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FESP 2006 1 Em um dia de inverno, frio e com névoa intensa, um automóvel capotou e as vitimas aguardaram longo tempo até que fossem resgatadas. A vítima que inspirava cuidados era um homem idoso que apresentava contusões e escoriações generalizadas, principalmente de abdome, PAmáx 40, pulso 40 bpm, TA 35 C e Glasgow 4. Não se conseguiu acesso venoso periférico. A conduta imediata é: a) usar o desfibrilador b) puncionar veia central c) administrar Ringer-Lactato morno d) iniciar massagem cardíaca externa

HNMD 2006 2 Paciente vítima de acidente automobilístico com diagnóstico de hemoperitônio. Durante laparotomia exploradora foi identificado hematoma subcapsular de 45% da área intraparenquimatosa, e de 4 cm de diâmetro em baço. Podemos classificar essa lesão esplênica como: a) I b) II c) III d) IV e) V

HNMD 2006 3 Indica-se uma toracotomia de emergência após traumatismo torácico nas seguintes situações, EXCETO: a) hemotórax maciço (acima de 1.500 ml de sangue no dreno torácico quando de sua colocação) b) fístula traqueoesofágica c) grandes ferimentos abertos na caixa torácica d) traumatismo traqueobrônquico importante e) traumatismo penetrante do tórax anterior com tamponamento cardíaco

HNMD 2006 4 Em relação ao pneumotórax assinale a assertiva CORRETA: a) o pneumotórax espontâneo simples é observado mais comumente em mulheres b) o pulmão direito é o mais freqüentemente afetado no pneumotórax espontâneo simples c) o pneumotórax espontâneo simples acomete mais comumente pacientes acima de 40 anos d) é necessário a colocação do dreno torácico em selo d água em pneumotórax que ocupe mais que 20% do hemitórax, mesmo assintomático e) a causa mais comum de pneumotórax secundário é o barotrauma

UERJ 2006 5 Sr. Vasco, retornando para sua residência, ao final de um dia de trabalho, foi atingido por projétil de arma de fogo acidentalmente ao passar nas proximidades de um túnel, na zona norte da cidade. Ao dar entrada na emergência encontrava-se agitado com PA de 100/50 mmhg e pulso de 120 bpm. Orifício de entrada em flanco E sem orifício de saída. Indicada laparotomia de urgência, com achados intra-operatórios de lesão de cólon e com contaminação fecal da cavidade, e hematoma de mesocólon com hemoperitônio A melhor opção para o tratamento cirúrgico da lesão colônica do Sr. Vasco é : a) colectomia com anastomose primária b) colectomia parcial com colostomia c) colectomia total com ileostomia d) colorrafia em 2 planos

UERJ 2006 6 Em um acidente automobilístico ocorrido na auto-estrada Lagoa Barra, um jovem de 24 anos bateu frontalmente em outro veículo estacionado; ele estava sozinho no carro. Foi removido pelo Corpo de Bombeiros para a emergência de hospital municipal onde chegou lúcido, com hálito alcoólico, pressão arterial 110 x 50 mmhg e pulso periférico 100 bpm. Queixava-se de dor em barra, no andar superior do abdome e o exame clínico evidenciava dor difusa à palpação, com descompressão dolorosa. Foi solicitada tomografia computadorizada de abdome que evidenciou transecção do corpo do pâncreas. Submetido à laparotomia exploradora com achado de transecção do corpo do pâncreas e lesão do ducto de Wirsung. A melhor proposta de cirurgia para este caso deve incluir: a) exclusão duodenal b) duodenopancreatectomia c) pancreatectomia corpocaudal d) ráfia pancreática com plastia de Wirsung

UERJ 2006 7 O paciente teve uma lesão de pâncreas tipo II diagnosticada em menos de seis horas. A conduta cirúrgica adequada neste caso é: a) ráfia e drenagem b) exclusão duodenal c) duodenopancreatectomia d) duodenostomia e drenagem

UERJ 2006 8 Jairo tem 56 anos e foi vítima de trauma em região cervical, sendo avaliado em posto de saúde e liberado em seguida. Retorna após 24 horas com quadro de dor cervical intensa e discreto enfisema subcutâneo, além de hiperemia local. Indicado cervicotomia exploradora, com diagnóstico intra-operatório de lesão de esôfago. A melhor conduta cirúrgica neste caso é: a) esofagostomia b) esofagogastroplastia c) esofagorrafia em plano único d) esofagorrafia com patch de pericárdio

UERJ 2006 9 Durante um procedimento cirúrgico para tratamento de um paciente vítima de projétil de arma de fogo em hipocôndrio direito, houve a necessidade de realizar a manobra de Pringle. Esta manobra consiste em clampeamento: a) do tronco celíaco b) do pedículo hepático c) da artéria aorta supra-renal d) da veia cava infra-renal

UFF 2006 10 A maior parte dos pacientes com trauma torácico, cerca de 85%, é tratada com medidas básicas tais como drenagem fechada e analgesia intercostal. Uma toracotomia de urgência está indicada na seguinte situação: a) hemotórax com drenagem de sangue maior do que 200 ml/h b) contusão pulmonar c) fraturas simples de arcos costais d) pneumotórax e) flail chest

UFF 2006 11 O exame por meio de imagem que permite diferençar uma lesão renal insignificante daquela que necessita exploração é: a) radiografia simples do aparelho urinário b) urografia excretora c) tomografia computadorizada d) pielografia retrógrada e) pielografia anterógrada

UFF 2006 12 Traumatopnéia significa: a) estridor traqueal após trauma cervical b) dispnéia associada a fraturas múltiplas de costelas c) dispnéia associada a contusão pulmonar d) ruído produzido pela entrada e saída do ar numa ferida aberta no tórax e) nenhuma das respostas acima

UFF 2005 13 Paciente masculino, idade em torno de 25 anos, vítima de acidente automobilístico, dá entrada no serviço de emergência em coma Glasgow 8. É realizada TC de crânio que evidencia coleção hemorrá-gica frontoparietal com aspecto em crescente, determinando desvio contralateral das estruturas da linha média. Esses dados favorecem a hipótese de: a) lesão axonal difusa b) hematoma epidural c) hematoma subdural d) contusão intraparenquimatosa e) edema cerebral difuso

