Manual de Captura, Descrição, Guarda e Transferência do Acervo de Imagens em Papel e/ou Digitais da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro



Documentos relacionados
Manual de Descrição, Guarda e Destinação de Documentos da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

Manual de Boas Práticas para Identificação, Transferência e Armazenamento de Imagens em Movimento da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

Manual para implantação de Protocolo e Centro Arquivístico na Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Segepres/ISC/Cedoc Serviço de Gestão Documental

Coleção. Israel Klabin. (Versão Pesquisador)

3. Definições: Procedimento (POP) Unidade Organizacional (UO) Código: POP-STGARQ-001. Revisão: 03. Páginas 06. Data 19/04/2010

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

PORTARIA NORMATIVA N 3, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011

REGIMENTO INTERNO DO ARQUIVO PÚBLICO MUNICIPAL DE BAGÉ

Gerenciamento Total da Informação

Excertos de legislação sobre Recolhimento (Guarda Permanente, Preservação, Proteção especial a documentos de arquivos públicos e privados)

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Coleção Particular. Veiga Cabral. (Versão Pesquisador)

Coleção Particular. Francisco Duarte. (Versão Pesquisador)

NORMA Nº 01, de 02 de maio de 2006, para REPRODUÇÃO DE ACERVO NA BIBLIOTECA NACIONAL

Pesquisa Internacional sobre Documentos Arquivísticos Autênticos Permanentes em Sistemas. CS03 REGISTROS AUDIOVISUAIS: Programas de TV

Para que um sistema de arquivos seja considerado completo é necessário que ele comporte três fases distintas definidas como:

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Segepres/ISC/Cedoc Serviço de Gestão Documental MANUAL DE TRATAMENTO DE DOCUMENTOS DIGITALIZADOS

LEI Nº 8.159, DE 8 DE JANEIRO DE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Aplicações práticas das diretrizes InterPARES em documentos arquivísticos digitais Daniela Francescutti Martins Hott

Universidade de Brasília. Departamento de Ciência da Informação e Documentação

ANEXO XI ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS REFERENTE AO EDITAL DE PREGÃO PARA REGISTRO DE PREÇOS Nº 008/2011

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM CENTRO DE MEMÓRIA DA ENFERMAGEM BRASILEIRA REGIMENTO INTERNO CAPÍTULO I

AULA 04 - TABELA DE TEMPORALIDADE

CORREÇÂO - ESAF Concurso Público: Assistente Técnico-Administrativo - ATA Provas 1 e 2 Gabarito 1 ARQUIVOLOGIA PROF.

INSTRUÇÃO NORMATIVA N 007, DE 22 JUNHO DE 2007.

Gerenciamento Total da Informação

Critérios para certificação de Sites SciELO: critérios, política e procedimentos para a classificação e certificação dos sites da Rede SciELO

HISTÓRICO DAS REVISÕES N.ºREVISÃO DATA IDENTIFICAÇÃO DO DOCUMENTO 00 16/04/2007 Emissão inicial

Procedimento de Gestão PG 02 Controlo de Documentos e Registos

RESOLUÇÃO Nº 005/2007-CEPE/UNICENTRO

RESOLUÇÃO 01/ CONSELHO DEPARTAMENTAL

Coleção Particular Ferreira da Rosa

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO REGIMENTO INTERNO DA COORDENAÇÃO DE GESTÃO DE DOCUMENTOS E INFORMAÇÃO DA UFRRJ

Instrumentais Técnicos da Gestão de Documentos: o Código de Classificação e a Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo

Modernização da gestão da documentação pública do Estado do Rio de Janeiro e reestruturação do Arquivo Público.

Ordem de Serviço nº 003/2013, de 25 de setembro de 2013.

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

PADRÕES DE FORMATOS DE DOCUMENTOS DIGITAIS ADOTADOS PELO ARQUIVO PERMANENTE DO SISTEMA DE ARQUIVOS DA UNICAMP PARA PRESERVAÇÃO E ACESSO

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

NORMA DE ARQUIVO - NOR 208

Preservação Documental

ARQUIVOLOGIA PADRÃO DE RESPOSTA. O candidato deverá apresentar os seguintes elementos na construção das idéias:

PO GESTÃO DE PROCESSOS E DOCUMENTAÇÃO 008

Nº Versão/Data: Validade: /10/2014 OUTUBRO/2015 SA. 05 EXPEDIÇÃO MACROPROCESSO ADMINISTRATIVO PROCESSO EXPEDIÇÃO

Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital Preservar para garantir o acesso

PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA RELATÓRIO

#25. CRIDI / UFBa - Fotográfico Institucional COMPLETA 1 / 9 PÁGINA 2

EDITAL PARA A MOSTRA DE FOTOGRAFIA HISTÓRIA E MEMÓRIA EM SAÚDE DOS TERRITÓRIOS DE VIDA

POLÍTICA DE GESTÃO DOCUMENTAL DA CODEVASF

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS RESOLUÇÃO Nº 27, DE 16 DE JUNHO DE 2008

REGULAMENTO DO SERVIÇO DE REFERÊNCIA E LEITURA. PARTE I Público

ARQUIVOLOGIA - TIPOLOGIAS DOCUMENTAIS E SUPORTES FÍSICOS. Prof. Antonio Victor Botão

Referências internas são os artefatos usados para ajudar na elaboração do PT tais como:

PROJETO PARA INSTALAÇÃO DE LABORATÓRIO DE DIGITALIZAÇÃO E GESTÃO DE REPOSITÓRIOS DE DOCUMENTOS ARQUIVÍSITCOS DIGITAIS AUTÊNTICOS

COMO ENVIAR AS CONTRIBUIÇÕES?

Prefeitura Municipal de Cerejeiras CNPJ/MF: / Avenida das Nações, 1919 Centro CEP: Cerejeiras Rondônia L E I

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

GUIA PRÁTICO Mensuração do acervo documental

LISTA DE EXERCÍCIOS AULA 11

Novo Portal UNEB. orientações gerais para envio de conteúdo

DECRETO Nº DE 22 DE MARÇO DE O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais e,

Preservação de Acervos Digitais

REGIMENTO INTERNO COMISSÃO DE RESÍDUOS EMBRAPA SEMI-ÁRIDO DA COMPOSIÇÃO E DAS COMPETÊNCIAS

III CONCURSO FOTOGRÁFICO DO IV SIMPÓSIO SOBRE A BIODIVERSIDADE DA MATA ATLÂNTICA: INMA Desafios e perspectivas para a Conservação da Mata Atlântica

Centros de documentação e informação para área de ENGENHARIA: como implantar e resultados esperados. Iza Saldanha

cartilha noções básicas de arquivo

SAUSP. Sistema de Arquivos da Universidade de São Paulo

Manual de Instalação

RELATÓRIO DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ARQUIVO GERAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

PROCEDIMENTO OPERACIONAL AQUISIÇÃO / QUALIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES

NOTA TÉCNICA

Este Manual aplica-se a todos os Usuário de T.I. do Ministério Público de Goiás. ATIVIDADE AUTORIDADE RESPONSABILIDADE Manter o Manual Atualizado

Orienta os órgãos e entidades da Administração Pública do Poder Executivo Estadual, quanto à gestão de documentos arquivísticos.

DESCRITIVO DA EMPRESA CÉLULA GESTAO DE DOCUMENTOS, ARQUIVOS E INFORMAÇÕES LTDA

Festival de Cinema de Futebol REGULAMENTO 2015

Conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento de documentos

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL SECRETARIA-GERAL

ELABORAR SOLUÇÕES DE SEGURANÇA ELETRÔNICA 1 OBJETIVO

CHECK - LIST - ISO 9001:2000

NORMAS E PROCEDIMENTOS CONTROLE DE ACESSO ÀS DEPENDÊNCIAS DO GRUPO MAPFRE SEGUROS

Certificado Digital. Manual do Usuário

Piscina de Bolinhas 1,50m x 1,50m. Manual de instruções

Questão 1: As atividades apresentadas a seguir fazem parte das rotinas de protocolo, EXCETO:

QUEM SOMOS? Rua José Bonifácio, 466 Vila Planalto. Campo Grande/MS CEP Fone/Fax: (67)

EXPERIÊNCIA DO METRÔ GESTÃO DE DOCUMENTOS ARQUIVÍSTICOS E DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

Regulamento para Programa de Orientação

#17. CRIDI / UFBa - Audiovisual Institucional COMPLETAS 1 / 6 PÁGINA 2. P1: Qual o nome desta instituição? UFBA/BURMC-CEB

INSTRUÇÃO DE SERVIÇO N o 001/99 OFERTAS DE DOAÇÃO DE MATERIAL BIBLIOGRÁFICO

Transcrição:

Manual de Captura, Descrição, Guarda e Transferência do Acervo de Imagens em Papel e/ou Digitais da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2013

