Patrimônio Espeleológico Brasileiro Legislação e Políticas de Conservação

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Transcrição:

Patrimônio Espeleológico Brasileiro Legislação e Políticas de Conservação Clayton Ferreira Lino Junho de 2012

PRINCIPAIS ÁREAS DE OCORRÊNCIA DE CAVERNAS NO BRASIL Principais áreas carbonáticas do Brasil (em preto) e também as principais áreas quartzíticas que apresentam cavernas (em laranja). Também representadas estão áreas carbonáticas de pequena extensão (triângulos) e áreas em outras litologias (principalmente arenitos) onde se conhecem cavernas (quadrados). Áreas em minério de ferro estão representadas por estrelas vermelhas.

A primeira medida oficial de proteção às cavernas no Brasil foi a aquisição de 10 cavernas e seu entorno pelo Governo do Estado de São Paulo em 1910, conseqüência direta dos estudos realizados por Ricardo Krone na região do Vale do Ribeira. Dentre essas grutas estão a Caverna do Diabo e nove outras que iriam servir de base para a criação do PETAR, em 1958, por iniciativa do Engenheiro Epitácio Guimarães e o senhor Pedro Comério, ambos do Instituto Geológico de São Paulo. O PETAR foi a primeira Unidade de Conservação brasileira formalmente criada para proteger cavernas.

Até 1986 não havia legislação específica para proteção das cavernas. A proteção legal se dava através das diversas Leis de Proteção Ambiental, a exemplo da Lei de Fauna, do Código Florestal, da Proteção ao Patrimônio Arqueológico, aos Recursos Hídricos, etc. A proteção mais efetiva de cavernas ocorria (como ainda hoje) naquelas cavernas incluídas em Unidades de Conservação.

As primeiras iniciativas de proteção legal de cavernas em âmbito nacional se deram através de Resoluções do CONAMA Resolução CONAMA n.009/1986 Institui comissão especial para tratar da proteção do patrimônio espeleológico. Resolução CONAMA n.005/1987 Cria o Programa Nacional de Proteção do Patrimônio Espeleológico.

A partir de 1988 o Brasil tornou-se o primeiro país democrático a tornar todas suas cavernas bens da União As cavernas na Constituição Brasileira de 1988: art. 20, X, definidas com bens da União art. 216, relativo ao patrimônio cultural art. 225, do meio ambiente, no qual eram indicadas como importantes patrimônios naturais.

Em conseqüência do previsto na Constituição de 1988 e da mobilização da Sociedade Brasileira de Espeleologia, surgiram vários instrumentos legais de proteção às cavernas no Brasil: Constituições Estaduais reconhecendo as cavernas como patrimônio cultural, científico e turístico Tombamento de cavernas por seu valor natural e cultural Portarias do IBAMA regulamentando usos e manejo Decreto Federal de Proteção a Cavernas Projeto de Lei das cavernas no Congresso Nacional

Portaria IBAMA n. 887 (15 jun. 1990) diagnóstico do patrimônio espeleológico identificação de áreas cársticas definição de ações adequadas, limitando o uso das cavernas, necessidade de estudos para a delimitação área de influência nas cavidades Decreto federal 99.556/1990 (01 out. 1990) proteção integral das cavidades naturais indicava que as cavernas se tratavam de patrimônio cultural brasileiro exigências quanto à necessidade de qualquer empreendimento previsto em sítios espeleológicos, realizar EIA-RIMA, mantendo a integridade física e equilíbrio ecológico.

Projeto de Lei 5.071 (Dep. Fed. Fábio Feldmann) que regula a proteção e utilização das cavidades naturais. Esse projeto tramita desde 1990 no Congresso Nacional e já procurava aperfeiçoar a legislação relativa às cavernas brasileiras. A relatora,que apresentou parecer favoravel,foi a então Senadora Marina Silva.

Por iniciativa e pressão da Comunidade Espeleológica Brasileira foi criado o Centro Nacional de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas (CECAV), no âmbito do IBAMA (Portaria 057/1997) A partir de 2007 o CECAV foi transferido para o ICMBio.

