CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL CENAP TÉCNICO EM RADIOLOGIA JOSIELE FIRAK MAMOGRAFIA: EXAME PREVENTIVO CASCAVEL PR 2010
2 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL CENAP TÉCNICO EM RADIOLOGIA JOSIELE FIRAK MAMOGRAFIA: EXAME PREVENTIVO Artigo apresentado no Centro de Educação Profissional CENAP, para o Curso Técnico em Radiologia, para conclusão de curso. Orientadora: Carolyne Doneda Silva. Orientadora: Carolyne Doneda Silva CASCAVEL PR 2010
3 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL CENAP TÉCNICO EM RADIOLOGIA JOSIELE FIRAK MAMOGRAFIA: EXAME PREVENTIVO Cascavel, / / Orientador (a): Banca 1: Banca 2:
4 AGRADECIMENTO Agradeço primeiramente a Deus por todas as bênçãos que me concedeu, aos professores e orientadores por ceder-me o conhecimento e paciência e aos colegas do curso pela convivência e amizade durante toda jornada.
5 SUMÁRIO RESUMO...06 1. INTRODUÇÃO...06 2. HISTÓRIA DA MAMOGRAFIA...07 3. CÂNCER DE MAMA...08 4. MAMOGRAFIA: O EXAME...09 5. CONCLUSÃO...10 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...10
6 MAMOGRAFIA EXAME PREVENTIVO *Josiele Firak ** Carolyne Doneda Silva RESUMO: A mamografia é um exame de raios-x seguro e inofensivo, usado para detectar o câncer de mama em seu estágio inicial, bem antes que ele posa ser visto ou sentido. A importância em descobrir a existência de um câncer de mama logo no início, através do exame preventivo é indicada que seja feita anualmente em mulheres com mais de 40 anos, ou aquelas que têm histórico familiar da doença. O auto-exame também é importante e a mulher deve fazer uma vez por mês em sua própria casa, e o exame clinico de mama deve ser feito anualmente por um médico. Uma boa mamografia exige equipamentos de precisão, uma atitude segura por parte do técnico, um ambiente calmo e tranqüilo. PALAVRAS CHAVES: Mamografia, Exame preventivo, Câncer de mama. 1. INTRODUÇÃO É de suma importância a detecção de um câncer de mama, como forma de prevenção, através de auto-exame, consultas médicas, mamografias periódicas. Através da mamografia podemos perceber um tumor mais cedo de seis a três anos antes que ele se torne evidente. (OLIVEIRA & RIBEIRO 2002). Existem dois tipos de prevenção do câncer de mama, pode ser primária ou secundaria. A primária pode alterar ou eliminar os fatores de risco, enquanto a secundaria faz o diagnostico e trata o câncer precoce. (COSTA, 2006). Considerada hoje como um dos parâmetros mais significativos, a qualidade do exame mamográfico, depende de alguns fatores tais como: mamógrafos de alta resolução, processadoras, posicionamento, incidências, conhecimento e experiência por parte do técnico em radiologia (VIANNA, & SILVA, 1999). A realização do exame causa ansiedade por parte da paciente, e que na maioria das vezes gera a sensação de desconforto. Cabe ao técnico ter cautela e destreza na hora de realizar este exame. Ficando bem claro de que o rastreamento mamográfico não é a solução para o problema do câncer de mama, mas é o melhor método que se encontra no presente. Se executado corretamente o rastreamento
7 mamográfico pode diminuir a taxa de morte de 25% a 30%. ( COSTA & OLIVEIRA, 2008) 2. HISTÓRICO DA MAMOGRAFIA Dezoito anos após a descoberta dos raios X iniciou-se as radiografias de lesões mamárias. Albert Salomon, cirurgião alemão, fez a primeira radiografia mamária em 1913. Com o passar dos anos as técnicas se modernizam, e em 1950 Raul Leborgne, médico radiologista, descobre um melhor posicionamento e a necessidade da compressão, pois conclui que comprimindo a mama obtém qualidade na imagem e diminuindo-se a espessura da mama, a paciente recebera uma dose menor de radiação. Em 1966 a GE cria a 1º equipamento para se fazer mamografia, mas somente em 1980 a GE desenvolve um equipamento que faça essa compressão por via motorizada. Embora essa compressão seja desconfortável para mulher, é necessário, pois reduz o tempo de exposição e aumenta a resolução. Os equipamentos vem sendo modernizados, para que se obtenha resultados mais rápidos e eficazes. ( RISSO, 1999) A mamografia de alta resolução (MAR) é atualmente o exame complementar por imagem que apresenta os melhores resultados diagnósticos e é indicado para o estudos das mamas de mulheres acima de 35 anos, sintomáticas ou não. É o único método capaz de detectar precocemente as malignidades, podendo revelar uma neoplasia ainda de poucos milímetros geralmente não palpável, mesmo num exame clinico minucioso, aumentando, assim, as chances de cura. Para a detecção de uma imagem clara e precisa indispensável a um diagnostico correto, é necessário que as mamas sejam firmemente mantidas em um suporte especialmente concebido para isto. (Camargo, Márcia Colliri; Marx, Ângela Gonçalves, 2000, pg. 20). O colégio brasileiro de Radiologia recomenda que mulheres acima de 40 anos faça mamografia todo ano. Fazendo o exame anualmente os médicos conseguem
