MAPAS CONCEITUAIS FLAVIO ANTONIO MAXIMIANO Instituto de Química USP Programa de Pós-graduação Interunidades em Ensino de Ciências: Modalidade Ensino de Química famaxim@iq.usp.br
Mapas Conceituais Autor: EUA: Joseph D. Novak (1974) (Cornell University) (IHMC - Institute for Human and Machine Cognition, Flórida) Fundamentação teórica: Teoria da Aprendizagem Significativa David Ausubel (1968)
http://cmap.ihmc.us Alberto Cañas
Exemplo de mapa conceitual Pendley e Bretz (1994), J. of Chem. Educ., 71 (1), 9-15 átomo se ligam para formar molécula fórmula empírica pode representar unidade básica representa com a menor razão entre os componentes é símbolo químico unidade básica dos representa fórmulas químicas compostos representa comp. entre não metais são pode representar compostos moleculares reagem p/ formar representa metal com não metal elemento são formados pela reação entre não metais compostos iônicos podem ser formados entre metais em não metais
O que é um mapa conceitual? É uma técnica para representar o conhecimento na forma de um gráfico. Ilustra a estrutura conceitual de uma fonte de conhecimentos. São gráficos de conhecimento ou são regras de conceitos. Redes (networks) consistem de nós (nodes) e ligações (links). Nós representam conceitos e ligações representam as relações entre conceitos.
Mapas Conceituais e a Hierarquia dos Conceitos
São frequentes palavras como: É, são, pode ser, pertence, depende, tem, ou, de, da FRASES POBRES
PROPOSIÇÃO Indica conceitos e as relações entre esses conceitos. Átomo Se ligam para formar Molécula proposição Proposições são compostas por dois ou mais conceitos ligados por palavras de ligação ou frases para formas uma afirmação significativa (compõem uma unidade semântica). São afirmações sobre um determinado objeto ou evento do universo, seja de ocorrência natural ou construída. Evidencia o significado da relação conceitual.
Indica conceitos e as relações entre esses conceitos. Átomo Se ligam para formar Molécula proposição Conceitos e proposições compostas de conceitos são os elementos centrais na estrutura de conhecimento e na construção do pensamento. (Novak e Gowin)
Formas de representar uma proposição. Átomo se ligam para formar Molécula Seres vivos apresentam reprodução carga elétrica em repouso força elétrica força magnética F = q o v. B campo magnético material metálico pode ser puro liga (mistura)
Exemplo de uma proposição BOA! Exemplo de uma proposição RUIM!
QUESTÃO FOCAL Indica um contexto para o mapa conceitual. É melhor construir um mapa conceitual referente a uma pergunta específica. Evita desvios do objetivo inicial. Um mapa conceitual pertence a um determinado contexto, situação ou evento que nós estamos tentando compreender sua organização através do mapa. A QUESTÃO FOCAL PODE SER GERAL (ABERTA) OU ESPECÍFICA (MAIS OBJETIVA).
Mapa Conceitual sobre Mapas Conceituais Ítalo Modesto Dutra http://www.mapasconceituais.cap.ufrgs.br/mapas.php
O que não é um mapa conceitual?
Mapas conceituais são diferentes de Fluxogramas! Exemplo de Fluxograma INÍCIO Recebe Pedido Vendedor Registrando Pedido 1 Fazer Produto Entrega Produto 1 não Cliente recebeu? SIM Recebe Pagamento Tesouraria NÃO FIM
ISTO NÃO É UM MAPA CONCEITUAL! água do mar cloreto de sódio cloro soda cáustica carbonato de sódio hipoclorito de sódio bicarbonato de sódio
Mapas conceituais são diferentes de Mapas Mentais! Mapa mental ou memograma é uma ferramenta de organização de idéias por meio de palavras-chave, cores e imagens em uma estrutura que se irradia a partir de um centro. Mapas mentais são associacionistas, não se ocupam de relações entre conceitos, incluem coisas que não são conceitos e não estão organizados hierarquicamente.