UFF 2005 14 Paciente masculino, de 20 anos de idade, dá entrada na emergência do Hospital Universitário Antônio Pedro com relato de ter sido vítima de acidente automobilístico. Encontra-se com desvio traqueal, deslocamento do mediastino, colapso pulmonar completo, hipotensão e angústia respiratória. Aponte a conduta mais adequada a ser tomada nesse caso. a) realizar toracotomia no lado acometido, por se tratar de um paciente gravemente enfermo e com urgência cirúrgica b) radiografia de tórax para aliviar presença de pneumotórax hipertensivo c) inserir agulha de grosso calibre no segundo espaço intercostal, na linha medioclavicular, seguida de toracostomia com dreno d) conseguir acesso a via respiratória através de tubo orotraqueal ou cricotireoidostomia e) providenciar acesso venoso rápido e reposição com solução cristalóide para estabilização hemodinâmica

UFF 2005 15 Paciente masculino, vítima de acidente automobilístico, é acompanhado com tomografia computadorizada por apresentar hematoma intra-hepático fechado, sem hemoperitônio ou necessidade de intervenção cirúrgica. Dias após, evoluiu com icterícia, dor no quadrante superior direito do abdome, mal-estar e melena. O diagnóstico e o exame a serem realizados são, respectivamente: a) hemobilia e endoscopia digestiva alta b) abscesso hepático e tomografia computadorizada de abdome c) fístula arteriovenosa e angiografia da artéria hepática d) colecistite aguda e ultra-sonografia do abdome e) colangite e hemograma

HNMD 2005 16 A respiração paradoxal é manifestação associada: a) a fraturas de múltiplos arcos costais b) a obstrução completa do brônquio fonte do lobo médio c) ao pneumotórax hipertensivo d) ao tumor do esôfago e) ao tumor da tireóide

HNMD 2005 17 Após traumatismo abdominal, verifica-se, à percussão, desaparecimento da macicez hepática. Este sinal sugere o diagnóstico de: a) ruptura duodenal para parede posterior b) hérnia inguinoescrotal encarcerada c) ruptura do parênquima hepático d) pancreatite necro-hemorrágica e) ruptura de víscera oca

HCAP - 2005 18 Mulher, 25 anos, encaminhada com fratura de fêmur esquerdo e extensa lesão muscular após acidente automobilístico, foi submetida a redução e imobilização. Dois dias após o acidente desenvolveu oligúria, edema e aumento progressivo nos níveis de creatinina plasmática (creatinina = 5,1 mg/dl). Os valores de creatinocinase (CK) total estavam 200 vezes acima do valor limite de referência. O quadro sugere que: a) o aumento da creatinina seja devido à embolia gordurosa pós-fratura b) trata-se de insuficiência renal aguda secundária a hipovolemia e rabdomiólise c) a paciente desenvolveu insuficiência renal aguda nefrotóxica por anestésicos e analgésicos d) a lesão muscular foi de tal intensidade que a creatinina aumentou em decorrência do excesso de metabolismo da creatinina

HCAP - 2005 19 A respeito do trauma duodenal, é correto afirmar que: a) a laceração duodenal grau II deve ser tratada por cirurgia de descompressão duodenal, independente do tempo de evolução b) aproximadamente 80% das feridas duodenais são tratadas com reparo primário c) o principal mecanismo determinante da lesão é por trauma abdominal fechado d) o acometimento concomitante de outros órgãos intra-abdominais é raro

HCAP - 2005 20 Você é chamado para atender a pedreiro que sofreu queda de prédio em construção. Ao chegar, o encontrou comatoso, não respondendo a estímulos verbais ou álgicos, com respiração espontânea e freqüência cardíaca de 110 bpm. Durante seu exame clínico, você observou mancha equimótica retroauricular à esquerda. Este sinal é característico de fratura da: a) órbita b) mandíbula c) base do crânio d) segunda vértebra cervical

FESP 2005 21 Homem, 30 anos, caiu do andaime, colidiu com a marquise e, finalmente, atingiu o chão. Apresenta-se acordado, respirando com dificuldade, com contusões e escoriações generalizadas, abdome doloroso com irritação peritoneal, fratura da bacia, de três arcos costais esquerdos (8º, 9º e 10º), e provável hemopneumotórax, detectado pelo exame clínico. PA 80/50 mmhg, pulso 140 bpm. A prioridade inicial, neste caso, é: a) ressuscitação b) radiografia de tórax e abdome c) lavado peritoneal diagnóstico d) TC de abdome

UERJ 2005 22 Paciente vítima de acidente automobilístico, apresentando quadro de pneumotórax aberto. Foi tratado com cobertura da lesão da parede torácica, por compressas, mas vem apresentando dispnéia intensa e hipotensão. Nesse caso, o diagnóstico mais provável é: a) contusão cardíaca b) pneumotórax hipertensivo c) lesão do parênquima pulmonar d) fratura de múltiplas costelas e esterno

UERJ 2005 23 Jovem de 26 anos refere dor torácica súbita e dispnéia discreta. A radiografia AP do tórax mostra um pequeno pneumotórax (20%) no hemitórax direito. Nesse paciente, optou-se pela conduta expectante. Espera-se que sua radiografia esteja normalizada em um período médio de: a) três semanas b) três meses c) três anos d) três dias

SMS RJ 2004 24 Entre as abordagens cirúrgicas abaixo, a contra-indicada no paciente com trauma hepá tico é: a) tamponamento com compressas b) ligadura da artéria hepática direita ou esquerda c) execução da manobra de Pringle por mais de 15 minutos d) sutura de pontos de entrada e saída nos ferimentos transfixantes

HPM RJ 2004 25 O delineamento da silhueta renal direita à radiografia simples de abdome em pacientes com história de trauma sugere: a) pancreatite aguda traumática b) lesão da 2ª porção duodenal c) ruptura renal direita d) lesão de cólon e) lesão de ceco

PRO-MATRE RJ 2004 26 Criança de 7 anos, após traumatismo cranio-encefálico, é encaminhada à emergência em es tado comatoso. Dos sinais abaixo o que mais su gere comprometimento do centro respiratório é: a) cianose b) hipertensão arterial c) anisocoria d) respiração de Biot e) crise convulsiva

PRO-MATRE - RJ 2004 27 Qual a complicação mais freqüente na fratura de pelve? a) laceração de reto b) hemorragia c) ruptura de bexiga d) lesão de nervo ciático e) artrite

