Demonstrações Financeiras Consolidadas Banco BTG Pactual S.A.

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Transcrição:

Demonstrações Financeiras Consolidadas Banco BTG Pactual S.A. com relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras

Demonstrações financeiras consolidadas Índice Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras.... 1 Demonstrações financeiras Balanços patrimoniais... 4 Demonstrações dos resultados... 5 Demonstrações das mutações do patrimônio líquido... 7 Demonstrações dos fluxos de caixa... 8 Demonstrações do valor adicionado... 9 Notas explicativas às demonstrações financeiras... 10

Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras Ilmos. Srs. Diretores e Acionistas do Banco BTG Pactual S.A. Examinamos as demonstrações financeiras consolidadas do Banco BTG Pactual S.A., que compreendem os balanços patrimoniais em 31 de dezembro de 2011 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa, para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. 1

Opinião sobre as demonstrações financeiras consolidadas Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada do Banco BTG Pactual em 31 de dezembro de 2011, o desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. Ênfases Em 31 de dezembro de 2011, a controlada em conjunto Banco Panamericano S.A., conforme apresentado na nota explicativa n o 29 às suas demonstrações financeiras, encontra-se com os limites operacionais regulatórios, na data-base de 31 de dezembro de 2011 desenquadrados dos limites requeridos pelo Banco Central do Brasil. Durante o exercício de 2011 foram aportados recursos, no valor R$ 1.300 milhões e recebido depósito de acionista no valor de R$ 620 milhões para fins de recomposição patrimonial. Adicionalmente, em janeiro de 2012 foi aprovado aumento de capital no valor de até R$ 1.800 milhões, dos quais R$ 972 milhões foram subscritos e integralizados em 31 de janeiro de 2012. Em 31 de dezembro de 2011, a controlada em conjunto Banco Panamericano S.A., possui créditos tributários de imposto de renda e contribuição social, no montante de R$ 2.575 milhões reconhecidos com base em projeções financeiras e plano de negócios revistos e aprovados pelo seu Conselho de Administração, que incluem estudo da conjuntura atual e cenários futuros de premissas utilizadas nas referidas projeções. A realização desses créditos tributários depende da materialização dessas projeções e do plano de negócios na forma como aprovadas pelos órgãos da Administração do Banco Panamericano S.A. Conforme descrito na nota explicativa nº 2, o Banco BTG Pactual S.A. incorporou, integralmente, durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2011, a BTG Pactual Participações II S.A.. Em cumprimento às disposições do Banco Central do Brasil, examinamos os procedimentos adotados nos processos de incorporação, os quais, em nossa opinião, estão de acordo com as normas regulamentares. Conforme descrito na nota explicativa nº 2, o Banco BTG Pactual S.A. incorporou, integralmente, durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2011, a Copacabana Prince Participações S.A.. Em cumprimento às disposições do Banco Central do Brasil, examinamos os procedimentos adotados nos processos de incorporação, os quais, em nossa opinião, estão de acordo com as normas regulamentares. 2

Outros assuntos Demonstrações do valor adicionado Examinamos, também, a demonstração consolidada do valor adicionado (DVA), referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2011, preparada sob a responsabilidade da administração, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas, e como informação suplementar às praticas contábeis aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Rio de Janeiro, 29 de fevereiro de 2012 ERNST & YOUNG TERCO Auditores Independentes S.S. CRC - 2SP 015.199/O-6 - F - RJ Flávio Serpejante Peppe Contador CRC - 1SP 172.167/O-6 - S - RJ 3