Resolução do CONAMA (347/2004) indicações e definições para licenciamento ambiental e instrumentos de gestão em áreas ou atividades que pudessem afetar sítios espeleológicos definição de níveis de relevância para cavernas naquele momento o conceito de relevância não implicava em nenhuma possibilidade de autorizar a destruição de cavernas, apenas buscava ordenar as atividades nesses ambientes

AMEAÇA ÀS CAVERNAS BRASILEIRAS DECRETO FEDERAL n. 6.640/2008 (07 nov. 2008) Sem diálogo com a sociedade civil Em nome da aceleração do crescimento Lobby da empresas de Mineração e Geração de Energia Elétrica, entre outros e apoio da Casa Civil CRITÉRIOS DE RELEVÂNCIA DAS CAVERNAS MÁXIMO - proteção integral ALTO e MÉDIO - podem ser destruídas, mediante compensação ambiental (proteção de 2 mesmo nível) BAIXO podem ser destruídas sem necessidade de compensação, podendo causar danos irreversíveis a esse patrimônio.

: A AMEAÇA DO RETROCESSO A Inversão da lógica na proteção das cavernas brasileiras 1988 a 2008 A Constituição Federal, Constituições Estaduais, Projetos de Leis, Decretos e Portarias consideravam: Todas as cavernas são importantes até que se prove o contrário mediante estudos científicos e processos de licenciamento A partir de 2008 o Decreto 6640 considera: Todas as cavernas são irrelevantes até que se prove o contrário. Dependendo do grau de relevância elas podem ser destruídas por qualquer empreendimento independente da relevância do mesmo para o país

As Comunidades Espeleológica, Científica, Turística e Ambientalista, a mídia nacional, bem como diversos organismos internacionais reagiram fortemente ao Decreto.

Reações ao Decreto 6640/ 2008 Projeto de Decreto Legislativo (PDC-1.138/2008) (11 nov. 2008) AUTORIA: Deputado Federal Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB/SP) Pedindo a sustação do decreto exorbitar do poder regulamentar e impedindo a invasão de competência constitucional, único diploma legal expedido para proteger e preservar um patrimônio ambiental que prescreve a sua destruição. Atualmente,com parecer favoravel, a ser julgado na CMA

Reações ao Decreto 6640/ 2008 Parecer do relator do PDC, José Otávio Germano (PP/RS) (18 dez. 2008), pedido de rejeição ao projeto considerado desprovido de fundamento diante das razões de natureza técnica, jurídica e econômica questão destacadas: dificuldades dos setores de geração de energia elétrica e mineração para obterem licenças ambientais onde existam cavernas, Casos citados: Tijuco Alto, Projetos do Grupo Votorantin e a mineração em Carajás Destaca em sua argumentação a importância da energia elétrica para o bem estar da sociedade e a questão da mineração serem vista como atividades de interesse nacional.

Reações ao Decreto 6640/ 2008 Associação Brasileira do Ministério Público de Meio Ambiente (ABRAMPA) Protocolou em 26 nov. 2008 representação de inconstitucionalidade na Procuradoria Geral da República. O documento foi fundamentado por cinco reconhecidos especialistas em direito ambiental, atuantes no Ministério Público ou em outros órgãos governamentais. (MARCHESAN et al., 2008).

Reações ao Decreto 6640/ 2008 Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4.218) ajuizado pelo procuradorgeral da República (10 mar. 2009) Pedido de medida cautelar, devido ao risco que corre o patrimônio espeleológico enquanto se aguarda a conclusão do mérito pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ingresso como amicus curiae [amigo da corte]: Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) e da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia Elétrica (ABIAPE) Instituto Socioambiental (ISA) e a SBE Ambos podendo acompanhar de perto a tramitação.

