação líquida (diferença entre arrecadação e resgates), registrou saldo positivo de R$ 33,5 bilhões. No final do ano, estavam ativos 13.487.031 contratos. E o mais importante: 94.666 pessoas usufruíram benefícios (aposentadorias complementares, pecúlios, por morte e por invalidez, e pensões, por morte e por invalidez). Na análise por modalidade de plano de previdência complementar aberta, os individuais foram o destaque no acumulado, com arrecadação de R$ 64,8 bilhões, 5,31% superior ao ano anterior. Os planos empresariais registraram aportes de R$ 7 bilhões, leve alta de 1,22%. Os planos para menores, por sua vez, arrecadaram R$ 1,7 bilhões, recuo 11,91%. PRODUTOS Segundo a FenaPrevi, na avaliação por tipo de produto, a carteira do VGBL, modalidade indicada para quem declara o IR pelo modelo simplificado, foi a que obteve melhor desempenho. Essa modalidade registrou R$ 62,1 bilhões em novos depósitos (crescimento de 4,34%, frente a 2012). Já o PGBL, recomendado para os participantes que declaram o IR pelo formulário completo, registrou depósitos de R$ 7,8 bilhões (alta de 5,10%). Por fim, a arrecadação dos planos tradicionais apresentou um incremento de 7,18%, passando de R$ 3,4 bilhões para R$ 3,7 bilhões. PROVISÕES Já os recursos acumulados pelos titulares dos planos do sistema de previdência complementar aberta (Provisões) apresentaram saldo de R$ 363,6 bilhões e alta de 11,60% em dezembro de 2013. No mesmo período do ano anterior, as provisões totalizaram R$ 325,8 bilhões. 6 Estudo Setorial

mercado As provisões do VGBL tiveram o crescimento mais expressivo no período (alta de 15,26%), passando de R$ 209,4 bilhões para R$ 241,4 bilhões. Já as dos planos PGBL cresceram 6,81%, no período, passando de R$ 75,1 bilhões para R$ 80,2 bilhões. As reservas de planos tradicionais, por sua vez, passaram de R$ 40,7 bilhões para R$ 41,4 bilhões, no período, alta de 1,74%. Os planos do tipo VGBL mantiveram a liderança nas provisões entre os planos de caráter previdenciário, com 66,38% do total, seguidos pelos PGBL, com 22,07% do total de provisões, enquanto os planos tradicionais contaram com 11,40% do total de provisões. Outros produtos incluindo os FAPI - completam a equação, com 0,13%. Como escolher o melhor plano Segundo a FenaPrevi, a opção por planos de previdência privada deve considerar e priorizar uma visão de longo prazo, dada a tributação diferenciada para o poupador. O PGBL é indicado pela Federação como a modalidade de plano mais apropriada para quem declara o Imposto de Renda (IR) pelo formulário completo. Nesse caso, o poupador pode deduzir anualmente da base de cálculo do tributo, o valor total dos aportes efetuados no plano, durante o exercício social, até o limite de 12% da sua renda bruta, reduzindo o imposto a pagar ou, até mesmo, podendo ter direito à restituição. Osvaldo Nascimento explica que esse é o chamado diferimento fiscal, ou seja, o pagamento do IR devido sobre esses recursos, acrescidos dos rendimentos auferidos, é realizado apenas no momento do resgate total ou parcial, ou do recebimento do benefício. Para usufruir da dedução, o investidor em previdência privada aberta tem de estar contribuindo para a previdência oficial, inclusive no caso do titular, com mais de 16 anos, ser dependente de quem faz a declaração. Já no VGBL, modalidade de plano indicada para quem declara o Imposto de Renda pelo formulário simplificado, para quem se encontra na faixa de isenção do IR, ou para quem já atingiu o limite de dedução previsto para a previdência complementar aberta (12% da renda bruta), não é possível deduzir da base de cálculo do IR os valores dos aportes realizados ao plano. No entanto, de acordo com o presidente da FenaPrevi, no momento do resgate ou do recebimento do benefício, o IR incide apenas sobre o valor dos rendimentos auferidos, e não sobre o valor total do resgate ou do benefício recebido, como ocorre no PGBL. Osvaldo Nascimento observa ainda que, para ambas as modalidades de planos (PGBL e VGBL), não há