Balanços patrimoniais consolidados Em 31 de dezembro NOTA Ativo Circulante 72.109.850 69.347.301 4 Disponibilidades 6 517.305 1.522.813 Aplicações interfinanceiras de liquidez 7 19.568.249 25.209.316 Aplicações no mercado aberto 18.624.436 25.122.576 Aplicações em depósitos interfinanceiros 943.813 86.740 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 38.630.309 35.955.633 Carteira própria 8 14.157.694 9.358.853 Vinculados a compromissos de recompra 8 21.055.304 22.896.953 Títulos objeto de operações compromissadas de livre movimentação 8 12.560 - Instrumentos financeiros derivativos 9 2.582.253 1.948.939 Vinculados à prestação de garantias 8 822.498 1.750.888 Relações interfinanceiras 874.879 99.740 Depósitos no Banco Central 874.053 99.709 Correspondentes 826 31 Operações de crédito 10 2.972.442 2.233.931 Operações de crédito setor privado 3.014.674 2.261.385 Provisão para operações de liquidação duvidosa (42.232) (27.454) Outros créditos 9.521.541 4.283.345 Carteira de câmbio 11 145.565 1.216.971 Rendas a receber 12 356.677 223.625 Negociação e intermediação de valores 11 4.402.981 1.989.503 Diversos 12 5.240.085 854.095 Provisão para perdas em outros créditos 11 (623.767) (849) Outros valores e bens 25.125 42.523 Investimentos temporários - 21.682 Outros valores e bens 18.591 18.541 Despesas antecipadas 6.534 2.300 Realizável a longo prazo 8.496.825 3.166.469 Aplicações interfinanceiras de liquidez 7 14.787 - Aplicações em depósitos interfinanceiros 14.787 - Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 4.263.594 106.167 Carteira própria 8 2.375.915 - Instrumentos financeiros derivativos 9 475.107 106.167 Vinculado a prestação de garantias 8 1.412.572 Relações interfinanceiras 1.853 34.406 Créditos vinculados Sistema Financeiro da Habitação 1.853 34.406 Operações de crédito 10 1.692.638 1.467.743 Operações de crédito setor privado 1.732.754 1.520.957 Provisão para operações de liquidação duvidosa (40.116) (53.214) Outros créditos 2.523.953 1.558.153 Carteira de câmbio 11 630.610 56.036 Rendas a receber 12 34.805 - Negociação e intermediação de valores 11 781 113 Diversos 12 1.897.121 1.532.320 Provisão para perdas em outros créditos 11 (39.364) (30.316) Permanente 1.405.334 393.131 Investimentos 1.131.018 4.929 Participações em controladas no país 1.125.292 - Outros investimentos 8.713 7.916 Provisão para perdas (2.987) (2.987) Imobilizado de uso 58.403 197.883 Outras imobilizações de uso 100.539 224.678 Depreciações acumuladas (42.136) (26.795) Diferido 12.371 15.444 Gastos com amortização e expansão 28.801 28.800 Amortizações acumuladas (16.430) (13.356) Intangível 203.542 174.875 Outros ativos intangíveis 208.940 176.663 Amortizações acumuladas (5.398) (1.788) Total do ativo 82.012.009 72.906.901 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Balanços patrimoniais consolidados Em 31 de dezembro NOTA Passivo Circulante 64.936.753 65.141.738 Depósitos 14 11.512.454 9.414.808 Depósitos à vista 1.574.208 2.312.891 Depósitos interfinanceiros 572.761 338.891 Depósitos a prazo 9.365.485 6.750.196 Outros depósitos - 12.830 Captações no mercado aberto 14 39.060.989 41.188.919 Carteira própria 22.838.450 24.182.649 Carteira de terceiros 13.692.426 7.392.980 Carteira de livre movimentação 2.530.113 9.613.290 Recursos de aceites e emissão de títulos 14 1.703.462 1.233.358 Recursos de letras imobiliárias, hipotecárias, de crédito e similares 1.518.581 1.227.339 Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior 184.881 6.019 Relações interfinanceiras 30 1 Recebimentos e pagamentos a liquidar 30 1 Obrigações por empréstimos e Repasses 14 916.591 110.814 Empréstimos no exterior 875.094 55.161 Obrigações por repasses no país - instituições oficiais 41.497 55.653 FINAME Instrumentos financeiros derivativos 9 2.523.524 1.965.767 Instrumentos financeiros derivativos 2.523.524 1.965.767 Outras obrigações 9.219.703 11.228.071 Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados 2.666 19.841 Carteira de câmbio 224.381 1.162.107 Sociais e estatutárias 15 552.761 230.601 Fiscais e previdenciárias 15 238.783 107.363 Negociação e intermediação de valores 7.921.906 9.528.952 Diversas 15 279.206 179.207 Exigível a longo prazo 10.491.697 2.138.280 Depósitos 14 2.698.606 1.158.736 Depósitos interfinanceiros 3.644 - Depósitos a prazo 2.694.962 1.158.736 Recursos de aceites e emissão de títulos 14 2.071.169 72.140 Recursos de letras imobiliárias 1.106.410 72.140 Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior 964.759 - Obrigações por empréstimos e Repasses 14 3.125 44.447 Obrigações por repasses no país - instituições oficiais FINAME 3.125 44.447 Instrumentos financeiros derivativos 9 430.265 199.919 Instrumentos financeiros derivativos 430.265 199.919 Outras obrigações 5.288.532 663.038 Carteira de câmbio - 54.172 Sociais e estatutárias 15 445 41.443 Fiscais e previdenciárias 15 521.157 442.811 Negociação e intermediação de valores 8.128 13.695 Dívida subordinada 14 4.158.295 - Diversas 15 600.507 110.917 Resultados de exercícios futuros 31.590 24.290 Participação de não contoladores 212.207 - Patrimônio líquido 18 6.339.762 5.602.593 Capital social De domiciliados no país 2.132.664 2.494.701 De domiciliados no exterior 838.686 476.649 Aumento de capital 271.150 - Reservas de lucros 3.097.262 2.631.243 Total do passivo e do patrimônio líquido 82.012.009 72.906.901 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 5

Demonstrações dos resultados consolidados Exercícios findos em 31 de dezembro (Em milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação) NOTA Receitas da intermediação financeira 5.836.108 3.510.138 Operações de crédito 945.572 327.222 Resultado de operações com títulos e valores mobiliários 4.589.133 2.698.331 Resultado com instrumentos financeiros derivativos 10.985 68.760 Resultado de operações de câmbio 249.322 415.825 Resultado de aplicações compulsórias 41.096 - Despesas da intermediação financeira (4.549.660) (2.428.516) Operações de captação no mercado (4.002.023) (2.458.926) Operações de empréstimos e repasses (517.615) 37.440 Provisão para operações de crédito e outros créditos (30.022) (7.030) Resultado bruto da intermediação financeira 1.286.448 1.081.622 Outras receitas (despesas) operacionais 388.445 340.642 Receitas de prestação de serviços 19 1.107.568 803.014 Despesas de pessoal (359.663) (227.700) Outras despesas administrativas (355.462) (255.204) Despesas tributárias (286.040) (188.287) Resultado de participações em controladas 13 (3.531) - Outras receitas operacionais 20 372.146 238.688 Outras despesas operacionais 21 (86.573) (29.869) Resultado operacional 1.674.893 1.422.264 Resultado não operacional 9.217 (366) Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações 1.684.110 1.421.898 Imposto de renda e contribuição social 17 199.099 (381.552) Provisão para imposto de renda (116.641) (69.233) Provisão para contribuição social (54.625) (39.644) Ativo fiscal diferido 370.365 (272.675) Participações estatutárias no lucro (401.229) (229.440) Participações de acionistas minoritários (4.960) - Lucro líquido do exercício 1.477.020 810.906 Juros sobre o capital próprio 319.000 15.440 Quantidade de ações em circulação no final do exercício 2.400.000.000 2.400.000.000 Lucro líquido por ação - R$ 0,62 0,34 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 6

