PARTE II: LINGUAGEM, LÍNGUA E FALA UNIDADE 01: UNIDADE 02: VARIEDADES LINGUÍSTICAS

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Transcrição:

PARTE II: UNIDADE 01: LINGUAGEM, LÍNGUA E FALA PARTE II: UNIDADE 02: VARIEDADES LINGUÍSTICAS 01 Linguagem pictórica: imagem (cor e forma); linguagem corporal / gestual: movimentos do corpo; linguagem musical: sons (que não os da fala); linguagem escultórica / arquitetônica: forma, volume. 02 Linguagem mista é aquela que mescla elementos verbais e não verbais. Alguns exemplos de seu emprego são outdoors, cartazes com imagens e texto escrito, filmes, teatro, música com letra, etc. 03 Linguagem é qualquer código compartilhado por seres humanos que permite a comunicação. Já a língua é um sistema específico de signos que funciona segundo um sistema de regras e permite a comunicação verbal entre os indivíduos de um determinado grupo. 04 Língua é o sistema abstrato de regras internalizadas pelas pessoas que compartilham daquele código. Já a fala é a manifestação concreta e individual desse sistema, que ocorre na forma de sons emitidos pelo trato vocal humano. 01 A comparação é possível porque as línguas estão em constante processo de evolução e adaptação ao meio, assim como os seres vivos. 02 Eixo diacrônico: variação ao longo do tempo; eixo diatópico: variação regional; eixo diastrático: variação por estrato ou classe social; eixo diafásico: variação por registro ou situação sociocomunicativa. 03 A literatura tradicional, canônica, emprega(va) somente as variedades de prestígio da língua, consideradas corretas e belas pelas gramáticas normativas. 04 A norma padrão é um modelo de uso ideal da língua. É prescrita pelas gramáticas tradicionais e deve ser tida como um modelo para a escrita formal de uma língua. Sua existência é importante para que se tenha uma referência a ser utilizada, por exemplo, em textos oficiais ou que circulem entre falantes das diversas variedades. 01 (B) 02 (A) 03 (D) 04 (E) 01 (C) 02 (E) 03 (B) 04 (C) 05 (A) 05 (A) 06 (B) 07 (C) 01 A semelhança sonora da palavra cascas com o nome da revista Caras, a semelhança gráfica com a identidade visual da revista e a utilização de citações curtas. 02 a) Os elementos pictóricos representam palavras a cujo som devem se somar ou subtrair os sons representados pelas letras, a fim de formar uma única mensagem. b) Lúcio Costa é o autor do piloto de Brasília. 01 a) Os termos em evidência representam garotos e garotas pretensiosos, esnobes, isentos de características condizentes a um bom relacionamento interpessoal. b) conservador, sistemático, que não aprova as mudanças oriundas da sociedade. c) manter um relacionamento sem compromisso. d) amigo, companheiro / garota / um evento grandioso que promete grandes surpresas. e) compreender, assimilar o conteúdo.