HNMD RJ 2004 28 Paciente politraumatizado vítima de acidente automobilístico deu entrada na Unidade de Emergência com quadro de dispnéia e hipotensão moderada. Após a realização dos exames complementares, chegou-se à conclusão que o mesmo era portador de hérnia diafragmática traumática à esquerda, com pouca quantidade de líquido livre na cavidade abdominal. A melhor conduta para esse paciente é: a) internar o paciente e adotar tratamento conservador com exames clínicos e complementares seriados b) toracotomia ântero-lateral esquerda para redução do conteúdo herniário e ráfia do diafragma c) toracofrenolaparotomia para redução do conteúdo herniário e ráfia do diafragma d) laparotomia exploradora com redução do conteúdo herniário, lavagem, drenagem da cavidade pleural e ráfia do diafragma. e) realizar videotoracolaparoscopia diagnóstica e terapêutica combinada

HNMD RJ 2004 29 É indicação de traqueostomia: a) obstrução mecânica da laringe b) edema angioneurótico c) epiglotite d) pneumonia aguda extensa e) tuberculose miliar

FESP RJ 2004 30 Paciente de 14 anos deu entrada no pronto-socorro vítima de trauma. Foi indicado laparotomia e verificou-se perfuração em sigmóide, jejuno, estômago, diafragma e pulmão esquerdo. No pós-operatório, o paciente evoluiu com sepse. A secreção abdominal mostrou cresci mento de Escherichia coli e a cultura do líquido pleural, Enterococcus faecium. Neste caso, o antibiótico que deve fazer parte da associação terapêutica para o tratamento é: a) ciprofloxacina b) ampicilina c) ceftriaxona d) claritromicina

FESP RJ 2004 31 Nos cuidados pré-hospitalares, a roupa pneumática antichoque é contra-indicada quan do se suspeita de: a) ruptura de diafragma b) fratura cominutiva do platô tibial c) fratura pélvica d) luxação de vértebra lombar

UFRJ 2004 32 Paciente vem à emergência com múltiplas escoriações, perda de substância em antebraço direito e fratura cominutiva fechada em úmero esquerdo. Além da profilaxia antitetânica, a conduta correta é: a) iniciar profilaxia cirúrgica na indução anestésica b) não está indicado o uso de antibiótico nesse caso c) iniciar antibiótico apenas se houver desenvolvimento de infecção d) iniciar antibioticoterapia imediatamente

UFRJ 2004 33 Homem, 23 anos, vítima de acidente automobilístico grave, chega à emergência, duas horas depois, em coma. Após estabilização dos sinais vitais, foi realizada radiografia de abdome que mostrou hipertransparência ao longo do músculo psoas e do rim direito. O diagnóstico provável é: a) perfuração do duodeno b) ruptura renal c) ruptura do íleo terminal d) infecção retroperitoneal por Clostridium

HCBMERJ 2004 34 A primeira conduta no atendimento a um paciente com traumatismo cranioencefálico grave é: a) cabeceira elevada b) fazer um estudo radiológico do crânio c) assegurar boas condições cardiorrespiratórias d) internar imediatamente em uma unidade de terapia intensiva e) administrar rapidamente 250 mg/kg endovenoso de manitol a 20%

HCBMERJ 2004 35 Politraumatizado apresentando ao exame físico: ausência de murmúrio vesicular, macicez à percussão no hemitórax esquerdo e veias do pescoço planas (sem turgência). O provável diagnóstico é: a) pneumotórax hipertensivo à esquerda b) tamponamento cardíaco c) lesão traqueobrônquica d) pneumotórax simples e) hemotórax esquerdo

UFF 2004 36 Paciente de 19 anos sofreu acidente de motocicleta. Apresenta fratura da diáfise da tíbia fechada e grande aumento de volume da perna direita, com dor intensa. O diagnóstico é de síndrome compartimental. Nesse caso, deve-se: a) elevar a perna direita b) utilizar manitol c) realizar fasciotomia d) utilizar corticosteróides e) imobilizar a perna direita

UFF 2004 37 Paciente vítima de acidente automobilístico chegou ao prontosocorro em coma, realizou TC de crânio que demonstrou hematoma intraparenquimatoso. A imagem deve corresponder a uma lesão: a) hiperdensa b) hipodensa c) isodensa d) heterogênea e) calcificada

UERJ 2004 38 Uma paciente de 60 anos foi atropelada há duas semanas tendo sido atendida em pronto-socorro e liberada sem cirurgia ou solicitação de exames. A paciente relata que apresentava escoriações em hipocôndrio direito na ocasião do acidente. Há 3 dias refere dor no hipocôndrio direito, febre com calafrios, astenia, adinamia e náusea. Ao exame físico apresenta como alterações: icterícia, dor à palpação do hipocôndrio e diminuição do MV na base pulmonar D. O hemograma evidencia leucocitose com desvio à esquerda. Analisando o caso acima, o exame de imagem que apresenta maior sensibilidade para a confirmação da suspeita diagnóstica é: a) ultra-sonografia b) arteriografia hepática c) cintilografia com radionuclídeo d) tomografia computadorizada

UERJ 1990 39 Homem de 25 anos é atendido no Pronto-socorro, vítima de agressão por arma de fogo. O exame físico revela orifício de entrada do projétil no flanco direito e orifício de saída no dorso; as condições hemodinâmicas são boas e há sinais mínimos de irritação peritoneal. A radiografia simples não mostra pneumoperitônio. A melhor conduta neste caso é: a) indicar laparotomia exploradora b) administrar antibióticos e observar c) realizar tomografia computadorizada d) proceder à fistulografia diagnóstica

UERJ 1990 40 Homem de 30 anos, vítima de colisão de automóveis, apresenta dor abdominal difusa com irradiação para o testículo direito. O exame físico mostra tensão voluntária na parede abdominal, sem dor à descompressão. A radiografia simples mostra a presença de ar ao longo psoas direito e em torno do rim direito. A hipótese diagnóstica mais provável é a ruptura do: a) rim b) jejuno c) duodeno d) pâncreas

ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA BRASILEIRA 1991 41 Uma criança de 10 anos que teve uma queda de 5 metros de altura há duas horas apresenta-se sonolenta, chorosa e agitada sem sinais de localização neurológica. A interpreta ção dos dados sugere: a) é provável que exista trauma cranioencefálico b) descarta-se completamente o trauma cra nioencefálico c) o diagnóstico de trauma cranioencefálico só ficará configurado se surgirem sinais de lo calização d) nenhuma das acima

AMIB 1991 42 Após trauma, o melhor indicador único de adequada restauração da volemia é: a) hematócrito b) volume sangüíneo c) elevação da pressão arterial d) débito urinário

