AS MARCAS DE ORALIDADE NOS TEXTOS ESCRITOS PELOS ALUNOS DO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO DE UMA ESCOLA DE PARNAÍBA PI

Documentos relacionados
Introdução. (83) r

Atendimento Educacional Especializado: relato de uma experiência de letramento com estudantes surdos

A MEDIAÇÃO DOS PROFESSORES NO PROCESSO DE ESCRITA DO GÊNERO CRÔNICA NAS OLIMPÍADAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO, POSSIBILIDADE DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO 1. Járede Sousa Barros de Oliveira de Oliveira RESUMO

A LEITURA E A ESCRITA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: DIÁLOGOS COM O FAZER PEDAGÓGICO 1

AS PRÁTICAS METODOLÓGICAS INOVADORAS NO ENSINO DA MATEMÁTICA DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DA CIDADE DE ÁGUA BRANCA-PI 1

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NA EJA.

INTERDISCIPLINARIDADE X LEITURA E ESCRITA: VIVÊNCIAS NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO II. Palavras chaves: Leitura, Estágio Supervisionado II, Docência.

A RELAÇÃO PROFESSOR- ALUNO: UM ESTUDO DE CASO EM ESCOLAS NO MARAJÓ - PARÁ 1 Tatiana Gama de Almeida Acadêmica do Curso de Licenciatura em Pedagogia

ENSINO DE EQUAÇÕES E FUNÇÕES DE PRIMEIRO E SEGUNDO GRAU COM O AUXÍLIO DOS JOGOS DIDÁTICOS

ELETRICIDADE CAPÍTULO 3 LEIS DE CIRCUITOS ELÉTRICOS

O PAPEL DAS APRENDIZAGENS IMPLÍCITAS E EXPLÍCITAS. Juliana Chioca Ipolito Mestre em Educação Universidade Federal do Tocantins

GESTÃO DEMOCRÁTICA E SUAS IMPLICAÇÕES NA ESCOLA ATUAL 1

A UTILIZAÇAO DO COMPUTADOR E DE SOFTWARES NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) NA ESCOLA MUNICIPAL FREI BENJAMIN DE BORNO EM GRAJAÚ- MA 1

METÁFORA: uma reflexão conceitual a partir de uma proposta de atividade para o ensino fundamental 1

LITERATURA DE CORDEL NA SALA DE AULA: ferramenta pedagógica para o ensino de leitura e escrita na escola 1

TEATRO NA ESCOLA: UMA EXPERIÊNCIA DO PIBID

LER PARA MAIS APRENDER: INCENTIVO AO HÁBITO DE LEITURA A ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO. Beatriz Santana do Carmo. Renato Sousa Linhares

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO PROEJA: UM ESTUDO SOBRE A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO DE 2007 A 2013

A AULA DE ARTE NO 1 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA E.E.I.F MARIA PIA BRÍGIDO 1

A PRÁTICA DA EXPERIMENTAÇÃO COMO ALTERNATIVA PARA O ENSINO DA QUÍMICA: I FEIRA DE CIÊNCIAS DO PIBID

ANÁLISE DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA DE ACORDO COM OS POSTULADOS DA PSICOLINGUISTA EMÍLIA FERREIRO 1

A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS NO CURSO TÉCNICO EM COMÉRCIO PROEJA DO IFMT CAMPUS CONFRESA 1

PRÁTICAS DE LETRAMENTO NO ENSINO FUNDAMENTAL: uma análise das tarefas de classe propostas por uma professora do 1º ano

A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL 1. Yandra Brandão Macêdo Souza Graduanda em Pedagogia

INTERTEXTUALIDADE E RELEITURA: MECANISMOS DE COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO GLOBAL DE TEXTOS 1

Material Teórico - Sistemas Lineares e Geometria Anaĺıtica. Sistemas com Três Variáveis - Parte 2. Terceiro Ano do Ensino Médio

BRINQUEDOTECA DO CAMPUS UFMA DE IMPERATRIZ: uma análise das atividades desenvolvidas com uma pré-escola municipal localizada em seus arredores

4 Modelo para Extração de Regras Fuzzy a partir de Máquinas de Vetores Suporte FREx_SVM 4.1 Introdução

A CARTOGRAFIA NO ENSINO ESCOLAR: APRENDENDO LER MAPAS. (OUTROS).