02 a) Sim, somos coagidos pelo modismo vigente, submetendo-nos aos estrangeirismos por valorizarmos o que é importado em detrimento àquilo que nos pertence, no caso, a língua portuguesa. b) Não, o enfoque principal do emissor se atém ao termo delivery, pois o mesmo está relacionado à língua inglesa (cuja significância está relacionada à entrega domiciliar), que, segundo a concepção do autor, representa um descrédito em relação ao nosso idioma. 03 a) variação histórica b) variação cultural c) variação regional d) variação social 04 a) devolva-os b) falar ao celular c) diga-me; prepará-la. d) não se aproxime e) houve 05 Analisando o texto em referência, percebemos que no mesmo há uma variação regional, relacionada ao termo cuitelinho, como também um forte predomínio da variação cultural, pois o mesmo não se adequa à norma padrão da linguagem. A letra musical é um típico exemplo de que para a sociolinguística não existe a noção de certo ou errado, existe sim, diferentes falas, desvios linguísticos, concebidos de maneira errônea pela gramática tradicional. 03 ( ) Formas sóbrias, austeras ( x ) Contraste claro-escuro ( x ) Formas rebuscadas ( ) Linguagem objetiva e direta ( x ) Figuras de linguagem em abundância ( ) Culto à razão ( ) Antropocentrismo ( x ) Conflito entre mente e espírito 04 O cultismo é caracterizado pela linguagem rebuscada, culta, extravagante (hipérboles), descritiva; e pelo uso de muitos jogos de palavras (ludismo verbal), valorizando-se o como dizer. Já o conceptismo é marcado pelo jogo de ideias, de conceitos, seguindo um raciocínio lógico, racionalista, que utiliza uma retórica aprimorada, com o propósito de convencer (oratória). 05 O eixo central da estética Barroca é o homem em conflito entre a fé e a razão, entre o espírito e a carne. A antítese, portanto, é muito representativa desse movimento, pois é a figura de linguagem que aproxima ideias opostas. 01 (C) 02 (D) 03 (C) 04 (C) 05 (A) 06 (D) 07 (B) 08 (A) 09 (E) 10 (A) 11 (D) 12 (C) 13 (A) 14 (C) 15 (B) PARTE V: UNIDADE 01: BARROCO 01 a) O trabalho de evangelização dos indígenas era bastante difícil. b) Eles até aceitavam a fé cristã, mas logo dela desistiam e voltavam aos seus cultos próprios, sem demonstrar qualquer apego pela doutrina dos jesuítas. 01 O Barroco surgiu na Europa no século XVII, quando florescia o humanismo nas ciências e nas artes, e em meio ao movimento de Contrarreforma, uma resposta da Igreja Católica à Reforma Protestante. 02 De acordo com Vieira, por São Tomé ter sido o mais incrédulo de todos os apóstolos, cristo o designou para a mais difícil das missões de evangelização: a catequização dos índios da América. 02 A arquitetura barroca é extremamente exuberante, com intensa ornamentação e usando, muitas vezes, ouro nas paredes das igrejas. Tal estética tem a intenção de promover sensação de deslumbramento na pessoa que entra na igreja. 03 A obra de padre Antonio Vieira data do século XVIII e, em comparação com o que narravam os jesuítas do início da colonização século XVI -, nada mudou. os indígenas continuavam resistentes à doutrina cristã. 2

04 Muitos de seus poemas apresentavam críticas severas aos desmandos políticos e ao comportamento moral de muitas figuras conhecidas de sua época, daí a alcunha de Boca do inferno. no poema, já no primeiro verso, Gregório de Matos descreve-se e, de certo modo, explica a razão de seu apelido: eu sou aquele, que os passados anos/cantei na minha lira maldizente/torpezas do Brasil, vícios e enganos ; e mais adiante: diz o louco prudentaço e repousado:/fulano [referindo-se provavelmente a si próprio] é um satírico, é um louco,/ de língua má de coração danado. 05 Segundo o eu lírico, muitos dos que não criticam as torpezas da sociedade não o fazem por não poder ser insolentes, ou são comedidos de medrosos e não mordem outros não, por não ter dentes, ou seja, por não terem capacidade para fazer críticas, ou ainda porque deixam de atirar sua pedrada,/de sua mesma telha receosos : não criticam os outros, por possuírem iguais vícios e temem ser por eles também criticados. 