AMIB 1991 43 A respiração paradoxal no trauma de tó rax é devido a: a) duas fraturas no mesmo arco costal b) hemotórax concomitante c) pneumotórax na linha axilar média ou anterior d) fraturas na linha axilar média ou anterior

AMIB 1991 44 No trauma de crânio, a presença de um intervalo lúcido é característica de: a) hematoma subdural b) hematoma extradural c) higroma hipertensivo d) hematoma intraparenquimatoso

AMIB 1991 45 No tratamento do trauma de crânio, hiperventilação é indicada para: a) melhorar o nível de consciência b) reduzir a produção de liquor c) reduzir a pressão intracraniana d) melhorar a função pulmonar

AMIB 1991 46 Os pacientes politraumatizados com hematomas de retroperitônio apresentam: a) íleo adinâmico prolongado sem lesões intestinais b) trânsito intestinal mais rápido que o normal c) dor epigástrica contínua d) o hematoma de retroperitônio não dá sintomas

AMIB 1991 47 A presença de sangue no peritônio causa: a) dor b) febre c) dor e febre d) febre e vômitos

UFRJ 1991 48 Um paciente em morte cerebral terá a seguinte pontuação na escala de Glasgow: a) zero b) três c) dez d) quinze

UFRJ 1991 49 Num paciente com fratura de T5 sem comprometimento neurológico e com insuficiência respiratória, é verdade que: a) deve-se fazer taqueostomia sem tentar intubar para não precipitar um quadro neu rológico b) deve ser mantido imobilizado com colete por seis meses para não precipitar um quadro neurológico c) pode ser mantido sentado fora do leito para fisioterapia respiratória a partir do quinto dia de trauma d) a insuficiência respiratória neste caso não está relacionada à lesão de coluna

UFRJ 1991 50 No politraumatizado portador de contusão abdominal, o melhor método para diagnóstico de hemorragia intraperitoneal é: a) ultra-sonografia b) exame físico de abdome c) angiografia d) lavagem peritoneal

SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 1991 51 A inserção de um dreno torácico em pacientes que sofreram traumatismo toracoabdominal, antes da laparatomia exploradora, destina-se a: a) melhorar a expansibilidade pulmonar b) facilitar execução de pleurotomia c) prevenir pneumotórax hipertensivo d) evidenciar presença de alimento e) drenar hemotórax inesperado

SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 1991 52 A razão mais aceita para o alto índice de morbiletalidade, ligada aos pacientes com traumatismo duodenopancreático, em contusões abdominais fechadas, é: a) extravasamento do conteúdo duodenal b) dificuldade de suturar um pâncreas sadio c) agressividade dos ferimentos pancreáticos d) tempo decorrido entre o acidente e a operação e) íntima relação entre o duodeno e a cabeça do pâncreas

SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 1991 53 No tórax instável, quando o número de costelas fraturadas é maior que sete, existe uma ocorrência de 70% de lesões intratorácicas associadas. Dentre estas, aquela que mais contribui para o elevado índice de mortalidade é: a) hemotórax b) pneumotórax c) contusão cardíaca d) perfuração pulmonar e) pneumonite traumática

SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 1991 54 Quando do atendimento em via pública, constata-se que o paciente apresenta um traumatismo torácico, com uma comunicação da cavidade pleural com o meio externo. Nesses casos, a primeira providência a ser tomada é: a) obliteração parcial da comunicação b) intubação seguida de traqueotomia c) obliteração total da comunicação d) traqueotomia de emergência e) intubação orotraqueal

SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 1991 55 Modernamente, o método clínico mais pre ciso para avaliar o parênquima pulmonar e o espaço pleural nos traumatismos é: a) gasometria b) espirometria c) radiografia simples d) tomografia computadorizada e) cintilografia perfusional

SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 1991 56 Nos traumatismos torácicos, a traumatopnéia é caracterizada por: a) ruído produzido pela entrada e saída de ar através de ferida penetrante, no pneumotó rax aberto b) movimentação da caixa torácica na inspira ção e expiração, no tórax flácido c) ruído produzido pela passagem de ar, na obstrução parcial da laringe d) retração inspiratória dos espaços intercostais, na obstrução alta e) dispnéia observada nos traumatismos torácicos

SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 1991 57 Precocemente pode-se reconhecer ao exame físico uma secção medular cervical, num paciente vítima de acidente automobilístico, quando se observam os seguintes sinais clínicos. a) vasodilatação + taquicardia b) hematoma cervical + taquipnéia c) hipertensão arterial + dispnéia d) bradicardia + hipotensão arterial e) vasoconstrição periférica + sudorese

UFF 1991 58 Jovem recebe paulada no crânio. É admitido no P. S. em coma profundo e com insuficiência respiratória aguda. PA = 40 x 20; FC = 60 bpm; PVC = 6 cmh2o. Diagnóstico provável é: a) choque hipovolêmico b) choque cardiogênico c) choque neurogênico d) choque séptico e) choque anafilático

ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA BRASILEIRA 1992 59 Um jovem, vítima de acidente de moto chega ao P. S. com PA de 12/8, inconsciente, sem sinais de localização. Tem radiografia com alargamento de mediastino, discreto derrame pleural à esquerda e apagamento do psoas, o procedi mento mais urgente para investigação deve ser: a) carotidoangiografia b) punção pleural c) aortografia por via femoral d) lavagem peritoneal

AMIB 1992 60 A escala de Glasgow é usada para quantificar: a) grau de comprometimento neurológico b) grau de edema cerebral c) prognóstico da lesão neurológica d) gravidade de lesão axial difusa exclusivamente

AMIB 1992 61 Durante o transporte de um paciente com suspeita de lesão de coluna cervical sem déficit neurológico, é necessário: a) imobilizar o pescoço com gesso tipo Minerva b) imobilizar o pescoço com colar tipo Shantz c) não é necessário imobilizar desde que se impeça a flexão lateral da cabeça d) não é necessário imobilizar desde que se impeça a flexão da cabeça para trás

AMIB 1992 62 Em traumatismos fechados de abdome com hematoma de retroperitônio: a) pode-se alimentar normalmente o paciente, se o trânsito intestinal estiver mantido b) deve-se usar nutrição parenteral por 20 dias, que é o tempo de resolução do hematoma c) deve-se usar dieta enteral elementar porque nos primeiros dias a digestão fica comprometida d) é necessário jejum com sonda gástrica aberta devido ao risco de pancreatite nos primeiros dias