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido - Controladora Em 31 de dezembro (Em milhares de reais, exceto o valor de dividendos por ação) Capital Aumento Reservas Reservas de lucros Lucros NOTA social de capital de capital Legal A realizar Estatutária Total acumulados Total Saldos em 31 de dezembro de 2009 555.007-7.079 111.002 276.041 444.005 831.048 1.851.366 3.244.500 Dividendos (R$ 0,30 por ação) 18 - - - - - - - (373.637) (373.637) Aumento de capital 18 2.416.343 - (7.079) - - - - - 2.409.264 Constituição de reservas - - - - - 1.477.729 1.477.729 (1.477.729) - Lucro líquido do exercício - - - - - - - 810.906 810.906 Destinações do lucro líquido Reserva legal - - - 39.773 - - 39.773 (39.773) - Reserva estatutária - - - - - 88.395 88.395 (88.395) - Reservas de lucros a realizar - - - - 194.298-194.298 (194.298) - Juros sobre capital próprio 18 - - - - - - - (15.440) (15.440) Dividendos distribuídos (R$ 0,20 por ação) 18 - - - - - - - (473.000) (473.000) Saldos em 31 de dezembro de 2010 2.971.350 - - 150.775 470.339 2.010.129 2.631.243-5.602.593 Dividendos distribuídos (R$ 0,20 por ação) (557.000) (557.000) 557.000 Aumento de capital 18-271.150 - - - - - - 271.150 Reversão de reservas - - - - (56.492) - (56.492) 56.492 - Lucro líquido do exercício - - - - - - - 1.481.222 1.481.222 Destinações do lucro líquido Reserva legal - - - 74.061 - - 74.061 (74.061) - Reserva estatutária - - - - - 1.009.653 1.009.653 (1.009.653) - Juros sobre capital próprio 18 - - - - - - - (319.000) (319.000) Dividendos distribuidos(r$ 0,06 por ação) 18 - - - - - - - (135.000) (135.000) Saldos em 31 de dezembro de 2011 2.971.350 271.150-224.836 413.847 2.462.782 3.101.465-6.343.965 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras 7

Demonstrações consolidadas dos fluxos de caixa Exercícios findos em 31 de dezembro NOTA Atividades operacionais Lucro líquido do exercício 1.477.020 810.906 Ajustes ao lucro líquido 22.221 14.704 Resultado de participações em controladas 13 3.531 - Depreciações e amortizações 18.690 14.704 Lucro líquido ajustado do exercício 1.499.241 825.610 (Aumento)/redução em aplicações interfinanceiras de liquidez 969.309 (5.704.034) (Aumento)/redução em títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos (6.044.000) (29.175.587) (Aumento)/redução em operações de créditos (963.406) (2.330.468) (Aumento)/redução em outros créditos e outros valores e bens (6.186.598) (2.275.006) (Aumento)/redução em relações interfinanceiras (742.557) (108.507) (Redução)/aumento em outras obrigações 2.617.126 9.124.296 (Redução)/aumento em resultados de exercícios futuros 7.300 15.893 Caixa proveniente/(utilizado) nas atividades operacionais (8.843.585) (29.627.803) Atividades de investimento Alienação de investimentos 296 - Alienação de imobilizado de uso 250.022 - Alienação de intangível 66.582 - Aquisição de investimentos (1.094) (687) Aquisição de participações societárias (1.128.823) - Aquisição de imobilizado de uso (122.918) (177.086) Baixa do diferido - 238 Aquisição de intangível (98.490) (173.890) Caixa proveniente/(utilizado) nas atividades de investimento (1.034.425) (351.425) Atividades de financiamento Aumento/(redução) em depósitos 3.637.516 5.050.829 Aumento/(redução) em captações no mercado aberto (2.127.930) 32.132.303 Aumento/(redução) em obrigações por empréstimos e repasses 764.455 93.990 Aumento/(redução) em recursos de aceites e emissão de títulos 2.469.133 975.288 Aumento de capital por emissão de ações 271.150 2.409.264 Participação de não controladores no patrimônio 212.207 - Juros sobre o capital próprio distribuídos (319.000) (15.440) Dividendos distribuídos (692.000) (846.637) Caixa proveniente/(utilizado) nas atividades de financiamento 4.215.531 39.799.597 Aumento/(redução) de caixa e equivalentes (5.662.479) 9.820.369 Saldo de caixa e equivalentes No início do exercício 23 18.149.896 8.329.527 No fim do exercício 23 12.487.417 18.149.896 Aumento/(redução) de caixa e equivalentes (5.662.479) 9.820.369 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 8

Demonstrações consolidadas dos valores adicionados Exercícios findos em 31 de dezembro NOTA Receitas 7.238.467 4.521.605 Intermediação financeira 5.836.108 3.510.138 Prestação de serviços 1.107.568 803.014 Outras 294.791 208.453 Despesas (4.549.660) (2.428.516) Intermediação financeira (4.549.660) (2.428.516) Insumos adquiridos de terceiros (313.446) (225.584) Materiais, energia e outros (8.386) (6.258) Serviços de terceiros (305.060) (219.326) Valor adicionado bruto 2.375.361 1.867.505 Depreciação e amortização (18.690) (14.704) Valor adicionado líquido produzido pela entidade 2.356.671 1.852.801 Valor adicionado recebido em transferência (3.531) - Resultado de participação em coligadas 13 (3.531) - Valor adicionado a distribuir 2.353.140 1.852.801 Distribuição do valor adicionado 2.353.140 1.852.801 Pessoal 760.892 457.140 Proventos 727.028 428.489 Benefícios 22.414 16.194 FGTS 11.450 12.457 Impostos, taxas e contribuições 86.933 569.832 Federais 46.969 539.851 Municipais 39.964 29.981 Remuneração de capitais de terceiros 23.336 14.923 Aluguéis 23.336 14.923 Remuneração de capitais próprios 1.481.979 810.906 Juros sobre o capital próprio 319.000 15.440 Dividendos 692.000 473.000 Lucros retidos 466.019 322.466 Participações de não controladores 4.960 - As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 9

