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DIREITO CONSTITUCIONAL DO PODER PROF. EDUARDO TANAKA PROF. EDUARDO TANAKA 1 2 Senado Federal Congresso Nacional Câmara dos Deputados Art. 44 O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Representa os estados-membros Representa o povo Parágrafo único - Cada legislatura terá a duração de quatro anos. Legislatura é o período em que os membros do Poder Legislativo exercem o respectivo mandato. O mandato dos Deputados Federais coincide com a duração da legislatura (4 anos). 1

O mandato dos Senadores é de 8 anos, o que dá duas legislaturas, sendo que, a cada legislatura, apenas uma parte do Senado é renovada (1/3 das vagas numa eleição, e 2/3 das vagas na eleição seguinte 4 anos depois, alternadamente). Dá-se o nome de sessão legislativa (também chamada de legislatura anual) ao período em que o Congresso Nacional funciona em cada ano. Por determinação constitucional, a sessão legislativa se divide em dois períodos: de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 01 de agosto a 22 de dezembro. Art. 45 A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. 1º - O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados. 2º - Cada Território elegerá quatro Deputados. Distribuição dos Deputados Federais por Estado (2005): Acre 8 ;Alagoas 9 ; Amazonas 8 ; Amapá 8 Bahia 39 ; Ceará 22 ; Distrito Federal 8 ; Espírito Santo 10 Goiás 17 ; Maranhão 18 ; Minas Gerais 53 Mato Grosso do Sul 8 Mato Grosso 8 Pará 17 ; Paraíba 12 ; Pernambuco 25 ; Piauí 10 Paraná 30 ; Rio de Janeiro 46 ; Rio Grande do Norte 8 Rondônia 8 ; Roraima 8 Rio Grande do Sul 31 ; Santa Catarina 16 ; Sergipe 8 São Paulo 70 ; Tocantins 8 TOTAL = 513 Art. 46 O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. 1º - Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos. 2

2º - A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. Art. 47 Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta (50% + 1) de seus membros. 3º - Cada Senador será eleito com dois suplentes. Para que uma Casa do Congresso Nacional ou uma Comissão Parlamentar possa deliberar, há a exigência da presença de um número mínimo de parlamentares (quorum), que, segundo a Constituição no seu art. 47, deverá ser mais da metade do número de componentes da Casa ou da Comissão (maioria absoluta). Exemplo: A Câmara dos Deputados é composta de 513 parlamentares, para que se possa iniciar qualquer trabalho é preciso que estejam presentes no mínimo 257 parlamentares (quorum); atingido esse número, as propostas, no caso de lei ordinária, serão aprovadas se, desse mínimo, mais da metade (ou seja, pelo menos 129 parlamentares) disser sim ao projeto de lei (maioria simples). No art. 48 da CF são destacadas algumas matérias da competência legislativa do Congresso, em caráter não exaustivo, ou seja, sem esgotar suas atribuições. Por ser o Congresso Nacional órgão legislativo da União, cabe a ele dispor sobre matérias de competência desta, enumeradas nos arts. 21 e 22 da Constituição. Art. 48 Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49 (competência exclusiva do Congresso Nacional), 51 (competência privativa da Câmara dos Deputados) e 52 (competência privativa do Senado), dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre: 3

I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas; II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado; III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas; IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento; V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União; VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativa; VII - transferência temporária da sede do Governo Federal; VIII - concessão de anistia; IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União e dos Territórios e organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal; X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b (competência privativa do Presidente da República para dispor, mediante decreto, sobre: extinção de funções ou cargos públicos quando vagos); XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública; XII - telecomunicações e radiodifusão; XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações; XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliaria federal. XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observado o que dispõem os arts. 39, 4º (subsídio fixado em parcela única); 150, II; 153, III; e 153, 2º, I. Art. 49 É da competência exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar; III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias; IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas; Art. 49 É da competência exclusiva do Congresso Nacional: V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; VI - mudar temporariamente sua sede; VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, 4, 150, II, 153, III, e 153, 2, I; Art. 49 É da competência exclusiva do Congresso Nacional: VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice- Presidente da República e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, 4, 150, II, 153, III, e 153, 2, 1; IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo; X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta; 4