AMRIGS 1992 63 Qual o procedimento de maior eficiência diagnóstica no trauma abdominal fechado? a) radiografia simples de abdome b) tomografia computadorizada de abdome c) lavado peritoneal d) ecografia abdominal e) punção abdominal

AMRIGS 1992 64 O item de mais alta prioridade na abordagem inicial do politraumatizado é: a) assegurar e manter a via aérea com controle da coluna cervical b) controlar as hemorragias c) proceder à avaliação neurológica d) retirar as vestes do paciente e) assegurar acesso venoso para transfusão

INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 1992 65 Um paciente foi atendido no Pronto-socorro devido a um ferimento penetrante por PAF no QSD. Na laparotomia, encontrou-se uma ferida no lobo direito hepático que foi suturada. Duas semanas após, o paciente queixa-se de dor tipo cólica no QSD, icterícia e apresenta fezes escuras. O diagnóstico mais provável é a) hematoma de cabeça de pâncreas b) lesão duodenal associada c) hemobilia pós-operatória d) síndrome de Mallory-Weiss

INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 1992 66 Na fisiopatologia do trauma, em que o conteúdo encefálico executa um movimento angular que tem como vértice a articulação occipitocervical em relação ao crânio já frenado pelo impacto, as estruturas encefálicas ganham velocidades lineares diferentes entre si, deslocando-se, portanto, diferentemente nos diversos planos. Este mecanismo denomina-se: a) tosquia b) contragolpe c) cisalhamento d) impacto Interno

INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 1992 67 Deu entrada, no Pronto-socorro, um paci ente apresentando trauma abdominal fechado e choque hipovolêmico. Ao ser submetido a um acesso venoso através da veia umeral direita, ocorreu uma lesão acidental da artéria umeral. A conduta mais adequada neste momento é: a) ligar temporariamente a artéria e proceder a dissecção venosa b) realizar uma substituição do segmento lesado por veia autógena c) colocar um garrote no membro superior e puncionar uma subclávia d) dissecar os segmentos arteriais proximal e distal e realizar anastomose primária

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA, RIO DE JANEIRO 1993 68 Qual a câmara mais freqüentemente lesa da num trauma torácico por arma branca? a) ventrículo esquerdo b) átrio direito c) ventrículo direito d) átrio direito

SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO 1993 69 Um paciente de 40 anos, vítima de acidente de automóvel, apresenta trauma de tórax com enfisema de mediastino e subcutâneo. Procede-se à drenagem torácica, persiste dificuldade respiratória e grande saída de ar pelo tubo de drenagem. Neste momento, o procedimento recomendado é: a) esofagografia b) broncoscopia c) esternotomia d) broncografia e) aortografia

SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO 1993 70 Após um traumatismo, a principal fonte de calorias provém de: a) aminoacidólise b) glicogenólise c) proteinólise d) glicólise e) lipólise

SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO 1993 71 Um paciente, vítima de acidente de motocicleta, apresenta fratura exposta de úmero esquerdo e fraturas dos 8º, 9º e 10º arcos costais esquerdos. O paciente é radiografado e não apresenta, na radiografia de tórax, evidências de pneumotórax nem hemotórax, estando estável e com indicação de cirurgia ortopédica sob anestesia geral. A melhor conduta, em relação ao trauma de tórax, é: a) fixar as fraturas costais b) drenar o hemotórax esquerdo c) intubar o paciente acordado d) colocar peso sobre o hemotórax esquerdo e) radiografar o paciente logo após a cirurgia

SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO 1993 72 Um paciente, vítima de acidente de automóvel, apresentou fratura exposta de diáfise femoral fechada de tíbia. Foi submetido a tratamento cirúrgico, no 5º dia pós-operatório. Mostra taquipnéia, dispnéia, cianose, agitação e confusão mental. Neste caso, o diagnóstico mais provável é: a) SARA b) atelectasia c) tromboembolia d) embolia gordurosa e) enfisema mediastinal

SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO 1993 73 Uma vítima de queda de mais ou menos 5 metros de altura deu entrada no Pronto-socorro apresentando escoriações generalizadas. Ao exame clínico, mostra arreflexia flácida, respiração do tipo diafragmático, hipotensão, bradicardia sem sinais evidentes de sangramento intracavitário. A lesão mais importante neste paciente está localizada em: a) lobo frontal b) lobo temporal c) região occipital d) tronco cerebral e) medula cervical

UFRJ 1993 74 Traumatismo abdominal fechado com fratura de 2 costelas flutuantes à esquerda. Punção abdominal negativa. O hematócrito no 1º, 2º e 3º dias, respectivamente 39%, 35% e 31%. O diagnóstico mais provável é: a) hematoma retroperitoneal b) laceração na face diafragmática do fígado c) hemotórax à esquerda d) hematoma subcapsular do baço

UFRJ 1993 75 Um homem de 32 anos acidentado em uma colisão de veículos apresenta agitação, dificuldade respiratória e leitos ungueais cianóticos. O exame físico revela enfisema subcutâneo e ausência de murmúrio vesicular no hemotórax direito. Neste caso, a conduta correta é: a) toracotomia de emergência b) traqueostomia de urgência c) oxigenoterapia com máscara d) drenagem imediata de hemitórax afetado e) intubação endotraqueal + ventilação pressão positiva

UFMG 1994 76 Com relação ao abdome agudo traumático, assinale a alternativa falsa: a) o hematoma retroperitoneal é causa importante de choque hipovolêmico b) na lesão duodenal pode se evidenciar enfisema perirretal ao toque retal c) nas lesões do intestino grosso está contra-indicada a ráfia primária d) sempre que possível, o baço deve ser preservado, por ser importante filtro biológico e fonte de IgM e opsoninas e) no hematoma retroperitoneal a presença de lavado peritoneal positivo é relativamente freqüente

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA 1992 77 No traumatismo fechado do abdome, o que sugere a presença de ar no retroperitônio? a) ruptura do fígado b) ruptura da alça jejunal c) ruptura da 2ª porção do duodeno d) hemoperitônio

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA 1992 78 Volumosos hematomas retroperitoneais que simulam adbome agudo constituem uma terrível complicação de fraturas de bacia. Onde elas ocorrem? a) nas fraturas da asa ilíaca b) nas fraturas do acetábulo c) nas fraturas do ramo isquiopubiano d) nas fraturas do púbis com ruptura da uretra

UFF 1992 79 Paciente com ferimento penetrante do tórax apresenta-se taquicárdico, hipotenso, pálido, com pulso paradoxal e turgência jugular, o diagnóstico mais provável é: a) embolia pulmonar b) pneumotórax c) tamponamento cardíaco d) hemotórax e) fístula broncopleural

