BILHÉTICA INTEGRADA NOS SERVIÇOS DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS DE LONGA DISTÂNCIA

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Transcrição:

DIRECÇÃO-GERAL DAS POLÍTICAS INTERNAS DEPARTAMENTO TEMÁTICO B: POLÍTICAS ESTRUTURAIS E DE COESÃO TRANSPORTES E TURISMO BILHÉTICA INTEGRADA NOS SERVIÇOS DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS DE LONGA DISTÂNCIA SÍNTESE Resumo Este estudo centra-se na questão da bilhética integrada nos serviços de transporte de passageiros de longa distância. Através da apresentação e avaliação de práticas selecionadas neste domínio, o presente documento sublinha os principais desafios de natureza política e técnica deste tipo de serviço, e apresenta recomendações para desenvolver a ação da UE neste âmbito. IP/B/TRAN/IC/2010-0134 2012 PE 474.566 PT

O presente documento foi solicitado pela Comissão dos Transportes e do Turismo do Parlamento Europeu. AUTORES TRT Trasporti e Territorio - Silvia MAFFII, Alessio SITRAN, Marco BRAMBILLA, Angelo MARTINO MKmetric - Dr. Benedikt MANDEL, Oliver SCHNELL ADMINISTRADOR RESPONSÁVEL Marc THOMAS Parlamento Europeu Departamento Temático B: Políticas Estruturais e de Coesão B-1047 Bruxelas Correio electrónico: poldep-cohesion@europarl.europa.eu ASSISTENTE EDITORIAL Nora RÉVÉSZ VERSÕES LINGUÍSTICAS Original: EN. Tradução: FR. SOBRE O EDITOR Para contactar o Departamento Temático, ou para assinar o respectivo boletim informativo mensal, escrever, por favor, para: poldep-cohesion@europarl.europa.eu Manuscrito terminado em agosto de 2012. Bruxelas, União Europeia, 2012. O presente documento está disponível na Internet em: http://www.europarl.europa.eu/studies DECLARAÇÃO DE EXONERAÇÃO DE RESPONSABILIDADE As opiniões expressas no presente documento são da exclusiva responsabilidade do autor e não representam necessariamente a posição oficial do Parlamento Europeu. A reprodução e a tradução para fins não comerciais estão autorizadas, mediante menção da fonte e aviso prévio do editor, a quem deve ser enviada uma cópia.

Bilhética integrada em serviços de transporte de passageiros de longa distância SÍNTESE A bilhética integrada pode ser definida como a compra de um bilhete único que permite aos passageiros viajar em um ou mais modos de transporte disponibilizados por um ou mais operadores. Este é um elemento importante do conceito mais amplo de transporte integrado, cujo objetivo é tornar as interligações entre modos e/ou operadores o mais impercetíveis possível. As práticas atuais na UE sugerem que a bilhética integrada nos serviços de transporte de passageiros de longa distância é uma questão complexa. A sua viabilidade encontra uma série de barreiras em termos legislativos, técnicos e concorrenciais, que derivam das diferenças entre os muitos contextos de transporte que têm de ser combinados. A bilhética integrada não é um objetivo por si só, mas sim um meio que permitirá tornar o transporte multimodal mais atrativo para os utilizadores e promover um uso mais eficiente das infraestruturas e serviços existentes. Os dados estatísticos disponíveis sobre o transporte intermodal de longa distância são limitados e não existe uma definição comum de viagens de longa distância em toda a Europa. Isso dificulta uma visão precisa das principais características e da dimensão do mercado de longa distância. No entanto, pode afirmar-se com certeza absoluta que a bilhética integrada nos serviços de longa distância continua a ser um fenómeno restrito, limitado a certos nichos de mercado. As partes interessadas sugerem, contudo, que, apesar de ser difícil de estimar, o potencial deste mercado existe e pode ainda crescer a longo prazo. Como foi também reiterado no Livro Branco sobre a política de transportes de 2011, a integração da bilhética continua a ser um objetivo da política da UE que está relacionado com a promoção da sustentabilidade do transporte de passageiros intermodal em toda a Europa, enquanto alternativa a modos de transporte privados, e que permite uma melhor utilização da capacidade disponível em todo o sistema. O presente estudo demonstra que, no que diz respeito ao segmento do mercado de longa distância, o progresso tem sido lento e não têm sido feitos avanços significativos. A integração entre redes ferroviárias continua a ser fraca, como demonstra o número limitado de exemplos concretos registados neste estudo. As medidas ao nível das políticas neste domínio têm-se focado essencialmente no melhoramento da interoperabilidade técnica entre redes domésticas, enquanto se tem prestado menos atenção à integração dos sistemas de reserva e bilhética para as viagens que envolvam mais do que um operador. Todas as redes nacionais estão, de facto, virtualmente interligadas. Contudo, de um modo geral, a coordenação da rede a nível europeu continua a ser ineficaz, sobretudo devido à transparência inadequada no que respeita às condições de mercado. Será preciso esperar para ver - especialmente na falta de qualquer ação política - se a abertura do mercado a novos operadores irá conduzir a uma abordagem integrada ou se, pelo contrário, irá eventualmente minar os escassos resultados alcançados até agora. Uma imagem diferente emerge em relação à cooperação entre transportes aéreos e ferroviários, que tem apresentado algum progresso durante a última década. Servindo aeroportos que constituem grandes plataformas de correspondência, a intermodalidade aeroferroviária tem sido vista como uma estratégia valiosa para aliviar o 3