8 descobrir sinais iniciais da anomalia, pois é comparada a mamografia atual com a do ano anterior (LONGLI, 1980). Comparando cada centímetro de ambos os exames, os médicos conseguem ver as mudanças mais sutis que ocorrem de um ano a outro. Mulheres de 20 a 38 anos devem fazer o exame clinico no mínimo a cada 03 anos e fazer um auto-exame das mamas mensalmente (KOPANS, 1998). Mulheres com mais de 40 anos devem fazer uma mamografia e um exame clinico anualmente e fazer um auto-exame das mamas mensalmente. "A mamografia continua salvando vidas de mulheres com menos de 50 anos", defende o especialista Daniel Kopans, do Hospital Geral de Boston. "Apenas, sua precisão aumenta nas mulheres mais idosas. (MARSILLAC & ROCHA, 1980) O diagnóstico precoce da mama representa, sem a menor duvida o objetivo maior na tentativa da cura dos cânceres em geral (Ferreira, Carlos Alberto, Valente, Carlos Alberto, Petrilli, Cláudio, 1987, P.75) 3. CÂNCER DE MAMA O câncer de mama ocorre quando as células do órgão passam a se dividir e se reproduzir muito rápido e de forma desordenada (VIEIRA, 2002). O câncer de mana mais comum se chama Carcinoma Ductal, ele pode ser in situ, quando não passa das primeiras camadas de célula destes ductos, ou invasor, quando invade os tecidos em volta. Os cânceres que começam nos lóbulos das mamas são chamados de carcinoma lobular é menos comum. Este tipo de câncer muito freqüente acomete as duas mamas. (MONTOURO, 1979) O carcinoma inflamatório de mama é um câncer mais raro e normalmente se apresenta de forma agressiva, comprometendo toda a mama, deixando-a vermelha, inchada e quente. Os fatores de risco para a formação do câncer são: idade, exposição excessiva a hormônios, radiação, dieta, falta de exercícios físicos, alteração nas mamas, histórico ginecológico e familiar, (INCA, 2004). O câncer de mama normalmente não dói, mas seus sintomas são: nódulos nos seios, deformidades nos seios, aumento do volume dos seios e temperatura quente e vermelha, feridas com cheiro desagradável. Nós mulheres devemos ter uma
9 alimentação saudável, praticar exercícios físicos, evitar o fumo e as bebidas alcoólicas, dando lugar a uma vida saudável. (MELHADO & ALVARES, 2007) Afirma o autor Jean Carper, 2004, o que você come pode influenciar sua probabilidade de ter câncer de mama, a velocidade de crescimento do câncer, sua disseminação para outras partes do corpo e até mesmo seu desfecho final. Certamente, muitos fatores cruciais estão em jogo no destino do câncer de mama, mas, atualmente, a dieta é considerada um fator importante e os pesquisadores estão desvendando formas intrigantes através das quais os alimentos podem controlar os eventos celulares, especialmente os que envolvem o estrogênio, que ajuda a controlar a manifestação dos cânceres de mama. (CARPER, 2004) O nutricionista e o médico são as melhores fontes de informação sobre o regime alimentar. O regime alimentar é a parte importante do tratamento do câncer. Uma alimentação correta pode contribuir para o seu bem-estar e fortalecimento. (PINHO, 2003). 4. MAMOGRAFIA: O EXAME Fazer uma mamografia não é só apertar um botão, o técnico de raios-x deve ser dedicado e trabalhar com profissionalismo. Cuidado e destreza são necessário para dar o máximo de benefícios da mamografia moderna ao paciente (CAMARGO, 2004). Imagens da mama, através da mamografia podem ser obtidas com 02 incidências padrões: o crânio-caudal e o médio lateral. (LEDERMAN, 2005) Exames detalhados de qualquer parte da mama podem ser feitas com imagens obtidas, usando um cone de compreensão vertical, a magnificação usando um micro-foco, ou a combinação da imagem obtida com a compreensão vertical utilizando um cone, com a magnificação usando um micro-foco. Para uma boa projeção da mama e maior quantidade de tecidos brandos adjacentes a mulher deve estar relaxada, é natural que ela esteja tensa, portanto o técnico deve ajudá-la a ficar calma. Um ambiente calmo e amigável e uma atitude segura da parte do técnico, são de grande ajuda para este exame. (LEDERMAN, 2005)