1. Contexto operacional O Banco BTG Pactual S.A. (Banco) está constituído sob a forma de banco múltiplo, atuando em conjunto com suas controladas (O Grupo), oferecendo produtos e serviços financeiros relativos às carteiras comercial, inclusive câmbio, de investimentos, crédito, financiamento e investimento, arrendamento mercantil e crédito imobiliário. As operações são conduzidas no contexto de um conjunto de sociedades que atuam integradamente no mercado financeiro, e certas operações têm a intermediação de outras sociedades integrantes do Grupo BTG Pactual. Em 10 de novembro de 2011, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) concedeu ao Banco registro de companhia aberta na categoria A. 2. Reorganizações societárias 10 Reorganizações societárias Em 26 de abril de 2010, com a finalidade de buscar a simplificação da estrutura societária do Banco com a consequente redução de custos financeiros e operacionais, o Banco incorporou a sua controladora BTG Pactual Investimentos S.A., pelo valor contábil do seu patrimônio em 31 de março de 2010, sendo que a operação não resultou em aumento de capital social, no entanto, o ágio apurado na gerou um crédito fiscal de R$ 87.183, reconhecido contabilmente no ato da incorporação, aprovada pelo BACEN em 21 de dezembro de 2010. Em 15 de junho de 2011, foi concluída a transformação da controlada BTG Pactual Banking Limited, localizada nas Ilhas Cayman em agência do Banco. Em 27 de julho de 2011, o Banco Central do Brasil (BACEN) aprovou a aquisição indireta pelo Banco das ações representativas do capital total da (i) BTG Pactual Asset Management Corp EUA, estabelecida em Nova Iorque, EUA; (ii) BTG Pactual Asia Ltd. com domicílio em Hong Kong, China; (iii) BTG Pactual Capital Corp EUA, constituída em Delaware, EUA; (iv) BTG Pactual Global Asset Management Ltd. domiciliada em Bermuda, (v) BTG Pactual Carry LP, domiciliada em George Town, Ilhas Cayman, e (vi) de 99,3% das ações representativas do capital da BTG Pactual Europe LLP, domiciliada em Londres, Inglaterra. Essas transações foram aprovadas em Assembleia Geral Extraordinária ocorrida em 31 de agosto de 2010. Anteriormente, a controladora dessas empresas era a BTG Investiments LP (BTGI). Por se tratar de empresas sob controle comum, as aquisições foram feitas pelo valor patrimonial. Em 14 de dezembro de 2011, foi aprovada a incorporação da BTG Pactual Participações II S.A. pelo Banco, que não gerou mudança do capital social do Banco.

Em 31 de dezembro de 2011, dando prosseguimento ao processo de reestruturação do Grupo BTG Pactual, o Banco realizou a incorporação de sua investidora Copacabana Prince Participações S.A. e contabilizou R$ 481.369 referentes ao benefício fiscal do ágio originalmente registrado naquela empresa. Aquisições Em 20 de setembro de 2010, o Banco adquiriu a totalidade das ações da Coomex Empresa Operadora do Mercado Energético Ltda., que atua e ocupa posição de destaque no setor energético nacional na comercialização e na prestação de serviços especializados de energia. A aquisição constitui um importante movimento do Grupo BTG Pactual na consolidação de uma estrutura de negociação física e financeira de commodities e amplia o mix de produtos vinculados à energia oferecidos a seus clientes. Após a aquisição a razão social foi alterada para BTG Pactual Empresa Operadora do Mercado Energético Ltda.(Coomex). Em setembro de 2011, a subsidiária integral, Coomex, realizou transação de incorporação reversa da sua controladora BTG Pactual Agente Comercializador de Energia Ltda. Como resultado, o Grupo registrou benefício fiscal de R$ 54.813. Em 27 de maio de 2011, o Banco adquiriu a totalidade das ações do Grupo Silvio Santos no Banco Panamericano S.A. (Panamericano), que representam 37,64% da instituição de varejo, resultante de uma participação de 51% nas ações ordinárias e 21,97% nas preferenciais. Com a conclusão dessa operação e a correspondente aprovação do BACEN, o Banco e a Caixa Econômica Federal (Caixa) passaram a deter o controle compartilhado do Panamericano, conforme definido pelo acordo de acionistas. Em 17 de junho de 2011, o Banco BTG Pactual S.A. e a Caixa apresentram à CVM, pedido de registro de oferta pública de aquisição (OPA) de ações preferenciais de emissão do Panamericano, aos demais acionistas, pelo mesmo preço pago para as ações ao ex-acionista controlador. Como não houve adesão necessária, o programa foi descontinuado. Em 22 de novembro de 2011, foi concluído o acordo celebrado entre o Banco e a WTorre Properties S.A.( WTorre Properties ). Por meio desse acordo o Banco passou a ter, indiretamente, por meio de sua subsidiária Saíra Diamante Empreendimentos Imobiliários S.A. (Saíra ), 49,99% de participação societária na One Properties S.A. (anteriormente denominada WTorre Properties). Nessa transação, foi aportado pela Saíra R$ 627.452 em ativos, originalmente detidos pelo Banco. Nessa transação, a Saíra apurou um ágio de R$ 320.956, baseado em expectativa de rentabilidade futura. 11