cobrança do Imposto de Renda a cada seis meses, sobre os rendimentos obtidos, como ocorre em outras aplicações, à exceção da caderneta de poupança. Outra característica marcante tanto do PGBL quanto do VGBL é a possibilidade do poupador optar pelo regime de alíquotas regressivas do imposto de renda, significando, deste modo, que, quanto mais tempo os recursos permanecerem aplicados, menor será a alíquota do Imposto de Renda incidente. Dica: Quando começar a investir Especialistas ensinam que, quanto mais cedo o investidor iniciar os aportes em um plano de previdência privada aberta, melhor será o rendimento no momento da aposentadoria. Quem começa a poupar aos 30 anos deverá reservar 20% de seu salário para se aposentar com o mesmo rendimento aos 60. Esse percentual subirá para 50% dos salários se o investimento for iniciado apenas aos 40 anos. Estudo Setorial 7

Previdência Complementar Bradesco Seguros investe em qualidade para consolidar liderança A Bradesco Seguros consolidou, em 2013, sua posição de liderança em Carteira de Investimentos no segmento de Previdência Complementar aberta. Até novembro de 2013, a Carteira de Investimentos de Previdência e VGBL totalizou R$ 118,2 bilhões, respondendo por aproximadamente 32% dos recursos do mercado, de acordo com dados da FenaPrevi. Em função da sólida estrutura, da política de produtos inovadores e da confiança conquistada no mercado, o Grupo Bradesco Seguros encerrou o exercício com market share de cerca de 30% na receita de planos de Previdência e VGBL do mercado brasileiro. Nosso faturamento no segmento de Vida e Previdência alcançou R$ 26,7 bilhões, contra R$ 24,8 bilhões em 2012. O lucro líquido do exercício de 2013, no segmento, foi 9,3% superior ao apurado no mesmo período do ano anterior, revela Lúcio Flávio de Oliveira, presidente da Bradesco Vida e Previdência. Segundo ele, esse desempenho decorreu, basicamente, do crescimento de 7,7% no faturamento; da redução de 0,6 p.p. na sinistralidade do produto Vida ; e do aumento no resultado financeiro; além da manutenção do Índice de Eficiência Administrativa. Em dezembro, o número de clientes da Bradesco Seguros no segmento de Vida e Previdência cresceu 9,4% em relação a dezembro de 2012, totalizando cerca de 28 milhões, dos quais 2,4 milhões são participantes de planos de previdência e VGBL, e 25,8 milhões, segurados de vida e acidentes pessoais. Entre os pilares que sustentaram mais um ano de bons resultados, destacam-se a força da marca Bradesco e o aprimoramento das políticas de comercialização e gestão. O aspecto mais importante da constituição de um plano de previdência complementar é o do planejamento financeiro, ou seja, a criação de condições que assegurem ao participante uma reserva financeira capaz de suprir, ou pelo menos reduzir, a diferença entre a renda que ele possuía na ativa e o benefício pago pela previdência pública, após a aposentadoria. É importante lembrar que essa decisão não deve considerar somente os custos do plano, mas também e sobretudo - a liquidez e a credibilidade da instituição em que os recursos serão aplicados, observa Lúcio Flávio de Oliveira. Além disso, a Bradesco Seguros tem como diferencial o compromisso de abordar a questão da aposentadoria e da previdência complementar pela ótica mais abrangente da longevidade, demonstrando que é preciso levar em conta não apenas o lado financeiro, mas também a qualidade da vida que se pretende ter no futuro. Baseada nessa filosofia, a Bradesco Seguros desenvolve ações que buscam conscientizar a população sobre o valor da prática regular de exercícios físicos, adoção de hábitos saudáveis e detecção precoce de doenças atitudes fundamentais para a conquista de uma vida longa e saudável. Exemplo dessas iniciativas é o Fórum da Longevidade, criado em 2006 com objetivo de mobilizar a sociedade para a discussão do tema. Em outubro de 2013, o Fórum chegou à sua oitava edição, reunindo especialistas nacionais e estrangeiros para debater os cuidados indispensáveis