O art. 96, III da CF prevê o foro por prerrogativa de função dos membros do MP, incluindo os Promotores e Procuradores de Justiça.



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Transcrição:

Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Penal / Aula 11 Professor: Elisa Pittaro Conteúdo: Foro por Prerrogativa de Função; Conexão e Continência. 3.5 Foro por Prerrogativa de Função: b) Juízes e Promotores: Crime doloso contra a vida = TJ Juiz Promotores de Justiça (art. 96, III CF) Crime estadual = TJ Crime eleitoral = TRE Crime federal = TJ c) Desembargadores STJ (art. 105, I CF) d) Procuradores de Justiça (2º grau): O art. 96, III da CF prevê o foro por prerrogativa de função dos membros do MP, incluindo os Promotores e Procuradores de Justiça. art. 96, III CF Membros do MP - Promotores de Justiça - Procuradores de Justiça Juiz Promotores de Justiça Procuradores de Justiça (art. 96, II CF) Crime doloso contra a vida = TJ Crime estadual = TJ Crime eleitoral = TRE Crime federal = TJ

e) Membros MPF: Procurador da República (1º grau) TRF MPF Crime eleitoral = TRE Procurador Regional (2º grau) STJ 3.6 Competência Territorial: De acordo com o art. 70 do CPP, a competência será determinada em regra pelo local da consumação. Caio foi atingido por PAF na Comarca A, sendo socorrido na Comarca B, local onde faleceu. Qual a comarca competente? 1) TJ/RJ e Polastri É no local da conduta que estão as provas e as pessoas atingidas pela atividade criminosa. Ademais, a gravidade da lesão não é critério determinante de competência. Desta forma, devemos aplicar os arts. 4º e 6º do CP e competente será o local da atividade criminosa. Não se aplica o art. 70 nos crimes plurilocais. 2) Tourinho Não podemos trabalhar com o art. 4º do CP, que trata do tempo do crime, nem com o art. 6º, que define a Teoria da Ubiquidade. Ademais, a regra do art. 70 do CPP é clara: competente será o local do resultado morte. Qual o critério de competência territorial na Lei 9.099? De acordo com o art. 63 da Lei 9.099, competente é o local da atividade criminosa. Art. 63 Lei 9099. A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração penal. Caio é titular de uma conta corrente na Comarca A e emitiu vários cheques sem fundos na Comarca B, local onde obteve vantagem ilícita. Qual a comarca competente? De acordo com a Súmula 521 do STF, competente é o local da titularidade da conta corrente.

Súmula 521 STF: O foro competente para o processo e julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde se deu a recusa do pagamento pelo sacado. Caio ingressou no Brasil pelo Rio Grande do Sul trazendo contrabando. Após percorrer os Estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo, ele teve as suas mercadorias apreendidas no Rio de Janeiro. Qual a comarca competente? De acordo com a Súmula 151 do STJ, competente é o local da apreensão das mercadorias. Súmula 151 STJ: A competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-se pela prevenção do Juízo Federal do lugar da apreensão dos bens. Qual o critério de competência nos crimes falimentares? De acordo com o art. 183 da Lei 11.101, competente é o local onde foi decretada a falência. Art. 183 Lei 11.101. Compete ao juiz criminal da jurisdição onde tenha sido decretada a falência, concedida a recuperação judicial ou homologado o plano de recuperação extrajudicial, conhecer da ação penal pelos crimes previstos nesta Lei. Local da consumação desconhecido: Quando for desconhecido o local da consumação, a competência será determinada pelo local do domicílio ou residência do réu (art. 72 CPP - critério residual). Foro de eleição (art. 73 CPP): Existe foro de eleição no processo penal brasileiro? A possibilidade do querelante escolher entre o local da consumação e o domicílio do réu é chamado pela doutrina de foro de eleição.

