ESTUDO RADIOLÓGICO DA PRONO-SUPINAÇÃO DO ANTEBRAÇO

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Transcrição:

ESTUDO RADIOLÓGICO DA PRONO-SUPINAÇÃO DO ANTEBRAÇO JOÃO ALVARENGA ROSSI * É regra bem conhecida que, na redução de fraturas, o fragmento distai deve acompanhar o desvio do proximal, ou seja, o fragmento distai é considerado como o fragmento móvel e deve ser encaixado no proximal, que é o fragmento imóvel. A redução de certos tipos de fraturas do antebraço apresenta, mesmo em mãos dos mais experimentados traumatologistas, sérias dificuldades em sua execução. O objeto do presente trabalho é demonstrar uma maneira fácil de se diagnosticar radiològicamente o grau de prono-supinação dos fragmentos proximais dos ossos do antebraço, o que facilitará de muito as reduções nesta região. Dependendo da altura da fratura, o predomínio da musculatura pronosupinadora se faz sentir, produzindo as mais diversas posições relativas entre os fragmentos do cúbito e rádio 5. É evidente que, para o lado distai, nenhuma dificuldade apresenta. Livremente, apenas manobrando a mão do paciente, colocamos o fragmento distai na posição que desejarmos ou que julgarmos necessária para a redução da fratura. Esse fato já não acontece para o lado dos fragmentos proximais, que, entre outras coisas, se encontram revestidos por densa musculatura. Não é possível controlarmos por manobras a sua posição. Esta posição só nos pode ser dada por intermédio de chapas de raios X. Observação de grande valor prático é a citada por Watson-Jones 5, que diz que na fratura do terço proximal do rádio há predomínio da ação supinadora sobre o rádio, enquanto, na mais distai, esta forte ação supinadora dada pelo bíceps é em parte contrabalançada pela ação equilibrante do redondo pronador. Assim sendo, o fragmento proximal do rádio encontra-se em posição de média prono-supinação. Evans 2 parte de diferente princípio. Por meio de chapas radiográficas rigorosamente de frente, diagnostica a posição relativa entre o cúbito e rádio. Em nosso meio, onde há o costume generalizado de se reduzir estas fraturas com o cotovelo em ângulo reto e o paciente em decúbito dorsal, existe dificuldade para a obtenção destas chapas rigorosamente de frente. Já não ocorre esta dificuldade quando a redução é executada com o antebraço na vertical, que requer aparelhagem adequada, nem sempre à nossa disposição. Bado 1 dá muito valor às radiografias de perfil no diagnóstico do grau de prono-supinação. Trabalho da Clinica Ortopédica e Traumatológica da Faculdade de Medicina da USP (Serviço do Prof. F. E. Godoy Moreira). Assistente.

192 Revista de Medicina Em nossa experiência, é muito mais fácil o diagnóstico pela chapa de frente. No perfil, sempre encontramos alguma dificuldade. Entretanto, a associação das duas posições vem, sobremodo, facilitar a interpretação. Do ponto de vista da exeqüibilidade das chapas, durante a redução, é muito mais fácil a obtenção do perfil que a chapa de frente. TÉCNICA DA OBTENÇÃO DAS CHAPAS RADIOGRÁFICAS Tanto na de frente como na de perfil, não importa a posição em que se possa encontrar o antebraço (fig. 1). Estas chapas são obtidas em relação ao úmero. Assim sendo, para a posição de frente, o cotovelo é colocado em ângulo reto, rigorosamente perpendicular ao chassis, com pequena inclinação de 20 da ampôla e cujo raio central esteja dirigido na direção da prega do cotovelo. Para a posição de perfil o cotovelo é fletido em 90 e encostado sobre o chassis; deste modo, o braço e o antebraço ficam colados ao plano da chapa. Nesta posição, o úmero vai aparecer de perfil. Fig. 1 INTERPRETAÇÃO RADIOLÕGICA Quanto ao cúbito, nenhuma dificuldade apresenta, pois, por estar firmememente preso por intermédio de sua articulação no úmero, sua posição é secundária às posições deste. Se o úmero estiver de frente, o cúbito aparecerá de frente e, se de perfil, o cúbito aparecerá de perfil. Variações só existem nas posições do rádio, que, aliás, funciona até certo ponto em relação ao cúbito como uma verdadeira porta em relação ao batente 3. Os elementos fundamentais para o diagnóstico da posição do rádio são os seguintes: tuberosidade bicípital do rádio, centralização do canal medular do rádio em relação às corticais diafisárias e projeção do rádio sobre o cúbito.