FICHA TÉCNICA Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro Rua Amoroso Lima, 15, Cidade Nova Rio de Janeiro CEP: 20211-120 Administração: (21) 2273-3141 / 2273-4582 Fax: (21) 2273-3141 / 2273-4582/ 3972-9061/ 2293-4832 Homepage: http://www.rio.rj.gov.br/arquivo E-mail: arquivog@pcrj.rj.gov.br Prefeitura Eduardo Paes (Prefeito) Secretaria Municipal da Casa Civil Pedro Paulo Carvalho Teixeira (Secretário-Chefe da Casa Civil) Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro Beatriz Kushnir (Diretora) Sandra Horta (Gerência de Pesquisa) Raphael Camelo Soares Caldas Arquivista (Gerente da Documentação Escrita e Especial) Ana Claudia Braga das Neves (Arquivista da Gerência de Documentação Escrita e Especial) Ruth Pontes Oliveira (Subgerente de Documentação Especial) P923 Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Secretaria Municipal da Casa Civil. Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro. Manual de captura, descrição, guarda e transferência do acervo de imagens em papel e/ou digitais da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro/. Rio de Janeiro: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro/ Casa Civil/ Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, 2013. 22 p. 1. Documentos públicos Rio de Janeiro (Cidade) Preservação Manuais. 2. Documentação audiovisual Rio de Janeiro (Cidade) Manuais. 3. Fotografias Rio de Janeiro (Cidade) Manuais. I. Título. CDD 025.84

SUMÁRIO Apresentação 4 Objetivo 4 Resultados esperados 4 1. Contratação de fotógrafos 5 2. Quanto à captura 5 3. Descrição 5 4. Área de Guarda 5 4.1. Temperatura e Umidade Relativa do Ar (UR) 6 4.2. Iluminação 6 4.3. Armazenamento 6 4.4. Acondicionamento 6 4.5. Manuseio 7 5. Contratação de serviços terceirizados 7 5.1. Responsabilidades da Contratante 7 5.2. Responsabilidades da Contratada 8 6. Transferência das imagens 9 7. Referências 10 7.1. Bibliografia 10 7.2. Legislação 11 8. Anexos 12 Anexo 1 - Formulário de descrição de documentos 12 Anexo 2 - Modelo de espelho para transferência de acervo 14 Anexo 3 - Recomendações para transferência de imagens digitais 15

APRESENTAÇÃO O Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro - AGCRJ, órgão integrante da Secretaria Municipal da Casa Civil da Prefeitura do Rio de Janeiro, encarregado da gestão, preservação e acesso aos documentos da Administração Pública Municipal, apresenta o Manual de Captura, Descrição, Guarda e Transferência do Acervo de Imagens em Papel e/ou Digitais da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. OBJETIVO O objetivo deste manual é auxiliar os órgãos vinculados à Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro detentores e produtores de documentos arquivísticos audiovisuais e digitais, de valor permanente, quanto à captura, guarda e transferência dos seus acervos ao AGCRJ. RESULTADOS ESPERADOS salvaguardar o acervo imagético da PCRJ e, consequentemente, a memória do Executivo Municipal; disponibilizar um modelo para orientar a descrição de imagens fotográficas e/ou em movimento, digitais e/ou em papel, visando garantir a segurança e o controle das informações inerentes às imagens; possibilitar a prospecção de acervos não arrolados até o momento e assim permitir a construção de Políticas Públicas que possibilitem a gestão e o acesso; auxiliar o Gestor Público nos itens que deverão compor os Termos de Referência, Contratos, etc., nos quais o produto (final ou não) seja a captura de imagens digitais e/ou em movimento. É importante ressaltar que a autoria será do fotógrafo ou câmeraman, etc., mas que a propriedade será da PCRJ, cabendo ao AGCRJ garantir a guarda segura e o acesso amplo. Nesse sentido, como Gestores da Política Municipal de Arquivos, e embasados na Lei de Acesso à Informação, estamos encaminhando a normatização para auxiliar esta tarefa. Equipe técnica do AGCRJ 4