A FORMAÇÃO LEITORA DOS DISCENTES DO CURSO DE PEDAGOGIA NAS VIVÊNCIAS DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO 1

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM LEITURA E ESCRITA: REFLEXÕES A PARTIR DA TEORIA DA APRENDIZAGEM DE VIGOTSKI 1

APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA A PARTIR DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 1

DIVERSIDADE CULTURAL ESCOLAR AMAZÔNICA E INTERCULTURALIDADE CRÍTICA FREIREANA 1

APRENDENDO SOBRE OS ANIMAIS ÚTEIS COM A OBRA A GALINHA RUIVA : EXPERIÊNCIA NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I

GÊNERO E SEXUALIDADE NO CURRÍCULO ESCOLAR 1

JOGOS NA AVALIAÇÃO DE PROFESSORES: UMA EXPERIÊNCIA DE CONSTRUÇÃO E DE DIVULGAÇÃO DE ASPECTOS SOBRE A LIBRAS E A SURDEZ ENTRE LICENCIANDOS 1

AS PRÁTICAS LÚDICAS NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM INFANTIL 1

A PERCEPÇÃO DO PROFESSOR DA ESCOLA PÚBLICA MUNICIPAL DE IMPERATRIZ-MA SOBRE GESTÃO DEMOCRÁTICA 1

CAPÍTULO 04 CINEMÁTICA INVERSA DE POSIÇÃO

Aula Invariantes Adiabáticos

DIFICULDADES DOS ALUNOS DO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL EM QUESTÕES DE PROBABILIDADE.

A ESCOLA, NA VISÃO DA CRIANÇA 1 Karla Bianca Freitas de Souza Monteiro 2 Suely Costa Mendes 3 RESUMO

ANÁLISE DA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DOCENTE A PARTIR DA FORMAÇÃO E ATUAÇÃO PROFISSIONAL

A MÚSICA COMO RECURSO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO INTERDISCIPLINAR NO PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO BÁSICA 1

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: UMA ANÁLISE NA ESCOLA MUNICIPAL MARIA AUGUSTA DE CARVALHO NO MUNICÍPIO DE SÃO MIGUEL-RN

A ESCRITA REFLEXIVA NO RELATÓRIO DE ESTÁGIO: IDENTIDADE E FORMAÇÃO DOCENTE 1

EDUCAÇÃO E TRABALHO, UMA RELAÇÃO DE SIGNIFICADOS

A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES: ALGUMAS APROXIMAÇÕES 1. Márcia Francione Sena do Nascimento

AVALIAÇÃO EM ESPANHOL: UM DIAGNÓSTICO DA ESCOLA ESTADUAL VICENTE DE FONTES NO ANO LETIVO 2013

DIFICULDADES DOS ALUNOS DO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL EM RESOLVER PROBLEMAS DE MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO 1

Palavras-chave: Alfabetização, leitura, escrita, formação do sujeito.

A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR NA PERSPECTIVA FORMATIVA: limites e possibilidades¹

SER EDUCADOR EM CLASSES MULTIANOS DO MARAJÓ: uma reflexão sobre a realidade dos profissionais de três Escolas Ribeirinhas de Breves/PA 1

Helena Quirino Porto Aires

ENSINO-APRENDIZAGEM DE FÍSICA NO ENSINO SUPERIOR: UM PROCESSO INTEGRADO AO ENSINO DE MATEMÁTICA ATRAVÉS DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS 1

Análise da Influência da Rigidez das Ligações Viga-Pilar em um Edifício de Concreto Armado Filipe Marinho Nascimento 1, José de Moura Rêgo Neto 2

OS IMPACTOS DAS RELAÇÕES ENTRE O COLETIVO DISCENTE E SUA EQUIPE GESTORA NA GESTÃO DEMOCRÁTICA DE UMA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO DE SÃO LUÍS-MA 1

CONTRIBUIÇÃO DAS SALAS AMBIENTES E DOS MATERIAIS MONTESSORIANOS PARA A APRENDIZAGEM DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL ¹

O TRABALHO PEDAGOGICO NO PROEJA: CONTRIBUIÇÕES À PRÁTICA DOCENTE 1

A ALFABETIZAÇÃO CARTOGRÁFICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: CONSIDERAÇÕES ACERCA DA COLEÇÃO ASAS PARA VOAR 1

MULTICULTURALISMO E LEITURA NA ESCOLA: ABORDAGEM TEÓRICA E REFLEXIVA

Uma proposta de jogo virtual como facilitador da Aprendizagem de Física.