4. Conexão e Continência: Conexão (art. 76 CPP): Conexão significa ligação, nexo entre dois ou mais delitos que aconselha unidade de processo e julgamento. a) Conexão intersubjetiva ocasional (art. 76, I, 1ª parte CPP) - ocorre quando dois ou mais crimes são cometidos por várias pessoas reunidas, mas sem qualquer acordo de vontades ("praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas") - Ex: Saque em estabelecimentos comerciais (caminhão de cerveja tombado). b) Conexão intersubjetiva por concurso (art. 76, I, 2ª parte CPP) - ocorre quando duas ou mais pessoas cometem dois ou mais crimes previamente ajustados em locais e momentos distintos ("ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o local") - Ex:" O que Beira Mar fez no nosso 11 de setembro" c) Conexão intersubjetiva por reciprocidade (art. 76, I, parte final CPP) - ocorre quando duas ou mais pessoas cometem dois ou mais crimes, umas contra as outras ("ou por várias pessoas, umas contra as outras") - Ex: Lesões corporais recíprocas ("A bateu em B e B bateu em A"). d) Conexão objetiva ou lógica (art. 76, II CPP) - ocorre quando um crime foi cometido porque de alguma forma repercute em relação a outro. e) Conexão instrumental ou probatória (art. 76, III CPP) - ocorre quando a prova de um crime interessa à prova de outro - Ex: Receptação e o crime patrimonial antecedente. Continência (art. 77 CPP): Na continência, uma causa está contida na outra, não sendo possível a separação. a) Continência por cumulação subjetiva (art. 77, I CPP) - ocorre quando duas ou mais pessoas são acusadas da prática do mesmo crime, ou seja, engloba todas as hipóteses de concurso de agentes (coautoria, participação, etc). Qual a diferença entre a conexão intersubjetiva da continência por cumulação subjetiva? Na conexão intersubjetiva por concurso temos duas ou mais pessoas acusadas de dois ou mais crimes, enquanto na continência por cumulação subjetiva temos duas ou mais pessoas acusadas pelo mesmo crime.

b) Continência por cumulação objetiva (art. 77, II CPP) - ela ocorre nas hipóteses de concurso formal, erro na execução e resultado diverso do pretendido. Identificada uma das hipóteses de conexão ou continência, um crime exercerá juízo de atração sobre o outro, impondo unidade de processo e julgamento. A partir do art. 78 do CPP, o legislador começa a estabelecer onde os processos serão reunidos (rol exemplificativo). Qual o órgão competente para julgamento quando houver conexão entre um homicídio e um crime eleitoral? 1) Polastri e Paulo Rangel (mais razoável)- Como as duas competências estão na Constituição, não é possível estabelecer quem exercerá juízo de atração sobre quem e, portanto, deve haver a separação dos processos. 2) Tourinho e Frederico Marques ("absurda")- a Constituição fez menção de uma lei complementar para tratar da matéria eleitoral, que ainda não foi editada, razão pela qual devemos trabalhar com o Código Eleitoral, que foi integralmente recepcionado pela Constituição. O art. 35 do Código Eleitoral manda os juízes eleitorais julgarem os crimes eleitorais e os conexos, sem fazer qualquer ressalva ao júri. Logo, o juízo eleitoral julga tudo. Qual o órgão competente para julgamento se um juiz e seu secretário cometerem um homicídio (polêmico)? 1) Tourinho e Polastri - Como as duas competências estão na Constituição, não é possível estabelecer quem exercerá juízo de atração sobre quem, logo, deve haver a separação dos processos. 2) Paulo Rangel - Apesar das duas competências estarem na Constituição, a competência do TJ é de maior graduação, logo, devemos aplicar o art. 78, III do CPP e os dois serão julgados pelo TJ. Jurisdição de mesma categoria: Jurisdição da mesma categoria significa mesmo grau de poder jurisdicional, ou seja, todos os juízes estão no mesmo grau de jurisdição. a) Justiça federal x Justiça estadual: Quando houver conexão entre um crime da competência da justiça estadual com crime da competência da justiça federal, a Súmula 122 do STJ fixa a competência da justiça federal.

Súmula 122 STJ: Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do Art. 78, II, "a", do Código de Processo Penal. Segundo Tourinho, isso ocorre porque a justiça federal é considerada comum quando comparada a outras justiças, mas quando comparada à estadual, ela é especial. Para Pacelli, isso ocorre em razão de um critério constitucional de distribuição de competências, ou seja, toda a competência da justiça federal está na Constituição, o que resta é dos estados. Ex1: Ex2: b) Prevenção:

Prevenção significa anterioridade de conhecimento, ou seja, havendo dois ou mais juízes igualmente competentes atuará no feito aquele que antecedeu os demais na prática de algum ato processual. Durante um inquérito poderá surgir prevenção, desde que o juiz analise algum pedido de medida cautelar. Se isso não ocorrer, a prevenção surgirá com o recebimento da denúncia. Só é possível falarmos em prevenção se antes ocorrer a prévia distribuição, sob pena da parte estar escolhendo o juiz e violando a imparcialidade. Qual a consequência da violação de uma regra de prevenção? (próxima aula)