à vida longeva. Mas as ações incluem, também, o Circuito da Longevidade, evento que consiste na realização de corrida de 6km e caminhada de 3km em diversas cidades do país, e que reuniu cerca de 280 mil pessoas desde que foi criado, em 2007; o programa Porteiro Amigo do Idoso, que já formou, nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, mais de 600 profissionais especializados em atuar junto à população longeva; movimentos como o Conviva, que estimula a convivência harmoniosa no trânsito entre motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres, a exemplo da CicloFaixa São Paulo; e os Encontros Empresariais, eventos realizados em diversas cidades do país com o objetivo de discutir os impactos econômicos da conquista da longevidade e a importância de se preparar, cada vez melhor, para um futuro com qualidade de vida. A plataforma de longevidade da Bradesco Seguros conta, ainda, com o Espaço Viva Mais, site que oferece conteúdo sobre saúde, bem-estar, alimentação, viagens, finanças pessoais e atrações musicais. Merecem destaque as seções Serviços, com informações sobre produtos, benefícios e serviços oferecidos pela Bradesco Seguros; e Longevidade, com informa- 8 Estudo Setorial

empresas ções sobre as principais ações realizadas pela Bradesco Seguros relacionadas ao tema, como as etapas do Circuito da Longevidade. Outra iniciativa a ser destacada é que, em novembro de 2013, a Bradesco Seguros estendeu a campanha publicitária Vai Que, lançada em 2010, ao segmento da previdência privada, lembrando que o conceito do inesperado, marca da campanha original, também se aplica a esse universo. O comercial mostra um aposentado preocupado com as contas que precisa pagar. Citando o filme Missão Impossível, e ao som da famosa trilha sonora, surge, para resolver a situação, um agente que, ao retirar a máscara do idoso, o transforma novamente em um jovem e elimina as contas que estão sobre a mesa. A locução explica: Vai que você não tem uma equipe assim no futuro para fazer você voltar no tempo. Aí, é melhor fazer uma previdência privada da Bradesco Seguros e garantir uma renda mensal na sua aposentadoria. Afinal, vai que.... O comercial traz a assinatura: Bradesco Seguros. É melhor ter. EXPECTATIVA Para 2014, a expectativa é positiva. De acordo com Lúcio Flávio de Oliveira, o mercado de seguros nacional tem apresentado, nos últimos anos, crescimento bem superior ao registrado pela economia brasileira, revelando importância estratégica, tanto como agente de formação de poupança interna, quanto como investidor institucional, ao dispor de volumes crescentes de recursos para aplicação em projetos essenciais para a economia. Não enxergamos motivos para alteração desse processo consistente de aumento do consumo de seguro no Brasil, mesmo porque se observa, cada dia mais, o desejo da população de buscar proteção e produtos complementares aos que já são oferecidos com coberturas básicas pelo Estado, ressalta o executivo. Nesse cenário, ele acredita que o segmento de Vida e Previdência manterá o desempenho que tem contribuído de forma importante para assegurar à Bradesco Seguros a liderança do mercado segurador brasileiro. MASSIFICAÇÃO Lúcio Flávio acrescenta que a massificação tem sido a principal estratégia do grupo Bradesco Seguros para fomentar o desenvolvimento da cultura do seguro e ampliar o espaço desse produto no Brasil, com a inclusão de novos consumidores. Não por acaso, atualmente, mais de 40% dos clientes do grupo pertencem à emergente Classe C. Um exemplo da boa aceitação dessa estratégia é o Primeira Proteção Bradesco, seguro de acidentes pessoais com valor mensal de R$ 3,50 e cobertura de R$ 20 mil, cujas vendas ultrapassaram 660 mil apólices em 2013. Com relação à previdência complementar, é importante notar que ainda se trata de uma cultura relativamente nova no Brasil, e como tal enfrenta resistências, embora bem menores hoje do que há uma década. Há, inclusive, pesquisas recentes segundo as quais o brasileiro ainda