Departamento Temático B: Políticas Estruturais e de Coesão congestionamento e os constrangimentos de capacidade nos aeroportos europeus, fazendo uso de serviços ferroviários de alta velocidade como um substituto para os voos de curta distância. Assim sendo, a maioria dos produtos aeroferroviários ainda estão posicionados como "produtos de nicho", oferecidos por apenas alguns operadores sujeitos a acordos bilaterais. A cooperação multilateral entre operadores aéreos e ferroviários é dificultada não só pelo facto de estes dois modos de transporte assentarem em diferentes modelos empresariais, difíceis de integrar e de tornar compatíveis, mas também pelas estratégias defensivas aplicadas pelos grandes operadores. Para além disso, de forma a ser económica e financeiramente viável, este tipo de produto intermodal necessita de um elevado volume de passageiros e de infraestruturas adequadas, nomeadamente de uma estação de caminhos-de-ferro de alta velocidade dentro do terminal aéreo. Isto limita consequentemente o número de aeroportos em que essa integração é possível. Deve assinalar-se que, embora a integração dos sistemas de bilhética aeroferroviária possa apoiar e promover as viagens intermodais, não constitui por si só um pré-requisito para isso. Os dados relativos ao tráfego de passageiros mostram que, sempre que há um nível adequado de serviços ferroviários de longa distância diretamente disponíveis nos aeroportos, comboios e aviões são utilizados de forma amplamente complementar, mesmo sem sistemas integrados. A análise de estudos de caso demonstra que uma definição mais clara dos direitos dos passageiros no transporte multimodal de longa distância constitui um requisito prévio para a integração bem-sucedida dos sistemas de emissão de bilhetes e de reservas. Atualmente, encontra-se em vigor uma abordagem unimodal, em que cada operador é responsável apenas pela sua própria fração da viagem multimodal, não existindo responsabilidade mútua caso ocorram perturbações no tráfego, o que reduz a atratividade da integração aeroferroviária para os utilizadores. Este estudo dá uma visão geral sobre a atual experiência com sistemas de bilhética integrada para os serviços de transporte de passageiros de longa distância, e sublinha os principais desafios de natureza técnica e política. As suas principais recomendações são as seguintes: Investir na recolha de melhor informação qualitativa e quantitativa sobre o mercado do transporte de passageiros de longa distância através da melhoria dos dados estatísticos, juntamente com estudos ad hoc que preencham as lacunas existentes. Dar prioridade à introdução de tarifas ferroviárias integradas para as viagens internacionais. A abertura do mercado ferroviário europeu carece de instrumentos políticos apropriados para este efeito. O aumento da concorrência no setor ferroviário deve ser acompanhado de medidas específicas que tornem obrigatória a integração dos sistemas de bilhética, ainda que com diferentes níveis de obrigatoriedade. Um acompanhamento efetivo do mercado é importante para evitar atitudes monopolistas entre os principais operadores. Explorar a viabilidade dos sistemas técnicos que irão permitir a criação de uma plataforma operacional comum, através da qual os sistemas de reservas para os transportes ferroviários e aéreos sejam capazes de comunicar, de modo a estimular novas formas de cooperação entre os operadores aéreos e ferroviários. Isto é especialmente importante, tendo em conta que o sistema de transportes de longa distância tenderá a crescer em complexidade devido à entrada de novos operadores no mercado ferroviário e ao desenvolvimento das ligações de transporte aéreo de "ponto a ponto". 4

Bilhética integrada em serviços de transporte de passageiros de longa distância Adotar uma verdadeira abordagem multimodal em relação aos direitos dos passageiros, recorrendo, por exemplo, à identificação de um conjunto básico de tais direitos que se aplique à viagem intermodal no seu todo, e não apenas a cada um dos seus vários segmentos. Continuar a promover uma "cultura de mobilidade" entre os passageiros de longa distância que inclua a inter/multimodalidade, através da difusão de informações e de campanhas ao nível da UE, bem como do reforço da visibilidade dos serviços e dos modos de transporte. Iniciativas recentes, como o programador multimodal de viagens promovido pela UE, têm constituído um passo na direção certa. 5