A AFETIVIDADE COMO ESTIMULAÇÃO PRECOCE NA APRENDIZAGEM DE ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN EM ESCOLA DA REDE PRIVADA EM SÃO LUÍS, MARANHÃO.

ESTRATÉGIAS E METODOLOGIAS NO ENSINO DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 1.

r

GEOGRAFIA HISTÓRICA COMO TEORIA DE ANÁLISE: ENTRE ESPAÇO E TEMPO 1

LEITURA E ESCRITA: para além dos textos da escola 1. Autor: Kelly Costa Freire Graduanda em Linguagens e Códigos Música

SABERES DOCENTES E A PRÁTICA PEDAGÓGICA NOS ANOS INICIAIS 1. Tyciana Vasconcelos Batalha Graduanda em Pedagogia

Departamento de Física - Universidade do Algarve FORÇA CENTRÍFUGA

A CONTRIBUIÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DO ALUNO COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA TEA. Juliana Muniz dos Santos Pós Graduanda

TEATRO NA ESCOLA: ensinando e encenando fábulas. Autor: Kelly Costa Freire Graduanda em Linguagens e Códigos Música

CONHECER, DIAGNOSTICAR E SENSIBILIZAR: EXPERIÊNCIAS DE PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA DO PROJETO DE VIDAS EM SÃO BERNARDO MA 1

Guia do Professor Objeto de aprendizagem: Fluxo e Lei de Gauss NOA UFPB

CONCEPÇÃO DOCENTE SOBRE O ENSINO COM OS GÊNEROS TEXTUAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL I

AS CONSTRUÇÕES ENUNCIATIVAS SOBRE INFÂNCIAS EM JORNAIS IMPRESSOS DO MARANHÃO 1. Leide Silva Oliveira Alves Jornalista e Mestre em Comunicação

Prova Escrita de Matemática A

PALAVRAS- CHAVE: Escola; Qualidade de vida; Atividade Física.

Andressa Cerqueira Gonçalves Graduanda em Licenciatura em Pedagogia Universidade Estadual de Feira de Santana UEFS

( ) 10 2 = = 505. = n3 + n P1 - MA Questão 1. Considere a sequência (a n ) n 1 definida como indicado abaixo:

ALFABETIZAÇÃO CARTOGRÁFICA: UMA ANÁLISE DO LIVRO DO SEGUNDO ANO DA COLEÇÃO DIDÁTICA PROJETO PROSA 1. Jéssica Reis Santos

EVOLUÇÃO DA MATRICULA NA EDUCAÇÃO BÁSICA NO MUNICIPIO DE BELÉM- PA, NOS ANOS DE 2013 A

BRINCAR, MANIPULAR E CRIAR: DESCOBRINDO O MUNDO DAS SENSAÇÕES COM ATIVIDADES SIGNIFICATIVAS EM CRECHE

A PESQUISA COMO METODOLOGIA DE ENSINO DE SOCIOLOGIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA. Autora: Luiza Maria Paixão Lepos

2. Ensino de História e Questão Agrária no Maranhão: repensando o conhecimento histórico.

A PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA E A FORMAÇÃO DE JOVENS AGRICULTORES NA TRANSAMAZÔNICA 1.