3. Apresentação das demonstrações financeiras 12 As demonstrações financeiras do Banco e de suas controladas foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN), do BACEN, e da CVM, quando aplicável. As demonstrações consolidadas do Banco compreendem as demonstrações financeiras do Banco, suas agências no exterior, empresas controladas, direta e indiretamente, no país e no exterior, bem como fundos de investimento e entidades de propósito específico (EPE). A elaboração de demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração use julgamento na determinação e registro de estimativas contábeis. Os ativos e passivos sujeitos a essas estimativas e premissas referem-se, basicamente, ao imposto de renda diferido ativo e passivo, à provisão para operações de créditos e outros créditos de liquidação duvidosa, à provisão para tributos e contribuições com exigibilidade suspensa e à provisão para passivos contingentes. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados, devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. O Banco e suas controladas revisam essas estimativas e premissas periodicamente. a. Demonstrações financeiras consolidadas As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas em consonância com os critérios de consolidação emanados pelo BACEN, tendo sido eliminadas as participações, os saldos das contas de ativo e passivo, as receitas, as despesas e os lucros não realizados entre as empresas, bem como foram destacadas as parcelas do lucro líquido e do patrimônio líquido, referentes às participações dos acionistas não controladores. Adicionalmente aos critérios definidos pelo BACEN, a partir de 31 de dezembro de 2010, a Administração do Banco adotou os critérios de consolidação determinados pela CVM através da Resolução CVM nº 668/11, que determina que os fundos de investimentos devem ser consolidados. Consequentemente, os fundos de investimentos exclusivos de empresas consolidadas passaram a ser consolidados a partir de 31 de dezembro de 2010. Os ágios apurados nas aquisições de investimentos em empresas controladas e empresas de controle compartilhado estão apresentados em investimentos e intangível, enquanto os deságios estão apresentados em resultados de exercícios futuros.

Os investimentos com controle compartilhado são reconhecidos pelo método de equivalência patrimonial. A seguir estão apresentadas as controladas e controladas em conjunto, consolidadas nas demonstrações consolidadas do Banco: Participação no capital total - % País Controladas diretas BTG Pactual Asset Management S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Brasil 99,99 99,99 BTG Pactual Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. Brasil 99,99 99,99 BTG Pactual Serviços Financeiros S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Brasil 99,99 99,99 BTG Pactual Corretora de Mercadorias Ltda. Brasil 99,99 99,99 BTG Pactual Securitizadora S.A. Brasil 99,99 99,99 BTG Pactual Agente Comercializador de Energia Ltda.(***) Brasil - 99,96 BTG Pactual Corporate Services Ltda(**) Brasil 99,99 99,99 BTG Pactual Banking Limited (*) Cayman - 100,00 BTG Pactual Empresa Operadora do Mercado Energético Ltda. - Coomex Brasil 99,99 99,99 BTG Pactual Holding International S.A. Brasil 99,99 99,99 BTGP Recovery Holdings S.A. Brasil 99,99 99,99 BTG Pactual Overseas Corporation(**) Cayman 100,00 100,00 BTG Pactual Vivere Participações S.A. Brasil 100,00 - BW Properties S.A. Brasil 67,49 - Saíra Diamante Empreendimentos Imobiliários S.A. Brasil 92,00 - Global Ltd Cayman 100,00 - Controladas indiretas BTG Pactual Gestora de Investimentos Alternativos Ltda. Brasil 99,98 99,98 BTG Pactual WM Gestão de Recursos Ltda. Brasil 99,99 99,99 BTG Pactual Gestora de Recursos Ltda. Brasil 99,99 99,99 BTG Pactual Serviços Energéticos Ltda.- Coomex Brasil 100,00 100,00 BTG Pactual Global Asset Management Limited Bermuda 100,00 - BTG Pactual Europe LLP Inglaterra 100,00 - BTG Pactual Asset Management US, LLC EUA 100,00 - BTG Pactual US Capital, LLC EUA 100,00 - BTG Pactual Asia Limited Hong Kong 100,00 - BTG Global Asset Management (UK) Limited Inglaterra 100,00 Recovery do Brasil Consultoria S.A. Brasil 50,24 - FC DAS S.A. Uruguai 100,00 - Fundos de investimento BTG Pactual Absolute Return II Master Fund LP Cayman 100,00 100,00 Fundo de Investimento Multimercado Crédito Privado LS Investimento no Exterior Brasil 100,00 100,00 BTG Pactual International Port Fund SPC - CLASS C Cayman 99,83 99,83 Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Não Padronizados Precatórios Selecionados I Brasil 100,00 100,00 Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Não Padronizados NPL I Brasil 100,00 100,00 BTG Pactual Vanguarda Fundo de Investimento em Participações Brasil 92,73 92,73 BTG Pactual Saúde Fundo de Investimento em Participações Brasil 100,00 100,00 Nala Fundo de Investimento em Participações Brasil 100,00 100,00 BTG Pactual Global Fund Cayman 100,00 - Fundo de Investimento em direitos Creditórios Multisegmentos Brasil 100,00 - (*) Em 15 de junho de 2011, a BTG Pactual Banking Limited tornou-se filial. (**) Em 31 de dezembro de 2010, BTG Pactual Overseas Corporation estava classificada no grupo controlada indireta. (***) Em 30 de setembro, BTG Pactual Empresa Operadora do Mercado Energético Ltda.( Coomex) realizou transação de incorporação reversa da sua controladora a BTG Pactual Agente Comercializador de Energia Ltda. 13

b. Moeda funcional Os itens incluídos nas demonstrações financeiras do Banco são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico, no qual o Banco atua ("a moeda funcional"). As demonstrações financeiras estão apresentadas em reais (R$), que é a moeda funcional do Banco. A taxa utilizada para a conversão de ativos e passivos em moeda estrangeira é a da data de fechamento, enquanto que as contas de resultado são convertidas pelas taxa média do período. As demonstrações financeiras das companhias sediadas no exterior, originalmente elaboradas em suas moedas transacionais, foram convertidas para reais pela cotação do dólar comercial nas datas das demonstrações financeiras. Nas demonstrações financeiras, os efeitos da variação cambial sobre os investimentos no exterior estão distribuídos nas linhas das demonstrações dos resultados conforme a natureza das respectivas contas patrimoniais. 14

