Bizú de Noções de Macroeconomia Agente Fiscal de Rendas Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo

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Transcrição:

Bizú de Noções de Macroeconomia Agente Fiscal de Rendas Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo Olá, Pessoal! A FCC costumeiramente cobra em prova, por meio de questões, praticamente todos os temas presentes no conteúdo programático. Dessa maneira, optei por organizar o bizú considerando esta sistemática de cobrança. Bem, acredito que é provável a cobrança, principalmente, dos seguintes pontos em prova: Noções de Macroeconomia: Fluxo Circular da Renda, Contabilidade nacional. Mensurando a Renda Nacional: os agregados macroeconômicos: consumo, investimento, gastos do governo, exportações líquidas. Determinação do produto de equilíbrio, investimento e poupança; Mercados Financeiros: Demanda e Oferta por moeda, Instrumentos de gestão da politica monetária: operações de mercado aberto, redesconto bancário, reservas do Bacen. Bancos Comerciais e a oferta de moeda: o multiplicador bancário; O modelo IS-LM: a relação entre o mercado de bens e o mercado financeiro. Politica Fiscal: instrumentos de Politica Fiscal. Politica Monetária: instrumentos de Politica Monetária. O modelo de oferta e demanda agregada e sua interação com o modelo IS-LM. O efeito dos déficits orçamentários do governo sobre a taxa de juros de equilíbrio, o efeito expulsão e o multiplicador keynesiano. Macroeconomia das Economias Abertas: Taxa de câmbio nominal, real e efetiva e paridade do poder de compra. O O modelo IS-LM: a relação entre o mercado de bens e o mercado financeiro. Politica Fiscal: instrumentos de Politica Fiscal. Politica Monetária: instrumentos de Politica Monetária. O modelo de oferta e demanda agregada e sua interação com o modelo IS-LM. O efeito dos déficits orçamentários do governo sobre a taxa de juros de equilíbrio, o efeito expulsão e o multiplicador 1

keynesiano. Macroeconomia das Economias Abertas: Taxa de câmbio nominal, real e efetiva e paridade do poder de compra. Bem, sei que acabei colocando quase todos os pontos como sendo os principais, mas isso faz parte, em especial porque a FCC é bastante extensiva em suas cobranças. conceitos. Vamos então as principais dicas, por meio da elucidação de 1. Noções de Macroeconomia: Fluxo Circular da Renda, Contabilidade nacional. Mensurando a Renda Nacional: os agregados macroeconômicos: consumo, investimento, gastos do governo, exportações líquidas. Determinação do produto de equilíbrio, investimento e poupança Qualquer prova realizada pela FCC, na qual são cobrados conceitos de macroeconomia, existe uma questão sobre os agregados macroeconômicos, ou seja, sobre as formas de mensuração do produto e da renda do país (PIB). A primeira delas é a própria mensuração do PIB pelo lado da demanda, calculado a preços de mercado. PIBpm = C + I + G + X M Vejamos uma questão sobre o tema: (Auditor Fiscal/Pref. São Paulo FCC/2012) Foram extraídos os seguintes dados, em milhões de reais, referentes às Contas Nacionais do Brasil em um determinado ano-calendário: Consumo Final... 2.666.752 Exportação de Bens e Serviços... 355.653 Consumo Intermediário... 2.686.362 2