REALIDADE OU UTOPIA DE UMA ESCOLA ESTADUAL: A formação de pequenos leitores e produtores de textos!?¹. Aline Serra de Jesus Graduanda em Pedagogia

A ESCOLA, O PROFESSOR E A CONSTRUÇÃO DA ESCRITA PELA CRIANÇA

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO EM CÉLULAS COOPERATIVAS: UM MOVIMENTO SOCIAL PARA INSERÇÃO DE ESTUDANTES DE ORIGEM POPULAR NA UNIVERSIDADE 1

CONTRIBUIÇÕES E DESAFIOS DO PROFEBPAR NO MUNICÍPIO DE CODÓ/MA 1

OFICINAS DE LEITURA E ESCRITA POR MEIO DOS GÊNEROS TEXTUAIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA 1

OFICINAS: UMA NOVA FERRAMENTA METODOLÓGICA PARA O ENSINO DE CONCEITOS MATEMÁTICOS 1

TUKEY Para obtenção da d.m.s. pelo Teste de TUKEY, basta calcular:

BRINCAR E APRENDER: A IMPORTANCIA DAS BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL 1

PROJETO TOCAR: ORIENTAÇÃO MUSICAL PARA PROFESSORES REGENTES DO ENSINO INFANTIL, UTILIZANDO O VIOLÃO COMO FERRAMENTA DE ENSINO.

Prova Escrita de Matemática A

SUGESTÕES METODÓLOGICAS PARA A ALFABETIZAÇÃO CARTOGRÁFIA: POR UMA CARTOGRAFIA DA REALIDADE 1

O ESTUDO INTITULADO LEVA: UM RELATO DE EXTERIÊNCIAS 1. Leidiane Lima Silva Graduanda de Pedagogia Universidade Estadual do Maranhão

O perímetro da circunferência

CONTRIBUIÇÕES DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO PARA A FORMAÇÃO DO PEDAGOGO: UM ESTUDO EM UMA TURMA DO CURSO DE PEDAGOGIA NO CESP/UEA 1.

Transcrição:

AS MARCAS DE ORALIDADE NOS TEXTOS ESCRITOS PELOS ALUNOS DO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO DE UMA ESCOLA DE PARNAÍBA PI Gilmaa Meneses de Aguia Aaújo Gaduada em Pedagogia Faculdade Ente Rios do Piauí gilmaa.maju@hotmail.com Susene de Moua Fontenele Gaduada em Pedagogia Faculdade Ente Rios do Piauí susenemoua@hotmail.com RESUMO O ensino de Língua Potuguesa duante muito tempo se deu atavés do ensino da gamática nomativa, mas essa ealidade se modificou a pati do sugimento da Linguística e do PCN - Paâmeto Cuicula Nacional. Com essa nova pespectiva de ensino, o aluno é visto como um se capaz de poduzi, de pensa na língua e nos seus modos de uso. Sabemos que a fala é anteio à escita, po isso, os alunos, ao chegaem à escola, dominam essa modalidade da língua, o que eflete muitas vezes em suas poduções textuais. Esta pesquisa buscou analisa as possíveis macas de oalidade nos textos dos alunos de uma tuma do ensino médio de uma escola estadual, localizada no município de Panaíba PI, e veifica como ocoe esse fenômeno nos textos. Paa fundamenta a pesquisa utilizamos os teóicos Bagno (1999, 2001, 2004, 2007), Botoni (2004, 2005), Fáveo (2005) Koch (2012) Macuschi (2001, 2003, 2008), PCN s (1997, 1998), dente outos, que seviam como supote teóico paa esta pesquisa. Palavas-Chaves: Escita. Oalidade. Podução Textual. 1 INTRODUÇÃO Quando se fala em oalidade e escita, vem à mente duas fomas tão distintas da língua que, a pincípio, não se pode concebe uma elação ente elas. Isto poque duante muito tempo ouviu-se que a escita deve se coeta, egula, fomal, pefeita, e que a fala é luga de infomalidade, de eos, de flexibilidade excessiva. Paa Macuschi (2001) oalidade e escita são duas ações possíveis paa o uso da língua, que empegam o mesmo sistema linguístico, têm caacteísticas pópias e não podem se vistas como categoias distintas. De acodo com os PCN s (1998) o ensino da Língua Potuguesa tem sido macado po uma sequenciação de conteúdos que se podeia chama de aditiva: ensina-se a junta sílabas (ou letas) paa foma palavas, a junta palavas paa foma fases e a junta fases paa foma textos. Essa abodagem aditiva levou a escola a tabalha com textos que só sevem paa ensina a le. Textos que não existem foa da escola e, como os escitos das catilhas, em geal, nem seque podem se consideados textos, pois não passam de simples agegados de fases. Poduzi textos não é taefa fácil, eque muito do aluno, pincipalmente pelo fato de o aluno muitas vezes não te o hábito da escita, poduzem textos sem os elementos essenciais em um texto, coesão e coeência. Essa falta da pática da escita e falta de leitua po pate dos alunos, pode vi a se um dos fatoes que ocasiona as possíveis macas de oalidade em suas poduções. contato@fipedbasil.com.b www.fipedbasil.com.b