1. Contratação de Fotógrafos Para garantir a segurança do uso das fotografias por parte da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, os contratos de prestação de serviços fotográficos deverão estipular uma cláusula na qual o fotógrafo terá garantido o seu direito à autoria das fotografias, mas cederá definitivamente o direito patrimonial das imagens à Secretaria contratante ou à própria PCRJ; Fica vedada ao autor a aquisição de cópia das fotografias, bem como a disponibilização do material a terceiros; Quando houver contrato com empresas geradoras de material fotográfico digital, o AGCRJ deverá ter ciência e participar das etapas de contratação. 2. Quanto à Captura Consiste na produção da imagem digital e/ou em movimento, fixando-a num suporte. As imagens deverão ser capturadas em alta resolução e armazenadas em mídia de boa qualidade, de preferência HD externo, com as seguintes descrições: data da captura; nome do local, do evento; personalidades presentes na imagem; o nome do fotógrafo; dimensão da imagem; resolução linear da imagem. 3. Descrição Para otimizar a recuperação da informação no momento da guarda da documentação e descrição das imagens foi elaborado o formulário (anexo 1) que constitui um instrumento com dados relevantes sobre o documento e a discriminação de cada campo. 4. Área de Guarda Caso a instituição decida manter a documentação sob sua custódia, será necessário solicitar visita técnica para verificação das instalações do(s) depósito(s) visando preservar a guarda de acordo com as recomendações a seguir. Caso contrário, poderá ser transferido para o AGCRJ que possui em suas dependências condições ambientais e recursos materiais adequados para a guarda dos documentos. Nesta ocasião, será disponibilizada, quando solicitado, uma cópia do material para o órgão produtor. 5

Dentre os maiores fatores que contribuem para a deterioração dos documentos estão a climatização, a radiação ultravioleta, além das áreas de armazenamento, acondicionamento e manuseio inadequados. 4.1. Temperatura e Umidade Relativa do Ar (UR) Os controles de temperatura e de umidade relativa do ar no ambiente de guarda devem ser monitorados. O acervo se preserva por mais tempo em temperaturas baixas e necessita ser mantido durante 24 horas por dia. A sugestão para o ambiente é: para imagens em papel, entre 5 C (cor) e 12 C (preto e branco) com oscilação de 1ºC para mais ou para menos e 35% com oscilação por volta de 5% para mais ou para menos para a umidade relativa; para imagens digitais, entre 18-25 C e umidade relativa entre 45-50%; para documentos audiovisuais, entre 25-30% de umidade relativa e 10 C de temperatura. 4.2. Iluminação Quanto à iluminação, o acervo não pode estar diretamente exposto à luz fluorescente e solar em virtude das radiações ultravioleta (UV). É conveniente o uso de lâmpadas com baixa incidência de radiação UV, como as incandescentes (de tungstênio) e as LED. 4.3. Armazenamento O mobiliário deve ser de aço carbono fosfatizado com pintura eletrostática. 4.4. Acondicionamento Os materiais indicados para o acondicionamento individual dos documentos são: Imagens em papel Material plástico tipo poliéster, polietileno e o polipropileno Materiais de papel com ph próximo ao 7,0. Pastas com prendedores e hastes plásticas Audiovisual e mídia digital Estojos ou caixas de material inerte ou sem acidez Todos os materiais devem ser armazenados na posição vertical. 6

4.5. Manuseio Quanto ao manuseio, deve-se sempre usar luvas de algodão. As mídias digitais devem ser manuseadas pela borda ou pelo orifício central. O uso de alguns objetos devem ser evitados pois provocam danos e reduzem o tempo de duração das fotografias em papel, como por exemplo: colas e fitas adesivas; clipes e grampos metálicos. Dê preferência aos de plástico; bailarina de metal, liga de borracha; caneta. Prefira lápis grafite macio (6B) e limite-se a fazer anotações no verso da imagem em papel. Outros fatores a serem evitados são: alimentos e bebidas nas áreas de guarda de documentos; material audiovisual e mídia digital próximos a campos magnéticos; nunca usar sua roupa para limpar o disco. Se a mídia digital estiver suja, limpe-a usando um pano macio, seco e algodão; as etiquetas de identificação nos materiais audiovisuais e digitais devem ser preenchidas antes de coladas no suporte. 5. Contratação de serviços terceirizados O manuseio, o preparo e a captura dos documentos originais devem ser preferencialmente realizados no local da contratante. 5.1. Responsabilidades da Contratante A contratante será responsável por: apresentar o acervo documental identificado, higienizado, planificado, reparado e acondicionado; estabelecer previamente os formatos digitais a serem gerados e entregues; supervisionar o serviço contratado durante o período de execução; evitar a movimentação do acervo original para o local de captura digital e avaliar o serviço e produtos no momento de entrega. 7