UFF 1992 80 Causa mortis mais freqüente nas fraturas de bacia é: a) hemorragia b) duodeno c) rim esquerdo d) ureter esquerdo e) pâncreas

USP 1994 81 Um jovem de 32 anos foi vítima de ferimento por arma de fogo em coxa esquerda, com orifício em face medial, sem orifício de saída. Foi submetido a tratamento cirúrgico da lesão, artéria e veia femoral superficiais, tendo sido realizado enxerto arterial e ligadura venosa. O tempo total de isquemia foi de 11 horas. Após o término da cirurgia, não houve reaparecimento dos pulsos distais à lesão, apesar do enxerto estar funcionante. Observou-se edema e tensão nas lojas anterior e posterior da perna. A conduta correta é: a) fasciotomia das lojas anterior e posterior da perna b) reoperação para realização de enxerto em veia femoral superficial c) arteriografia para identificar obstrução arterial mais distal ao local do trauma d) administração de diuréticos e observação por 24 horas e) elevação do membro e fisioterapia

USP 1994 82 Após trauma torácico fechado, paciente chegou dispnéico ao Pronto-socorro imediatamente após o início de ventilação controlada, verificou-se alta pressão de insuflação, choque, enfisema subcutâneo e saída de material serossanguinolento pela sonda. A conduta mais adequada é: a) uso de dobutamina e diuréticos b) drenagem do pericárdio c) drenagem torácica d) diminuir a pressão de insuflação e) manter respiração espontânea

USP 1994 83 Homem de 40 anos sofreu acidente automobilístico e deu entrada no Pronto-socorro consciente, com boas condições ventilatórias e hemodinâmicas. Ao exame físico constatou-se hematoma da região lombar direita e a urina mostrava-se discretamente hematúrica. Assinale a afirmativa incorreta. a) se a hematúria desaparecer não há necessi dade de investigação por imagem devido às boas condições clínicas do paciente b) rins patológicos são mais sujeitos à ruptura que rins normais c) a urografia excretora e a ultra-sonografia são exames fundamentais nesses casos d) na suspeita de lesão, a realização de arteriografia renal é ocasionalmente necessária e) num grande hematoma, o extravasamento urinário constatado na tomografia computa dorizada pode evoluir com atrofia renal e hipertensão arterial se o doente não for operado

USP 1994 84 Em relação aos traumatismos torácicos, é correto afirmar que: a) o pneumotórax hipertensivo deve ser diag nosticado clinicamente, pois o tempo gasto na obtenção de uma radiografia pode resul tar em agravamento significativo das condi ções do paciente b) as feridas penetrantes abertas do tórax podem comprometer a ventilação pulmonar quando seu diâmetro corresponder a, pelo menos, duas a três vezes o diâmetro da traquéia c) em casos de tamponamento cardíaco, para que haja resposta hemodinâmica adequada, torna-se necessário remover do saco pericárdico volumes de sangue não inferiores a 100 ml d) o diagnóstico de ruptura da aorta pode ser suspeitado com base no quadro clínico e diagnosticado, na maioria dos casos, através da radiografia simples de tórax, não sendo necessária a aortografia e) em grandes séries de necropsia, a ruptura do hemidiafragma esquerdo é muito mais freqüente que a ruptura do hemidiafragma direito

ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL 1995 Instrução: Para responder às questões de número 85 a 87, considere o quadro abaixo: Paciente de 22 anos é trazido ao hospital minutos após ter sido ejetado de seu carro que colidiu frontalmente com outro veículo. Seus sinais vitais são: PA = 60/30 mmhg, FR = irpm e FC = 130 bmp. Ao exame físico inicial apresenta lacerações extensas de escalpo, face com afundamento de mandíbula e maxilar superior, crepitação à palpação do hemitórax esquerdo, defesa abdominal difusa, fratura exposta do fêmur esquerdo. Balbucia sons ininteligíveis, não obedece a comando algum, mas ainda tem resposta a estímulo doloroso, sem, no entanto, localizá-lo.

ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL 1995 85 Considere os procedimentos abaixo: 1 Tamponamento das hemorragias externas e obtenção de dois acessos venosos 2 Obtenção de via aérea com controle da coluna cervical 3 Retirada completa das vestes 4 Avaliação neurológica 5 Ventilação 6 Radiografia de tórax, abdome, coxa esquerda, coluna cervical e crânio 7 Lavado peritoneal diagnóstico Na avaliação primária do politraumatizado, de acordo com o ATLS, as condições que impõem risco de vida são identificadas e seu manejo iniciado simultaneamente. Embora freqüentemente sejam executadas ao mesmo tempo, uma seqüência prioritária de procedimentos adequados em ordem de importância que se deve procurar seguir. No caso do paciente acima qual é a seqüência? a) 3-2-5-1-6 b) 2-5-1-4-3 c) 1-4-2-5-7-0 d) 4-1-2-6-7 e) 2-5-3-1-6

ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL 1995 86 Por não ter sido possível a intubação orotraqueal, a maneira mais adequada de se asse gurar uma via aérea definitiva nesse paciente é através de: a) traqueostomia b) intubação nasotraqueal c) cateter nasofaríngeo com oxigênio a 5 l/min d) hiperextensão cervical e ventilação com reservatório de oxigênio com máscara e) cricotireoidostomia

ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL 1995 87 Considere os parâmetros abaixo: I Abertura ocular II Resposta verbal III Melhor resposta motora Na avaliação neurológica desse paciente, utili zando-se a escala de Glasgow, qual(is) deve(m) ser considerado(s)? a) apenas I b) apenas II c) apenas III d) apenas II e III e) I, II e III

ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL 1995 88 Durante a avaliação primária à ressuscitação do paciente, percebem-se, no hemitórax esquerdo, ausência de ruídos respiratórios e timpanismo. O paciente se torna agitado, com sinais clínicos de choque. Qual a primeira conduta a ser adotada? a) puncionar com agulha calibrosa no segundo espaço intercostal esquerdo, na linha hemiclavicular b) solicitar gasometria arterial c) realizar lavado peritoneal diagnóstico d) solicitar radiografia de tórax e aumentar infusão de líquidos por via intravenosa e) realizar exame neurológico e tomografia compu-tadorizada para excluir hematoma extradural

ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL 1995 89 Paciente de 25 anos é levado à sala de politraumatizados por apresentar ferimento por arma branca no hipocôndrio esquerdo. A sondagem digital da lesão consegue ultrapassar a aponeurose anterior. Os sinais vitais são: PA = 80/30 mmhg, FR = 29 irmp; FC = 120 bpm. Há discreta defesa à palpação do abdome. O restante do exame físico não revela alterações. Qual o procedimento mais adequado? a) tomografia computadorizada do abdome sem utilização de contraste b) radiografia simples para abdome agudo c) injeção de contraste através do ferimento, seguida de radiografia simples de abdome d) laparotomia exploradora e) lavado peritoneal diagnóstico

UFMG 1995 90 Com relação ao tratamento dos pacientes politraumatizados podemos afirmar, exceto: a) lesão da vesícula biliar deve ser, na maioria das vezes, tratada pela colecistectomia b) lesões diafragmáticas são mais comumente observadas após traumas abdominais fechados e geralmente se curam espontaneamente c) o baço é o órgão mais comumente lesado nos traumas abdominais fechados d) o melhor exame pré-operatório para diagnosticar lesões pancreáticas é a tomografia abdominal computadorizada e) a presença de pulso arterial distalmente a uma ferida penetrante não afasta a possibilidade de lesão arterial proximal

ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL 1996 Instrução: As questões de números 91 a 93 referem-se ao quadro abaixo: Mulher de 62 anos (paciente A) e sua neta de 4 anos (paciente B) são trazidas no carro de um popular à área de ressuscitação de um cen tro de trauma. A senhora teria sido ejetada do assento intermediário do banco traseiro de um automóvel, através do pára-brisa, em uma co lisão frontal com um poste de iluminação de uma auto-estrada. Está confusa e agressiva. Queixa-se de dor intensa no tórax, dispnéia e dor abdominal, insistindo aos gritos que vai morrer se alguém não fizer alguma coisa por ela. Sua coluna cervical é imobilizada e são administrados 10 l/min de O2 a 100% via más cara. Ainda na avaliação primária verifica-se diminuição do murmúrio vesicular à esquer da, enfisema subcutâneo na parede torácica do mesmo lado e timpanismo à percussão. A criança não apresenta lesões externas aparen tes, afora a marca, no abdome, do cinto que usava, sentada atrás do motorista. Está páli da e confusa. Neste momento entram os para médicos trazendo, do mesmo acidente, uma criança de aproximadamente 5 anos (paciente C) e sua mãe (paciente D), que a transportava ao colo no banco do acompanhante do moto rista. Os paramédicos relatam já terem tenta do, sem sucesso, ressuscitar a criança com massagem cardíaca externa, ao longo dos 15 minutos que levaram desde o local do aciden te onde ela teria perdido grande volume de sangue por traumatismo cranioencefálico com exposição de massa encefálica. A mãe, obvia mente pálida, obnubilada e agitada, balbucia que está grávida de 6 meses e quer que sejam retirados o colar de imobilização cervical bem como o cateter nasal de O2 colocados previa mente.

ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL 1996 91 A medida prioritária a ser tomada pelo médico assistente deve ser: a) toracotomia por esternotomia para massa gem cardíaca interna na paciente C b) punção pleural da paciente A c) obtenção de dois acessos venosos para infusão de líquidos na paciente B d) realização de radiografia de tórax na paciente e) exame do abdome na paciente e cesariana na de urgência em presença de sofrimento fetal.

ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL 1996 92 Em relação à paciente A, é correto afirmar que: a) encontra-se sob violento choque emocional e, para seu correto atendimento, deve ser sedada, inicialmente, com diazepam 10 mg por via intramuscular b) é paciente idosa e, em caso de hipotensão sem evidência de hemorragia externa e fraturas, deve-se administrar vasoconstritores e evitar líquidos intravenosos c) a dor intensa pode ser causa, devendo ser tratada com meperidina tão logo se estabeleça uma via aérea definitiva d) havendo indicação para lavado peritoneal diagnóstico, esse deve ser realizado após colocação de sonda para esvaziamento gástrico e vesical e) os líquidos intravenosos devem ser administrados por intracate colocado na veia clávia direita que também servirá para monitorização da pressão venosa central

ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL 1996 93 Em relação à paciente B, considerando tenha 15 kg e apresente instabilidade hemodinâmica, qual das afirmativas abaixo está incorreta? a) não havendo lesão acima da clavícula a obtenção da via aérea deve ser por intubação nasotraqueal b) não havendo resposta clínica à infusão inicial de dois bolus de cristalóides, está indicado administrar 150 ml de concentrado de hemácias por via intravenosa c) não sendo possível a punção venosa percutânea, a via intra-óssea para reposição líquida e administração de medicamentos é alternativa adequada d) a reposição inicial de líquidos intravenosos deve ser feita com 300 ml de Ringer-Lactato ou solução fisiológica, em bolus, e pode ser repetida e) a tomografia abdominal computadorizada, embora preferível ao lavado peritoneal diagnóstico, não pode ser empregada enquanto persistir a instabilidade hemodinâmica

UERJ 1996 94 Um homem de 40 anos foi atingido por uma faca na porção anterior do tórax, próximo à região esternal. Internado imediatamente, verificou-se que estava com a pressão arterial de 70/35 mmhg, freqüência cardíaca de 145 bpm, a traquéia estava posicionada na linha média e a ausculta pulmonar com murmúrio vesicular presente bilateralmente. A pressão venosa central era de 15 cm de H2O. O diagnóstico mais provável é: a) hemotórax maciço b) ferimento coronariano c) pneumotórax bilateral d) pneumotórax hipertensivo e) tamponamento pericárdico

UERJ 1996 95 Nos traumatismos em geral, as causas de enfisema mediastinal são devidas a lesões das seguintes estruturas anatômicas: a) laringe e esterno b) traquéia e esôfago c) faringe e pericárdio d) brônquio e estômago e) bronquíolo e ducto torácico

UERJ 1996 96 Um paciente sofreu um acidente de carro que resultou em alargamento mediastinal na radiografia de tórax com o paciente sentado. Ao exame físico apresentou-se normal, os sinais vitais estáveis e os pulsos amplos. Identifica-se como correto o seguinte procedimento: a) alta hospitalar b) mediastinoscopia c) broncoscopia precoce d) aortografia imediatamente e) toracotomia esquerda imediatamente