Formação Bruta de Capital Fixo... 585.317 Variação de Estoques (negativa)... (7.471) Produto Interno Bruto a preços de mercado... 3.239.404 O valor da importação de bens e serviços, em milhões de reais, nesse mesmo ano, correspondeu a (A) 351.479. (B) 353.376. (C) 380.457. (D) 375.789. (E) 360.847. Comentários: Essa questão é bem tranquila de ser resolvida. Os dados para a resolução estão todos disponíveis, só existindo apenas a informação referente ao consumo intermediário, a qual não usaremos e que, na verdade, foi disponibilizada muito mais para confundir. Mais algumas informações. Como a questão não menciona os gastos do governo, assumimos que este é igual a zero. Outra coisa, muito cuidado, visto que a variação de estoques, presente na questão, é negativa, e assim entrará na fórmula de cálculo. PIBpm = C + I + G + X M 3.239.404 = 2.666.752 + (585.317 7.471) + 355.653 M M = 360.487 Gabarito: letra e. Já a identidade macroeconômica que afirma que o Investimento de uma economia é igualado ao somatório de poupança da mesma economia costuma ser a principal fórmula resolvedora de questões, visto que utiliza, em sua composição, quase todas as demais variáveis macroeconômicas mensuradas pelas Contas Nacionais. 3

I = S + (T G) + (M X) I refere-se ao Investimento de uma Economia (valor bruto); (S) representa a poupança das famílias ou do setor privado (valor bruto); (T G) representa a poupança do governo, a qual pode ser positiva ou negativa; (M X) representa a poupança (déficit das transações correntes) externa ou do resto do mundo. Vale lembrar que o investimento em uma economia é representado pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBkF) + variação de estoques. Já na composição da poupança do governo, T se refere às receitas arrecadas pelo governo enquanto que G refere-se ao total de gastos. Por fim, cabe destacar que (M X) representa o resultado do das transações correntes do balanço de pagamentos, obtido pelo somatório do resultado do balanço comercial, do balanço de serviços e renda e pelo resultado das transferências unilaterais. Vejamos uma questão cobrada no concurso de 2006 para fiscal: (Agente Fiscal SP/SEC. FAZENDA FCC/2006) São dadas as seguintes informações sobre as Contas Nacionais de uma determinada economia: Sabendo-se que não houve transferências de capital entre o país e o exterior, o valor da Formação Bruta de Capital Fixo dessa economia corresponde a a) 84.000 4

b) 98.000 c) 109.000 d) 119.000 e) 132.000 Comentários: Essa questão parte dos conceitos narrados referentes à identidade que iguala o investimento bruto a poupança privada, poupança do governo e poupança externa. Repare que a questão já disponibiliza as informações referentes tanto à poupança externa (25.000), que nada mais é do que o déficit do balanço de pagamentos em transações correntes como também o somatório das poupanças privada e do governo, denominada de poupança interna bruta (94.000). Considerando a identidade I = S, e que o investimento é subdividido em FBkF e Var. Estoques, temos: FBkF + Var. Estoques = Poupança Interna Bruta + Poupança Externa Bruta FBkF + 10.000 = 94.000 + 25.000 FBkF = 109.000 Gabarito: letra c. Ainda sobre o assunto referente as contas nacionais e as formas de mensuração da renda, lembro a vocês a necessidade de darem uma lida na composição do balanco de pagamentos. A FCC volta e meia cobra questões sobre o tema! 2. Mercados Financeiros: Demanda e Oferta por moeda, Instrumentos de gestão da politica monetária: operações de mercado aberto, redesconto bancário, reservas do Bacen. Bancos Comerciais e a oferta de moeda: o multiplicador bancário 5

As questões propostas pela FCC, quando relacionadas aos meios de pagamento, acaba sempre estando relacionada ao multiplicador dos meios de pagamento. Essa multiplicação deriva da capacidade das instituições financeiras de criarem moeda (moeda escritural), a partir dos depósitos à vista mantidos em conta corrente pelos clientes das próprias instituições. Os principais conceitos de meio de pagamento que devem ser fixados referem-se ao M1, meio de pagamento mais líquido, representado pelo papel moeda em poder do público + depósitos à vista. M1 = PMPP + DV Outro importante agregado monetário refere-se à base monetária, composta pelo PMPP + encaixes bancários, sendo este último representado pelas RESERVAS BANCÁRIAS (compulsório e voluntário) + CAIXA DOS BANCOS COMERCIAIS. BASE MONETÁRIA = PMPP + ENCAIXES BANCÁRIOS O multiplicador dos meios de pagamento (m) é dado pela seguinte expressão: m = 1 / 1 d(1 e) em que, d = razão do volume de DEPÓSITOS À VISTA sobre os meios de pagamento (DV / M1) e = razão dos ENCAIXES BANCÁRIOS sobre o os depósitos à vista (E / DV) 6