10 O técnico também deve ajudá-la a relaxar. Juntamente a altura do chassi deve ser posicionado ao nível em que a paciente tenha que inclinar-se ligeiramente, isto relaxa os músculos, e músculos relaxados são pré-requisitos para um correto posicionamento. A projeção médio lateral obliqua, nesta incidência a direção do feixe de raios-x será de aproximadamente 60º na vertical. Este ângulo devera individualmente ajustado, o kct com o filme, estará, portanto numa posição mais vertical, o kct deve acompanhar a linha do músculo peitoral, que varia ligeiramente de mulher para mulher, o ângulo da kct deve ser ajustado de acordo. (SOUZA & OLIVEIRA, 2006). Um ângulo incorreto levara a um posicionamento impróprio e a dor durante a compreensão. A altura do filme deve ser ajustada individualmente, com o braço na horizontal, o canto superior do filme deve encaixar confortavelmente na axila. Quando corretamente efetuado a projeção médio lateral obliquo apresenta toda a parênquima do seio, é uma das projeções mais valiosas usadas na mamografia. A projeção crânio caudal complementa as outras projeções é mais útil para visualizar a porção média do seio. A projeção médio-lateral complementa as outras duas projeções e facilita apropriada localização dos achados. (DEAN, 2003) 5. CONCLUSÃO Com a revisão de literatura conclui-se que a mamografia é um método de suma importância no diagnóstico precoce e na detecção do câncer de mama. O achado precoce de um tumor aumenta as chances de sucesso do tratamento. Os esforços de procurar e detectar câncer de mama precocemente são baseados no auto-exame, no exame médico e nas técnicas de imagem da mama. A mamografia merece especial consideração, por ser um exame bem estudado e padronizado e, comprovadamente, se realizado anualmente, pode diminuir a taxa de mortalidade por câncer de mama em cerca de 25%. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAMARGO, M. C.& Marx, A. G. reabilitação física no câncer de mama, 1º edição, editora roca ltda, 2000.
11 CARPER, J. Alimentação que pode prevenir e curar o câncer. elsevier editora ltda. pg. 51, 2004. COSTA, N., O., mamografia posicionamento radiológicos, Ed. corpus, São Paulo, SP cap. 03 pag. 45,46, 2008. DEAN, P, B. & atlas de mamografia. Ed. Guanabara, pag. 158, 2006. INCA, RJ Estimativa 2003, incidência de câncer no Brasil, gráfica esdeva, projeto gráfico e editoração, 2004. KOPANS, B. prevenção do câncer de mama, 2ª edição Rio de Janeiro, pag.54, 1998. LEDERMAN, H.M., guia prático de posicionamento em mamografia. editora senac, São Paulo, 2º Ed., pag. 30, 2005. LAWRENCE, L. o câncer como ponto de mutação, editora summus,1992 são Paulo 3º edição. LONGLI, A. como evitar o câncer. Editora reporcolor cinefotografica cjs ltda. cap. 6, p. 99, 1980. MARSILLAC, J.B. de & ROCHA, A.F.G. de, cancerologia conceitos atuais, editora Guanabara koogan s.a, rio de janeiro RJ 1980. MELHADO VC, ALVARES BR, ALMEIDA OJ. Correlação radiológica e histológica de lesões mamárias não-palpáveis em pacientes submetidas à marcação précirúrgica, utilizando-se o sistema BI-RADS. Radiol Bras. 2007; MONTORO, A. F. prevenção e detecção do câncer de mama. editora da universidade de são Paulo, cap. 15 p.25, 1979. OLIVEIRA, C., RIBEIRO, L & LEITE, R. C., câncer de mama prevenção e tratamento, Ed. ediouro, São Paulo SP pag. 07, 08,08,10, 2002. PINHO, B. N. uma boa alimentação durante o tratamento do câncer. chefe do serviço de nutrição do hospital de câncer do inca (instituto nacional do câncer) Crems Centro Rhodia estudos Médicos Sociais, 2003.
12 SOUZA, M & OLIVEIRA J.G. revista associação médica brasileira, outubro 2006. VALENTE, Carlos Alberto et al alternativas diagnósticas e terapêuticas no câncer de mama. Editora Bradepca Coedição CNPq, cap. 4, p.75, 1987. SILVA, H., M., S., JÚNIOR, J. L., C., VIANNA, L.,L., imagens da mama guia prático, Ed. revinter, Rio de Janeiro RJ pag. 05,06, 1999. VIEIRA AV. Classificação BI-RADS : categorização de 4.968 mamografias. Radiol Bras, 2002.