MARINHA DO BRASIL 1999 97 Um paciente politraumatizado foi submetido a uma laparotomia exploradora por ferimento penetrante no abdome produzido por projétil de arma de fogo. Durante a cirurgia foram corrigidos vários danos às estruturas intra-abdominais. Ainda na sala de recuperação pós-anestésica, o paciente passou a apresentar distensão abdominal, oligúria, acidose metabólica, aumento da pressão venosa central, sinais de hipertensão intracraniana, sinais de insuficiência respiratória com hipercapnia e hipoxia, diminuição da complacência pulmonar e da capacidade residual funcional, além de hipotensão arterial. Qual a hipótese diagnóstica mais provável para este paciente? a) embolia pulmonar aguda b) hérnia diafragmática traumática que passou despercebida durante a cirurgia c) tamponamento cardíaco d) coagulação intravascular disseminada e) síndrome compartimental abdominal

MARINHA DO BRASIL 1999 98 Para manutenção da vida, num politraumatizado, a melhor seqüência a ser adotada é a) vias aéreas pérvias, ventilação, circulação, avaliação neurológica, imobilização da coluna b) imobilização da coluna, vias aéreas pérvias, ventilação, circulação, avaliação neurológica c) circulação, avaliação neurológica, imobilização da coluna, vias aéreas pérvias, ventilação d) ventilação, circulação, avaliação neurológica, vias aéreas pérvias, imobilização da coluna e) avaliação neurológica, ventilação, vias aéreas pérvias, circulação, imobilização da coluna vertebral.

MARINHA DO BRASIL 1999 99 Homem de 20 anos, com perda de consciência após queda de moto, com PA = 140 mmhg, pulso 88 bpm, FR = 19 irpm e Glasgow = 7, deve ser transportado para hospital de emergência. A imobilização apropriada, que deve incluir um colar cervical semi-rígido, é: a) padiola de campanha b) calça pneumática antichoque c) kit de tração cervical contínua d) prancha longa de imobilização da coluna cervical e) prancha curta de imobilização da coluna vertebral

FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS 1999 100 Paciente de 38 anos, em acidente automobilístico, sofreu fratura de fêmur, sendo removido para hospital de emergência sem os devidos cuidados. Apresentou, ao chegar, dor torácica súbita, dispnéia e cianose. A hipótese mais provável é: a) broncoaspiração b) lesão medular alta c) choque neurogênico d) embolia gordurosa pulmonar e) traumatismo cranioencefálico

1 (B) A padronização do atendimento inicial ao trauma estabelecida pelo Colégio Americano de Cirurgiões (ATLS) determina prioridades para o adequado manejo do paciente vítima de trauma. Para isto, devemos lembrar do ABCDE do trauma. A) abordagem da via aérea com controle da coluna cervical, B) boa ventilação, C) circulação garantida com controle da hemorragia, acesso venoso para reposição de fluidos e análise laboratorial e monitoração, D) déficit neurológico, E) exposição da vítima. Especificamente esta questão foi direcionada para o ítem C do ABCDE do trauma, não fornecendo outros dados relevantes a ventilação deste paciente, já que um Glasgow 4 (avaliação de coma) necessitaria de uma abordagem adequada da via aérea com controle da coluna cervical. Observe que neste caso o paciente encontra-se com sinais de choque hipovolêmico (Pamax40 mmhg e hipotermia). Neste momento cabe lembrar que choque em trauma = perda volêmica não podendo ser explicado apenas pelo TCE. Como acesso venoso periférico (escolha) não foi possível, a punção central com reposição de fluidos (Ringer) aquecidos torna-se a melhor resposta.

2 (B) Escala de trauma esplênico. I Hematoma subcapsular <10% da superficie;laceração capsular, sem sangramento < 1 cm de profundidade II Hematoma subcapsular, 10 a 50% da superfície sem expansão ou intraparenquimatoso < 5 cm;laceração com sangramento com 1 a 3 cm, sem vasos envolvidos III Hematoma > 50% com sangramento e intraparenquimatoso > 5 cm em expansão; laceração > 3 cm ou envolvimento de vasos IV Hematoma intraparenquimatoso roto com sangramento ativo. Laceração envolvendo segmento ou vaso hilar com desvascularização de 25% do baço V Laceração vascular com explosão do baço ou avulsão do hilo

3 (B) Uma toracotomia de emergência está indicada nas seguintes situações: 1) Na parada cardíaca (reanimação), 2) Hemotórax maciço (com drenagem imediata de >1.500 ml de sangue ou > que 200 a 300 ml/hora após drenagem inicial), 3) Lesões penetrantes anteriores do tórax com tamponamento cardíaco, 4) Grandes ferimentos abertos da cavidade torácica, 5) Lesões vasculares torácicas na presença de instabilidade, 6) Lesões traqueobrônquicas importantes, 7) Evidência de perfuração esofágica. Dentre as indicações não-emergenciais para toracotomia incluem: 1) Empiema não resolvido com drenagem, 2) Hemotórax coagulado, 3) Abscesso pulmonar, 4) Lesões no ducto torácico, 5) Fístulas traqueoesofágicas, 6) Seqüelas de lesões vasculares.

4 (B) O pneumotórax espontâneo, na maioria das vezes, resulta da ruptura de um cisto ou bolha do parênquima pulmonar. Acomete adultos jovens (entre 20 e 40 anos), do sexo masculino e em geral fumantes. O pneumotórax espontâneo pode ser subdividido em primário (PEP), na presença de pulmão normal, ou secundário (PES) a doenças pulmonares preexistentes. Os sintomas clínicos dependem do grau do colapso pulmonar e das condições prévias do pulmão. Ao exame físico pode ser observado hipertim-panismo e diminuição do murmúrio do lado acometido. No pequeno pneumotórax (5 a 20%) e assin-tomático o tratamento pode ser feito de forma conservadora com suporte clínico e oferta suplementar de oxigênio. A toracotomia com drenagem fechada está reservada para pneumotóraxes volumosos.

5 (B) As lesões colônicas com menos de 4 a 6 horas de evolução, na ausência de choque e hipoten-são prolongadas, contaminação macroscópica da cavidade, lesão vascular e politransfusão (> 6 U), podem ser tratadas com debridamento e reparo primário ou ressecção e anastomose primária. O aumento das taxas de complicação pósoperatórias observado na presença desses critérios, sendo nesses casos a ressecção e a colostomia os tratamentos de escolha. Antibioticoterapia deve ser instituída no pré-operatório destas lesões. Como Sr. Vasco, apresentava contaminação fecal da cavidade + hematoma e lesão vascular do mesocólon, a colectomia parcial com colostomia são as melhores opções terapêuticas.