QUADROS SINÓTICOS NÃO SÃO MAPAS CONCEITUAIS! FORÇA FORÇA GRAVITACIONAL FORÇA ELETROMAGNÉTICA FORÇA NUCLEAR FORÇA ELETRICA FORÇA MAGNÉTICA FORÇA NUCLEAR FORTE FORÇA NUCLEAR FRACA Força atrativa Força repulsiva Força entre núcleons Força entre partículas elementares Exemplos Peso: forças entre o sol e os planetas Forças entre os elétrons e o núcleo Forças entre os prótons Forças entre ímãs permanentes Forças p-p forças p-n forças n-n Forças entre elétrons e neutrinos
Alguns exemplos de mapas conceituais
CARGA ELÉTRICA em repouso em movimento FORÇA ELÉTRICA FORÇA ELETRO- MAGNÉTICA FORÇA MAGNÉTICA descrição vetorial do traduz a ação do CAMPO ELÉTRICO cargas em repouso lei de Faraday descrição do escalar F = q o v. B CAMPO ELETRO- MAGNÉTICO CAMPO MAGNÉTICO lei de Ampère Eletricidade e Magnetismo Mapa conceitual elaborado por um professor F = q o E VETOR CAMPO ELÉTRICO E = -grad V POTENCIAL ELÉTRICO CORRENTE ELÉTRICA DIFERENÇA DE POTENCIAL ELÉTRICO I = ΔV/R RESISTÊNCIA ELÉTRICA fluxo elétrico linha de força força eletro-motriz condutividade resistividade
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cadeia cluster hierárquico cíclico hierárquico com ligações cruzadas
Usando mapas conceituais para estudar e aprender CONCEITOS MAIS GERAIS, MAIS INCLUSIVOS INTEGRAÇÃO DIFERENCIAÇÃO CONCEITOS INTERMEDIÁRIOS CONCEITOS ESPECÍFICOS, POUCO INCLUSIVOS, EXEMPLOS
Como elaborar um mapa conceitual 1. Pense na questão focal. 2. Localize os conceitos. 3. Liste os conceitos em uma ordem hierárquica. 4. Distribua os conceitos em duas dimensões. 5. Traçe linhas que indiquem as relações entre os conceitos. 6. Escreva a natureza da relação. 7. Revise e refaça o mapa final.
EXEMPLO 1. Questão focal: Como podemos classificar os materiais? 2. Localize os conceitos. 3. Liste os conceitos em uma ordem hierárquica. ÁTOMOS COMPOSTA ELEMENTO QUÍMICO HOMOGÊNEA HETEROGÊNEA MATERIAL MISTURA SUBSTÂNCIA PURA SIMPLES MATERIAL SUBSTÂNCIA PURA MISTURA SIMPLES COMPOSTA HOMOGÊNEA HETEROGÊNEA ÁTOMOS ELEMENTO QUÍMICO
EXEMPLO 3. Distribua os conceitos em duas dimensões. MATERIAL SUBSTÂNCIA PURA MISTURA SIMPLES COMPOSTA HETEROGÊNEA HOMOGÊNEA ÁTOMOS ELEMENTO QUÍMICO
EXEMPLO 4. Trançe linhas que indiquem as relações entre os conceitos. MATERIAL SUBSTÂNCIA PURA MISTURA SIMPLES COMPOSTA HETEROGÊNEA HOMOGÊNEA ELEMENTO QUÍMICO
EXEMPLO 5. Escreva a natureza da relação. MATERIAL pode ser SIMPLES SUBSTÂNCIA PURA pode ser COMPOSTA podem ter seus componentes separados em pode ser pode ser MISTURA HETEROGÊNEA pode ser HOMOGÊNEA é formada por átomos de apenas 1 é formada por átomos de 2 ou mais ELEMENTO QUÍMICO
EXEMPLO 6. Revise e refaça o mapa final. MATERIAL SUBSTÂNCIA PURA pode ser MISTURA pode ser pode ser pode ser SIMPLES é formada por átomos de apenas 1 COMPOSTA é formada por átomos de 2 ou mais podem ter seus componentes separados em HOMOGÊNEA HETEROGÊNEA ELEMENTO QUÍMICO H 2, O 2, S 8 CH 4, H 2 O aço, soluções água e óleo
Construindo bons mapas conceituais PROCEDIMENTOS 1 envolve Construir uma boa Questão Foco (QF) usada para Sugerir conceitos relevantes porque estes são O mapa conceitual mostra o conhecimento necessário para responder a QF para Conceitos necessários 2 para Híbrido mapa conceitual/ fluxograma 5 6 3 4 7 Fazer uma lista de 15 a 20 conceitos então Coloque em ordem hierárquica então Comece o mapa com 1-4 conceitos mais gerais então Escolha as palavras de ligação para conectar os conceitos então Continue construindo a hierarquia conceitual procure por Possíveis ligações cruzadas então se pergunte relembre a definição considere isto é que mostra considere periodicamente Que eventos ou objetos necessitam serem considerados? Procurar regularidades em eventos ou objetos designados Para formar boas proposições Relevância conceitual e organização Adição de setas Relação entre conceitos de duas partes diferentes do mapa pode levar a para responder ou revisar 8 Reposicione e refeine a estrutura do mapa Idéias criativas
Mapas Conceituais Mapas Conceituais e Aprendizagem Significativa, www.if.ufrgs.br/~moreira/mapasport.pdf Moreira, M.A. e Buchweitz., B, Novas Estratégias de ensino e aprendizagem: os mapas conceituais e o Vê epistemológico, 1993, Plátano Edições Técnicas: Lisboa. Moreira, M.A. e Buchweitz., B, Instrumentos Didáticos, de Avaliação e de Análise de Currículos, 1987, Ed. Moraes, São Paulo. http://cmap.ihmc.us/ Novak, J.D. & Gowin, D.B. (1988). Aprendiendo a aprender. Barcelona: Martínez Roca. Learning how to learn Novak, J. D., Learning, Creating and Using Knowledge, Taylor and Francis, 2ª ed, 2010