A pesquisa de campo foi ealizada na Escola Estadual Senado Chagas Rodigues, na cidade de Panaíba - PI, na qual teve contibuição de 27 alunos de uma tuma do 3º Ano do ensino médio. 2 LÍNGUA FALADA E LÍNGUA ESCRITA O homem é um se que tem a necessidade de comunicação e, essa comunicação é feita atavés da linguagem seja ela oal ou gestual, mas existem outas fomas de comunicação, como a escita, que pecisa se apendida a pati de um ensino fomal. Cada sociedade tem fomas de comunicação pópias e especificas de sua cultua tanto na modalidade oal como na escita. A língua é um instumento pelo qual uma sociedade se comunica. Confome Bagno (2004, p. 9) só existe língua se houve pessoas que a falem. Sendo assim, não se pode pensa a língua como algo ponto, pois a sociedade está sempe se tansfomando e essa tansfomação eflete também na língua, que é o poduto mais completo e sofisticado da comunicação da social. A comunicação acontece em váios estágios, não só na fala e na escita, nos comunicamos atavés de todos os sentidos, mas os mais utilizados, sem dúvida, são a fala e escita que, como dizem Koch (2012), são duas modalidades básicas da língua, básicas, mas não únicas. Em se tatando da escita, pode-se dize que, mesmo ciada tadiamente em elação ao sugimento da oalidade, ela pemeia hoje quase todas as páticas sociais dos povos em que penetou. (MARCUSCHI, 2001, p. 19). O pocesso de apendizado da língua escita acontece muito depois do pocesso da oalidade. O aluno quando enta em contato com a escita, já domina a oal, quando ele começa a esceve, já desenvolveu o pocesso de fala. Potanto, é pefeitamente natual que o aluno tansponha paa a escita as macas de oalidade. Ao chega na escola, o discente já domina a língua falada e ao enta em contato com a língua escita, pecisa adequa-se às exigências desta, o que não é taefa fácil, como colocam Koch (2012), po essa azão é muito comum enconta nos textos de alunos que estão chegando à escola macas de oalidade. Qualque falante de potuguês possui um conhecimento altamente elaboado da língua, muito emboa não seja capaz de explicita esse conhecimento. E [...] esse conhecimento não é futo de instução na escola, mas foi adquiido de maneia tão natual e espontânea quanto a nossa habilidade de anda. Mesmo pessoas que nunca estudaam gamática chegam a um conhecimento implícito pefeitamente adequado da língua. (BAGNO, 1999, p. 124). contato@fipedbasil.com.b www.fipedbasil.com.b