4. Principais práticas contábeis As práticas contábeis mais relevantes adotadas pelo Banco e por suas controladas diretas e indiretas são as seguintes: a) Caixa e equivalentes de caixa Para fins da demonstração do fluxo de caixa, inclui, conforme Resolução CMN nº 3.604/08, dinheiro em caixa, depósito bancários, investimentos de curto prazo de alta liquidez, com risco insignificante de mudança de valor, com prazo de vencimento igual ou inferior a 90 dias. b) Aplicações interfinanceiras de liquidez, depósitos no BACEN remunerados, depósitos remunerados, captações no mercado aberto, recursos de aceites e emissão de títulos,obrigações por empréstimos e repasses, dívidas subordinadas e demais operações ativas e passivas As operações com cláusula de atualização monetária/cambial e as operações com encargos prefixados estão registradas a valor presente, líquidas dos custos de transação incorridos, calculadas "pro rata dia" com base na taxa efetiva das operações. c) Títulos e valores mobiliários São avaliados e classificados de acordo com os critérios estabelecidos pela Circular BACEN nº 3.068/01, de 08 de novembro de 2001, nas seguintes categorias: (i) Títulos para negociação Adquiridos com o propósito de serem ativa e frequentemente negociados. São registrados pelo custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos e ajustados pelo valor de mercado, em contrapartida ao resultado do período. (ii) Títulos disponíveis para venda Não se enquadram como negociação nem como mantidos até o vencimento. São registrados pelo custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos, em contrapartida do resultado e posteriormente avaliados ao valor de mercado em contrapartida de conta específica do patrimônio líquido, líquidos dos efeitos tributários, os quais só serão reconhecidos no resultado quando da efetiva realização. 15

(iii) Títulos mantidos até o vencimento Adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento. São registrados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. Os declínios no valor de mercado dos títulos e valores mobiliários disponíveis para venda e dos mantidos até o vencimento, abaixo dos seus respectivos custos atualizados, relacionados a razões consideradas não temporárias, serão refletidos no resultado como perdas realizadas. Segundo a Circular BACEN nº 3.068/01, os títulos e valores mobiliários, classificados como títulos para negociação, são apresentados no Balanço Patrimonial, no Ativo Circulante, independente de suas datas de vencimentos. d) Instrumentos financeiros derivativos São classificados de acordo com a intenção da Administração, na data da contratação da operação, levando-se em conta se sua finalidade é para proteção contra risco (hedge) ou não. As operações que utilizam instrumentos financeiros efetuadas por conta própria, ou que não atendam aos critérios de proteção (principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição global de risco), são contabilizadas pelo valor justo, com os ganhos e perdas, realizados e não realizados, reconhecidos diretamente no resultado do período. Os instrumentos financeiros derivativos utilizados para mitigar os riscos decorrentes das exposições às variações no valor de mercado dos ativos e passivos financeiros e que sejam altamente correlacionados no que se refere às alterações no seu valor de mercado em relação ao valor de mercado do item que estiver sendo protegido, tanto no início quanto ao longo da vida do contrato e considerado efetivo na redução do risco associado à exposição a ser protegida, são considerados como instrumentos de proteção (hedge) e são classificados de acordo com sua natureza em: Hedge de risco de mercado: os instrumentos financeiros classificados nesta categoria, bem como seus ativos e passivos financeiros relacionados, objeto de hedge, são mensurados a valor justo e têm seus ganhos e perdas, realizados ou não realizados, registrados em conta de resultado; e Hedge de fluxo de caixa: os instrumentos classificados nesta categoria são mensurados a valor justo, sendo a parcela efetiva das valorizações ou desvalorizações registrada, líquida dos efeitos tributários, em conta destacada no patrimônio líquido. A parcela não efetiva do respectivo hedge é reconhecida diretamente em conta de resultado. 16

e) Valor justo dos títulos e valores mobiliários, instrumentos financeiros derivativos e demais direitos e obrigações O valor justo dos títulos e valores mobiliários, instrumentos financeiros derivativos e demais direitos e obrigações, quando aplicável, é calculado com base em preços de mercado, modelos de avaliação de preços, ou ainda com base no preço determinado para outros instrumentos financeiros com características semelhantes. Assim, quando da liquidação financeira destas operações, os resultados poderão ser diferentes das estimativas. Os ajustes diários das operações realizadas no mercado futuro são registrados como receita ou despesa efetiva quando auferidas ou incorridas. Os prêmios pagos ou recebidos na realização de operações no mercado de opções de ações, outros ativos financeiros e mercadorias são registrados nas respectivas contas patrimoniais pelos valores pagos ou recebidos, ajustados a preços de mercado em contrapartida do resultado. As operações realizadas no mercado a termo de ativos financeiros e mercadorias são registradas pelo valor final contratado, deduzido de diferença entre esse valor e o preço do bem ou direito ajustado a preços de mercado, na adequada conta de ativo ou passivo. As receitas e despesas são reconhecidas em razão do prazo de fluência dos contratos. Os ativos e passivos decorrentes das operações de swap e de termo de moedas dos contratos a termo sem entrega (NDF) são registrados em contas patrimoniais pelo valor contábil, ajustado ao valor de mercado, em contrapartida do resultado, sem compensação entre valores a pagar e a receber. O valor nocional dos contratos é registrado em contas de compensação f) Instrumentos financeiros - apresentação líquida Ativos e passivos financeiros são apresentados líquidos no balanço patrimonial se, e somente se, houver um direito legal corrente e executável de compensar os montantes reconhecidos e se houver a intenção de compensação, ou de realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. 17