Art. 49 É da competência exclusiva do Congresso Nacional: XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros Poderes; XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão; XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União; Art. 49 É da competência exclusiva do Congresso Nacional: XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares; XV - autorizar referendo e convocar plebiscito; Art. 49 É da competência exclusiva do Congresso Nacional: XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais; XVII - aprovar, previamente a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares. Art. 50 A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando em crime de responsabilidade, a ausência sem justificação adequada. 1º - Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados, ou a qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa respectiva, para expor assunto de relevância de seu Ministério. 2º - As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos escritos de informação a Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não atendimento no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas. 5

Seção III - Da Câmara dos Deputados. Art. 51 Compete privativamente à Câmara dos Deputados: I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice- Presidente da República e os Ministros de Estado; II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa; Art. 51 Compete privativamente à Câmara dos Deputados: III - elaborar seu regimento interno; IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; Art. 51 Compete privativamente à Câmara dos Deputados: V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII (2 membros). Seção IV - Do Senado Federal. Art. 52 Compete privativamente ao Senado Federal: I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; II - processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado- Geral da União nos crimes de responsabilidade; Art. 52 Compete privativamente ao Senado Federal: III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de: a) magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição; b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República; c) Governador de Território; d) presidente e diretores do Banco Central; e) Procurador-Geral da República; f) titulares de outros cargos que a lei determinar; Art. 52 Compete privativamente ao Senado Federal: IV - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente; 6

Art. 52 Compete privativamente ao Senado Federal: V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; Art. 52 Compete privativamente ao Senado Federal: VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público Federal; VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno; IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; Art. 52 Compete privativamente ao Senado Federal: X - suspender a execução, no todo ou em parte de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; É o Senado que retira do ordenamento jurídico, por resolução, a lei que o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional. Art. 52 Compete privativamente ao Senado Federal: XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato; XII - elaborar seu regimento interno; Art. 52 Compete privativamente ao Senado Federal: XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII (2 membros). Art. 52 Compete privativamente ao Senado Federal: XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios. 7

Art. 52 Compete privativamente ao Senado Federal: Parágrafo único - Nos casos previstos nos incisos I e II (processo e julgamento), funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sansões judiciais cabíveis. Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. Inviolabilidade (imunidade material) Os Deputados e Senadores são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos, no exercício dos respectivos mandatos (os parlamentares, por exemplo, nunca poderão cometer crime de injúria ou de calúnia, pois a Constituição veda, de plano, a incidência dos dispositivos da lei penal sobre suas opiniões, palavras e votos). Privilégio de foro para julgamento 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. Proibição de Prisão 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. Suspensão do processo O art. 53, em seu 3, possibilita a suspensão de processo contra parlamentar, desde que o pedido de suspensão seja efetuado por partido político e aprovado por maioria dos votos dos membros da Casa. 3º Recebida a denúncia contra Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. 8

5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva. Se o congressista quiser, por livre e espontânea vontade, incorporar-se as Forças Armadas, deverá renunciar ao seu mandato. 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida. Art. 54 Os Deputados e Senadores não poderão: I - desde a expedição do diploma: a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; b) aceitar ou exercer cargo ou função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum (de confiança) nas entidades constantes da alínea anterior; Art. 54 Os Deputados e Senadores não poderão: II - desde a posse: a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades referidas no inciso I, a: c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, a: d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. 9

A perda do mandato está prevista no art. 55, e se dará por cassação ou extinção. Ocorrerá a cassação quando o parlamentar incorrer em falta funcional, prevista na Constituição, e punível com esta sanção. As situações as quais a cassação se aplica são as seguintes: infringência ao artigo 54, quebra do decoro parlamentar e condenação criminal. Somente a Mesa da Casa ou o partido político com representação no Congresso Nacional poderão propô-la e ela será decidida pela Casa do parlamentar acusado, por voto secreto e quorum privilegiado da maioria absoluta dos integrantes da Casa ou de sua composição plena. Ocorrerá extinção do mandato quando houver fato ou ato que torne automaticamente inexistente a investidura eletiva, como, por exemplo, a morte, a renúncia, o não-comparecimento a certo número de sessões, a perda ou a suspensão dos direitos políticos, ou a determinação pela Justiça Eleitoral. A perda do mandato mediante extinção é praticamente automática, sendo simplesmente declarada pela Mesa da Casa respectiva. Esta pode agir de oficio ou mediante requerimento de qualquer de seus membros ou de partido político com representação no Congresso. A Constituição assegura, entretanto, ao parlamentar atingido, a ampla defesa. Art. 55 Perderá o mandato o Deputado ou Senador: I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior; (Ca.) II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar; (Ca.) III - que deixar de comparecer em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada; (Extinção)(sessão legislativa se divide em dois períodos: de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 01 de agosto a 22 de dezembro) Art. 55 Perderá o mandato o Deputado ou Senador: IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; (ext.) V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição; (ext.) VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. (cas.) 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas. 10