Vejamos então uma questão cobrada pela banca sobre o tema: (ANALISTA/BACEN FCC/2006) Numa determinada economia, os encaixes totais mantidos pelo sistema bancário representam 4/10 do total dos depósitos à vista em conta corrente. Se a população desse país mantiver 1/5 dos meios de pagamento na forma de moeda manual, um aumento de 1.000 na base monetária acarretará um acréscimo nos meios de pagamento, de a) 6250 b) 3125 c) 2358 d) 1923 e) 1470 A fórmula para se calcular o valor do aumento dos meios de pagamento proveniente do aumento da BASE MONETÁRIA é M1 = B / 1 d(1 e), sendo M1 os meios de pagamentos (agregados monetários), que são representados pelo PMPP + DV. B é a base monetária, representada pelo somatório do PMPP mais os ENCAIXES BANCÁRIOS no Banco Central (E). d é igual à razão do volume de DEPÓSITOS À VISTA (DV) sobre os meios de pagamento (M1) e e o volume de ENCAIXE BANCÁRIOS no Bacen (E) sobre os DEPÓSITOS À VISTA (DV). Na questão já nos é informado o valor da expansão da BASE MONETÁRIA (1000) e a razão entre os ENCAIXES BANCÁRIOS e os DEPÓSITOS À VISTA (4/10). Na questão, no entanto, é informado apenas o percentual de meios de pagamento (M1) em moeda manual, também chamada de PAPEL MOEDA EM PODER DO PÚBLICO PMPP (1/5). Conforme verificamos anteriormente o conceito de agregado monetário M1 é parte derivado dos DEPÓSITOS À VISTA (DV), nosso interesse nessa questão, e parte derivado do volume de PMPP, sendo DV + PMPP = 1. Se a razão de moeda manual sobre os meios de pagamento (PMPP/M1) é igual a 1/5, podemos entender que a razão de moeda escritural sobre os meios de pagamento (DV/M1) é igual a 4/5. 7

Com isso, temos: M1 = B * 1 / 1 d(1 e) M1 = 1000* 1/ 1 4/5 (1 4/10) = 1000* 1 /0,52 = 1923 Gabarito: letra d. 3. O modelo IS-LM: a relação entre o mercado de bens e o mercado financeiro. Politica Fiscal: instrumentos de Politica Fiscal. Politica Monetária: instrumentos de Politica Monetária. O modelo de oferta e demanda agregada e sua interação com o modelo IS-LM. O efeito dos déficits orçamentários do governo sobre a taxa de juros de equilíbrio, o efeito expulsão e o multiplicador keynesiano. Macroeconomia das Economias Abertas: Taxa de câmbio nominal, real e efetiva e paridade do poder de compra. O O modelo IS-LM: a relação entre o mercado de bens e o mercado financeiro. Politica Fiscal: instrumentos de Politica Fiscal. Politica Monetária: instrumentos de Politica Monetária. O modelo de oferta e demanda agregada e sua interação com o modelo IS-LM. O efeito dos déficits orçamentários do governo sobre a taxa de juros de equilíbrio, o efeito expulsão e o multiplicador keynesiano. Macroeconomia das Economias Abertas: Taxa de câmbio nominal, real e efetiva e paridade do poder de compra. Vejamos os principais resumos sobre os temas: Oferta e demanda Agregada Na análise do modelo clássico de oferta agregada, é importante que seja lembrado que a economia está sempre em pleno-emprego dos recursos produtivos, de tal forma que qualquer estímulo na demanda agregada gerará apenas aumento do nível de preços. Graficamente, temos: 8