g) Operações de crédito, e outros créditos (operações com característica de concessão de crédito) Registradas a valor presente, calculadas "pro rata dia" com base na variação do indexador e na taxa de juros pactuados, sendo atualizadas até o 59º dia de atraso nas empresas financeiras, observada a expectativa do recebimento. A partir do 60º dia, o reconhecimento no resultado ocorre quando do efetivo recebimento das prestações. As operações renegociadas são mantidas, no mínimo, no mesmo nível em que estavam classificadas anteriormente à renegociação e, no caso de já terem sido baixadas contra provisão, são classificadas como nível H; os ganhos são reconhecidos na receita quando do efetivo recebimento. h) Provisão para créditos de liquidação duvidosa Constituída com base na análise dos riscos de realização dos créditos, em montante considerado suficiente para cobertura de eventuais perdas atendidas às normas estabelecidas pela Resolução CMN nº 2.682, de 21 de dezembro de 1999, dentre as quais se destacam: As provisões são constituídas a partir da concessão do crédito, baseadas na classificação de risco do cliente, em função da análise periódica da qualidade do cliente e dos setores de atividade e não apenas quando da ocorrência de inadimplência. Considerando-se exclusivamente a inadimplência, as baixas de operações de crédito contra prejuízo são efetuadas após 360 dias do vencimento do crédito ou após 540 dias, para as operações com prazo a decorrer superior a 36 meses. A provisão para créditos de liquidação duvidosa e de outros créditos é estimada com base em análise das operações e dos riscos específicos apresentados em cada carteira, de acordo com os critérios estabelecidos pela Resolução CMN nº 2.682/99. i) Investimentos As participações em controladas e coligadas são avaliadas pelo método de equivalência patrimonial. Os títulos patrimoniais são registrados ao custo de aquisição e atualizados pelos valores patrimoniais informados pelas respectivas instituições, sendo o resultado dessas atualizações contabilizado em reserva de capital, no patrimônio líquido. Os outros Investimentos permanentes estão avaliados pelo custo de aquisição, deduzido, quando aplicável, de provisão para perdas. 18

j) Ágio ou deságio O ágio ou deságio é apurado com base na diferença entre o valor pago de aquisição e o valor contábil líquido. O ágio, cujo fundamento é baseado na previsão de resultados futuros da entidade adquirida, é amortizado em consonância com os prazos de projeções que o justificaram ou, quando baixado o investimento, por alienação ou perda, antes de cumpridas as previsões. O deságio é contabilizado no grupo de Investimentos, lá permanecendo até que o investimento seja realizado. k) Imobilizado de uso e ativo diferido Registrado pelo custo de aquisição. A depreciação é calculada pelo método linear com base no prazo de vida útil-econômica dos bens. Os gastos diferidos correspondem, principalmente, a benfeitorias em imóveis de terceiros. A amortização é calculada pelo método linear com base nos prazos estimados de utilização e/ou de locação. l) Intangíveis Corresponde aos direitos adquiridos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da entidade ou exercidos com essa finalidade, de acordo com a Resolução CMN nº 3.642, de 26 de novembro de 2008. Os prazos de amortização variam de cinco a dez anos. m) Redução ao valor recuperável de ativos (impairment) É reconhecida como perda no resultado do período sempre que existirem evidências claras de que os ativos estejam avaliados por valor não recuperável. Este procedimento é realizado no mínimo ao final de cada exercício. n) Imposto de renda e contribuição social 19 As provisões para imposto de renda e contribuição social são constituídas com base no lucro contábil, ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação fiscal. O imposto de renda e a contribuição social diferidos são calculados sobre o valor das diferenças temporárias, sempre que a realização desses montantes for julgada provável. Para o imposto de renda a alíquota utilizada é de 15%, acrescida de adicional de 10% sobre o lucro tributável anual excedente a R$ 240 e de 15% para contribuição social.

o) Ativos e passivos contingentes, e obrigações legais, fiscais e previdenciárias São efetuados de acordo com os critérios descritos abaixo: Contingências ativas Não são reconhecidas nas informações financeiras, exceto quando da existência de evidências que propiciem a garantia de sua realização, sobre as quais não cabem mais recursos. Contingências passivas São reconhecidas nas informações financeiras quando, baseado na opinião de assessores jurídicos e da administração, for considerado provável o risco de perda de uma ação judicial ou administrativa e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como perdas possíveis pelos assessores jurídicos são apenas divulgados em notas explicativas, enquanto aqueles classificados como perda remota não requerem provisão e divulgação. Obrigações legais - fiscais e previdenciárias Referem-se a demandas judiciais onde estão sendo contestadas a legalidade e a constitucionalidade de alguns tributos e contribuições. O montante discutido é quantificado, registrado contabilmente. p) Lucro por ação É calculado com base na quantidade de ações em circulação nas datas dos balanços. q) Reconhecimento de receita O resultado das operações é apurado pelo regime de competência. 20

5. Gerenciamento de risco a) Limites operacionais De acordo com as recomendações do Novo Acordo de Capital (Basiléia II), o BACEN divulgou a metodologia para o cálculo do Patrimônio de Referência (PR) e do Patrimônio de Referência Exigido (PRE), a partir de 1º de julho de 2008, por meio das Resoluções CMN nº 3.444/07 e nº 3.490/07. Foram estabelecidas ainda, por meio das Circulares BACEN nº 3.360/07, nº 3.361/07 a nº 3.366/07, nº 3.368/07, nº 3.383/08, nº 3.388/08 e nº 3.389/08, as diretrizes para a apuração do Risco de crédito, do Risco de mercado e do Risco operacional. O cálculo do Índice de Basiléia é feito com base nas demonstrações financeiras elaboradas de forma consolidada abrangendo todas as empresas controladas. Patrimônio de Referência (PR) 8.430.976 5.567.094 Patrimônio líquido Tier 1 6.331.062 5.602.593 Patrimônio líquido Tier 2 3.165.531 - Deduções do PR (1.065.617) (35.499) Patrimônio de Referência Exigido (PRE) 5.250.915 2.841.792 Risco de crédito 3.416.049 1.631.880 Risco de mercado 1.553.458 943.183 Risco operacional 281.408 266.729 Excesso de PR: (PR-PRE) 3.180.061 2.725.302 Índice de Basiléia: (PRx100)/PRE/0.11) 17,66% 21,55% O Banco optou pela abordagem do indicador básico para mensuração do Risco operacional. O Limite de Imobilização conforme determinado pelo CMN através da Resolução nº 2.283/96 com alteração nas Resoluções nº 2.669/99 e com redação nas Resoluções nº 2.743/00 e n 3.426/06 também é calculado de forma consolidada considerando todas as empresas controladas: Patrimônio de Referência (PR) 8.430.976 5.567.094 Títulos patrimoniais (6) (4.276) Patrimônio de Referência para limite de imobilização (PR_LI) 8.430.970 5.562.818 Limite para imobilização (50%) 4.215.485 2.781.409 Situação para o limite de imobilização 3.034.871 2.256.144 Ativo permanente 1.409.501 393.088 Ativo permanente diferido (8.772) (11.073) Títulos patrimoniais (6) (4.276) Ativos intangíveis excluídos do cálculo do limite de imobilização - (174.832) Participações em controladas autorizadas a funcionar pelo BACEN (427.132) - Títulos de renda variável registrados no ativo circulante 2.061.280 2.053.237 21 Margem 1.180.614 525.265