tende a só se preocupar com previdência pública ou privada quando está mais próximo da aposentadoria. O desafio, no caso da previdência complementar, é reduzir a idade de ingresso e constituição dos planos, demonstrando ao participante que, quanto maior for o prazo de contribuição, menor será o valor do aporte exigido para alcançar a meta pretendida. Para tanto, não há melhor caminho do que ressaltar os benefícios do trinômio: proteção, previsibilidade e planejamento. É exatamente isso que a Bradesco Seguros tem procurado fazer ao difundir a importância da questão da longevidade. Até porque as pessoas estão vivendo mais, o que implica mudanças econômicas importantes na vida das sociedades, em especial no que diz respeito aos conceitos de aposentadoria e previdência, seja pública ou privada. Vale notar que já se percebe também um avanço da educação financeira, que leva a uma maior conscientização da importância de investir no presente para garantir um futuro com mais conforto e tranquilidade. NOVIDADES Lúcio Flávio de Oliveira afirma que a Bradesco Seguros está sempre atenta às oportunidades de mercado para desenvolver produtos de Vida e Previdência que correspondam, de forma cada vez mais completa e qualificada, às expectativas dos clientes, e também possibilitem a ampliação do universo de segurados. Nesse contexto, no final de 2013, a Bradesco Seguros lançou o Sob Medida, nova geração dos já tradicionais planos de previdência PGBL e VGBL que tem como principal característica a flexibilidade: à medida que a reserva aumenta, a taxa de administração cai automaticamente. Da mesma forma, a taxa de carregamento não é cobrada na entrada e diminui à medida que o prazo da aplicação Estudo Setorial 9

Previdência Complementar aumenta. Esse produto já respondeu por cerca de 25% das vendas de planos de previdência da Bradesco Seguros em janeiro de 2014. Outros produtos de previdência trabalhados em 2013 foram o PrevJovem Bradesco PGBL ou VGBL e o De Pai para Filho Geração 2, planos de previdência complementar aberta destinados a clientes com filhos ou dependentes menores de 21 anos que tenham interesse em acumular recursos para investir em educação - seja uma faculdade particular, um MBA ou um intercâmbio no exterior. empresas Agora, os prêmios podem ser pagos mensalmente por meio de cartão de crédito, débito em conta corrente ou poupança e consignação em folha de pagamento, além da tradicional modalidade do carnê. As novas formas de cobrança otimizaram o processo de oferta e comercialização do produto, garantindo comodidade e tranquilidade ao segurado. Já do ponto de vista do corretor, a iniciativa abriu a oportunidade para um atendimento mais completo. Conhecido no mercado segurador como Plano para Menores, esse é um dos segmentos que mais crescem nos últimos anos na previdência privada. Os produtos permitem contribuições mensais ou esporádicas, de acordo com a disponibilidade do participante, bem como aportes adicionais a qualquer momento. Já no segmento de Vida e Acidentes Pessoais, a Bradesco Seguros lançou em 2013 novas formas de cobrança para os produtos ABS Total Premiável e ABS Sênior. Lúcio Flávio de Oliveira, presidente da Bradesco Vida e Previdência 10 Estudo Setorial

portabilidade Legislação flexível favorece investidor Para facilitar a vida do investidor, os órgãos reguladores aprovaram normas para a portabilidade dos planos de previdência complementar aberta. A Superintendência de Seguros Privados (Susep) alerta, no entanto, para que o investidor fique atento, pois os recursos financeiros serão portados diretamente entre as entidades, sendo vedado que transitem, sob qualquer forma, pelo participante. Especialistas apontam a portabilidade como uma importante ferramenta disponibilizada para o investidor em razão da principal característica da previdência privada: o fato de se tratar de um investimento de longo prazo. Assim, é provável que, em muitos casos, até que o participante comece a receber aquilo que acumulou, o cenário