06 Só nos distingue o vício e a virtude, [ ] Quem maior a tiver, do que eu ter pude,/esse só me censure, esse me note,/calem-se os demais. 07 No poema, há aproximação de dois campos semânticos opostos: vocábulos relacionados a fogo (chama, queimar, etc.) e outros a água ou gelo (mares, água, cristais, neve). Esse contraste ilustra o dualismo do homem barroco, contraditório, que vive o conflito entre a razão e a emoção, a carne e o espírito. 08 No texto, emprega-se o recurso do cultismo, uma das vertentes da estética barroca. Isso é comprovado pela seleção vocabular preciosista, jogos de palavras, e inversões que tornam o estilo tortuoso, pesado. Também há o emprego de figuras de linguagem, especialmente a antíteses, isto é, aproximação de ideias opostas, como incêndio e água, fogo e cristais, neve e queimar, chama e fria; e o paradoxo ( neve ardente ). 09 As quatro ignorâncias são (i) não se conhecer a si; (ii) não se conhecer a quem ama; (iii) não conhecer o amor; (iv) não conhecer o fim onde há de parar, amando. 10 A diferença entre o amor de Cristo e o amor dos homens é que, no amor de Cristo, todas essas ignorâncias foram ciências, ou seja, Cristo não incorria nos mesmos erros que os homens incorrem, ao amar. 11 Pe. Antônio Vieira é adepto do conceptismo, vertente barroca que preza pelos artifícios lógicos para chegar a uma conclusão. Para isso, há a presença de conectores estabelecendo relações lógicas de causa e consequência, condicionalidade e conclusão; estruturas sintáticas intrincadas, porém lineares; vocabulário preciso e pouco rebuscado. PARTE V: UNIDADE 02: ARCADISMO 01 Porque o movimento retorna a muitos dos valores estéticos da Antiguidade Clássica. Além disso, o movimento literário árcade encontra paralelo no movimento Neoclássico, no que se refere a outras linguagens artísticas. 02 O nome vem de Arcádia, um lugar imaginário, idílico e ideal, cujo nome provém de uma região da Grécia, e é descrito por vários poetas como um ambiente perfeito para a vida pastoril. 03 Locus amoenus é uma expressão que se refere ao lugar idealizado onde se pode desfrutar de uma vida pastoril, em um ambiente bucólico e idílico, onde reina a paz e a harmonia entre homem e natureza. 04 A máxima, que quer dizer cortar a inutilidade, é empregada nos textos árcades, pois os poetas procuram fazer poemas enxutos, com simplicidade formal e pouco rebuscamento, ao contrário do que acontecia no Barroco. 05 O poema não é tipicamente árcade, mas ainda conserva o formato clássico de soneto e faz referência mitológica ao Amor (Cupido). 01 (C) 02 (D) 03 (B) 04 (E) 05 (C) 06 (B) 07 (A) 08 (C) 09 (A) 01 a) Pastoralismo e bucolismo. b) Aquele pastor amante Deste cristalino rio 02 a) Carpe diem, aproveitar o presente. b) O declínio da vida. c) Em Gonzaga a vida está em sua plenitude, enquanto em Reis ela parte para o fim. 03 Pastoralismo: Olha, Marília, as flautas dos pastores. Utilização dos locos amoenus : Que alegre campo! Que manhã tão clara! 3

04 a) Mas ah! Tudo o que vês, se eu te vira, Mais tristeza que a morte me causara. b) Que a sua felicidade está condicionada à presença da amada. Sem ela não é possível a postura epicurista típica dos árcades. PARTE V: UNIDADE 03: ROMANTISMO: PANORAMA MUNDIAL 05 a) Tomás Antônio Gonzaga, com a obra MARÍLIA DE DIRCEU. b) Gonzaga usa o pseudônimo Dirceu para contar seu amor por Maria Dorotéia, que aparece como Marília. 