Estudo radiológico da prono-supinação do antebraço 193 1) A tuberosidade bicipital do rádio pode apresentar-se nas mais variadas posições, porém, as mais importantes são as de frente e de perfil. De frente (fig. 2AD) se mostra como uma verdadeira concrescência do tamanho de azeitona grande. Tem estrutura exclusivamente esponjosa e sem revestimento cortical, de modo que se assemelha a verdadeiro fuso em continuidade com as corticais. De perfil (fig. 2BC), notamos verdadeira imagem lacunar entre as corticais, fazendo delicada saliência em ambas ou em uma só das corticais. Portanto, o aparecimento de uma concrescência óssea sem revestimento cortical indica tuberosidade vista de frente. Contrariamente, se sobre êle notamos um revestimento cortical, já não está de frente. Fig. 2 2) A centralização do canal medular é outro elemento importante. Esta excentricidade é dada pela presença da crista interóssea. Numa chapa de frente, do rádio (fig. 2AD), a cortical diafisária interna apresenta-se com espessura dupla em relação à cortical externa, dando ao canal medular uma posição excêntrica. Contrariamente, numa chapa de perfil (fig. 2BC), as duas corticais se apresentam equilibradas em espessura e o canal medular em posição centrada. Existe relação anatômica e radiológica entre a tuberosidade e a crista interóssea radial. A tuberosidade se encontra na continuidade da crista, como uma concrescência não revestida de cortical, contrastando com a espessura da cortical interna do rádio, dada pela crista interóssea. Assim sendo, a posição de frente se caracteriza pelo encontro da tuberosidade como volumosa saliência e da crista interóssea dando excentricidade ao canal

194 Revista de Medicina medular. No perfil não encontramos a volumosa saliência da tuberosidade e o canal medular é centrado entre duas corticais de igual espessura. 3) O último elemento diagnóstico é a superposição radiológica do rádio sobre o cúbito, oriunda da posição relativa dos ossos no movimento de pronosupinação. Assim sendo, serão feitas chapas de frente e perfil em extrema pronação e média prono-supinação e extrema supinação. Estudaremos, então, as três mencionadas posições, de frente e depois de perfil, dando os meios para o diagnóstico diferencial entre elas. São os seguintes os achados na chapa de frente: a) Extrema supinação (fig. 3) O rádio aparece de frente; assim, veremos a tuberosidade volumosa, sem revestimento cortical e de estrutura esponjosa. Canal medular excêntrico e com o aparecimento da crista interóssea. Convergência do rádio e do cúbito em direção ao úmero, forma imagem em V de ápice para cima, característica desta posição. b) Média prono-supinação (fig. 3) O rádio aparece de perfil; deste modo a saliência da tuberosidade não aparece e este se situa entre duas tábuas corticais. Contrariamente ao caso anterior, o rádio e o cúbito convergem para a diáfise, formando uma figura em Y, que caracteriza esta posição. Fig. 3

Estudo radiológico da prono-supinação do antebraço 195 c) Extrema pronação (fig. 3) A característica fundamental desta posição é o cruzamento alto do rádio sobre o cúbito, dando imagem em X. No ponto de cruzamento há formação de um losango. Os dados da chapa de perfil seguem-se: a) Extrema supinação (fig. 4A) O rádio aparece de perfil, com o canal medular centrado entre corticais da mesma espessura, tuberosidade formando imagem lacunar entre duas corticais de revestimento, sem o aparecimento de qualquer concrescência. O cúbito e o rádio limitam uma pequena área de forma fusiforme. b) Média prono-supinação (fig. 4B) Surge o rádio rigorosamente de frente: crista bem visível com canal excêntrico e tuberosidade volumosa sem revestimento cortical. c) Extrema pronação (fig. 4C) Não é posição muito característica, pois o rádio se mostra numa posição intermediária entre frente e perfil. Até certo ponto se assemelha com a posição oposta de supinação. A distinção é feita pelas respectivas chapas de frente, que na pronação formam o X e na supinação o A- Fig. 4

196 Revista de Medicina CONCLUSÃO Pelo uso das presentes regras o movimento de prono-supinação fica dividido em dois grandes quadrantes. O primeiro vai da extrema supinação à média prono-supinação e o segundo, desta até a extrema pronação. Uma vez conhecidas as posições extremas de cada um destes dois quadrantes, vamos trabalhar na redução das fraturas dentro de uma aproximação de 35 a 40, dependendo do grau total do movimento de prono-supinação de cada caso. RESUMO O autor apresenta um método prático para caracterizar a posição relativa de prono-supinação entre o cúbito e o rádio, como medida para facilitar as manobras na redução das fraturas diafisárias dos ossos do antebraço e cria o conceito radiológico das imagens do A, do Y e do X. BIBLIOGRAFIA 1. BADO, U. L. La Lesión de Monteggia. Inter-Médica, Sarandi, Buenos Aires, 1958, pág. 238. 2. EVANS, E. M. a) Rotational deformity in the treatment of fractures of both bonés of the forearm. J. Boné a. Surg., 27:373-379 (julho) 1945. b) Pronation injuries of the forearm, with special reference to the anterior Monteggia fracture. Clinicai and experimental study. J. Boné a. Surg., 31B:578-588 (novembro) 1949. c) Fractures du Radius et du Cubitus. Actualités de Chirurgie Orthopédique et Raparatrice. L'Expantion Scientifique Française, Paris, 1958. 3. RAY, R. D. e col. An experimental study of pronation and supination. J. Boné a. Surg., 33A:993-996 (outubro) 1951. 4. TESTUT, L. Traité d'anatomie Humaine. G. Doin, Paris, 1921. 5. WATSON-JONES, R. Treatment of Fractures and Dislocations. E.,& S. Livingstone, Edimburgo e Londres, 1955. 6. WOEDERMANN, M. V. Atlas of Human Anatomy. Blakiston, Filadélfia e Toronto, 1950.