existente no início dos aportes tenha sofrido muitas alterações, inclusive no que se refere à percepção sobre o plano escolhido. Por isso, é permitida a portabilidade, mas com algumas regras. O investidor deve exigir a documentação comprovando a portabilidade no prazo máximo de sete dias úteis, tanto da entidade cedente dos recursos quanto da cessionária. A entidade cedente precisa atestar a data da efetivação da portabilidade, o respectivo valor e a entidade cessionária. Esta, por sua vez, deve atestar a data de recebimento, o respectivo valor e o plano. A entidade cedente dos recursos deverá também efetivar a portabilidade até o quinto dia útil subsequente às respectivas datas determinadas pelo participante. Esse prazo muda para quatro dias úteis nos planos aprovados antes do dia 30 de janeiro de 2007. Outro ponto importante é que somente é permitido portar produtos da mesma natureza. Portanto, o investidor não poderá passar de VGBL para PGBL. Em contrapartida, é possível mudar o perfil do fundo. A legislação permite ao participante passar de um PGBL progressivo para outro progressivo ou regressivo. Agora, se tem um PGBL regressivo, só pode passar para outro regressivo. Vale lembrar que, no regime progressivo, no momento do resgate, a tributação é de 15% na fonte, a título de antecipação do Imposto de Renda, podendo ser compensada na Declaração de Ajuste Anual, de acordo com a Tabela Progressiva Anual de Imposto de Renda. No regressivo, as alíquotas que incidem na hora do resgate diminuem de acordo com o tempo de contribuição. A tributação é definitiva e não existe compensação na hora do ajuste anual. Para o investidor, a portabilidade traz uma vantagem adicional, pois obriga as empresas do setor a aprimorarem constantemente a qualidade do serviço que prestam, tornar mais claras e objetivas as informações prestadas e investir no pós-venda para medir o grau de satisfação do cliente. Além disso, a portabilidade em planos de previdência não traz nenhum custo adicional para o participante. Isso porque a taxa de saída não é mais cobrada e não há mais a CPMF. Mesmo assim, quem optar pela portabilidade deve ter alguns cuidados, tais como pesquisar e comparar taxas cobradas, dando sempre preferência pela taxa de gestão financeira mais baixa; e ficar atento também à rentabilidade dos planos, levando em consideração que deve comparar perfis iguais. Cumprido o prazo de carência, ao ser solicitada a portabilidade, o cálculo será realizado no segundo dia útil posterior à data determinada pelo segurado. Já a transferência dos recursos pela cedente deve ser efetivada até o quarto dia útil ou quinto dia útil para planos aprovados antes de 30 de janeiro de 2007. Esses recursos devem ser recepcionados pela cessionária na Provisão Matemática de Benefícios a Conceder até o segundo dia útil da disponibilidade. Por fim, a cedente só poderá cobrar tarifa bancária e o carregamento postecipado, se previstos no plano. Estudo Setorial 11

Previdência Complementar Foco na comunicação para crescer Para ajudar o consumidor a entender melhor as características da previdência complementar aberta, a Fenaprevi e as empresas associadas investem forte em iniciativas como o projeto de educação financeira nas escolas e comunidades. A ideia é incentivar a proliferação das discussões institucionais sobre o tema, com o objetivo de tornar a indústria de previdência complementar mais conhecida pela população, em todo o território brasileiro. A Federação, historicamente, também vem defendendo a autorregulamentação para que o mercado possa ter mais flexibilidade para efetivar medidas práticas, que podem ser adotadas com rapidez e maiores chances de sucesso. Executivos do setor citam a portabilidade como exemplo claro dessa estratégia. Outra prioridade é o desenvolvimento de novos produtos visando a atender a públicos e necessidades distintas, especialmente aquele segmento da sociedade que ainda não teve acesso a um plano de previdência complementar. PRODUTOS Nesse contexto, o