Cassação 2º - Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. Extinção 3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. 4º - A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os 2º e 3º (cassação e extinção). Art. 56 Não perderá o mandato o Deputado ou Senador: I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária; 3º - Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá optar pela remuneração do mandato. Art. 56 Não perderá o mandato o Deputado ou Senador: II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa. 1º - O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias. 2º - Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la, se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato. 11

Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.(sessão legislativa) 1º - As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil subseqüente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados. 2º - A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias. 3º - Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para: I - inaugurar a sessão legislativa; II - elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas; III - receber o compromisso do Presidente e do Vice- Presidente da República; IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar. Mesa diretora Mesa é o conjunto de parlamentares eleitos por seus pares para dirigir os trabalhos legislativos durante dois anos. A Constituição diz que há três mesas dirigentes: Mesa da Câmara dos Deputados; Mesa do Senado Federal; Mesa do Congresso Nacional. A composição de cada mesa é "matéria regimental e cada Casa disciplina como melhor lhe parecer". A regra tem sido que tanto a Mesa da Câmara dos Deputados como a mesa do Senado Federal, compreendam: Presidente, dois Vice-Presidentes, quatro Secretários e quatro suplentes de Secretários. 4º - Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente. 5º - A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. 6º - A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á: I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da República; 12

6º - A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á: II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006) 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do 8º deste artigo, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006) 8º Havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação extraordinária do Congresso Nacional, serão elas automaticamente incluídas na pauta da convocação. DAS COMISSÕES Comissões são organismos constituídos em cada Câmara, compostos de número geralmente restrito de membros, encarregados de estudar e examinar proposições legislativas e apresentar pareceres. As comissões podem ser de quatro tipos: 1- permanentes: são as que subsistem através das legislaturas; organizam-se em função da matéria, coincidindo, geralmente, com o campo funcional dos Ministérios (art. 58); Um exemplo de Comissão permanente e a CCJ Comissão de Constituição e Justiça. As comissões podem ser de quatro tipos: 2 - temporárias: são criadas para assuntos específicos, e extinguem-se quando tenham preenchido os fins a que se destinam ou com o fim da legislatura; o 2 do art. 58 designa as competências dessas comissões. 13

As comissões podem ser de quatro tipos: 3 - mistas: são comissões formadas por Deputados e Senadores com o objetivo de estudar assuntos expressamente fixados, em especial, aqueles que devam ser decididos pelo Congresso Nacional, em sessão conjunta das duas Casas; a Constituição estatui no art. 166, 1, uma comissão mista permanente. As comissões podem ser de quatro tipos: 4- comissões parlamentares de inquérito: previstas no 3 do artigo 58, terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos internos das Casas; desempenham papel de fiscalização e controle da Administração; o Senado e a Câmara poderão criar, isolada ou conjuntamente, tantas CPI quantas julgarem necessárias. Das Comissões. Art. 58 O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação. 1º - Na constituição das Mesas e de cada Comissão é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa. 2º - As comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe: I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa; II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil; III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições; IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas; V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer. CPI 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. 14

4º - Durante o recesso, haverá uma Comissão representativa do Congresso Nacional eleita por suas Casas na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no regimento comum, cuja composição reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária. DO PROCESSO Prof. Eduardo Tanaka 86 DO PROCESSO DO PROCESSO Processo legislativo é o conjunto de atos (iniciativa, emenda, discussão, votação, sanção, veto, promulgação, publicação) necessários para criar leis. Temos três grandes categorias normativas: leis federais, leis estaduais e leis municipais. 87 Art.59 O processo legislativo compreende a elaboração de: I emendas à Constituição; II leis complementares; III leis ordinárias; IV leis delegadas; V medidas provisórias; VI decretos legislativos; VII resoluções. Parágrafo único Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. 88 a) Iniciativa Iniciativa é a faculdade atribuída a alguém ou a algum órgão para apresentar projetos de lei ao Poder Legislativo. Pode ser conferida concorrentemente a mais de uma pessoa ou órgão, ou com exclusividade a uma só pessoa ou órgão. 89 Art. 61 A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição. 90 15