O pocesso de eliminação das macas de oalidade nos textos, não é taefa fácil. É um pocesso contínuo e que pecisa de empenho não só do aluno, mas pincipalmente do educado, que pecisa ajuda esse aluno a econhece que esceve é difeente de fala, que paa esceve, pecisase segui padões difeentes, e o mundo em que estamos inseidos exige que ele tenha um conhecimento de escita eficiente. Muitas são as macas da oalidade que podem se encontadas na escita de textos de alunos, macas como faze efeência a algo que está foa do texto, epeti palavas, usos de oganizadoes textuais continuadoes típicos da fala, justaposição de enunciados. Essas macas são comuns em textos de alunos que estão em pocesso de aquisição da escita, no entanto, podem se encontadas também em textos de discentes do ensino fundamental maio e do ensino médio, que é o campo dessa pesquisa. Uma maca bastante comum em textos de alunos que estão em fase inicial de aquisição da escita são as epetições, que de acodo com Koch, (2012) ocoem com extema fequência, podendo mesmo se consideada um dos mecanismos oganizadoes dessa modalidade textual; em ambas as modalidades, ela constitui, muitas vezes, um ecuso etóico, desempenhando funções didáticas, agumentativas, enfáticas, ente outos elementos. Outa maca de oalidade encontada nos textos são os usos de oganizadoes textuais típicos da fala, tais como: então, aí, e, daí, pois, são muito comuns, continuadoes que são pópios da fala, mas que são tansfeidos paa o texto escito, muitas vezes sem que nem mesmo o auto peceba. A justaposição de enunciados, é outa maca muito usada po cianças nos seus pimeios textos. As cianças vão escevendo sem nenhuma conexão explícita de um enunciado com outo. Na maca do discuso dieto em que a ciança se coloca dento do texto, como se os intelocutoes estivessem pesentes. (KOCH, 2012, p. 56) Quando encontadas essas macas em textos de discentes das seeis finais, acedita-se a azão pela falta da pática de leitua duante a vida escola do mesmo. A leitua pecisa se fequente na vida do aluno paa que esse possa te subsídio paa poduzi textos de acodo com a modalidade de ensino. Paa tanto, Koch (2012, p. 18) afima que essas macas de oalidade encontadas em textos de alunos em pocesso de aquisição da escita, po vezes, ainda po um tempo elativamente longo pode vi a se encontadas já que continua usando as mesmas estatégias de constução e os mesmos ecusos de linguagem que utiliza na inteação face a face. contato@fipedbasil.com.b www.fipedbasil.com.b

Na segmentação gáfica, o aluno ao tenta efetua a segmentação gáfica adequada acaba, muitas vezes, fazendo o oposto, ou seja, sepaando demais as palavas ou então juntando os vocábulos confome a maneia como são ponunciados. O aluno vai fomulando hipóteses sobe a segmentação coeta dos vocábulos, testando em seus escitos, da mesma foma que testa a gafia coeta das palavas. Nesse caso, o aluno tenta esceve as palavas da foma que as ponuncia. 3 PRINCIPAIS SINAIS DA ORALIDADE PRESENTES NAS PRODUÇÕES SUBMETIDAS A ANÁLISE É possível que se enconte esquícios da oalidade não apenas nos escitos vindos de poduções textuais obtidas de cianças, po exemplo, mas em qualque outa classificação de indivíduo que se tomem como fonte de podução escita. Consoante Macuschi (2003) a fala é um ato muito caacteizado po se mais centalizado quando posto em compaação a ato de esceve no contexto do cotidiano da maio pate das pessoas. Todavia, as instituições escolaes concedem paa a fala atenção paticamente oposta à sua centalidade no que se elaciona com o ato de esceve. Desse modo, não se tata de um paadoxo, mas sim de uma posição. Compeende-se que quando se considea a elação ente fala e escita, equisita-se deteminado cuidado, visto que a Língua Potuguesa é fomada po ceca de duas categoias: o potuguês do campo do falado e o potuguês de caáte escito. Dessa foma, difeencia-se pelas fomas gamaticais e a dos métodos de expessão, cada qual possuindo seu papel, elevância e taços pópios. A segui, seão mostados os pincipais sinais de oalidade pesentes nos textos adquiidos e analisados, a exemplo têm-se as epetições, sonoidade que confee letas adicionais ao escito, utilização de oganizadoes textuais continuadoes comumente pesentes na fala: e, aí, daí, então, ente outos modalizantes de oalidade, ausência/omissão das vogais e de consoantes, dente outas encontadas. Esses sinais foam analisados fundamentados pelas autoas Koch (2012) e Cagliai (1993) a) Repetições Um elemento bastante pesente foi o uso da epetição. De acodo com Koch, Elias(2012), tal pática possui um caáte etóico, enfatizante e capaz de evela macas da oalidade. No texto 1 do discente A, pecebe-se que o mesmo eitea epetidas vezes o temo todos dez vezes paa mosta uma condição em que a leitua é necessáia a qualque indivíduo. contato@fipedbasil.com.b www.fipedbasil.com.b