5.2. Responsabilidades da Contratada Será responsabilidade da contratada: o manuseio do acervo conforme as recomendações da organização contratante; oferecer as condições físicas e técnicas para a segurança do acervo original; utilizar equipamentos que não ofereçam risco evidente ou potencial ao acervo; fazer o controle de qualidade da imagem digital e dos metadados técnicos; realizar a entrega dos formatos de arquivos digitais requeridos e nas mídias de armazenamento indicadas pela Contratante. Qualquer intervenção física no documento original só poderá ser realizada por pessoal especializado em conservação e com acompanhamento permanente da contratante ou por pessoa ou organização qualificada e autorizada por ela, a partir de consulta prévia ao AGCRJ. Visando a segurança e preservação das imagens digitais, os arquivos gerados precisarão ser entregues em três versões. De acordo com a Resolução Nº 31 do Conselho Nacional de Arquivos CONARQ que Dispõe sobre a adoção das Recomendações para Digitalização de Documentos Arquivísticos Permanentes, a matriz e as cópias de segurança e acesso deverão ser apresentadas da seguinte forma: matriz alta resolução (600dpi) formato TIFF armazenada em HD externo cópia de segurança baixa resolução (300dpi) formato JPEG armazenada em discos de DVD cópia para acesso baixa resolução (75 dpi) formato JPEG armazenada em discos de DVD 8

6. Transferência das Imagens De acordo com o Decreto n 20.113, de 25 de junho de 2001, que determina o Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro como Gestor Matricial do Sistema de Memória da Cidade do Rio de Janeiro, no Parágrafo Único, - Cabe ao Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro orientar todos os responsáveis setoriais e a estes informar e interagir com o Arquivo da Cidade de forma a decidir sobre o valor cultural, o lugar e a forma de guarda de todos os elementos. E ratificado pela Lei n 3.404, de junho de 2002, que dispõe que é dever do Poder Público Municipal a Gestão Documental e a proteção especial a documentos de arquivos como instrumento de apoio, a transferência das imagens deve obedecer a alguns requisitos: Alguns conjuntos documentais poderão ser classificados como de valor permanente no momento da produção, em função de sua importância probatória, histórica, artístico-cultural, científica ou informativa como disposto no Decreto n..º 22.615, de 30 de janeiro de 2003, Art. 19, inciso IV - "Garantir tratamento especial aos documentos correntes que já nasçam com valor permanente, assegurando sua preservação para fins de recolhimento."; O recolhimento de documentos considerados de valor permanente só ocorrerá após o acervo ter sido classificado e avaliado como tal. Para isso, é indispensável que o assunto dos documentos tenha sido registrado em Tabela de Temporalidade do órgão produtor e publicado em Diário Oficial para ciência de toda a sociedade; Os documentos ao serem recolhidos ao AGCRJ deverão estar organizados, higienizados e acondicionados, bem como acompanhados de instrumento descritivo que permita sua identificação seja em meio digital e/ou físico. Acondicionados em caixas-arquivo com espelho para identificação, como no anexo 2; De acordo com a legislação acima e visando a segurança e preservação das imagens digitais quando atribuídas de valor permanente, estas deverão ser recolhidas pelo AGCRJ e armazenadas em HD ou gravadas em CD s/dvd s, no formato especificado no anexo 3. Estas imagens digitais posteriormente serão transferidas para o Storage que o AGCRJ compartilha com o IPLANRIO, para sua melhor segurança. Certos de contar com a sua colaboração, o AGCRJ, por meio da Gerência de Documentação Escrita e Especial, está aberto a sanar as dúvidas através do e-mail do setor e do institucional. E-mail: gdeespecial@pcrj.rj.gov.br e arquivog@pcrj.rj.gov.br * É vedada a reprodução desta publicação em qualquer outro suporte que não seja o papel. 9