2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. 91 A iniciativa exclusiva (também chamada de reservada) está prevista para os seguintes casos: 1. Presidente da República cabe unicamente a ele a iniciativa de leis que: I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas; II - disponham sobre: a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração; b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios; 92 c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensória Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI; f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva. 93 A iniciativa exclusiva (também chamada de reservada) está prevista para os seguintes casos: 2. Supremo Tribunal Federal: cabe exclusivamente a este órgão a iniciativa de projeto de lei complementar dispondo sobre o estatuto da magistratura (art.93), e leis de criação e extinção de cargos e de fixação de vencimentos de seus membros e auxiliares; 3. Presidente do Supremo Tribunal Federal: cabe a ele a iniciativa de proposta orçamentária do respectivo órgão; 4. Tribunais Superiores: a ele compete a iniciativa de leis de alteração do número de membros dos tribunais inferiores, e leis de criação e extinção de cargos e de fixação de vencimentos de seus membros e auxiliares (art.96, II, b). 94 A iniciativa exclusiva (também chamada de reservada) está prevista para os seguintes casos: 5. Câmara dos Deputados e Senado Federal: detêm a iniciativa para propor projetos de lei que disponham sobre criação ou extinção de cargos de seus serviços e fixação dos respectivos vencimentos (art.51, IV e 52, XIII). 95 Se o projeto for de iniciativa do Presidente da República, dos Deputados dos Tribunais ou do Procurador Geral da República, o local de sua apresentação será a Câmara dos Deputados. Se oferecido por Senador, a apresentação e a discussão iniciar-se-ão na sua própria Casa, ou seja, no Senado Federal. 96 16

b) Discussão Qualquer projeto de lei apresentado à Casa legislativa será discutido nas comissões permanentes (art. 58, 2 ) e no plenário. As comissões permanentes examinam a constitucionalidade (aspecto formal) e o conteúdo (aspecto material) do projeto de lei. 97 Após a análise das comissões, o projeto é remetido ao plenário para uma última discussão e início da votação. Surgem, agora, quatro possibilidades: se houver aprovação, o projeto de lei será remetido para a Casa Revisora; se for aprovado (na Casa Revisora) será enviado ao Presidente da República para sanção ou veto; 98 se houver emenda ao projeto de lei, este será devolvido à Câmara iniciadora para que a aprecie; se o projeto for rejeitado, seguir-se-á o seu arquivamento. 99 A Câmara legislativa revisora poderá arquivar o projeto sem ouvir a Câmara iniciadora. A matéria constante de projeto de lei arquivado ou não sancionado, somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa (sessão anual), mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer uma das Casas legislativas. Já no caso específico de emenda à Constituição, é vedada nova apreciação, na mesma sessão legislativa, de proposta que tenha sido rejeitada ou prejudicada. 100 Art. 65 O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar. c) Emendas ao projeto de lei Emendar é a faculdade que têm os membros ou órgãos de cada uma das Casas do Congresso Nacional de sugerir modificações nos projetos de leis apresentados. Parágrafo único - Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora. 101 102 17

Podem ser emendados, mesmo que isto implique em aumento de despesa:. projetos de lei do orçamento anual ou. projeto de lei que modifique o orçamento desde que (art. 166, 3 e 4 ): - seja compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias; - sejam indicados os recursos necessários; e - sejam relacionados com a correção de erros ou omissões ou com os dispositivos do Art. 63 Não será admitido aumento da despesa prevista: I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o disposto no art. 166, 3º e 4º; II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público. texto do projeto de lei. 103 104 d) Votação A votação é ato coletivo das Casas do Congresso, geralmente precedida de estudos, de pareceres das comissões técnicas, e de debates em plenário. 105 Votação é ato de decisão que se toma: por maioria simples ou relativa, isto é maioria dos membros presentes na votação, nos casos de projetos de lei ordinária; por maioria absoluta dos membros das Câmaras, isto é, maioria do total de parlamentares de cada Casa legislativa, no caso de aprovação de lei complementar, por maioria qualificada de 3/5 dos membros das Casas do Congresso, no caso de aprovação de emendas constitucionais. 106 Se for solicitada urgência ou relevância pelo Presidente para projeto de sua iniciativa, a votação do mesmo em cada Casa deverá ser feita em até 45 dias (90 dias no total). Se não for votado nesse prazo, o projeto será incluído na próxima ordem do dia e votado, em primeiro lugar, com primazia sobre todos os outros. Se houver emendas por parte do Senado Federal, a Câmara dos Deputados deverá Art. 64 A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados. 1º - O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa. apreciá-las em 10 dias. 107 108 18