Esta epetição é muito fequente na oalidade, já que pemite ao enunciado efleti sobe o que seá dito futuamente além de pode tece consideações efeentes a deteminado se, no caso, qualque pessoa. No texto 2 do aluno B ocoeu a eiteação do temo leitua po oito vezes com o objetivo de cita a impotância da leitua paa o gêneo humano além de sua elevância paa medidas govenamentais capazes de atingi gande pate da população. Essas macas foam pecebidas nos demais textos, só que com outo temos, mas sempe com o objetivo de enumea mais caacteísticas aceca do tema em questão. A segui, mais ecusos da modalidade oal que foam encontados nos textos escolhidos. b) Sonoidade que confee letas adicionais ao escito No caso do aluno A, com o texto 1, tem-se a ocoência do temo mais paa intoduzi uma ideia de oposição, de contaste, advesidade, em uma situação em que o adequado seia o empego da conjunção advesativa mas. A ponúncia que insee o som da leta i pode te sido a esponsável po essa adição de mais uma leta na escita. c) Uso de oganizadoes textuais continuadoes típicos da fala: e, aí, daí, então, ente outos mobilizadoes de oalidade. Segundo Koch, (2012) esses macadoes de texto são comumente empegados em textos escitos das cianças. Paa isso, compeende-se que essas macações não deveiam esta tão pesentes em textos de discentes que estão no 3º ano do ensino médio, posto que estão na fase de conclusão desse peíodo de estudo. Entetanto, nos textos avaliados, encontou-se muitos dessas macações e oganizadoes de textos. Ente os temos avaliados no texto do aluno A, com o texto 1, pecebe-se a ocoência de expessões como deixando de lado, que indica uma expessão bastante pesente na oalidade que seve paa denota uma foma de não obte seventia de algo ou de deixa algo à magem da utilização. O auno B, como o texto 2, utiliza a inclusão atavés do temo nos como foma de estabelece uma poximidade com o intelocuto, como se a inteação pelo texto pudesse te uma caateística de face a face. d) Ausência/omissão das vogais e supessão de consoantes Nos textos tomados como base paa análise foi pecebida fequentemente a ausência de consoantes em palavas muito simples, que usamos no cotidiano, exemplos dessa maca oal está no contato@fipedbasil.com.b www.fipedbasil.com.b

texto 01 do aluno A. Essa supessão de consoante em palavas tão simplóias, ocoe pelo fato de na otina em seu ato de fala o discente não ponuncia a palava inteia, assim o som da consoante, po quase não se aticulada, pecipuamente quando essa é ponunciada de foma ligeia na palava estimula, quando seia empegada adequadamente a foma estimula ou então pemiti, quando, no contexto, se aplicaia a foma pemiti, conhece num momento em que a foma conhece cabeia mais adequadamente. Cagliai (1993, p.65) aponta que neste caso, Alguns alunos deixam de assinala a leta de cetas palavas poque segundo suas ponúncias não ocoem nenhum som que eles econheçam como petencendo à categoia do R. Po exemplo, há alunos que escevem acha (em vez de acha). 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Nos textos analisados pecebemos que as macas de oalidade ainda se encontam muito pesentes e que somente com a pática da leitua podeá se minimizada e até eliminada. E que nesse pocesso, o pofesso desempenha papel impotante, ao incentiva os alunos a pática da leitua paa assim seem capazes de poduzi textos coeentes, coesos e sem tantas macas de oalidade, visto que a tendência é cada vez mais seem solicitados a poduziem textos. REFERÊNCIAS BAGNO, M. Peconceito Linguístico, o que é, como se faz. São Paulo: edições Loyola. 1999. BORTONI RICARDO, S.M. Educação em Língua Matena- A Sociolinguística na sala de aula. São Paulo: Paábola Editoial. 2004. CAGLIARI, Luiz Calos. Alfabetização & linguística. 6. ed. São Paulo: Scipione, 1993. FÁVERO, Leono Lopes; ANDRADE Maia Lúcia C.V. O; AQUINO, Zilda G.O Oalidade e escita: pespectiva paa o ensino de língua matena. 5.ed. São Paulo: Cotez, 2005. KOCH, Ingedoe G. Villaça. Desvendando os segedos do texto. 2 Ed. São Paulo: Cotez, 2003. p. 21 33. contato@fipedbasil.com.b www.fipedbasil.com.b