VGBL Saúde é visto como um importante avanço. Em linhas gerais, esse produto seguirá os moldes de um plano de previdência privada do tipo VGBL. Contudo, terá como diferencial a possibilidade de o usuário usar parte do benefício, com isenção fiscal, para o pagamento do plano de saúde, principalmente na terceira idade, quando os gastos com saúde crescem de forma significativa. O produto foi desenhado a partir de conversas entre o setor privado e a Superintendência de Seguros Privados (Susep). A viabilidade do VGBL pode vir a partir da aprovação de um projeto de lei de autoria do deputado Armando Vergílio, que já tramita no Congresso. Futuramente, outro produto, com as mesmas características, poderá ser utilizado na área da educação. O VGBL Educação também é apontado por executivos do mercado como um produto inovador e de amplo alcance social. Mas, neste caso, a aprovação não é tão certa. 12 Estudo Setorial

consumidor COMUNICAÇÃO Há também grande preocupação com o aprimoramento da comunicação com o público e com a divulgação do segmento de previdência complementar aberta, particularmente dos seus benefícios para a sociedade. Um dos focos, nesse sentido, está direcionado para campanhas que mostram ao cidadão comum que há incentivos fiscais para quem permanece no plano de previdência complementar no longo prazo. O setor aposta que, ao manter o cliente mais bem informado, estará criando o cenário adequado para que, nos próximos cinco anos, dobre o número de participantes no sistema de previdência complementar aberta. O alvo principal é a nova classe média, formada, em sua maioria, por pessoas que possivelmente jamais pensaram, até agora, na possibilidade de contratar um plano de previdência aberto, seja por falta de orientação ou, principalmente, por não ter recursos financeiros para tal investimento. Glossário Veja, abaixo, os termos técnicos mais utilizados no mercado de previdência complementar aberta: PAGP - Plano com Atualização Garantida e Performance PGBL - Plano Gerador de Benefício Livre PRGP - Plano com Remuneração Garantida e Performance PRSA - Plano com Remuneração Garantida e Performance sem Atualização PRI - Plano de Renda Imediata VAGP - Vida com Atualização Garantida e Performance VGBL - Vida Gerador de Benefício Livre VRGP - Vida com Remuneração Garantida e Performance VRSA - Vida com Remuneração Garantida e Performance sem Atualização Planos Empresariais/Coletivo - São contratados por pessoas jurídicas que podem, ou não, contribuir, total ou parcialmente, para o seu custeio, sendo de livre adesão por pessoas físicas que a elas se vinculem de alguma forma. Se o participante omitir uma doença que saiba ser portador antes da contratação do plano de previdência complementar e não tenha mencionado na proposta de inscrição ou na declaração pessoal de saúde fornecida à entidade ou a seguradora, esta poderá negar o pagamento do benefício contratado sem a devolução das contribuições já pagas, conforme estabelece o art. 766 do Código Civil Brasileiro. Arrecadação - Aportes, periódicos ou esporádicos, feitos pelo participante em seu plano. Previdência Complementar Aberta - Segmento onde são operados planos que visem, sobretudo, à obtenção de renda complementar, abertos à participação de empresas e pessoas físicas, sendo ofertados por seguradoras e entidades abertas de previdência complementar. Carteira de Investimento - É o valor total, entidade a entidade, das diversas modalidades de ativos por elas adquiridos com a finalidade de, vinculados ao órgão fiscalizador, garantir o pagamento das obrigações (provisões) assumidas perante os titulares desses planos. Provisão Técnica - São as importâncias calculadas e registradas contabilmente pelas operadoras, refletindo o valor total de suas respectivas obrigações para com os titulares dos planos. Estudo Setorial 13