2º Se, no caso do 1º, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não se manifestarem sobre a proposição, cada qual sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, sobrestar-se-ão todas as demais deliberações legislativas da respectiva Casa, com exceção das que tenham prazo constitucional determinado, até que se ultime a votação. 3º - A apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos Deputados far-se-á no prazo de dez dias, observado quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior. 4º - Os prazos do 2º não ocorrem nos períodos de recesso do Congresso Nacional, nem se aplicam aos projetos de código. 109 e) Submetimento a sanção ou veto A sanção e o veto são atos legislativos de competência exclusiva do Presidente da República, pelos quais fiscaliza a feitura das leis e divide com o Congresso a responsabilidade pelas mesmas. Sanção é a aquiescência do Presidente da República ao projeto de lei. Ela pode ser expressa ou tácita. Será expressa se o Presidente concordar expressamente, no prazo de 15 dias úteis, mediante aposição de sua assinatura no projeto de lei. Será tácita se o Presidente da República não se pronunciar naquele prazo. Veto é o ato pelo qual o Presidente da República exprime sua discordância em relação a projeto de lei aprovado nas duas Casas. 110 Art. 66 A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará. 3º - Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção. A Constituição exige que o veto seja sempre motivado, isto é, fundamentado com as razões que levaram o Presidente àquela decisão (art. 66, 1 ). Conclui-se, pois, que não existe veto tácito. Ele poderá ser total (quando o Presidente discorda do projeto por inteiro) ou parcial (quando a discordância atinge apenas parte do projeto). O Presidente da República pode vetar um artigo, um parágrafo, um inciso, ou uma alínea, mas jamais pode vetar uma palavra isolada (art. 66, 1 ). 111 112 Art. 66 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto. 2º - O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. 113 O prazo para que o Presidente da República tome esta medida é de até 15 dias úteis da data do recebimento do projeto de lei (art. 66, 1 ), devendo comunicar ao Presidente do Senado Federal os motivos de sua decisão dentro de 48 horas do exercício desta. Há uma aplicação clara do sistema de freios e contrapesos de Montesquieu, pois o legislativo tem a iniciativa enquanto que o executivo o freio. Entretanto, no processo legislativo quem fala mais alto é o poder legislativo, pois este pode derrubar o veto e terá a palavra final. 114 19

O veto não impede definitivamente o andamento do projeto: a Constituição prevê a possibilidade de sua rejeição. Ele será apreciado em sessão conjunta (ou seja, Câmara e Senado reunidos), dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, e poderá ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio secreto (art. 66, 40). Convém lembrar que, uma vez manifestado, o veto é irretratável. 4º - O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias, a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio secreto. 5º - Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da República. 115 116 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no 4º, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final. 7º - Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, nos casos dos 3º e 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice- Presidente do Senado fazê-lo. Art. 67 A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa (no mesmo ano), mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional. 117 118 Promulgação Promulgar é atestar que a ordem jurídica foi inovada. Pela promulgação, o Executivo autentica a lei, notificando aos respectivos destinatários a sua criação. Pode-se entender a expressão como sinônimo de homologar, ou seja, respaldar a legalidade. Para a maior parte da doutrina, o ato de promulgação tem como pressuposto a presunção de que a lei promulgada é válida, executável e potencialmente obrigatória. Para José Afonso da Silva é necessária, ainda, a publicação do texto, para ciência de seus destinatários. A promulgação é obrigatória e em regra é efetuada: pelo Presidente da República, que promulga as Ieis complementares e ordinárias, mesmo que decorra de projeto de lei por ele vetado, mas posteriormente ratificado pelo Legislativo (art. 66, 5 ). Se o Presidente da República não promulgar a lei dentro de 48 horas, o Presidente do Senado o fará em seu lugar, e se o Presidente do Senado não o fizer dentro de 48 horas, o Vice-Presidente do Senado obrigatoriamente a promulgará. 119 120 20