P P 1 Caso clássico em que a oferta agregada é vertical. P 0 DA 1 DA 0 Y 1 Y Aumentos na demanda agregada trazem como resultado somente aumento do nível de preços, dado que a economia já se encontra no pleno emprego dos recursos produtivos. Para os clássicos, o produto potencial da economia é igual ao produto efetivo. Ainda afirmado por estes teóricos, o salário nominal é flexível, trazendo como conseqüência a manutenção do salário real e o desestímulo ao aumento da oferta agregada. Já no caso do modelo keynesiano, estímulos à demanda agregada levam ao aumento do produto da economia, conforme o gráfico a seguir: P P 2 P 1 OA Caso keynesiano. A oferta agregada é positivamente inclinada. DA 2 DA 1 Y 1 Y 2 Y Este resultado é devido ao fato de que, segundo Keynes, existe desemprego involuntário, caracterizado pelo fato de que o produto efetivo esta abaixo do pleno emprego (produto potencial). Outro fator importante é o de que os salários são rígidos no curto prazo, devido principalmente aos contratos de trabalho, estimulando as empresas a 9

ofertarem produtos e serviços, uma vez que estas têm seus ganhos majorados de forma real. Com relação ao modelo IS-LM, a análise se dá a partir da relação de equilíbrio entre o mercado de bens (IS) e o mercado monetário (LM). i i 1 Equilíbrio Y 1 LM IS Y O mercado de bens e serviços (IS) encontra-se em equilíbrio com o mercado monetário (LM) a níveis determinados de renda (Y) e taxa de juros (i) A realização de uma política monetária expansionista leva à redução dos juros e consequente aumento do produto, visto o crédito se tornar mais barato e acessível aos consumidores e empresas. O caso de uma política fiscal expansionista funciona também de forma a estimular o produto, mas com a ocorrência de um aumento dos juros, visto que a oferta de moeda se manteve constante, mas as trocas decorrentes dos estímulos à economia se elevaram. As pegadinhas relacionadas a esta parte da matéria referemse aos casos fora da normalidade, ou seja, situações na qual existe o denominado efeito crownding-out total ou caso clássico, ou seja, a demanda por moeda na economia é totalmente inelástica, dado as altas taxas de juros vigentes, e a chamada armadilha da liquidez, na qual impulsos na economia via aumento da oferta de moeda não geram aumentos sobre a renda, visto os agentes econômicos preferirem reter moeda à demandarem mais moeda e, consequentemente, realizarem mais consumo. 10

Vejamos graficamente estes entendimentos: i i 1 I 2 LM Uma vez que exista pouca oferta de moeda no mercado, aumentos nos gastos serão contrabalançados pelo aumento ainda maior dos juros, resultando na queda do investimento (dependente dos juros) e tornando nulo o efeito multiplicador dos gastos do governo. IS 1 Y* Y i Y* A IS LM1 LM2 Y O aumento da oferta de moeda nada causa ao produto. Os agentes econômicos retêm o excesso de moeda em suas mãos. Ressalta-se que, graficamente, não há um deslocamento da curva LM para a direita e para baixo (ponto A). Por fim, o último ponto objeto de bizú para a prova trata do modelo IS-LM para uma economia aberta, ou seja, a economia suscetível aos impactos positivos e negativos decorrentes das relações comerciais e financeiras com o exterior. Analisadas pelo modelo Mundell-Fleming, busca-se verificar os impactos decorrentes da execução de políticas monetária e fiscal frente ao regime cambial vigente: fixo ou flutuante. Consideramos que estamos diante de um bizú, vão aí duas conclusões que definem esta modelagem: 11

Diante de um regime de câmbio fixo, apenas a política fiscal é eficiente no sentido de estimular o PIB (renda) de uma economia; Diante de um regime de câmbio flutuante, apenas e política monetária e eficiente no sentido de estímulo à elevação do PIB. Por fim, que venha a prova, e que este bizú de fato ajude você na realização de uma ótima prova! Um abraço, Mariotti 12