Legislação pós Decreto 6640/ 2008 Portaria MMA 358de 30/09/2009-Institui o Programa Nacional de Conservação do Patrimônio Espeleológico Instrução Normativa nº 02 de 20/08/2009 do ICMBIO-Regulamentaa classificação do grau de relevancia das cavidades naturais subterrâneas

NOVAS AMEAÇAS ÀS CAVERNAS

A Legislação de Proteção ao Patrimônio Espeleológico é peça fundamental de um Política Nacional de Conservação e Uso Sustentável do Patrimônio Espeleológico Brasileiro que precisa ser reconstruída de forma participativa envolvendo Governo Federal, Governos Estaduais (e municipais), os setores científicos relacionados, o Ministério Público, os setores empresariais envolvidos e toda a comunidade espeleológica.

A Legislação de Proteção ao Patrimônio Espeleológico é peça fundamental de um Política Nacional de Conservação e Uso Sustentável do Patrimônio Espeleológico Brasileiro que precisa ser reconstruída de forma participativa envolvendo Governo Federal, Governos Estaduais (e municipais), os setores científicos relacionados, o Ministério Público, os setores empresariais envolvidos e toda a comunidade espeleológica. A Legislação não basta, é necessário repensar a Governança Institucional relacionada ao P.E.B. com destaque para o CECAV, o IBAMA, os órgãos Ambientais Estaduais, os órgãos da área de cultura, o CONAMA, o Ministério Público e a Sociedade Espeleológica com suas múltiplas facetas atuais.

É preciso envolver e mobilizar a Sociedade Brasileira no conhecimento e mobilização em defesa de seu Patrimônio Espeleológico. Para tanto é fundamental uma intensa ação junto à mídia, a articulação com o movimento ambientalista, a promoção de campanhas e a valorização do espeleo-turismo, entre outros.

É preciso envolver e mobilizar a Sociedade Brasileira no conhecimento e mobilização em defesa de seu Patrimônio Espeleológico. Para tanto é fundamental uma intensa ação junto à mídia, a articulação com o movimento ambientalista, a promoção de campanhas e a valorização do espeleo-turismo, entre outros. O papel dos espeleólogos é central para o conhecimento e a proteção das cavernas e sítios espeleológicos. Neste sentido deve ser fortalecida a união e articulação da comunidade e enfatizadas as questões éticas associadas ao exercício dessa atividade, seja ela amadora ou profissional.

CONSERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO ESPELEOLÓGICO Fomentar a visão integrada do Patrimônio Espeleológico: Cavernas, sistemas de cavernas, áreas cársticas e sítios espeleológicos. Fortalecer a proteção constitucional, aprimorar a legislação especifica e revogar o Decreto 6640/2008. Criar Ucs (Publicas e privadas) em áreas ou cavernas prioritárias. Promover o conhecimento do patrimônio espeleológico e sua difusão. Assegurar o monitoramento, controle e fiscalização. Promover a educação ambiental espeleológica. Ampliar a divulgação e a conscientização pública sobre a importância natural,cultural,científica e economica das cavernas e dos serviços ambientais por elas providos. Desenvolver tecnologias e planos de manejo turístico em cavernas Ampliar as parcerias institucionais

A Comunidade Espeleológica Brasileira mantém-se aberta ao diálogo,mas considera fundamental a revogação do Decreto 6640/ 2008 e se propôe à contribuir para a elaboração, de forma séria, transparente e participativa, de uma nova Legislação relativa ao Patrimônio Espeleológico Brasileiro, que proteja as cavernas,trate dos casos excepcionais de forma equilibrada e respeite os princípios do Desenvolvimento Sustentável. Que em breve possamos ver uma luz no fim do túnel!

OBRIGADO...

DIVULGAÇÃO E VLORIZAÇÂO DO PATRIMÔNIO ESPELEOLÓGICO ONGs Público em Geral Estudantes Espeleólogos e Grupos Espeleo Comunicação Espeleológica Populações Locais Orgãos Licenciadores/ Ambientais Mineração Prefeituras Para usar bem e conservar as cavernas. Para mobilizar pela proteção do patrimônio espeleológico. Para estimular e formar novos espeleólogos