06 a) Detectamos uma verdadeira oposição manifestada entre esse cenário (a natureza) e o modo como se sente o eu-lírico, cujos aspectos se revelam já na primeira estrofe: Quando cheios de gosto, e de alegria Estes campos diviso florescentes, Então me vêm as lágrimas ardentes Com mais ânsia, mais dor, mais agonia. Nesse sentido, aplaudimos uma foto paisagística bela, exuberante, radiante, enquanto que o estado de alma do eu-lírico se mostra totalmente o inverso o que causa certa estranheza, haja vista que por a natureza assim se apresentar, era de se esperar que ele reconhecesse nesse cenário o lugar ideal para afastar as mágoas, como bem expôs por meio dos versos: Aquele mesmo objeto, que desvia Do humano peito as mágoas inclementes, b) Evidencia-se como recurso estilístico a antítese, a qual pode ser revelada por meio dos seguintes exemplos: 01 O Romantismo surge no contexto da ascensão da burguesia e crise da aristocracia e da nobreza, eventos que culminaram na Revolução Francesa. 02 A mundividência burguesa é o modo de enxergar o mundo da classe burguesa, cujos ideais são resumidos no lema da Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Nessa visão de mundo, considera-se que as glórias de um homem são fruto de seu próprio trabalho e esforço, e não de sua genealogia ou superioridade inata. 03 A característica central do movimento romântico é o individualismo, a valorização da subjetividade e da liberdade. 04 Algumas das características da arte romântica são o sentimentalismo, a rebeldia, o escapismo, a idealização e a liberdade de expressão. 05 O Romantismo opõe-se radicalmente ao Arcadismo, pois valoriza o sentimentalismo, a intensidade emocional e a liberdade, ao invés de buscar um ideal idílico de harmonia e valorizar a racionalidade e os padrões clássicos. Quando cheios de gosto, e de alegria X Então me vêm as lágrimas ardentes Com mais ânsia, mais dor, mais agonia. Aquele mesmo objeto, que desvia Do humano peito as mágoas inclementes X Esse mesmo em imagens diferentes Toda a minha tristeza desafia. c) Uma das características que mais se evidenciam no poema é a exaltação da natureza, haja vista ser esse local o de purificação, opondo-se veementemente à vida citadina. Dessa forma, esse tom bucólico, essa natureza intocada pelo ser humano serve como refúgio para as inquietações da alma. Outro aspecto que também podemos notar diz respeito às máximas latinas tão predominantes na poesia árcade, em especial o fugere urbem (fugir da cidade), cuja proposta se deve ao fato de o enunciado se entregar aos valores do campo em oposição aos da cidade. Inutilia truncat também é outra máxima latina que se faz evidente nessa criação, manifestada sob o propósito de fazer uso da simplicidade e inutilizar os rebuscamentos formais, tão apregoados no Barroco. 01 (C) 02 (A) 03 (D) 04 (B) 01 O amor normalmente retratado na poesia romântica é intenso, passiona, à primeira vista e causa sofrimento à pessoa que ama (o eu lírico), normalmente pelo fato de não ser correspondido ou de não se poder concretizar. 02 No caso do poema de Garret, o sofrimento amoroso fica claro desde o título, pois o amor é caracterizado pela palavra inferno. 03 O uso da primeira pessoa do singular; a pontuação expressiva, com pontos de exclamação, reticências e pontos de interrogação e o emprego de interjeições como Oh! são alguns dos recursos linguísticos que conferem caráter subjetivo e emocional ao texto. 4

PARTE V: UNIDADE 04: LITERATURA ROMÂNTICA NO BRASIL 05 a) Podemos atestar que no texto I tal passagem se manifesta por meio dos seguintes versos: [...] Sobre o leito de flores reclinada, como a lua por noite embalsamada, Entre as nuvens do amor, ela dormia!. Enquanto que no texto II, atestamos: 01 Os principais fatos históricos que contribuíram para o surgimento do Romantismo no Brasil foram a vinda da família real portuguesa e as transformações sociais que se sucederam, como a criação de uma imprensa; além da independência política do país em 1822. 02 A produção literária aumentou bastante por conta do início da produção de material impresso e circulação de jornais no país, além do maior intercâmbio cultural que fomentou a atividade dos artistas. 