Previdência Complementar legislação Projeto regulamenta VGBL Saúde O VGBL Saúde pode, enfim, sair do papel. Tido como ferramenta indispensável dentro da nova realidade brasileira, em que o aumento da longevidade da população, em alguns anos, trará como consequência natural a necessidade de um amparo mais qualificado à saúde dos mais idosos, esse produto deve ser regulamentado pelo projeto de lei elaborado pelo deputado Armando Vergílio (SDD-GO). O parlamentar conhece bem o assunto. Ele é o atual presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) e comandava a Superintendência de Seguros Privados (Susep) - órgão do Ministério da Fazenda que regula e fiscaliza o mercado de seguros e previdência complementar aberta - quando o VGBL começou a ser desenhado. Segundo Vergilio, a proposta tem como objetivo viabilizar, sob o aspecto fiscal, a estruturação de seguros de vida com cláusula de cobertura por sobrevivência, incluindo os que contarão com isenção tributária sobre rendimentos obtidos, quando os recursos forem destinados ao pagamento de despesa relacionada à contraprestação de plano privado de assistência à saúde ou de seguro saúde. Se o projeto for aprovado, as contribuições pagas pelas empresas, relativas aos programas de previdência privada e a de seguros de vida com cobertura por sobrevivência, em favor dos seus empregados e dirigentes, não serão mais consideradas integrantes da remuneração dos beneficiários para efeitos trabalhistas, previdenciários e de contribuição sindical, nem integrarão a base de cálculo para as contribuições do FGTS. Além disso, nos planos em que o empregador participe, total ou parcialmente, do custeio, também será considerado rendimento, para fins de resgate e de pagamento do capital segurado, o montante dos recursos constituídos com o valor dos prêmios por ele pagos. SOBREVIVÊNCIA Armando Vergilio lembra que os seguros com cobertura por sobrevivência, sem a referida isenção fiscal, visam a atender, prioritariamente, a pessoas de baixa renda, não declarantes pelo formulário completo de ajuste anual do Imposto de Renda, pessoa física, sem a oportunidade oferecida às pessoas de renda média e alta de dedução até o limite de 12% de sua renda bruta anual, do valor de contribuições vertidas para custeio de planos de benefícios de previdência complementar. Isso porque, era prejudicial às pessoas de baixa renda participar de planos de benefícios de previdência complementar, pois, apesar de não se beneficiarem da dedução, ficavam sujeitas à tributação total do valor recebido. Além disso, corriam o risco de se verem transferidas para uma alíquota mais elevada do imposto de renda, quando se somassem, na aposentadoria, o valor do benefício recebido da previdência social e o da previdência complementar, acrescenta o deputado. No caso do pretendido seguro de vida com cobertura por sobrevivência, com isenção tributária sobre os rendimentos obtidos quando os recursos forem destinados ao pagamento de despesa relacionada à contraprestação de plano privado de assistência à saúde ou de seguro saúde, ele observa que, com as alterações demográficas da população brasileira, a tendência é dela se tornar cada vez mais longeva, o que torna de extrema importância aproveitar o atual bônus demográfico maior parte das pessoas em idade economicamente ativa, para incentivar as pessoas a acumular recursos para, quando se retirarem do mercado de trabalho, terem condições de enfrentar o pagamento das referidas contraprestações. Para o parlamentar, certamente esse valor será agravado, não só em função da idade elevada, mas, também, do constante aumento dos custos de procedimentos médico-hospitalares, sempre em níveis superiores aos dos índices inflacionários e de reposição dos proventos do benefício de aposentadoria concedido pela previdência oficial. Ele assegura ainda que tal proposta não acarretará em renúncia fiscal, pois, como não existem, atualmente, seguros de vida com cobertura por sobrevivência, cujo custeio seja feito por empresas, em favor de seus empregados e dirigentes, a arrecadação, qualquer que seja, é nula. 14 Estudo Setorial

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