7. Referências bibliográficas 7.1. Bibliografia BOGARD, Jonh W. C. Van. Armazenamento e manuseio de fitas magnéticas. Rio de Janeiro: Projeto Conservação Preventiva em Bibliotecas e Arquivos. Arquivo Nacional, 2001.(Caderno Técnico nº 42). CONWAY, Paul. Preservação no Universo Digital. Rio de Janeiro: Projeto Conservação Preventiva em Bibliotecas e Arquivos. Arquivo Nacional, 2001.(Caderno Técnico nº 52). FISCHER, Monique C.; ROBB Andrew. Indicações para o cuidado e a identificação da base de filmes fotográficos. Rio de Janeiro: Projeto Conservação Preventiva em Bibliotecas e Arquivos. Arquivo Nacional, 2001. (Caderno Técnico nº 41). LOPEZ, André Porto Ancona. Como descrever documentos de Arquivo: elaboração de instrumentos de pesquisa. São Paulo: Arquivo do estado, 2002. 29p. MUSTARDO, Peter; KENNEDY, Nora. Preservação de fotografias: métodos básicos de salvaguardar suas coleções. Rio de Janeiro: Projeto Conservação Preventiva em Bibliotecas e Arquivos. Arquivo Nacional, 2001. (Caderno Técnico nº 39). OGDEN, Sherelyn (ed). Procedimentos de Conservação. Rio de Janeiro: Projeto Conservação Preventiva em Bibliotecas e Arquivos. Arquivo Nacional, 2001. (Caderno Técnico nº 10 a 12). SANTOS, Vanderlei Batista dos. Gestão de documentos eletrônicos: uma visão arquivística. Brasília: ABARQ, 2005. SOUSA, Renato Tarciso Barbosa de. Organização do acervo fotográfico das entidades nacionais do Sistema Indústria: metodologia. Brasília: CNI/SESI/SENAI/IEL. 2007. 10

7.2. Legislação ARQUIVO NACIONAL (Brasil). Dicionário brasileiro de terminologia arquivística. Rio de Janeiro, 2005. BRASIL. Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS (Brasil). Resolução nº 6, de 15 de maio de 1997. Dispõe sobre diretrizes quanto à terceirização de serviços arquivísticos públicos. CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS (Brasil). Resolução nº 31, de 28 de abril de 2010. Dispõe sobre a adoção das Recomendações para Digitalização de Documentos Arquivísticos Permanentes. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988. Decreto n 20.113, de 25 de junho de 2001. Cria o Sistema de Memória da Cidade. Decreto nº 22.615, de 30 de janeiro de 2003. Regulamenta a Lei nº 3.404 de 06 de junho de 2002, que dispõe sobre a Política Municipal de Arquivos Públicos e Privados. Decreto nº 28.520, de 10 de outubro de 2007. Dispõe sobre a realização do I Censo dos Arquivos da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro CA-PCRJ e dá outras providências. Decreto nº 35.606, de 15 de maio de 2012. Regula, em âmbito municipal, a Lei de Acesso a Informações Lei Federal nº 12.527,de 18 de novembro de 2011, e dá outras providências. Lei nº 3.404, de 5 de junho de 2002. Dispõe sobre a política municipal de arquivos Públicos e privados, o acesso aos documentos Públicos municipais e dá outras providências. Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011. Lei de Acesso à Informação. 11

Anexo 1 - Formulário de descrição de documentos Órgão Data Local Fotógrafo Diretor Título Dimensão Resolução Duração Cromia Sistema sonoro Legenda Formato Tipo de rolo Descrição: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro Secretaria Municipal da Casa Civil Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro 12

Instruções para o preenchimento: Órgão: nome do órgão vinculado a PCRJ responsável pela custódia do documento. Data: informar a data da foto. Local: local onde a imagem foi registrada. Fotógrafo: indica o nome do fotógrafo. Título: nome dado ao documento. Dimensão: especifica o tamanho da imagem em centímetros ou pixels. Resolução: apresenta a resolução linear da imagem em DPI. Cromia: determina a cor da imagem em preto e branco ou colorida. Formato: apresenta o formato da imagem digitalizada em JPEG ou TIFF. Descrição: descrição sumária da imagem. Fornece informações relevantes sobre a imagem, tais como os personagens, o local, objetos. No caso dos documentos audiovisuais, preencher também os campos: Diretor: nome do Diretor. Duração: tempo de duração. Sistema sonoro: informar se possui áudio ou não. Legenda: informar se possui legenda ou não. Tipo de rolo: informar o tipo de rolo apresentado. 13

Anexo 2 - Modelo de espelho para transferência de acervo PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA MUNICIPAL DA CASA CIVIL ARQUIVO GERAL DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Número da Caixa Órgão: Título: Dimensão e suporte: Datas-Limite: Data de transferência ao AGCRJ: 14

Anexo 3 - Recomendações para transferência de imagens digitais Tipo de documento Tipo de Reprodução Formato de arquivo digital Resolução mínima, modo de cor e observações Fotografias Preto e Branco, (Preto e Branco e Cor Cor) Negativos Preto e Branco, fotográficos Cor e diapositivos (a) TIFF sem compressão Resolução de 600 dpi, escala 1:1, 24 bits (8 bits por canal de cor) TIFF sem compressão Resolução mínima de 3000 dpi, 24 bits (8 bits por canal de cor) 15