03 As três fases foram (i) a indianista ou nacionalista, que buscava resgatar as origens da identidade nacional a partir da figura do índio; (ii) a ultrarromântica ou mal do século, conhecida como a geração amor e morte, que se caracterizava pelo sentimentalismo e individualismo exacerbados; e (iii) a condoreira, que tinha como preocupações centrais as questões sociais, em especial a causa abolicionista. 04 As principais temáticas do romance romântico brasileiro foram a temática indianista, a histórica, a urbana e a regionalista. 05 José de Alencar foi muito inovador na medida em que incorporou à sua literatura formas típicas da variedade brasileira do português, que eram vistas como erradas, feias ou impróprias para o texto literário. Até então, somente a variedade lusitana culta tinha lugar nas obras de literatura. 01 (E) 03 (C) 04 (C) 05 (B) 06 (anular) 07 (E) 08 (A) 09 (A) 10 (E) 11 (D) 12 (B) 13 (A) 14 (A) 15 (B) 16 (E) 17 (B) [...] Ela dormia Numa rede encostada molemente... Quase aberto o roupão... solto o cabelo E o pé descalço no tapete rente. b) Ao fazermos tal análise, devemos levar em consideração que o texto I é de autoria de Álvares de Azevedo, poeta pertencente à segunda geração romântica. Nele, constatamos que a figura da mulher era concebida como algo intocável, divinizado, ou seja, algo chegando ao plano do inatingível, onírico por sinal, como bem nos apontam os últimos versos: como a lua por noite embalsamada, entre as nuvens do amor, ela dormia!. Já o texto II, sobretudo pelo fato de pertencer ao poeta Casto Alves, pertencente, portanto, à terceira geração romântica, a mulher já não é mais vista sob o plano dos sonhos, mas sim sob uma visão mais realista, razão pela qual constatamos certo erotismo pairando no ar, materializado por meio dos versos: Quase aberto o roupão... solto o cabelo / E o pé descalço no tapete rente. 02 Após a separação política entre Brasil e Portugal, promoveram-se iniciativas que, além de dar forma às instituições necessárias à consolidação da independência do país, buscaram forjar laços de unidade entre os habitantes do vasto território brasileiro, construindo um sentimento de identidade nacional. O movimento romântico brasileiro, do qual Gonçalves Dias é um dos mais importantes representantes, vinculou-se ao projeto de nação que se constituiu durante o período imperial no Brasil, fornecendo elementos para a construção dessa identidade. A valorização de um indígena idealizado, verdadeiro cavaleiro medieval, inspirado em muitas características, valores e atitudes resgatados pelo Romantismo europeu, foi um desses elementos, presente em vários textos, como em Canção do Tamoio. O indianismo representava uma forma de destacar a originalidade do povo brasileiro, diferenciando-o do português colonizador e tentando apagar a presença do negro, significativa por conta da escravidão africana. 5

03 A satisfação do homem ultrarromântico está, muitas vezes, justamente em subverter a ordem que está posta. A rebeldia e o comportamento desviante ao padrão são vistos como virtudes, e não como algo ruim. 04 Bons exemplos são os versos Quando bebo, sou rei como um poeta e Escrevo na parede as minhas rimas. (Obs.: É possível haver outras respostas, mas nesses versos o comportamento desviante fica mais explícito.) 05 A comparação é feita com as aves, símbolo da liberdade: Como as aves do céu e as flores puras / Abro meu peito ao sol e durmo à lua. 06 Para o sujeito poético, pobreza e riqueza não são inconciliáveis. Embora faça referência à sua pobreza material ( Ando roto, sem bolsos nem dinheiro ), o eu poético considera que pobreza e riqueza estão relacionadas ao modo de vida de uma pessoa. O sujeito afirma viver de forma plena e intensa, dando vazão a seus sentimentos e experimentando muitas sensações, e, portanto, considera que não tem pobreza ( E quem vive de amor não tem pobreza ). Essa ideia é reforçada a partir da comparação entre símbolos de riqueza material e elementos da vida do andarilho (palácio/ruas; degraus das igrejas/trono). 6