22 Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010, todos os limites operacionais estão devidamente atendidos. b) Risco de mercado Através de modelos de cálculo de Value-at-Risk e, principalmente, via testes de estresse e análises de cenário, os diversos cenários vislumbrados para o comportamento dos mercados são devidamente simulados, o que permite a identificação dos principais componentes do risco a serem neutralizados. O desenvolvimento de sistemas computacionais para apoio à tomada de decisão permite que todo o processo de investimento - incluindo a seleção, análise, monitoramento, otimização e simulação - seja realizado de forma eficiente. Para o cálculo do Value-at-Risk, são utilizadas as metodologias de simulação histórica e, quando necessário, simulação de Monte Carlo. Já para os testes de estresse, três modelos distintos são utilizados: teste de estresse histórico, pior cenário das correlações e teste de estresse hipotético. Valor sujeito a risco, ou VaR VaR é a perda em potencial do valor das posições de negociação em função de movimentações adversas do mercado durante um horizonte definido de tempo dentro de um nível de confiança específico. Juntamente com o Teste de Estresse, o VaR é utilizado para mensurar a exposição das posições a risco de mercado do Banco. O Banco utiliza simulação histórica para computação de VaR, preservando as distribuições reais e a correlação entre ativos. A exatidão do sistema de risco é testada por meio de processos que indicam o grau histórico de exatidão dos resultados (teste retrospectivo), bem como a exatidão no prognóstico de preços correntes. O VaR pode ser mensurado de acordo com diferentes horizontes de tempo, janelas históricas de visão retrospectiva e níveis de confiança. Para os números de VaR abaixo reportados, foram utilizados horizonte de um dia, nível de confiança de 95% e janela de visão retrospectiva de um ano. Nível de confiança de 95% significa que há de 1 a 20 chances de que as receitas líquidas de negociação diárias fiquem abaixo das receitas líquidas de negociação diária previstas por valor pelo menos tão alto quanto o VaR reportado. Desta forma, insuficiências a partir das receitas líquidas de negociação esperadas em um único dia de negociação superior ao VaR reportado seriam previstas para ocorrer, em média, por volta de uma vez ao mês. As insuficiências em um único dia podem exceder o VaR reportado em valores significativos. As insuficiências podem também ocorrer com mais frequência ou se acumular ao longo de um horizonte de tempo mais longo, tais como o número de dias de negociação consecutivos. Dado seu respaldo em dados históricos, a exatidão do VaR é limitada à sua capacidade de prever mudanças do mercado sem precedentes, já que distribuições históricas nos fatores de risco do mercado podem não produzir prognósticos exatos de risco

de mercado futuro. Metodologias de VaR e premissas sobre distribuição diferentes podem produzir VaR substancialmente diferente. Ademais, o VaR calculado para horizonte de tempo de um dia não captura integralmente o risco de mercado de posições que não podem se liquidadas ou compensadas com hedges no prazo de um dia. Conforme anteriormente disposto, utilizamos modelo de Teste de Estresse como um complemento do VaR nas atividades diárias de gestão de risco do Banco. A tabela a seguir contém a média diária do VaR do Grupo para os exercícios, como indicado: Em R$ milhões 2009 c) Risco de crédito Média diária do VaR 28,4 21,5 10,3 Todas as contrapartes do Banco e suas controladas são submetidas a um rigoroso processo de análise de crédito, cujo foco principal é a avaliação da capacidade de pagamento, tomando-se por base simulações do fluxo de caixa, alavancagem e cronograma da dívida, qualidade dos ativos, cobertura de juros e capital de giro. Aspectos de natureza qualitativa, tais como orientação estratégica, setor de negócios, áreas de especialização, eficiência, ambiente regulatório e participação no mercado, são sistematicamente avaliados e complementam o processo de análise de crédito. Os limites de crédito das contrapartes do Banco e suas controladas são estabelecidos pelo Comitê de Crédito e são revisados regularmente. A mensuração e o acompanhamento da exposição total do Banco e suas controladas ao risco de crédito, abrange todos os instrumentos financeiros capazes de gerar risco de contraparte, tais como títulos privados, derivativos, garantias prestadas e eventuais riscos de liquidação das operações. d) Risco de liquidez O Banco e suas controladas gerenciam o risco de liquidez concentrando sua carteira em ativos de alta qualidade de crédito e de grande liquidez, utilizando recursos obtidos através de contrapartes de primeira linha a taxas extremamente competitivas. O Banco e suas controladas mantêm uma forte estrutura de capital e um baixo grau de alavancagem. Além disso, eventuais descasamentos entre ativos e passivos são monitorados, considerando o impacto de condições extremas de mercado, a fim de avaliar a sua capacidade de realizar ativos ou reduzir alavancagem. 23