As Emendas à Constituição não são promulgadas pelo Poder Executivo, e sim pelo próprio Poder Legislativo, no caso as Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal (art. 60, 3 ). A Constituição Federal também não é promulgada pelo Poder Executivo e sim pela própria Assembléia Constituinte que a instituiu. 121 Publicação A publicação realiza-se pela inserção da lei promulgada no jornal oficial e é condição para que a lei entre em vigor e torne-se eficaz. A mesma pessoa ou mesmo órgão que promulga a lei deve determinar também sua publicação. Ela impede a alegação de ignorância da lei por parte das pessoas. 122 Emenda Constitucional Art. 60 - A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da República; III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa (simples) de seus membros. Emenda Constitucional Vedações circunstanciais explícitas I - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. 123 124 Emenda Constitucional O estado de defesa pode ser decretado para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública e a paz social; ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. Já o estado de sítio, se dará nos casos de:. comoção grave de repercussão nacional, ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa;. declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira. 125 Emenda Constitucional Votação em dois turnos e maioria qualificada de 3/5 2 - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. 126 21

Emenda Constitucional Desnecessidade de sanção presidencial 3 - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. Por se tratar de matéria da competência exclusiva do Congresso, todo o processamento da Emenda Constitucional se desenvolve na órbita interna do Poder Legislativo, seja qual for a origem do projeto, não existindo, portanto, a necessidade de sanção do Presidente da República. Votado e aprovado o projeto, passa-se diretamente à sua promulgação, feita pelas Mesas da Câmara e do Senado. 127 Emenda Constitucional Cláusulas pétreas (vedações materiais explícitas) 4 - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. 128 Emenda Constitucional Proibição de reapreciação, na mesma sessão legislativa, de emenda rejeitada ou prejudicada 5 - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. Medidas Provisórias Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 129 130 Medidas Provisórias 1 É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: l relativa a: a - nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; b - direito penal, processual penal e processual civil; c - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; d - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, 3 (abertura de crédito extraordinário para atender a despesas imprevisíveis e urgentes); Medidas Provisórias 1 É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: II que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro: III reservada a lei complementar; IV já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. 131 132 22

Medidas Provisórias 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V (I.Imp., I. Exp., IPI, IOF), e 154, II (I. Extraordinário iminência ou caso de guerra), só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. Medidas Provisórias 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes. 133 134 Medidas Provisórias 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas. Medidas Provisórias Na hipótese de ausência desse decreto legislativo em até sessenta dias após a rejeição expressa ou a perda de eficácia pelo decurso do prazo de 120 dias da medida provisória, todas as relações jurídicas decorrentes de atos praticados durante a sua vigência conservar-se-ão por ela regidas. Sylvio Motta. 135 136 Medidas Provisórias 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto. Medidas Provisórias 4º O prazo a que se refere o 3º contarse-á da publicação da medida provisória, suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso Nacional. Os recessos do Congresso Nacional geralmente ocorrem entre 18 a 31 de julho e 23 de dezembro e 01 de fevereiro.(art. 57) 137 138 23

Medidas Provisórias 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais. Medidas Provisórias 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. 139 140 Medidas Provisórias 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional. Medidas Provisórias 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados. 141 142 Medidas Provisórias 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional. Medidas Provisórias 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. 143 144 24

Leis Delegadas Leis delegadas são leis elaboradas pelo Presidente da República, mediante prévia autorização do Congresso Nacional. A diferença básica entre a lei delegada e a medida provisória é que, na lei delegada, o juízo congressual é emitido de antemão, ao passo que, na medida provisória, primeiramente o Presidente a edita e depois o Congresso a aprova ou não. Leis Delegadas Ao fazer a solicitação da delegação ao Congresso deve o Presidente da República anexar uma cópia do projeto de lei, sem o qual o pedido não será analisado. Neste procedimento não há sanção, nem veto, muito menos emendas. Há promulgação e publicação. 145 146 Leis Delegadas Art. 68 As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. 147 Leis Delegadas 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem à legislação sobre: I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, à carreira e à garantia de seus membros; II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. 148 Leis Delegadas 2º - A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício. Leis Delegadas 3º - Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda. 149 150 25

Lei Complementar Art. 69 As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta. Prof. Eduardo Tanaka 151 152 Art. 70 - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Art. 70. Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. 153 154 Embora o dispositivo acima, pela sua redação, esteja dirigido predominantemente à Administração Federal, na realidade ele se aplica a toda Administração Pública, inclusive à dos Estados, à do Distrito Federal e à dos Municípios, pois o artigo que finaliza a seção no qual ele se insere diz o seguinte: Art. 75 - As normas estabelecidas nesta seção aplicam- se, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. 155 Art. 75 - Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros. 156 26